Recentemente, o ator Joel Kinnaman fez uma reflexão sobre os motivos por trás do fracasso do reboot de ‘RoboCop’ em 2014.
O astro destacou que um dos motivos foi a ausência de sátira, ao contrário do filme original, que criticou o capitalismo, o sistema de justiça criminal e outros temas.
“Foi uma experiência legal. Eu acho que, se eu tivesse feito isso agora, acho que teria me envolvido mais”, confirmou Kinnaman ao ComicBook.
“Eu amo o conceito do [diretor] José [Padilha]. Acho que uma coisa que faltou naquele filme, eu gosto de ser autocrítico, acho que foi um daqueles filmes em que, nós que o fizemos, não levamos totalmente em conta o que RoboCop significava para os fãs. Tonalmente, aquele tipo de sátira do [Paul] Verhoeven, porque está tão enraizado na franquia RoboCop e em sua essência. É diferente quando um novo cineasta entra e coloca sua voz nele, e José tinha uma visão muito clara do que queria fazer, era uma abordagem anti-imperialista, e eu acho que aquele filme teria se saído melhor se tivéssemos ouvido mais os fãs antecipadamente. Mas acho que ele se sustenta sozinho… Eu quase acho que o filme de RoboCop que fizemos teria sido um filme melhor se não tivesse sido chamado de ‘RoboCop’.”
O ator já havia apontado alguns aspectos negativos do filme em entrevistas anteriores, inclusive reconhecendo sua própria inexperiência.
“Esse foi o primeiro grande filme que fiz”, explicou Kinnaman sobre a experiência ao The Playlist em 2021. “Eu tive que reprimir todos os meus instintos durante o curso desse filme. Eu pensei, ‘Por que estou usando um terno preto? Isso não faz sentido algum.'”
Vale lembrar que a Amazon revelou planos para uma série de TV e um novo filme da franquia, que não terão conexão com de reboot de 2014.
Relembre o trailer de ‘RoboCop’.