sexta-feira , 22 novembro , 2024

Richard Donner | Relembre os filmes INESQUECÍVEIS na Carreira do Diretor

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Um dos diretores mais memoráveis de Hollywood nos deixou hoje, dia 5 de julho de 2021. Richard Donner faleceu aos 91 anos de idade. O cineasta importantíssimo para a construção do cinema entretenimento como o conhecemos hoje, foi responsável por algumas das obras mais queridas da sétima arte de todos os tempos. Não sendo tão popular quanto nomes como Steven Spielberg e Tim Burton, por exemplo, Donner não deve em nada quando o assunto são produções marcantes nas décadas de 70, 80 e 90. São de sua autoria, por exemplo, alguns dos maiores sucessos das décadas citadas.

Dentre o acervo da filmografia do diretor temos o primeiro grande filme de super-heróis do cinema, a aventura juvenil mais querida do cinema, uma quadrilogia policial que redefiniu o gênero e um dos mais icônicos e perturbadores filmes de terror da história; só para citar alguns. Tá bom para você? É claro que a partida de um diretor deste porte não poderia ficar sem uma homenagem nossa. Portanto, confira abaixo uma lista com nossa seleção dos filmes inesquecíveis da carreira de Richard Donner, um artista que ficará para sempre em nossas lembranças.



A Profecia

Richard Donner começou a carreira ainda em 1960 como diretor de programas de TV. Foram mais de 30 séries com episódios assinados pelo cineasta, entre elas verdadeiros clássicos da televisão americana como James West (1965-1969), FBI (1965-1974), O Fugitivo (1963-1967) e Agente 86 (1965-1970), por exemplo, todas ganhando novas versões modernas. No cinema, seu primeiro sucesso foi com este filme de terror em 1976. A Profecia se tornou um dos longas mais memoráveis do gênero e abordava um tema muito em voga na época: o anticristo na Terra. Na história, o menino Damien é trocado na maternidade e criado por uma rica família de um político. O menino, porém, pode ser na verdade filho do coisa ruim. A Profecia gerou duas continuações e um remake em 2006.

Superman – O Filme

Dois Anos depois do sucesso A Profecia, Richard Donner, então um jovem diretor em ascensão, foi escalado para levar às telonas uma adaptação “séria” de uma famosa história em quadrinhos. O ano era 1978 e o que se tinha de exemplo de produtos do tipo era a série do Batman dos anos 60, totalmente camp com Adam West. Aqui a proposta era outra e a frase de efeito da produção era: “você vai acreditar que um homem pode voar”. Com efeitos visuais de primeira, um apelo mais dramático e atores renomados do porte de Marlon Brando e Gene Hackman, Superman – O Filme se tornou um dos maiores sucessos da época, fez o nome do protagonista Christopher Reeve e segue para muitos como o melhor filme do gênero. O êxito de Donner, porém, não evitou problemas na hora de seguir com a continuação. O estúdio e o diretor divergiram em sua visão e o cineasta foi afastado do cargo, com outro diretor chegando para finalizar a obra. Anos depois, a versão de Donner era lançada. Me diga se você já ouviu essa história antes?

O Feitiço de Áquila

Durante a década de 1980 houve um verdadeiro boom no cinema de “fantasia aventura capa e espada”. As fantasias épicas estavam a toda com obras como Excalibur, Fúria de Titãs, Willow, A Lenda, entre outros. Em meio a isso, Richard Donner surgia para dar sua visão em um longa do gênero em 1985. O escolhido foi O Feitiço de Áquila, que terminou se tornando o mais crível e realista da enxurrada, deixando os efeitos visuais de lado para concentrar-se numa trama mais adulta de romance e drama. Num dilema digno de poemas, um casal sofre com uma maldição que os separa para sempre. Quem relata tudo é o jovem ladrão Gaston, papel de um Matthew Broderick pré-Curtindo a Vida Adoidado (1986). Ele termina sendo salvo por Navarre, papel do igualmente saudoso Rutger Hauer, um cavaleiro medieval acompanhado por uma bela águia. O animal é ninguém menos que sua amada Isabeau, papel de Michelle Pfeiffer no auge de sua beleza. De dia, a mulher se transforma numa águia e de noite, é Navarre quem se transforma num lobo, impedindo que se encontrem em forma humana. A maldição é cortesia do Bispo de Áquila, a quem o cavaleiro pretende matar.

Os Goonies

Richard Donner se manteve ocupado em 1985, e no mesmo ano de lançamento da fantasia dramática O Feitiço de Áquila entregava aquele que viria a se tornar seu filme mais famoso e adorado. Os Goonies, com produção de Steven Spielberg superou inclusive a popularidade de Superman – O Filme, e viria a redefinir o cinema de aventura juvenil. Muito influente, foi este o filme que faria surgir a moda das produções protagonizadas por uma turminha de crianças carismáticas, topando com desafios dignos de super-heróis. Assim, na década de 80 todo mundo queria sua fatia deste estilo de filme, que continua sendo referenciado até hoje, vide o fenômeno Stranger Things. Podemos dizer que tudo começou aqui. Por anos, fala-se numa continuação para Os Goonies, que agora, infelizmente, não contará mais com o comando do criador de tudo Richard Donner.

Máquina Mortífera

Como podemos perceber, Richard Donner coleciona sucesso atrás de sucesso em sua filmografia. É um hit atrás do outro. O que chama atenção não é o fato do diretor ter entregue sucessos de determinados gêneros do cinema. Mas sim ter entregue obras definidoras de tais gêneros. Foram os filmes de Donner que os fizeram surgir ou de alguma forma os remodelaram para o que seguem até hoje. Aqui mais uma revolução. Os buddy cop movies já existiam à altura do lançamento de Máquina Mortífera em 1987, mas nenhum foi tão bem sucedido e ditou tanto as regras do que seria o jogo do que o encontro entre o paizão de família Murtaugh (Danny Glover) e amalucado suicida Riggs (Mel Gibson). Tanto que gerou três continuações – e foi adicionando personagens marcantes à sua mitologia, vide Leo (Joe Pesci), Lorna (Rene Russo) e Butters (Chris Rock) e uma série de TV. Essa é outra franquia da qual se fala em um novo exemplar. Uma pena que precisará existir sem Donner.

Os Fantasmas Contra-Atacam

No ano seguinte de Máquina Mortífera, Richard Donner se uniu ao comediante Bill Murray (no auge de sua popularidade) para um projeto de fantasia com clima família. E quem não ama Bill Murray? Por mais completa que fosse a filmografia de Donner, ele precisava trabalhar com o humorista para dizer que fez de tudo. Essa é uma releitura moderna para o clássico de Charles Dickens, Um Conto de Natal. A sacada é colocar o ranzinza Scrooge como um executivo do alto escalão de uma rede de TV que comete as maiores barbaridades bem na época do natal – é claro, sendo visitado pelos famosos fantasmas do passado, presente e futuro. O filme não fez o sucesso planejado, mas ressurgiu como cult na época do lançamento em vídeo.

Maverick

Richard Donner dirigiu muitas séries, algumas inclusive pertencendo ao gênero do faroeste. Mas deixou passar uma das mais famosas dentro do estilo: Maverick (1957-1962), protagonizado por James Garner na pele de um cowboy apostador que adorava jogar poker. Mas o diretor não deixou por menos e levou às telonas a versão para o cinema de tal seriado. Desta vez com o protagonista vivido por Mel Gibson, mas com o ator original James Garner retornando em um papel muito importante na história. Adicionando muito humor à narrativa, Maverick foi lançado em 1994 se tornando um dos faroestes cômicos mais divertidos do cinema. De quebra, usa um dos papeis mais leves da carreira da musa Jodie Foster, cuja amizade com o astro Gibson dura para fora das telas até hoje.

Assassinos

Sempre se reinventando e se cercando de grandes astros da época, Assassinos trouxe a união de dois grandes nomes da ação dos anos 90: Richard Donner e Sylvester Stallone. O astro da ação fez seu nome e se posicionava no topo de Hollywood com altíssimos salários durante as décadas de 80 e 90. Assim, em 1995, com um apelo mais dramático e um clima puxado para o suspense e mistério, Assassinos contava com um roteiro das irmãs Wachowski numa época pré-Matrix. Além disso, foi um dos primeiros papeis de destaque da talentosíssima Julianne Moore num filme mirado ao grande público. Ela vive a golpista Electra, que se vê no meio de uma guerra entre matadores profissionais: o veterano Robert Rath (Stallone), que está querendo deixar esta linha de trabalho, e o novato arrogante Miguel Bain (Antonio Banderas em seu início de carreira em Hollywood).

Teoria da Conspiração

Nova colaboração entre o astro Mel Gibson e o diretor Richard Donner fora da franquia Máquina Mortífera, o filme conta com o chamariz da estrela Julia Roberts, no ano de 1997 – que via então uma nova guinada em sua carreira rumo a outra onda de popularidade. Justamente por isso Roberts estava reticente ao aceitar o papel de uma advogada se tornando alvo de um taxista pra lá de paranoico repleto de teorias da conspiração, como diz o título, papel de Gibson. A atmosfera do longa é mais sombria e pesada, com cenas intensas de tortura, embora ainda se qualifique no gênero ação. Mas Mel Gibson e Richard Donner terminaram convencendo Roberts a aceitar o projeto, garantindo assim uma grande parceria com o astro e o diretor.

Depois de Máquina Mortífera 4 (1998), Richard Donner faria apenas mais dois filmes como diretor. Linha do Tempo (2003) é uma aventura de fantasia e ficção científica sobre um grupo de arqueólogos viajando no tempo para o passado, precisando encontrar uma forma de sobreviver na França do século XIV até conseguirem retornar de volta ao presente. O filme traz o saudoso Paul Walker e Gerard Butler no elenco. Três anos depois, Richard Donner entregava sua canção do Cisne. 16 Quadras (2006) marcou a primeira parceria entre o diretor e outro grande astro da ação, já em nova fase de sua carreira. Bruce Willis foi ainda mais envelhecido para o papel de um policial em fim de carreira que precisa levar um prisioneiro por 16 quadras até a delegacia antes que outros criminosos e policiais corruptos consigam mata-lo. A graça aqui é que o filme acontece em tempo real, e a trama se desenrola nos 118 minutos de projeção do longa.

Richard Donner será sempre uma presença na alma dos cinéfilos, tendo ajudado a construir o amor por filmes em diversas gerações. Teremos saudade de sua contribuição para a sétima arte, porém, o diretor deixa um verdadeiro legado inesquecível.

 

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Um dos diretores mais memoráveis de Hollywood nos deixou hoje, dia 5 de julho de 2021. Richard Donner faleceu aos 91 anos de idade. O cineasta importantíssimo para a construção do cinema entretenimento como o conhecemos hoje, foi responsável por algumas das obras mais queridas da sétima arte de todos os tempos. Não sendo tão popular quanto nomes como Steven Spielberg e Tim Burton, por exemplo, Donner não deve em nada quando o assunto são produções marcantes nas décadas de 70, 80 e 90. São de sua autoria, por exemplo, alguns dos maiores sucessos das décadas citadas.

Dentre o acervo da filmografia do diretor temos o primeiro grande filme de super-heróis do cinema, a aventura juvenil mais querida do cinema, uma quadrilogia policial que redefiniu o gênero e um dos mais icônicos e perturbadores filmes de terror da história; só para citar alguns. Tá bom para você? É claro que a partida de um diretor deste porte não poderia ficar sem uma homenagem nossa. Portanto, confira abaixo uma lista com nossa seleção dos filmes inesquecíveis da carreira de Richard Donner, um artista que ficará para sempre em nossas lembranças.

A Profecia

Richard Donner começou a carreira ainda em 1960 como diretor de programas de TV. Foram mais de 30 séries com episódios assinados pelo cineasta, entre elas verdadeiros clássicos da televisão americana como James West (1965-1969), FBI (1965-1974), O Fugitivo (1963-1967) e Agente 86 (1965-1970), por exemplo, todas ganhando novas versões modernas. No cinema, seu primeiro sucesso foi com este filme de terror em 1976. A Profecia se tornou um dos longas mais memoráveis do gênero e abordava um tema muito em voga na época: o anticristo na Terra. Na história, o menino Damien é trocado na maternidade e criado por uma rica família de um político. O menino, porém, pode ser na verdade filho do coisa ruim. A Profecia gerou duas continuações e um remake em 2006.

Superman – O Filme

Dois Anos depois do sucesso A Profecia, Richard Donner, então um jovem diretor em ascensão, foi escalado para levar às telonas uma adaptação “séria” de uma famosa história em quadrinhos. O ano era 1978 e o que se tinha de exemplo de produtos do tipo era a série do Batman dos anos 60, totalmente camp com Adam West. Aqui a proposta era outra e a frase de efeito da produção era: “você vai acreditar que um homem pode voar”. Com efeitos visuais de primeira, um apelo mais dramático e atores renomados do porte de Marlon Brando e Gene Hackman, Superman – O Filme se tornou um dos maiores sucessos da época, fez o nome do protagonista Christopher Reeve e segue para muitos como o melhor filme do gênero. O êxito de Donner, porém, não evitou problemas na hora de seguir com a continuação. O estúdio e o diretor divergiram em sua visão e o cineasta foi afastado do cargo, com outro diretor chegando para finalizar a obra. Anos depois, a versão de Donner era lançada. Me diga se você já ouviu essa história antes?

O Feitiço de Áquila

Durante a década de 1980 houve um verdadeiro boom no cinema de “fantasia aventura capa e espada”. As fantasias épicas estavam a toda com obras como Excalibur, Fúria de Titãs, Willow, A Lenda, entre outros. Em meio a isso, Richard Donner surgia para dar sua visão em um longa do gênero em 1985. O escolhido foi O Feitiço de Áquila, que terminou se tornando o mais crível e realista da enxurrada, deixando os efeitos visuais de lado para concentrar-se numa trama mais adulta de romance e drama. Num dilema digno de poemas, um casal sofre com uma maldição que os separa para sempre. Quem relata tudo é o jovem ladrão Gaston, papel de um Matthew Broderick pré-Curtindo a Vida Adoidado (1986). Ele termina sendo salvo por Navarre, papel do igualmente saudoso Rutger Hauer, um cavaleiro medieval acompanhado por uma bela águia. O animal é ninguém menos que sua amada Isabeau, papel de Michelle Pfeiffer no auge de sua beleza. De dia, a mulher se transforma numa águia e de noite, é Navarre quem se transforma num lobo, impedindo que se encontrem em forma humana. A maldição é cortesia do Bispo de Áquila, a quem o cavaleiro pretende matar.

Os Goonies

Richard Donner se manteve ocupado em 1985, e no mesmo ano de lançamento da fantasia dramática O Feitiço de Áquila entregava aquele que viria a se tornar seu filme mais famoso e adorado. Os Goonies, com produção de Steven Spielberg superou inclusive a popularidade de Superman – O Filme, e viria a redefinir o cinema de aventura juvenil. Muito influente, foi este o filme que faria surgir a moda das produções protagonizadas por uma turminha de crianças carismáticas, topando com desafios dignos de super-heróis. Assim, na década de 80 todo mundo queria sua fatia deste estilo de filme, que continua sendo referenciado até hoje, vide o fenômeno Stranger Things. Podemos dizer que tudo começou aqui. Por anos, fala-se numa continuação para Os Goonies, que agora, infelizmente, não contará mais com o comando do criador de tudo Richard Donner.

Máquina Mortífera

Como podemos perceber, Richard Donner coleciona sucesso atrás de sucesso em sua filmografia. É um hit atrás do outro. O que chama atenção não é o fato do diretor ter entregue sucessos de determinados gêneros do cinema. Mas sim ter entregue obras definidoras de tais gêneros. Foram os filmes de Donner que os fizeram surgir ou de alguma forma os remodelaram para o que seguem até hoje. Aqui mais uma revolução. Os buddy cop movies já existiam à altura do lançamento de Máquina Mortífera em 1987, mas nenhum foi tão bem sucedido e ditou tanto as regras do que seria o jogo do que o encontro entre o paizão de família Murtaugh (Danny Glover) e amalucado suicida Riggs (Mel Gibson). Tanto que gerou três continuações – e foi adicionando personagens marcantes à sua mitologia, vide Leo (Joe Pesci), Lorna (Rene Russo) e Butters (Chris Rock) e uma série de TV. Essa é outra franquia da qual se fala em um novo exemplar. Uma pena que precisará existir sem Donner.

Os Fantasmas Contra-Atacam

No ano seguinte de Máquina Mortífera, Richard Donner se uniu ao comediante Bill Murray (no auge de sua popularidade) para um projeto de fantasia com clima família. E quem não ama Bill Murray? Por mais completa que fosse a filmografia de Donner, ele precisava trabalhar com o humorista para dizer que fez de tudo. Essa é uma releitura moderna para o clássico de Charles Dickens, Um Conto de Natal. A sacada é colocar o ranzinza Scrooge como um executivo do alto escalão de uma rede de TV que comete as maiores barbaridades bem na época do natal – é claro, sendo visitado pelos famosos fantasmas do passado, presente e futuro. O filme não fez o sucesso planejado, mas ressurgiu como cult na época do lançamento em vídeo.

Maverick

Richard Donner dirigiu muitas séries, algumas inclusive pertencendo ao gênero do faroeste. Mas deixou passar uma das mais famosas dentro do estilo: Maverick (1957-1962), protagonizado por James Garner na pele de um cowboy apostador que adorava jogar poker. Mas o diretor não deixou por menos e levou às telonas a versão para o cinema de tal seriado. Desta vez com o protagonista vivido por Mel Gibson, mas com o ator original James Garner retornando em um papel muito importante na história. Adicionando muito humor à narrativa, Maverick foi lançado em 1994 se tornando um dos faroestes cômicos mais divertidos do cinema. De quebra, usa um dos papeis mais leves da carreira da musa Jodie Foster, cuja amizade com o astro Gibson dura para fora das telas até hoje.

Assassinos

Sempre se reinventando e se cercando de grandes astros da época, Assassinos trouxe a união de dois grandes nomes da ação dos anos 90: Richard Donner e Sylvester Stallone. O astro da ação fez seu nome e se posicionava no topo de Hollywood com altíssimos salários durante as décadas de 80 e 90. Assim, em 1995, com um apelo mais dramático e um clima puxado para o suspense e mistério, Assassinos contava com um roteiro das irmãs Wachowski numa época pré-Matrix. Além disso, foi um dos primeiros papeis de destaque da talentosíssima Julianne Moore num filme mirado ao grande público. Ela vive a golpista Electra, que se vê no meio de uma guerra entre matadores profissionais: o veterano Robert Rath (Stallone), que está querendo deixar esta linha de trabalho, e o novato arrogante Miguel Bain (Antonio Banderas em seu início de carreira em Hollywood).

Teoria da Conspiração

Nova colaboração entre o astro Mel Gibson e o diretor Richard Donner fora da franquia Máquina Mortífera, o filme conta com o chamariz da estrela Julia Roberts, no ano de 1997 – que via então uma nova guinada em sua carreira rumo a outra onda de popularidade. Justamente por isso Roberts estava reticente ao aceitar o papel de uma advogada se tornando alvo de um taxista pra lá de paranoico repleto de teorias da conspiração, como diz o título, papel de Gibson. A atmosfera do longa é mais sombria e pesada, com cenas intensas de tortura, embora ainda se qualifique no gênero ação. Mas Mel Gibson e Richard Donner terminaram convencendo Roberts a aceitar o projeto, garantindo assim uma grande parceria com o astro e o diretor.

Depois de Máquina Mortífera 4 (1998), Richard Donner faria apenas mais dois filmes como diretor. Linha do Tempo (2003) é uma aventura de fantasia e ficção científica sobre um grupo de arqueólogos viajando no tempo para o passado, precisando encontrar uma forma de sobreviver na França do século XIV até conseguirem retornar de volta ao presente. O filme traz o saudoso Paul Walker e Gerard Butler no elenco. Três anos depois, Richard Donner entregava sua canção do Cisne. 16 Quadras (2006) marcou a primeira parceria entre o diretor e outro grande astro da ação, já em nova fase de sua carreira. Bruce Willis foi ainda mais envelhecido para o papel de um policial em fim de carreira que precisa levar um prisioneiro por 16 quadras até a delegacia antes que outros criminosos e policiais corruptos consigam mata-lo. A graça aqui é que o filme acontece em tempo real, e a trama se desenrola nos 118 minutos de projeção do longa.

Richard Donner será sempre uma presença na alma dos cinéfilos, tendo ajudado a construir o amor por filmes em diversas gerações. Teremos saudade de sua contribuição para a sétima arte, porém, o diretor deixa um verdadeiro legado inesquecível.

 

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