domingo , 22 dezembro , 2024

Robbie Coltrane, o Hagrid de ‘Harry Potter’, defende comentários de J.K. Rowling sobre mulheres trans

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Em entrevista ao Radio Times, o ator Robbie Coltrane, conhecido por ter intepretado o meio-gigante Rúbeo Hagrid na franquia Harry Potter, fez comentários em defesa do controverso posicionamento da autora J.K. Rowling sobre a comunidade trans (em especial às mulheres transsexuais).

Coltrane se manifestou após o novo romance criminal de Rowling, Troubled Blood, ter virado alvo de críticas negativas por seu conteúdo preconceituoso e infundado que colocou uma travesti como serial killer.



“Não acho que o que ela tenha dito foi ofensivo, realmente. Eu não sei por que, mas há uma geração inteira do Twitter de pessoas que esperam ser ofendidas. Elas não teriam vencido a guerra, teriam? Isso me faz soar como um velho ranzinza, mas é só você pensar: ‘supere. Cresça, levante e siga em frente'”.

O livro é o quinto volume da série criminal estrelada pelo detetive Cormoran Strike, a qual é assinada pelo pseudônimo de Robert Galbraith, e envolve uma assassina travesti e um caso que gira em torno de uma mulher que desapareceu em 1974 e alegadamente é uma das vítimas da assassina.

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Em 2020, Rowling recebeu diversas críticas por seus comentários transfóbicos em apoio aos “espaços de sexo único” dentro dos quais mulheres cisgênero estariam seguras – e dizendo que transsexuais não deveriam frequentá-los por representar perigo iminente. Em seu website, a romancista escreveu: “acredito que meu governo está brincando com a segurança das mulheres e das garotas. Quando você abre as portas de banheiros e vestiários para qualquer homem que acredite ou sinta ser uma mulher… Então você abre a porta para qualquer homem que deseja entrar”.

A autora foi denunciada por diversos grupos ativistas sobre sua atitude retrógrada e, agora, voltou aos holofotes depois que a sinopse de seu romance foi divulgada para o público: um homem que se veste de mulher para atacar mulheres.

A militância trans, em particular, apontou sobre a história contrafactual que realmente existe na sociedade atual, na qual mulheres transsexuais são rotineiramente assassinada e, mesmo assim, são vistas como ameaça.

“O novo livro de J.K. Rowling é sobre uma ‘serial killer travesti’. Enquanto isso, no mundo real, o número de pessoas trans assassinadas no Brasil aumentou em 70%, jovens mulheres trans são deixadas para morrer em carros em chamas e os homens que nos matam (por sermos trans) ganham perdão e vão para casa”.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que a saga de Cormoran Strike passa por controvérsias. No segundo volume, O Bicho-da-Seda, uma mulher trans chamada Pippa persegue Strike e tenta esfaqueá-lo. O detetive consegue se desvencilhar do ataque, revelando sua identidade e até mesmo desrespeitando sua identidade de gênero ao referir-se a ela como homem.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Coltrane se manifestou após o novo romance criminal de Rowling, Troubled Blood, ter virado alvo de críticas negativas por seu conteúdo preconceituoso e infundado que colocou uma travesti como serial killer.

“Não acho que o que ela tenha dito foi ofensivo, realmente. Eu não sei por que, mas há uma geração inteira do Twitter de pessoas que esperam ser ofendidas. Elas não teriam vencido a guerra, teriam? Isso me faz soar como um velho ranzinza, mas é só você pensar: ‘supere. Cresça, levante e siga em frente'”.

O livro é o quinto volume da série criminal estrelada pelo detetive Cormoran Strike, a qual é assinada pelo pseudônimo de Robert Galbraith, e envolve uma assassina travesti e um caso que gira em torno de uma mulher que desapareceu em 1974 e alegadamente é uma das vítimas da assassina.

Em 2020, Rowling recebeu diversas críticas por seus comentários transfóbicos em apoio aos “espaços de sexo único” dentro dos quais mulheres cisgênero estariam seguras – e dizendo que transsexuais não deveriam frequentá-los por representar perigo iminente. Em seu website, a romancista escreveu: “acredito que meu governo está brincando com a segurança das mulheres e das garotas. Quando você abre as portas de banheiros e vestiários para qualquer homem que acredite ou sinta ser uma mulher… Então você abre a porta para qualquer homem que deseja entrar”.

A autora foi denunciada por diversos grupos ativistas sobre sua atitude retrógrada e, agora, voltou aos holofotes depois que a sinopse de seu romance foi divulgada para o público: um homem que se veste de mulher para atacar mulheres.

A militância trans, em particular, apontou sobre a história contrafactual que realmente existe na sociedade atual, na qual mulheres transsexuais são rotineiramente assassinada e, mesmo assim, são vistas como ameaça.

“O novo livro de J.K. Rowling é sobre uma ‘serial killer travesti’. Enquanto isso, no mundo real, o número de pessoas trans assassinadas no Brasil aumentou em 70%, jovens mulheres trans são deixadas para morrer em carros em chamas e os homens que nos matam (por sermos trans) ganham perdão e vão para casa”.

Vale lembrar que essa não é a primeira vez que a saga de Cormoran Strike passa por controvérsias. No segundo volume, O Bicho-da-Seda, uma mulher trans chamada Pippa persegue Strike e tenta esfaqueá-lo. O detetive consegue se desvencilhar do ataque, revelando sua identidade e até mesmo desrespeitando sua identidade de gênero ao referir-se a ela como homem.

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