De acordo com a Variety (via Comic Book), o Sindicato dos Roteiristas Norte-Americanos (Writers Guild of America), teve outra reunião para estabelecer um novo acordo com a Associação de Produtores e Empregadores de Cinema e Televisão (Alliance of Motion Picture and Television Producers) em relação à greve que perdura desde maio.
Ao que parece, membros do sindicado dos roteiristas se reuniram ontem (17) com Ted Sarandos, presidente da Netflix, David Zaslav, da Warner Bros. Discovery, Donna Langley, da NBCUniversal, e Dana Walden e Alan Bergman, da Disney Television Studios.
Por enquanto, não há indicação se essas negociações resultarão em um acordo entre o WGA e o AMPTP, já que os relatórios enfatizam que os resíduos de streaming e os salários mínimos de equipe de televisão ainda permanecem como ponto de discórdia.
No início de agosto, foi relatado que a negociadora-chefe da WGA, Ellen Stutzman, e o conselheiro geral da WGA West, Tony Segall, se reuniram com os diretores da Associação de Produtores e Empregadores de Cinema e Televisão em tom de esperança, mas um possível acordo foi excluído por causa dessas discordâncias.
Por outro lado, há uma chance de que as duas partes cheguem a um acordo sobre outras questões, das quais há concordâncias mútuas, o que eventualmente pode levar a uma resolução geral.
Não foi revelado quais foram os pontos de discordância ou concordâncias, mas tudo se resume ao pedido do sindicato por melhores salários para a categoria.
Anteriormente, o The Hollywood Reporter divulgou que os estúdios estão dispostos a negociar os salários de roteiristas e atores, mas não estão dispostos a discutir sobre as regras de não utilização de inteligência artificial.
“Estão dispostos a aumentar a oferta em alguns mínimos de TV específicos para roteiristas – mas não estão dispostos a falar sobre IA e pagamentos residuais”.
A greve dos roteiristas começou oficialmente em 2 de maio, com a categoria reivindicando remuneração justa no contexto do streaming, regulamentação de inteligências artificiais e outras demandas relacionadas ao setor.
A paralisação do sindicato dos atores (SAG) também começou em 14 de julho, com atores buscando condições de trabalho mais dignas.
Vale lembrar que ainda não há previsão de um acordo entre os sindicatos de atores e roteiristas e a Alliance of Motion Picture and Television Producers, que representa os estúdios.
Em 63 anos, é a primeira vez que ambas as categorias se juntam em uma paralisação.
Os roteiristas se queixam dos vencimentos corroídos pela inflação e também pedem proteção contra a concorrência crescente da inteligência artificial.
Os atores também reivindicam a regulamentação da IA e pedem um aumento nos chamados ganhos residuais, decorrentes de suas participações em filmes antigos e séries disponíveis nas plataformas digitais.