terça-feira, abril 23, 2024

Rua do Medo | As principais referências cinematográficas da trilogia slasher

A Netflix acertou (consideravelmente) em cheio com a trilogia slasher ‘Rua do Medo’, baseada nos escritos homônimos da lenda da literatura jovem-adulta R.L. Stine. Os filmes, lançados semana após semana na plataforma de streaming, ofereceram uma perspectiva ao mesmo tempo original e nostálgica acerca desse icônico subgênero do terror, nos levando para a conturbada Shadyside, conhecida como a capital dos assassinatos dos Estados Unidos.

Trazendo como antagonista principal a bruxa Sarah Fier, que lançou uma maldição sobre os habitantes da cidade, a trama é centrada, a princípio, em Deena (Kiana Madeira) e Sam (Olivia Scott Welch), casal que enfrenta os obstáculos mais sobrenaturais e perigosos que possamos imaginar para entender as constantes tragédias que se abatem sobre Shadyside. Estendendo-se em três obras separadas, ‘1994’, ‘1978’ e ‘1666’, a diretora e roteirista Leigh Janiak não poderia deixar de prestar homenagem aos clássicos que influenciaram suas produções, desde ‘Sexta-Feira 13’ até ‘A Bruxa’.

Por esse motivo, o CinePOP separou uma breve lista explicitando as principais referências cinematográficas presentes em ‘Rua do Medo’, perpassando todos os volumes.

Confira:

PÂNICO

Criada por Wes Craven, a franquia ‘Pânico’ ascendeu ao patamar de uma das mais conhecidas de todos os tempos (e vale lembrar que caminha para um quinto capítulo, com estreia agendada para 2022). Em ‘Rua do Medo: 1994’, a cena de abertura, centrada no assassinato da jovem Heather (Maya Hawke), faz alusão à memorável sequência de Drew Barrymore no filme de 1996, incluindo o momento em que ela tira a máscara do serial killer para ver sua identidade antes de morrer.

HALLOWEEN

O aclamado filme de 1978 dirigido por John Carpenter também serviu de inspiração para ‘1994’, apesar de ter sido destinada essencialmente a uma breve e importante sequência. Aqui, refiro-me ao momento em que Kate (Julia Rehwald) está trabalhando como babá e vê, pela primeira vez, a aparição do assassino mascarado, tentando descobrir o que está acontecendo e quem está rondando a casa. A cena é similar ao primeiro encontro entre Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) e Michael Myers (Nick Castle), ainda mais levando em conta que Laurie também trabalha como babá.

POLTERGEIST

Não deixe de assistir:

É difícil assimilar ‘Rua do Medo’ a qualquer coisa que relembre ‘Poltergeist’, com exceção da questão dos espíritos malignos que assolam Shadyside. Entretanto, se nos lembrarmos do momento em que os protagonistas encontram os ossos enterrados de Sarah Fier, é fácil traçar paralelos com o fato do filme de 1982 ter como pano de fundo a profanação de um cemitério indígena e o impedimento das almas seguirem em frente – prendendo-se aos vivos em investidas de terror e caos.

A NOITE DOS MORTOS-VIVOS

George A. Romero é referenciado diretamente duas vezes em ‘1994’, no momento em que Deena tenta explicar que o assassino da Máscara de Caveira está caçando-os para o xerife, que faz pouco caso do que está acontecendo e começa a zombar dela. Além disso, é notável como a aparição dos antigos serial killers voltam à vida em uma homenagem ao clássico ‘A Noite dos Mortos-Vivos’, desde a caracterização até os movimentos que fazem no longa-metragem.

A HORA DO PESADELO

‘A Hora do Pesadelo’ também emprestou elementos para ‘Rua do Medo’, no âmbito da amedrontadora canção de ninar sobre Sarah Fier e que entrou para a cultura de Shadyside e da cidade vizinha, Sunnyvale. É claro que essas cantigas existem há séculos, mas a própria musicalidade parece ter sido emprestada da referente a Freddy Krueger e à lenda urbana que faz parte do personagem.

SEXTA-FEIRA 13

Migrando para ‘1978’, facilmente a melhor entrada da trilogia, é notável como Janiak esculpe uma carta de amor fílmica para a franquia ‘Sexta-Feira 13’ nos mais diversos aspectos: a própria configuração do Acampamento Nightwing é inspirada por Crystal Lake, lar do tenebroso Jason Vorhees; a dinâmica entre os jovens monitores, regada a sexo e a drogas, também faz alusão aos personagens de ‘Sexta-Feira 13’; e, enquanto Jason utiliza um facão, o assassino do segundo capítulo de ‘Rua do Medo’ persegue suas vítimas com um afiado machado.

O EXORCISTA

Ziggy (Sadie Sink) é a protagonista de ‘1978’ e, seguindo os passos de tantas final girls de filmes de terror slasher, torna-se alvo de bullying. Em uma das sequências, Ziggy entra na cabana onde está hospedada e vê, sob a cama, a frase “Ziggy chupa paus no inferno”, referência direta a ‘O Exorcista’, que a possuída Regan (Linda Blair) profere “sua mãe chupa paus no inferno” para o padre.

CARRIE – A ESTRANHA

‘Carrie – A Estranha’ é um dos clássicos escritos de Stephen King e foi trazida à vida novamente para ‘Rua do Medo’. A produção em questão é homenageada quando Ziggy planeja jogar um balde de tinta em cima da valentona Sheila (Chiara Aurelia), dizendo que não tem um porco para trocar o conteúdo por sangue.

A BRUXA

Em ‘Rua do Medo: 1666’, a narrativa retorna para o século XVII e nos leva para o pequeno vilarejo de Union, primeiro nome dado ao que se tornaria Shadyside. A configuração do vilarejo e algumas cenas do filme remetem ao aclamado thriller psicológico ‘A Bruxa’, dirigido por Robert Eggers, incluindo o misticismo invisível que flutua pela floresta e a casa habitada pela Viúva (Jordana Spiro).

AS BRUXAS DE SALEM

Outro clássico do cinema colocado como arquétipo de ‘1666’ é ‘As Bruxas de Salem’, baseado na peça homônima de Arthur Miller e levado às telonas pelo diretor Nicholas Hytner. Além de fazer clara alusão à caça às bruxas de Salem, em que um tribunal julgou inúmeras pessoas inocentes de feitiçaria e pacto com o Diabo, as referências infiltram-se no nome de criações como Thomas, Sarah Fier, Solomon Goode, Abigail e Hannah Miller – que buscam inspiração nas obras de Miller e Hytner.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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