domingo , 22 dezembro , 2024

Primeiras Impressões | The Marvelous Mrs. Maisel: 4ª temporada promete novas rupturas e piadas ácidas sobre o machismo

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Entre a acidez e a delicadeza de uma personagem tão contrastante, existe uma nova Sra. Maisel que parece estar surgindo diante dos olhos da audiência na 4ª temporada da aclamada série de comédia The Marvelous Mrs. Maisel. Aqui, logo em seus dois primeiros episódios, a ex- dona de casa que se torna uma comediante stand-up não deve apenas provar-se como uma artista em um mundo masculino. Dessa vez, os conflitos sociais pouco aprofundados do ciclo anterior voltam a bater à porta, nos lembrando que talvez a criadora Amy Sherman-Palladino esteja pronta para levar sua narrativa para caminhos mais sombrios.



Sob a sombra de uma performance poderosa – mas catastrófica e que lhe custou sua turnê internacional -, Midge Maisel retoma sua trajetória como uma mulher em confronto, não apenas por suas honestas piadas, mas também pelos reflexos delas. Após expor a vida íntima do cantor Shy Baldwin (LeRoy McClain) nos palcos, a impulsiva comediante deve recolher os cacos de suas escolhas, à medida em que enfrenta as reações de uma comunidade artística nada preparada para lidar com o humor feminino. Mas como alguém que há muito tempo decidiu não se calar mais, a comediante prepara o seu triunfante comeback sem o mesmo glamour de seus figurinos sempre impecáveis, mas sob a premissa de que dali novos debates sobre misoginia, machismo e feminilidade sejam levantados.

E em seus dois primeiros episódios, ainda é incerto dizer para onde Palladino pretende nos levar. Enquanto as suas duas primeiras temporadas reverberaram não apenas por seu ácido e apurado humor, mas também pelos contrastes entre a vida doméstica e o submundo do stand-up nos anos 60, o terceiro ciclo nos deixou um tanto à deriva. Repetindo sua fórmula do passado, The Marvelous Mrs. Maisel acertou por entregar uma impecável combinação de design de produção, figurino e piadas, mas pecou por entregar uma trama rasa em termos socioculturais. Enquanto acompanhávamos sua aventura por novas fronteiras ao lado do cantor negro Shy Baldwin, pouco vimos dos desafios se der um homem preto e gay viajando pelo mundo.

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Mas pequenos fragmentos do início da nova temporada indicam que os ares devem mudar. Conforme vemos nossos personagens amadurecerem diante dos nossos olhos, percebemos ainda a chegada de um tempo de ruptura para cada um deles, o que pode ser revigorante para o elenco bem como para a audiência. E sob as poderosas performances de Rachel Brosnahan, Alex Borstein e Tony Shalhoub, The Marvelous Mrs. Maisel segue em boas mãos, como uma deliciosa comédia que possui um timing certeiro em seu humor, conforme presenteia a audiência com uma riquíssima e nostálgica experiência televisiva, que emana uma beleza plástica em cada detalhe. E ainda que alguns ajustes narrativos sejam necessários, a série de Sherman-Palladino continua sendo um daqueles raros e tão valiosos respiros no tempo, que exalam originalidade e autenticidade em meio a tantas repetições de gênero.

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Entre a acidez e a delicadeza de uma personagem tão contrastante, existe uma nova Sra. Maisel que parece estar surgindo diante dos olhos da audiência na 4ª temporada da aclamada série de comédia The Marvelous Mrs. Maisel. Aqui, logo em seus dois primeiros episódios, a ex- dona de casa que se torna uma comediante stand-up não deve apenas provar-se como uma artista em um mundo masculino. Dessa vez, os conflitos sociais pouco aprofundados do ciclo anterior voltam a bater à porta, nos lembrando que talvez a criadora Amy Sherman-Palladino esteja pronta para levar sua narrativa para caminhos mais sombrios.

Sob a sombra de uma performance poderosa – mas catastrófica e que lhe custou sua turnê internacional -, Midge Maisel retoma sua trajetória como uma mulher em confronto, não apenas por suas honestas piadas, mas também pelos reflexos delas. Após expor a vida íntima do cantor Shy Baldwin (LeRoy McClain) nos palcos, a impulsiva comediante deve recolher os cacos de suas escolhas, à medida em que enfrenta as reações de uma comunidade artística nada preparada para lidar com o humor feminino. Mas como alguém que há muito tempo decidiu não se calar mais, a comediante prepara o seu triunfante comeback sem o mesmo glamour de seus figurinos sempre impecáveis, mas sob a premissa de que dali novos debates sobre misoginia, machismo e feminilidade sejam levantados.

E em seus dois primeiros episódios, ainda é incerto dizer para onde Palladino pretende nos levar. Enquanto as suas duas primeiras temporadas reverberaram não apenas por seu ácido e apurado humor, mas também pelos contrastes entre a vida doméstica e o submundo do stand-up nos anos 60, o terceiro ciclo nos deixou um tanto à deriva. Repetindo sua fórmula do passado, The Marvelous Mrs. Maisel acertou por entregar uma impecável combinação de design de produção, figurino e piadas, mas pecou por entregar uma trama rasa em termos socioculturais. Enquanto acompanhávamos sua aventura por novas fronteiras ao lado do cantor negro Shy Baldwin, pouco vimos dos desafios se der um homem preto e gay viajando pelo mundo.

Mas pequenos fragmentos do início da nova temporada indicam que os ares devem mudar. Conforme vemos nossos personagens amadurecerem diante dos nossos olhos, percebemos ainda a chegada de um tempo de ruptura para cada um deles, o que pode ser revigorante para o elenco bem como para a audiência. E sob as poderosas performances de Rachel Brosnahan, Alex Borstein e Tony Shalhoub, The Marvelous Mrs. Maisel segue em boas mãos, como uma deliciosa comédia que possui um timing certeiro em seu humor, conforme presenteia a audiência com uma riquíssima e nostálgica experiência televisiva, que emana uma beleza plástica em cada detalhe. E ainda que alguns ajustes narrativos sejam necessários, a série de Sherman-Palladino continua sendo um daqueles raros e tão valiosos respiros no tempo, que exalam originalidade e autenticidade em meio a tantas repetições de gênero.

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