sexta-feira , 27 dezembro , 2024

Quer assistir a um comédia romântica fofa, apaixonante e DELICIOSA? Confira essa dica na Netflix!

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Nos últimos tempos, a Netflix tem feito cada bomba que qualquer filme original já parece carregar consigo um certo tipo de preconceito de parte do público. Só que Amor à Primeira Vista pode marcar uma “virada de chave” na empresa, porque é um verdadeiro filmaço. Curiosamente, apesar de ser uma clássica comédia romântica, o longa já faz questão de anunciar desde o princípio que não é sobre amor, mas sobre destino e as probabilidades que ele envolve.



Inspirado no livro A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista, da norte-americana Jennifer E. Smith, o filme é conduzido por uma narradora-personagem que conta a história de como os caminhos de Hadley (Haley Lu Richardson) e Oliver (Ben Hardy) se cruzaram quase que magicamente no aeroporto, e como essas 8h que eles passaram juntos seriam decisivas para o futuro dos dois. A menina estava indo dos EUA para Londres, onde seu pai iria se casar novamente, enquanto o rapaz, britânico, estava voltando para casa, onde um nada convencional evento de família ocorreria. Então, por obra do destino, eles acabaram passando um voo juntos e eventualmente se apaixonaram, mesmo que não admitam inicialmente.

E o mais interessante dessa proposta é que em menos de 20 minutos de filme, o casal já exala tanta química que o espectador se vê embarcado, torcendo pelo romance dos dois, independentemente do que venha a ocorrer a seguir. É uma construção de personagens muito bem feita, porque insere o público nos “encontros” deles como observador, despertando a curiosidade para saber mais sobre eles. E isso é amplificado pelas intervenções da narradora, interpretada pela competente Jameela Jamil, que aparece ao longo da trama como diferentes personagens e costuma quebrar a quarta parede, falando ao público como se fosse uma fofoca recém-saída do forno. Ela também traz dados e estatísticas o tempo inteiro sobre as mais diversas situações, é incrível.

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A direção de Vanessa Caswill, já famosa nas produções da BBC, foge do convencional ao evitar os planos clássicos das comédias românticas, apesar de se render a alguns em certos momentos, o que traz ao filme uma condução muito agradável de se assistir. A trama conta com momentos não lineares, sempre em prol de desenvolver melhor seu casal principal. Só que o seu maior mérito é mesmo o roteiro. Ele não tem problemas em assumir clichés e os usa para construir um história emocionante que aquece o coração para tentar reestabelecer sua fé no amor.

E como o texto e a direção são muito bons, isso já garante uns 70% do sucesso deste filme. Com a trilha sonora escolhida a dedo para amplificar a sensação de “calorzinho no coração”, chega a uns 75%. Ou seja, a chance de escorregar ficaria a cargo do elenco. E olha, eles impressionam também. Apesar de já estar perto dos 30, Haley Lu Richardson passa tranquilamente como uma jovem recém-saída da adolescência, com 20 anos. E como ela tem um passado no ramo dos dramas e das histórias de amores impossíveis, como no ótimo A Cinco Passos de Você (2019), a atriz sabe exatamente como interpretar a mocinha em dúvidas do próprio futuro. E ela esbanja química com Ben Hardy, que tem uma carreira recente, mas com alguns projetos bem variados, como X-Men: Apocalipse (2016) e Bohemian Rhapsody (2018), em que interpreta o baterista Roger Taylor. Com 32 anos, o ator também consegue convencer como um jovem de 22 anos que baseia sua vida nas estatísticas de sua graduação em matemática. E para quem o viu como o galã psicótico no questionável thriller erótico do Prime Video, The Voyeurs (2021), vê-lo assumir uma personalidade tímida de um nerdzinho apaixonado é uma mudança muito drástica, e mostra como ele entrou bem no papel. Juntos, eles formam um casal fantástico e instigante.

Além disso, mesmo não sendo um filme sobre amor, o longa faz alguns questionamentos bem sutis sobre o que é amar e como uma decisão simples, como a de carregar ou não um telefone celular pode influenciar diretamente todo seu futuro. Uma das reflexões mais interessantes é sobre o uso do amor na sociedade. Em dado momento da história, é mostrado que as pessoas remetem ao amor em despedidas assustadoramente mais do que em começos ou recomeços.

Em meio a essa paixão crescente e praticamente impossível, as questões pessoais da dupla entram em jogo, fazendo com que eles precisem se resolver com suas famílias ou com seus conflitos internos para que o destino possa agir. Afinal, o destino só entra em ação se você deixar.

Entendendo com maestria a arte de contar uma boa história, Amor à Primeira Vista é a melhor comédia romântica do ano, mesclando elementos clássicos do gênero com uma proposta mais Pop, e garantindo muita emoção para quem for assistir. E como não tem uma duração muito longa (1h30 aproximadamente), é o programa ideal para quem busca um excelente filme para assistir no fim de semana.

Amor à Primeira Vista está disponível na Netflix.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Nos últimos tempos, a Netflix tem feito cada bomba que qualquer filme original já parece carregar consigo um certo tipo de preconceito de parte do público. Só que Amor à Primeira Vista pode marcar uma “virada de chave” na empresa, porque é um verdadeiro filmaço. Curiosamente, apesar de ser uma clássica comédia romântica, o longa já faz questão de anunciar desde o princípio que não é sobre amor, mas sobre destino e as probabilidades que ele envolve.

Inspirado no livro A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista, da norte-americana Jennifer E. Smith, o filme é conduzido por uma narradora-personagem que conta a história de como os caminhos de Hadley (Haley Lu Richardson) e Oliver (Ben Hardy) se cruzaram quase que magicamente no aeroporto, e como essas 8h que eles passaram juntos seriam decisivas para o futuro dos dois. A menina estava indo dos EUA para Londres, onde seu pai iria se casar novamente, enquanto o rapaz, britânico, estava voltando para casa, onde um nada convencional evento de família ocorreria. Então, por obra do destino, eles acabaram passando um voo juntos e eventualmente se apaixonaram, mesmo que não admitam inicialmente.

E o mais interessante dessa proposta é que em menos de 20 minutos de filme, o casal já exala tanta química que o espectador se vê embarcado, torcendo pelo romance dos dois, independentemente do que venha a ocorrer a seguir. É uma construção de personagens muito bem feita, porque insere o público nos “encontros” deles como observador, despertando a curiosidade para saber mais sobre eles. E isso é amplificado pelas intervenções da narradora, interpretada pela competente Jameela Jamil, que aparece ao longo da trama como diferentes personagens e costuma quebrar a quarta parede, falando ao público como se fosse uma fofoca recém-saída do forno. Ela também traz dados e estatísticas o tempo inteiro sobre as mais diversas situações, é incrível.

A direção de Vanessa Caswill, já famosa nas produções da BBC, foge do convencional ao evitar os planos clássicos das comédias românticas, apesar de se render a alguns em certos momentos, o que traz ao filme uma condução muito agradável de se assistir. A trama conta com momentos não lineares, sempre em prol de desenvolver melhor seu casal principal. Só que o seu maior mérito é mesmo o roteiro. Ele não tem problemas em assumir clichés e os usa para construir um história emocionante que aquece o coração para tentar reestabelecer sua fé no amor.

E como o texto e a direção são muito bons, isso já garante uns 70% do sucesso deste filme. Com a trilha sonora escolhida a dedo para amplificar a sensação de “calorzinho no coração”, chega a uns 75%. Ou seja, a chance de escorregar ficaria a cargo do elenco. E olha, eles impressionam também. Apesar de já estar perto dos 30, Haley Lu Richardson passa tranquilamente como uma jovem recém-saída da adolescência, com 20 anos. E como ela tem um passado no ramo dos dramas e das histórias de amores impossíveis, como no ótimo A Cinco Passos de Você (2019), a atriz sabe exatamente como interpretar a mocinha em dúvidas do próprio futuro. E ela esbanja química com Ben Hardy, que tem uma carreira recente, mas com alguns projetos bem variados, como X-Men: Apocalipse (2016) e Bohemian Rhapsody (2018), em que interpreta o baterista Roger Taylor. Com 32 anos, o ator também consegue convencer como um jovem de 22 anos que baseia sua vida nas estatísticas de sua graduação em matemática. E para quem o viu como o galã psicótico no questionável thriller erótico do Prime Video, The Voyeurs (2021), vê-lo assumir uma personalidade tímida de um nerdzinho apaixonado é uma mudança muito drástica, e mostra como ele entrou bem no papel. Juntos, eles formam um casal fantástico e instigante.

Além disso, mesmo não sendo um filme sobre amor, o longa faz alguns questionamentos bem sutis sobre o que é amar e como uma decisão simples, como a de carregar ou não um telefone celular pode influenciar diretamente todo seu futuro. Uma das reflexões mais interessantes é sobre o uso do amor na sociedade. Em dado momento da história, é mostrado que as pessoas remetem ao amor em despedidas assustadoramente mais do que em começos ou recomeços.

Em meio a essa paixão crescente e praticamente impossível, as questões pessoais da dupla entram em jogo, fazendo com que eles precisem se resolver com suas famílias ou com seus conflitos internos para que o destino possa agir. Afinal, o destino só entra em ação se você deixar.

Entendendo com maestria a arte de contar uma boa história, Amor à Primeira Vista é a melhor comédia romântica do ano, mesclando elementos clássicos do gênero com uma proposta mais Pop, e garantindo muita emoção para quem for assistir. E como não tem uma duração muito longa (1h30 aproximadamente), é o programa ideal para quem busca um excelente filme para assistir no fim de semana.

Amor à Primeira Vista está disponível na Netflix.

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