quarta-feira , 25 dezembro , 2024

Quando o Framboesa Erra… Os Filmes AMADOS dos anos 90 que Foram Indicados ao Pior do Cinema!

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Definitivamente, o Framboesa de Ouro é a “premiação” mais polêmica do cinema. Criada como uma grande brincadeira, a cerimônia é considerada o “anti-Oscar” em Hollywood e aponta o que de pior o cinema entregou a cada ano. Existem os que torcem o nariz e que o consideram algo de mau gosto, afinal taxar produções cinematográficas que foram resultado de sangue e suor de artistas, às vezes envolvidos por anos em suas confecções, é uma espécie de declaração de guerra à arte. A verdade é que o Framboesa de Ouro não se leva a sério, e realmente não deve ser levado a sério. De fato, ao longo dos anos muitos artistas souberam levar na esportiva e entraram na brincadeira, inclusive indo aceitar a “honraria” – como foi o caso com Bill CosbyHalle Berry e Sandra Bullock. É preciso ter bom humor e jogo de cintura.

A verdade é que o Framboesa apenas tem coragem de vociferar o que grande parte do público e dos críticos conversam entre si nos círculos de cinéfilos. Todos têm suas próprias opiniões e ninguém gosta de tudo o tempo todo. Afinal, o que seriam dos filmes bons sem os filmes ruins para servir de comparação. Em grande parte, o Framboesa indica e premia obras execradas pela crítica especializada e que deram prejuízo em bilheteria, ou seja, o público optou por ignorar, pelos mais diversos motivos. O que acontece é que vez ou outra o Framboesa também erra e acaba lembrando de filmes que terminam por resistir ao teste do tempo, sendo redescobertos como cult, ou simplesmente conquistam uma legião de fãs tão grande a cada geração, só aumentando o amor do público por eles.



Confira abaixo os filmes adorados – desta vez dos anos 90, que terminaram sendo indicados pelo Framboesa de Ouro em seu ano de lançamento.

Entrevista com o Vampiro (1994)

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O Framboesa sempre adorou uma polêmica. Mas numa era antes da internet, não era tão fácil saber com precisão o que o público estava achando de determinados filmes. Tudo o que se tinha eram as informações sobre bilheterias. ‘Entrevista com o Vampiro’ se tornou um filme polêmico devido à sua violência praticamente explícita, e fez a apresentadora Oprah Winfrey sair da sessão do filme, gerando muito falatório. Ainda hoje, pessoas mais desavisadas e sensíveis a este tipo de conteúdo continuam deixando o filme antes do final – ocorreu com uma pessoa próxima recentemente. O longa foi indicado a 2 Oscar: melhor direção de arte e melhor trilha sonora. O Framboesa resolveu premiar Tom Cruise e Brad Pitt como a pior dupla daquele ano. Você concorda?

Missão: Impossível (1996)

Por falar em Tom Cruise, o astro por pouco não se tornou um dos perseguidos pelo Framboesa de Ouro. Acontece que a premiação do pior do cinema adora perseguir certos astros que fazem muito sucesso, mas que em determinado momento de suas carreiras quase viraram lugar comum. Cruise, por exemplo, conseguiu de forma muito satisfatória se reinventar variadas vezes. No entanto, dois de seus projetos mais ambiciosos de meados dos anos 90, terminaram entrando no radar do Framboesa. Não que ele tenha ligado, afinal ambos se tornaram extremamente queridos dos fãs. Depois de ‘Entrevista com o Vampiro’, a adaptação do seriado ‘Missão: Impossível’ para o cinema, no qual Cruise apostou todas as suas fichas e segue colhendo os frutos, recebeu a inusitada indicação de “pior roteiro de um filme que arrecadou mais de US$100 milhões em bilheteria”.

Um Drink no Inferno (1996)

Quentin Tarantino. Robert Rodriguez. George Clooney. Harvey Keitel. Juliette Lewis. Um cult imediato. O filme de vampiros escrito por Tarantino e dirigido por Rodriguez serviu para estreitar ainda mais a relação dos amigos cineastas – e marcar a segunda metade dos anos 90 como uma das produções mais adoradas pelos fãs de terror, ainda citada até hoje. Usando o mesmo artifício de Alfred Hitchcock para ‘Psicose’, aqui você também só descobre a verdadeira natureza do filme na segunda metade. Na primeira parte, o longa se comporta como uma história de assalto, com dois irmãos saindo pelas estradas em fuga e causando caos em roubos, sequestros e mortes. É só na segunda parte, quando os personagens chegam ao seu destino depois de atravessar a fronteiro para o México, que a situação escala a um nível surreal e aterrorizador, com um bar lotado de vampiros. No Framboesa, o filme foi injustamente indicado para pior ator coadjuvante, Quentin Tarantino.

Tempo de Matar (1996)

Finalizando a matéria agora chega um favorito pessoal deste que vos fala. ‘Tempo de Matar’, no entanto, não é um filme unânime, ou um sucesso de crítica. Na época, ele foi considerado muito óbvio e pouco sutil em seus comentários sobre o racismo. Porém, baseado no livro do autor especialista em casos de tribunais, John Grisham, o filme aborda alguns tópicos ainda muito dignos de debate, como a pena de morte, e a justiça com as próprias mãos. O mais curioso de se notar sobre o filme, porém, é o quanto ainda condiz com nossa realidade e nosso tempo. Embora tenhamos evoluído bastante em certas questões, discutindo o racismo como nunca anteriormente, ao mesmo tempo regredimos ao perceber conceitos ideológicos ultrapassados cismando em voltar à tona. Tudo isso faz de ‘Tempo de Matar’ um filme ainda, infelizmente, atual. O Framboesa o indicou na mesma categoria que ‘Missão: Impossível’, na de pior roteiro para um filme que arrecadou mais de US$100 milhões em bilheteria.

Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões (1991)

Um dos maiores sucessos do início dos anos 1990, Kevin Costner modernizava o clássico personagem da era de ouro de Hollywood. Costner era o astro mais quente dos EUA na época, e havia acabado de fazer a limpa no Oscar com ‘Dança com Lobos’ (1990). ‘Robin Hood’ marcou época e foi a segunda maior bilheteria de seu respectivo ano, rendendo para a Warner mundialmente mais de US$390 milhões. E quem poderia esquecer a canção ‘(Everything I Do) I Do It For You’, de Bryan Adams, indicada ao Oscar. Apesar de toda a badalação, o Framboesa não perdoou e nomeou Christian Slater para pior ator coadjuvante. Mais grave ainda foi ter dado o Framboesa de pior ator para o astro Kevin Costner. Coisas de Framboesa.

Batman – O Retorno (1992)

Tudo bem que foi o segundo filme do Homem-Morcego para o cinema que terminou afastando Tim Burton e sua visão muito sombria e melancólica para o universo de Gotham City e seus habitantes. Ficou claro que após o sucesso estrondoso de ‘Batman’ (1989), o diretor pediu carta branca para fazer a continuação do jeito que bem entendesse. A Warner confiou. Resultado: ‘Batman – O Retorno’ se tornou um filme mais de Tim Burton do que um produto de herói da DC. O que na época foi até bom, apesar de ter afastado o público infantil – que não era o que os produtores planejavam. Para muitos, esse ainda é o filme preferido do herói. O longa foi indicado para 2 Oscar: melhores efeitos visuais e melhor maquiagem. Aproveitando a repercussão, em partes, negativa, o Framboesa decidiu indicar, equivocadamente, Danny DeVito como pior ator coadjuvante.

Instinto Selvagem (1992)

Instinto Selvagem’ foi o filme que serviu de divisor de águas na carreira do furacão Sharon Stone. Somente os que ainda não estavam vivos na época não conseguem compreender o fenômeno de pura sensualidade que foi a atriz em seu auge. Fora isso, transformava também a carreira do cineasta holandês Paul Verhoeven, o tirando de blockbusters de ação, para produções mais provocativas e eróticas. ‘Instinto Selvagem’ deu o que falar na época, considerado o filme mais sensual de todos os tempos. O sucesso foi tanto que serviu para criar um subgênero próprio, o dos thrillers eróticos. Até mesmo no Oscar o filme emplacou, com as indicações de melhor edição e melhor trilha sonora. O Framboesa sentiu ciúmes e também quis chocar, aproveitando o bafafá em torno do filme para indica-lo para pior ator (Michael Douglas), pior atriz coadjuvante (Jeanne Tripplehorn) e, é claro, pior revelação para a musa Sharon Stone.

O Guarda-Costas (1992)

É indiscutível que os organizadores do Framboesa possuem certas picuinhas com determinados atores. E toda oportunidade que têm, sempre os estão “perseguindo”. Um dos grandes alvos do Framboesa nos anos 90 foi o astro Kevin Costner. Tudo bem que em determinados projetos, Costner até mereceu ser “zoado”, vide ‘Waterworld’ (um bom prazer culposo) e ‘O Mensageiro’. Porém, depois de erroneamente indicar ‘Robin Hood’, o Framboesa foi mais longe ainda, indicando um filme ainda muito querido do grande público, ‘O Guarda-Costas’. Sucesso inesquecível do cinema, o longa serviu para revelar o talento da imortal Whitney Houston como atriz. É claro que por ser um filme também muito musical, o longa iria parar no Oscar, mas curiosamente as canções indicadas foram ‘I Have Nothing’ e ‘Run to You’, deixando o “hino” do filme, ‘I Will Always Love You’, de fora. O motivo? Se trata de uma regravação e não uma canção original. O Framboesa pegou pesado e errou foi ao indicar ‘O Guarda-Costas’ para 6 “prêmios”: pior filme, pior ator (Costner), pior atriz (Houston), pior roteiro, pior canção (‘Queen of the Night’) e pior revelação (Houston).

O Demolidor (1993)

Talvez o maior perseguido pelo Framboesa de Ouro na história da premiação do pior do cinema seja o astro Sylvester Stallone. Especialista em filmes de ação e blockbusters, seus trabalhos não costumam agradar a todos os públicos, em especial aqueles que preferem filmes mais sérios e realistas, ou o público feminino, por exemplo. E também não é dizer que todos os filmes de ação estrelados por Stallone são obras-primas do gênero, muito pelo contrário. O próprio ‘O Demolidor’, que chega agora na lista, não foi uma produção unânime em seu lançamento – é só perceber porque ele nunca gerou uma continuação (se tivesse atingido o esperado financeiramente, teria um filme dois certamente). Independente disso, o longa é uma produção divertidíssima, que parece ter nascido para ser cult. Fora isso, continua a ser redescobertp a cada geração. O Framboesa até que não pegou tão pesado assim com o filme, e sua única indicação foi para Sandra Bullock, como pior atriz coadjuvante. Curiosamente, no ano seguinte a atriz explodiria e viraria a estrela que é hoje.

O Máskara (1994)

Existem alguns filmes que ajudaram a revolucionar a indústria cinematográfica em relação aos seus efeitos especiais de computação gráfica. Era o próximo passo na evolução da tecnologia, e tais obras foram primordiais, ajudando a chegarmos no que temos hoje em matéria de CGI. Pensa só, se não fossem filmes como ‘O Exterminador do Futuro 2’ e ‘Jurassic Park’, provavelmente não teríamos o MCU, o universo cinematográfico da Marvel hoje. ‘O Máskara’ fez parte dessa revolução, e podemos juntá-lo à lista citada, dando o passo seguinte depois de ‘Jurassic Park’. A indicação aqui do Framboesa é específica e até compreensível em partes, já que quando surgiu em cena o humorista Jim Carrey se tornou um fenômeno de público, mas a maioria dos críticos torceu o nariz para ele. Não adiantou, ele se tornaria um astro. E ‘O Máskara’ foi o segundo passo para isso. O filme, é claro, foi indicado ao Oscar de melhores efeitos visuais, mas também para pior revelação (Jim Carrey).

 

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Quando o Framboesa Erra… Os Filmes AMADOS dos anos 90 que Foram Indicados ao Pior do Cinema!

Definitivamente, o Framboesa de Ouro é a “premiação” mais polêmica do cinema. Criada como uma grande brincadeira, a cerimônia é considerada o “anti-Oscar” em Hollywood e aponta o que de pior o cinema entregou a cada ano. Existem os que torcem o nariz e que o consideram algo de mau gosto, afinal taxar produções cinematográficas que foram resultado de sangue e suor de artistas, às vezes envolvidos por anos em suas confecções, é uma espécie de declaração de guerra à arte. A verdade é que o Framboesa de Ouro não se leva a sério, e realmente não deve ser levado a sério. De fato, ao longo dos anos muitos artistas souberam levar na esportiva e entraram na brincadeira, inclusive indo aceitar a “honraria” – como foi o caso com Bill CosbyHalle Berry e Sandra Bullock. É preciso ter bom humor e jogo de cintura.

A verdade é que o Framboesa apenas tem coragem de vociferar o que grande parte do público e dos críticos conversam entre si nos círculos de cinéfilos. Todos têm suas próprias opiniões e ninguém gosta de tudo o tempo todo. Afinal, o que seriam dos filmes bons sem os filmes ruins para servir de comparação. Em grande parte, o Framboesa indica e premia obras execradas pela crítica especializada e que deram prejuízo em bilheteria, ou seja, o público optou por ignorar, pelos mais diversos motivos. O que acontece é que vez ou outra o Framboesa também erra e acaba lembrando de filmes que terminam por resistir ao teste do tempo, sendo redescobertos como cult, ou simplesmente conquistam uma legião de fãs tão grande a cada geração, só aumentando o amor do público por eles.

Confira abaixo os filmes adorados – desta vez dos anos 90, que terminaram sendo indicados pelo Framboesa de Ouro em seu ano de lançamento.

Entrevista com o Vampiro (1994)

O Framboesa sempre adorou uma polêmica. Mas numa era antes da internet, não era tão fácil saber com precisão o que o público estava achando de determinados filmes. Tudo o que se tinha eram as informações sobre bilheterias. ‘Entrevista com o Vampiro’ se tornou um filme polêmico devido à sua violência praticamente explícita, e fez a apresentadora Oprah Winfrey sair da sessão do filme, gerando muito falatório. Ainda hoje, pessoas mais desavisadas e sensíveis a este tipo de conteúdo continuam deixando o filme antes do final – ocorreu com uma pessoa próxima recentemente. O longa foi indicado a 2 Oscar: melhor direção de arte e melhor trilha sonora. O Framboesa resolveu premiar Tom Cruise e Brad Pitt como a pior dupla daquele ano. Você concorda?

Missão: Impossível (1996)

Por falar em Tom Cruise, o astro por pouco não se tornou um dos perseguidos pelo Framboesa de Ouro. Acontece que a premiação do pior do cinema adora perseguir certos astros que fazem muito sucesso, mas que em determinado momento de suas carreiras quase viraram lugar comum. Cruise, por exemplo, conseguiu de forma muito satisfatória se reinventar variadas vezes. No entanto, dois de seus projetos mais ambiciosos de meados dos anos 90, terminaram entrando no radar do Framboesa. Não que ele tenha ligado, afinal ambos se tornaram extremamente queridos dos fãs. Depois de ‘Entrevista com o Vampiro’, a adaptação do seriado ‘Missão: Impossível’ para o cinema, no qual Cruise apostou todas as suas fichas e segue colhendo os frutos, recebeu a inusitada indicação de “pior roteiro de um filme que arrecadou mais de US$100 milhões em bilheteria”.

Um Drink no Inferno (1996)

Quentin Tarantino. Robert Rodriguez. George Clooney. Harvey Keitel. Juliette Lewis. Um cult imediato. O filme de vampiros escrito por Tarantino e dirigido por Rodriguez serviu para estreitar ainda mais a relação dos amigos cineastas – e marcar a segunda metade dos anos 90 como uma das produções mais adoradas pelos fãs de terror, ainda citada até hoje. Usando o mesmo artifício de Alfred Hitchcock para ‘Psicose’, aqui você também só descobre a verdadeira natureza do filme na segunda metade. Na primeira parte, o longa se comporta como uma história de assalto, com dois irmãos saindo pelas estradas em fuga e causando caos em roubos, sequestros e mortes. É só na segunda parte, quando os personagens chegam ao seu destino depois de atravessar a fronteiro para o México, que a situação escala a um nível surreal e aterrorizador, com um bar lotado de vampiros. No Framboesa, o filme foi injustamente indicado para pior ator coadjuvante, Quentin Tarantino.

Tempo de Matar (1996)

Finalizando a matéria agora chega um favorito pessoal deste que vos fala. ‘Tempo de Matar’, no entanto, não é um filme unânime, ou um sucesso de crítica. Na época, ele foi considerado muito óbvio e pouco sutil em seus comentários sobre o racismo. Porém, baseado no livro do autor especialista em casos de tribunais, John Grisham, o filme aborda alguns tópicos ainda muito dignos de debate, como a pena de morte, e a justiça com as próprias mãos. O mais curioso de se notar sobre o filme, porém, é o quanto ainda condiz com nossa realidade e nosso tempo. Embora tenhamos evoluído bastante em certas questões, discutindo o racismo como nunca anteriormente, ao mesmo tempo regredimos ao perceber conceitos ideológicos ultrapassados cismando em voltar à tona. Tudo isso faz de ‘Tempo de Matar’ um filme ainda, infelizmente, atual. O Framboesa o indicou na mesma categoria que ‘Missão: Impossível’, na de pior roteiro para um filme que arrecadou mais de US$100 milhões em bilheteria.

Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões (1991)

Um dos maiores sucessos do início dos anos 1990, Kevin Costner modernizava o clássico personagem da era de ouro de Hollywood. Costner era o astro mais quente dos EUA na época, e havia acabado de fazer a limpa no Oscar com ‘Dança com Lobos’ (1990). ‘Robin Hood’ marcou época e foi a segunda maior bilheteria de seu respectivo ano, rendendo para a Warner mundialmente mais de US$390 milhões. E quem poderia esquecer a canção ‘(Everything I Do) I Do It For You’, de Bryan Adams, indicada ao Oscar. Apesar de toda a badalação, o Framboesa não perdoou e nomeou Christian Slater para pior ator coadjuvante. Mais grave ainda foi ter dado o Framboesa de pior ator para o astro Kevin Costner. Coisas de Framboesa.

Batman – O Retorno (1992)

Tudo bem que foi o segundo filme do Homem-Morcego para o cinema que terminou afastando Tim Burton e sua visão muito sombria e melancólica para o universo de Gotham City e seus habitantes. Ficou claro que após o sucesso estrondoso de ‘Batman’ (1989), o diretor pediu carta branca para fazer a continuação do jeito que bem entendesse. A Warner confiou. Resultado: ‘Batman – O Retorno’ se tornou um filme mais de Tim Burton do que um produto de herói da DC. O que na época foi até bom, apesar de ter afastado o público infantil – que não era o que os produtores planejavam. Para muitos, esse ainda é o filme preferido do herói. O longa foi indicado para 2 Oscar: melhores efeitos visuais e melhor maquiagem. Aproveitando a repercussão, em partes, negativa, o Framboesa decidiu indicar, equivocadamente, Danny DeVito como pior ator coadjuvante.

Instinto Selvagem (1992)

Instinto Selvagem’ foi o filme que serviu de divisor de águas na carreira do furacão Sharon Stone. Somente os que ainda não estavam vivos na época não conseguem compreender o fenômeno de pura sensualidade que foi a atriz em seu auge. Fora isso, transformava também a carreira do cineasta holandês Paul Verhoeven, o tirando de blockbusters de ação, para produções mais provocativas e eróticas. ‘Instinto Selvagem’ deu o que falar na época, considerado o filme mais sensual de todos os tempos. O sucesso foi tanto que serviu para criar um subgênero próprio, o dos thrillers eróticos. Até mesmo no Oscar o filme emplacou, com as indicações de melhor edição e melhor trilha sonora. O Framboesa sentiu ciúmes e também quis chocar, aproveitando o bafafá em torno do filme para indica-lo para pior ator (Michael Douglas), pior atriz coadjuvante (Jeanne Tripplehorn) e, é claro, pior revelação para a musa Sharon Stone.

O Guarda-Costas (1992)

É indiscutível que os organizadores do Framboesa possuem certas picuinhas com determinados atores. E toda oportunidade que têm, sempre os estão “perseguindo”. Um dos grandes alvos do Framboesa nos anos 90 foi o astro Kevin Costner. Tudo bem que em determinados projetos, Costner até mereceu ser “zoado”, vide ‘Waterworld’ (um bom prazer culposo) e ‘O Mensageiro’. Porém, depois de erroneamente indicar ‘Robin Hood’, o Framboesa foi mais longe ainda, indicando um filme ainda muito querido do grande público, ‘O Guarda-Costas’. Sucesso inesquecível do cinema, o longa serviu para revelar o talento da imortal Whitney Houston como atriz. É claro que por ser um filme também muito musical, o longa iria parar no Oscar, mas curiosamente as canções indicadas foram ‘I Have Nothing’ e ‘Run to You’, deixando o “hino” do filme, ‘I Will Always Love You’, de fora. O motivo? Se trata de uma regravação e não uma canção original. O Framboesa pegou pesado e errou foi ao indicar ‘O Guarda-Costas’ para 6 “prêmios”: pior filme, pior ator (Costner), pior atriz (Houston), pior roteiro, pior canção (‘Queen of the Night’) e pior revelação (Houston).

O Demolidor (1993)

Talvez o maior perseguido pelo Framboesa de Ouro na história da premiação do pior do cinema seja o astro Sylvester Stallone. Especialista em filmes de ação e blockbusters, seus trabalhos não costumam agradar a todos os públicos, em especial aqueles que preferem filmes mais sérios e realistas, ou o público feminino, por exemplo. E também não é dizer que todos os filmes de ação estrelados por Stallone são obras-primas do gênero, muito pelo contrário. O próprio ‘O Demolidor’, que chega agora na lista, não foi uma produção unânime em seu lançamento – é só perceber porque ele nunca gerou uma continuação (se tivesse atingido o esperado financeiramente, teria um filme dois certamente). Independente disso, o longa é uma produção divertidíssima, que parece ter nascido para ser cult. Fora isso, continua a ser redescobertp a cada geração. O Framboesa até que não pegou tão pesado assim com o filme, e sua única indicação foi para Sandra Bullock, como pior atriz coadjuvante. Curiosamente, no ano seguinte a atriz explodiria e viraria a estrela que é hoje.

O Máskara (1994)

Existem alguns filmes que ajudaram a revolucionar a indústria cinematográfica em relação aos seus efeitos especiais de computação gráfica. Era o próximo passo na evolução da tecnologia, e tais obras foram primordiais, ajudando a chegarmos no que temos hoje em matéria de CGI. Pensa só, se não fossem filmes como ‘O Exterminador do Futuro 2’ e ‘Jurassic Park’, provavelmente não teríamos o MCU, o universo cinematográfico da Marvel hoje. ‘O Máskara’ fez parte dessa revolução, e podemos juntá-lo à lista citada, dando o passo seguinte depois de ‘Jurassic Park’. A indicação aqui do Framboesa é específica e até compreensível em partes, já que quando surgiu em cena o humorista Jim Carrey se tornou um fenômeno de público, mas a maioria dos críticos torceu o nariz para ele. Não adiantou, ele se tornaria um astro. E ‘O Máskara’ foi o segundo passo para isso. O filme, é claro, foi indicado ao Oscar de melhores efeitos visuais, mas também para pior revelação (Jim Carrey).

 

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