terça-feira , 5 novembro , 2024

Remake francês que estreou em 1º LUGAR na Netflix fracassa em sua ação desenfreada!

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A previsibilidade numa corrida contra o tempo. Tendo como referência uma obra homônima lançada no final da década de 40 pelo escritor e ativista francês Georges Arnaud, O Salário do Medo, basicamente, busca explorar uma releitura dos principais elementos de uma história que já rendeu uma Palma de Ouro em Cannes e um Urso de Ouro em Berlim no mesmo ano para uma outra adaptação da década de 50. Só que aqui, nessa versão de 2024, tudo parece ser muito corrido e atropelado, em uma narrativa confusa que estaciona nas emoções associando conflitos familiares à um foco total em explosões pra todo lado. Em muitos momentos, parece que estamos vendo um filme do Michael Bay.

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Na trama, conhecemos Fred (Franck Gastambide), um faz tudo em relação à segurança, que no passado, após sua ganância o dominar, acabar vendo o irmão Alex (Alban Lenoir) ser preso. O tempo passa e Fred agora está em um campo de refugiados no meio de um deserto ao lado da esposa e filha do irmão. Quando um poço de petróleo, próximo ao lugar, apresenta graves problemas, a única solução é explodi-lo com uma quantidade enorme de material perigoso. Assim, colocado contra a parede pela empresa responsável pelo poço, Fred tem a chance de reencontrar seu irmão, e, junto a uma equipe duvidosa, precisarão encarar um caminho perigoso à bordo de dois caminhões por centenas de quilômetros transportando a carga.

Esse projeto francês ignora uma premissa básica de todo bom roteiro: explicar com um mínimo de profundidade os motivos para os conflitos dos personagens. Outra questão jogada para escanteio é o olhar macro para seu contexto, muito mal definido. O espectador se sente perdido a todo instante, deixando-se levar por uma correnteza de ações sem pé no freio explorando o deserto e seus riscos incalculáveis. Muitas vezes parece que estamos vendo um gameplay de um novo jogo de videgame onde o controle não funciona.

A ganância parece ser o elemento que percorre com mais eficácia o foco do roteiro. É um ponto estabilizador de onde surgem alguns conflitos. Numa região repleta de riquezas naturais, e seu contraponto com a pobreza, além de reivindicações territoriais e piratas armados pra todo lado, esse eterno conflito, visto em muitos lugares na realidade, é pouco explorado, deixando qualquer lapso de crítica bem distante do alvo.

O obra escrita por Georges Arnaud, já foi usada também em outros dois projetos cinematográficos. Um lá em 1953, também chamado O Salário do Medo, pelas mãos do cineasta Henri-Georges Clouzot. Esse filme, como mencionado no primeiro parágrafo, ganhou dois importantes prêmios da indústria cinematográfica no mesmo ano, um feito único nunca mais conseguido. No final dos anos 70, o longa-metragem O Comboio do Medo, assinado por William Friedkin, também usou como referência a obra de Arnaud.

Com a possibilidade de ser mais eficiente, esse filme lançado pela Netflix nesse primeiro semestre de 2024 e dirigido por Julien Leclercq, se esconde em uma narrativa trivial. As tentativas de validar um relacionamento abalado entre dois irmãos e um arco dramático do protagonista no seu romance em meio caos, deixam tudo fora de contexto, embaralhando muitos porquês rumo a uma corrida contra o tempo que não deixa de ser a representação de um filme convencional de ação.

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Na trama, conhecemos Fred (Franck Gastambide), um faz tudo em relação à segurança, que no passado, após sua ganância o dominar, acabar vendo o irmão Alex (Alban Lenoir) ser preso. O tempo passa e Fred agora está em um campo de refugiados no meio de um deserto ao lado da esposa e filha do irmão. Quando um poço de petróleo, próximo ao lugar, apresenta graves problemas, a única solução é explodi-lo com uma quantidade enorme de material perigoso. Assim, colocado contra a parede pela empresa responsável pelo poço, Fred tem a chance de reencontrar seu irmão, e, junto a uma equipe duvidosa, precisarão encarar um caminho perigoso à bordo de dois caminhões por centenas de quilômetros transportando a carga.

Esse projeto francês ignora uma premissa básica de todo bom roteiro: explicar com um mínimo de profundidade os motivos para os conflitos dos personagens. Outra questão jogada para escanteio é o olhar macro para seu contexto, muito mal definido. O espectador se sente perdido a todo instante, deixando-se levar por uma correnteza de ações sem pé no freio explorando o deserto e seus riscos incalculáveis. Muitas vezes parece que estamos vendo um gameplay de um novo jogo de videgame onde o controle não funciona.

A ganância parece ser o elemento que percorre com mais eficácia o foco do roteiro. É um ponto estabilizador de onde surgem alguns conflitos. Numa região repleta de riquezas naturais, e seu contraponto com a pobreza, além de reivindicações territoriais e piratas armados pra todo lado, esse eterno conflito, visto em muitos lugares na realidade, é pouco explorado, deixando qualquer lapso de crítica bem distante do alvo.

O obra escrita por Georges Arnaud, já foi usada também em outros dois projetos cinematográficos. Um lá em 1953, também chamado O Salário do Medo, pelas mãos do cineasta Henri-Georges Clouzot. Esse filme, como mencionado no primeiro parágrafo, ganhou dois importantes prêmios da indústria cinematográfica no mesmo ano, um feito único nunca mais conseguido. No final dos anos 70, o longa-metragem O Comboio do Medo, assinado por William Friedkin, também usou como referência a obra de Arnaud.

Com a possibilidade de ser mais eficiente, esse filme lançado pela Netflix nesse primeiro semestre de 2024 e dirigido por Julien Leclercq, se esconde em uma narrativa trivial. As tentativas de validar um relacionamento abalado entre dois irmãos e um arco dramático do protagonista no seu romance em meio caos, deixam tudo fora de contexto, embaralhando muitos porquês rumo a uma corrida contra o tempo que não deixa de ser a representação de um filme convencional de ação.

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