quinta-feira, março 28, 2024

Rebel Heart – 7 anos | As 5 melhores músicas do álbum mais honesto de Madonna

Três anos depois de ter apostado fichas em um amontoado de retalhos intitulado ‘MDNA’Madonna resolveu explorar seu lado mais rebelde e honesto ao retornar para o mundo da música com o subestimado ‘Rebel Heart’.

Composto por nada menos que 19 faixas, a produção foi elogiada pela crítica especializada, que o caracterizou como o melhor lançamento de sua carreira em uma década (ou seja, desde o ótimo ‘Confessions on a Dance Floor’, em 2005), e também estreou em 2º lugar nos charts da Billboard, além de render algumas canções muito bem produzidas e um apreço de uma das cantoras e compositoras mais importantes da história da fonografia pelas incursões contemporâneas.

No dia de hoje, 06 de março, o álbum completa sete anos desde seu lançamento oficial- e nada melhor que comemorarmos com uma singela matéria especial.

Diferente do que vínhamos fazendo com outros discos aniversariantes, montamos um breve ranking elegendo as cinco melhores faixas de ‘Rebel Heart’.

Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual a sua favorita:

5. “WASH ALL OVER ME”

Fazendo referências a si própria, Madonna retornou para o final dos anos 1990 e pegou algumas páginas emprestadas da melancolia sinestésica de “The Power of Good-Bye” para dar vida à balada pop “Wash All Over Me”. Aqui, o público é convidado a descontruir, junto a ela, os preceitos elegíacos engessados na música, mergulhando em uma comoção de tirar o fôlego em uma narrativa que fala sobre inseguranças e sobre o que queremos deixar para o mundo quando formos embora.

4. “LIVING FOR LOVE”

Em ‘Rebel Heart’, temos a presença constante dos sintetizadores, aliados aos drills do novo século e mascarados com o piano elétrico e com um místico baixo que parece se transmutar em vários elementos diferentes. “Living for Love”, dessa maneira, é uma incrível abertura para o álbum, refrescante em cada acorde propositalmente unidimensional e criando um ecoante e bem estruturado pano de fundo – tudo isso conforme é pincelado com camadas vocais secundárias on point e um beat-drop comedido e funcional

Não deixe de assistir:

3. “DEVIL PRAY”

Pegando elementos já explorados em ‘Music’ e em ‘Hard Candy’ (neste, com especificidade marcante em “Miles Away”), Madonna abraçou a melodia inestimável do violão para “Devil Pray”, uma diabólica, blasfema e irretocável rendição que premeditaria as inflexões ainda mais chocantes de ‘Madame X’. A faixa, apesar de pincelada com o piano e os sintetizadores dos anos 2010, promove uma viagem de volta aos anos 1960, remodelando a memorável “House of the Rising Sun” às modernizações experimentais da atualidade.

2. “HEARTBREAKCITY”

Ao longo dessa belíssima jornada, Madonna mostra-se extremamente sagaz ao criar retratos íntimos de sua própria carreira, seja na forma de construções recuadas e movidas pelo classicismo do piano, como a poética e marchante “HeartBreakCity” (que viria a influenciar Mark Ronson anos mais tarde). Talvez como nunca, a cantora e compositora se mostra disposta a falar do lado mais obscuro do sucesso e da solidão, resumidos pela pungente estrofe “você conseguiu o que quis, um pouco de fama e fortuna, e eu não sou mais útil”.

1. “GHOSTTOWN”

O 13º álbum de Madonna representou o começo de um retorno à forma para a própria artista – motivo pelo qual a maior preocupação estética entregou, em boa parte, um compilado de canções que nunca realmente descarrilham ou exageram em suas propostas. E, quando a performer se mostra inspirada o suficiente, entrega obras-primas como “Ghosttown”, facilmente uma das canções mais profundas e tocantes de sua carreira.

Acompanhada de um videoclipe cinemático irretocável, a balada em electro-pop traz os elementos do órgão e da matéria para construir uma história introspectiva que vai para além de um mero conto romântico, atingindo um âmbito metafórico que conversa com a própria vida da artista.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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