quinta-feira , 21 novembro , 2024

‘Space Jam’ | Os projetos cancelados de sequência que vieram antes de ‘Um Novo Legado’

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O tão aguardado Space Jam: Um Novo Legado estreia nesta quinta (15) nos cinemas brasileiros para trazer uma nova aventura dos Looney Tunes trabalhando em conjunto com um astro da NBA para vencer um inimigo inesperado em um jogo de basquete. Desta vez, o craque das quadras que será raptado é a estrela dos Lakers, LeBron James. Ele terá seu filho sequestrado por uma inteligência artificial e precisará vencer uma partida de basquete com os Looney Tunes se quiser ver seu pimpolho de novo. Por conta do sucesso de bilheteria de Space Jam: O Jogo do Século (1996), uma sequência foi comentada e pedida pelos fãs por anos. No entanto, sempre ficou a sensação de que a Warner não acreditava tanto no potencial de seus personagens, além de precisar contar com a agenda sempre cheia dos jogadores famosos. Porém, antes de ‘Um Novo Legado’ ganhar sinal verde, o estúdio tentou emplacar algumas sequências que não foram para frente.



A primeira ideia se chamava Space Jam 2 e foi pensada ainda em 1996. Com o sucesso nas bilheterias que o primeiro filme estava fazendo, os executivos da Warner gostaram da ideia de ter uma aventura estrelando o elenco original. Então, quando um produtor afirmou para os executivos que Michael Jordan havia assinado contrato para dois filmes, eles autorizaram a contratação de novos cartunistas, incluindo Bob Camp, do polêmico Ren & Stimpy, e negociaram o retorno do diretor Joe Pytka. O roteiro não chegou a ser escrito, mas os supervisores de animação solicitaram que Camp criasse o visual do novo vilão, um alienígena chamado Bersek-O!, que seria acompanhado por mais dois aliens chamados O!-Yes e O!-No. O novo antagonista supostamente seria interpretado pelo lendário Mel Brooks, tanto que a referência dada ao cartunista foram cenas antigas de filmes de Brooks. Então, o pior aconteceu: a Warner descobriu que o tal produtor havia mentido sobre o contrato de Jordan. O estúdio até tentou trazer o astro de volta, mas a mentalidade campeã que o levou a mais um tricampeonato com o Chicago Bulls (1996, 1997 e 1998) o impediu de gastar mais tempo em estúdios do que na sala de preparo físico. Assim, o projeto foi cancelado.

Alguns dos rascunhos criados por Bom Camp para o vilão descartado, Bersek-O! 

Mas antes de descartar de vez a ideia de uma sequência de Space Jam, que, apesar das críticas mistas, fez uma bilheteria respeitável de US$ 250 milhões e rendia rios de dinheiro com merchandising, os executivos estudaram alternativas para não perder a chance de seguir lucrando com a franquia e pavimentar de vez o retorno dos Looney Tunes para o cenário das animações. A primeira delas foi um roteiro exótico, por assim dizer, feito por membros da equipe criativa do primeiro filme que levaria os Looney Tunes a trabalhar em conjunto com Tiger Woods, o maior golfista de todos os tempos. Joe Pytka foi convidado novamente para revisar o roteiro e dirigir a aventura, mas, segundo o próprio diretor, o conteúdo era tão esquisito que nem mesmo uma participação especial de Michael Jordan seria capaz de salvar aquilo. Então o projeto foi engavetado.

O golfista Tiger Woods foi cotado para ser o protagonista humano da sequência.

Então os anos foram passando e a ideia de reaquecer a franquia voltou. Em 2001, a Warner voltou a observar o mercado esportivo e concluiu que a Nascar era um esporte com potencial de crescimento no mundo e propôs a realização de um Race Jam, estrelado pelo ídolo das corridas Jeff Gordon, que era um dos pilotos mais populares do esporte e fazia muito sucesso entre as crianças. Mesmo com essa perspectiva positiva, a ideia nunca saiu do papel porque veio uma outra ideia que parecia mais promissora: Spy Jam.

A ideia acabou se popularizando na internet e os fãs do piloto lamentaram nunca ter acontecido.

Spy Jam misturaria um dos maiores astros do início dos anos 2000, o chinês Jackie Chan, que brilhava na franquia A Hora do Rush, com os Looney Tunes em um filme de espionagem. Tinha tudo para dar certo, menos a confirmação de Chan no papel principal. Então, como fazer um filme pensado para protagonizar o Jackie Chan sem ter o Jackie Chan? Impossível. Dessa forma, todas essas ideias que permearam uma sequência  de Space Jam foram misturadas em uma nova empreitada que deveria trazer de vez uma vez por todas Pernalonga e seus amigos para o século XXI. A trama também seria sobre espionagem, Jeff Gordon e Michael Jordan fariam participações especiais e deveria se tornar mais um grande sucesso comercial da Warner: Looney Tunes: De Volta à Ação.

Jackie Chan quase foi o astro de Spy Jam, uma sequência de “O Jogo do Século”.

A trama seria sobre um espião que se disfarçava como um ator que interpretava um agente secreto na Warner. Ele seria sequestrado pela ACME, e os Looney Tunes ajudariam seu filho a resgatá-lo e a impedir que a ACME encontrasse o Macaco Azul, uma pedra que transformaria todas as criaturas do mundo em macacos. O investimento foi alto, cerca de US$ 80 milhões, e trouxeram um elenco de peso, que incluía o disputado Brendan Fraser, Steve Martin e o ex-007 Timothy Dalton. Apesar de não ser uma sequência de Space Jam, Michael Jordan faz um cameo de meio segundo e o piloto Jeff Gordon também faz uma participação especial. A direção ficou a cargo de Joe Dante, que tinha um humor sarcástico bem condizente com o roteiro e brilhou na direção da franquia Gremlins. Infelizmente, o filme acabou saindo e foi uma bomba terrível para a Warner, que viu sua aposta de reviver os Looney Tunes fazer uma bilheteria global de apenas US$ 68,5 milhões, sequer pagando o valor investido na produção.

Apesar de ser divertido, “De Volta à Ação” foi um fracasso de crítica e bilheteria.

Esse fracasso total foi um balde de água fria nos produtores, que já planejavam outro filme ambientado sobre os personagens nos mesmos moldes de Space Jam. Conforme revelado no Twitter por Tony Hawk, o skatista mais famoso do mundo – e dono de uma das franquias de videogame mais famosas de todos os tempos – foi chamado pela Warner para estrelar Skate Jam, que levaria o atleta a um encontro com Pernalonga, em um filme que deveria ser lançado após “Looney Tunes: De Volta à Ação” estrear e arrebatar uma grande bilheteira. Porém, como o filme foi uma bomba, os executivos engavetaram o projeto “para sempre”, segundo o próprio Tony Hawk.

O skatista também postou essa foto, dando um gostinho do projeto que nunca viu a luz do dia.

Os anos foram se passando e com a consagração de Kobe Bryant no basquete, muitos fãs começaram a pedir por uma sequência de Space Jam estrelando o falecido craque dos Lakers. Só que o próprio jogador sempre se disse mais disposto a dirigir do que atuar em filmes. Então esse desejo dos fãs nunca foi realmente atendido. Até que, em 2014, a Warner surpreendeu a todos anunciando que Space Jam 2 tinha sido aprovado e seria estrelado por LeBron James. No ano seguinte, ele se tornou também produtor da sequência por meio de seu estúdio SpringHill Entertainment. Justin Lin, da franquia Velozes & Furiosos, foi contratado para dirigir o filme em 2016, mas abandonaria o projeto dois anos depois, dando lugar ao diretor indie Terence Nance, que foi anunciado um mês antes de um nome de peso chegar na produção: Ryan Coogler. O produtor tinha acabado de emplacar os sucessos Creed: Nascido Para Lutar (2015) e Pantera Negra (2018), o que passou credibilidade para o projeto. Entretanto, em julho de 2019, Terence alegou divergências criativas para deixar o filme. No mesmo dia, Malcolm D. Lee foi anunciado como novo diretor.

O anúncio de Ryan Coogler em ‘Space Jam’ quebrou a internet.

O filme foi gravado entre 2019 e 2020, nas férias de LeBron, que filmava em torno de 14 horas por dia, causando uma rotina estressante a qual o atleta não se acostumou muito bem, chegando até a se lesionar. Então, veio a Covid-19. Mas, contrariando as expectativas, o longa não foi muito afetado pelo vírus. Isso porque a grande maioria das cenas de estúdio já haviam sido feitas, restando “apenas” as adições de CGI e criação dos personagens animados. Chamado de Space Jam: Um Novo Legado, o filme teve seu lançamento adiado por conta dos cinemas corretamente fechados na pandemia e agora chega aos cinemas 25 anos após a aventura original. Quem não quiser ir aos cinemas, poderá conferir o filme no HBO Max em 20 de agosto de 2021.

Space Jam: Um Novo Legado está em cartaz nos cinemas de todo o Brasil.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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O tão aguardado Space Jam: Um Novo Legado estreia nesta quinta (15) nos cinemas brasileiros para trazer uma nova aventura dos Looney Tunes trabalhando em conjunto com um astro da NBA para vencer um inimigo inesperado em um jogo de basquete. Desta vez, o craque das quadras que será raptado é a estrela dos Lakers, LeBron James. Ele terá seu filho sequestrado por uma inteligência artificial e precisará vencer uma partida de basquete com os Looney Tunes se quiser ver seu pimpolho de novo. Por conta do sucesso de bilheteria de Space Jam: O Jogo do Século (1996), uma sequência foi comentada e pedida pelos fãs por anos. No entanto, sempre ficou a sensação de que a Warner não acreditava tanto no potencial de seus personagens, além de precisar contar com a agenda sempre cheia dos jogadores famosos. Porém, antes de ‘Um Novo Legado’ ganhar sinal verde, o estúdio tentou emplacar algumas sequências que não foram para frente.

A primeira ideia se chamava Space Jam 2 e foi pensada ainda em 1996. Com o sucesso nas bilheterias que o primeiro filme estava fazendo, os executivos da Warner gostaram da ideia de ter uma aventura estrelando o elenco original. Então, quando um produtor afirmou para os executivos que Michael Jordan havia assinado contrato para dois filmes, eles autorizaram a contratação de novos cartunistas, incluindo Bob Camp, do polêmico Ren & Stimpy, e negociaram o retorno do diretor Joe Pytka. O roteiro não chegou a ser escrito, mas os supervisores de animação solicitaram que Camp criasse o visual do novo vilão, um alienígena chamado Bersek-O!, que seria acompanhado por mais dois aliens chamados O!-Yes e O!-No. O novo antagonista supostamente seria interpretado pelo lendário Mel Brooks, tanto que a referência dada ao cartunista foram cenas antigas de filmes de Brooks. Então, o pior aconteceu: a Warner descobriu que o tal produtor havia mentido sobre o contrato de Jordan. O estúdio até tentou trazer o astro de volta, mas a mentalidade campeã que o levou a mais um tricampeonato com o Chicago Bulls (1996, 1997 e 1998) o impediu de gastar mais tempo em estúdios do que na sala de preparo físico. Assim, o projeto foi cancelado.

Alguns dos rascunhos criados por Bom Camp para o vilão descartado, Bersek-O! 

Mas antes de descartar de vez a ideia de uma sequência de Space Jam, que, apesar das críticas mistas, fez uma bilheteria respeitável de US$ 250 milhões e rendia rios de dinheiro com merchandising, os executivos estudaram alternativas para não perder a chance de seguir lucrando com a franquia e pavimentar de vez o retorno dos Looney Tunes para o cenário das animações. A primeira delas foi um roteiro exótico, por assim dizer, feito por membros da equipe criativa do primeiro filme que levaria os Looney Tunes a trabalhar em conjunto com Tiger Woods, o maior golfista de todos os tempos. Joe Pytka foi convidado novamente para revisar o roteiro e dirigir a aventura, mas, segundo o próprio diretor, o conteúdo era tão esquisito que nem mesmo uma participação especial de Michael Jordan seria capaz de salvar aquilo. Então o projeto foi engavetado.

O golfista Tiger Woods foi cotado para ser o protagonista humano da sequência.

Então os anos foram passando e a ideia de reaquecer a franquia voltou. Em 2001, a Warner voltou a observar o mercado esportivo e concluiu que a Nascar era um esporte com potencial de crescimento no mundo e propôs a realização de um Race Jam, estrelado pelo ídolo das corridas Jeff Gordon, que era um dos pilotos mais populares do esporte e fazia muito sucesso entre as crianças. Mesmo com essa perspectiva positiva, a ideia nunca saiu do papel porque veio uma outra ideia que parecia mais promissora: Spy Jam.

A ideia acabou se popularizando na internet e os fãs do piloto lamentaram nunca ter acontecido.

Spy Jam misturaria um dos maiores astros do início dos anos 2000, o chinês Jackie Chan, que brilhava na franquia A Hora do Rush, com os Looney Tunes em um filme de espionagem. Tinha tudo para dar certo, menos a confirmação de Chan no papel principal. Então, como fazer um filme pensado para protagonizar o Jackie Chan sem ter o Jackie Chan? Impossível. Dessa forma, todas essas ideias que permearam uma sequência  de Space Jam foram misturadas em uma nova empreitada que deveria trazer de vez uma vez por todas Pernalonga e seus amigos para o século XXI. A trama também seria sobre espionagem, Jeff Gordon e Michael Jordan fariam participações especiais e deveria se tornar mais um grande sucesso comercial da Warner: Looney Tunes: De Volta à Ação.

Jackie Chan quase foi o astro de Spy Jam, uma sequência de “O Jogo do Século”.

A trama seria sobre um espião que se disfarçava como um ator que interpretava um agente secreto na Warner. Ele seria sequestrado pela ACME, e os Looney Tunes ajudariam seu filho a resgatá-lo e a impedir que a ACME encontrasse o Macaco Azul, uma pedra que transformaria todas as criaturas do mundo em macacos. O investimento foi alto, cerca de US$ 80 milhões, e trouxeram um elenco de peso, que incluía o disputado Brendan Fraser, Steve Martin e o ex-007 Timothy Dalton. Apesar de não ser uma sequência de Space Jam, Michael Jordan faz um cameo de meio segundo e o piloto Jeff Gordon também faz uma participação especial. A direção ficou a cargo de Joe Dante, que tinha um humor sarcástico bem condizente com o roteiro e brilhou na direção da franquia Gremlins. Infelizmente, o filme acabou saindo e foi uma bomba terrível para a Warner, que viu sua aposta de reviver os Looney Tunes fazer uma bilheteria global de apenas US$ 68,5 milhões, sequer pagando o valor investido na produção.

Apesar de ser divertido, “De Volta à Ação” foi um fracasso de crítica e bilheteria.

Esse fracasso total foi um balde de água fria nos produtores, que já planejavam outro filme ambientado sobre os personagens nos mesmos moldes de Space Jam. Conforme revelado no Twitter por Tony Hawk, o skatista mais famoso do mundo – e dono de uma das franquias de videogame mais famosas de todos os tempos – foi chamado pela Warner para estrelar Skate Jam, que levaria o atleta a um encontro com Pernalonga, em um filme que deveria ser lançado após “Looney Tunes: De Volta à Ação” estrear e arrebatar uma grande bilheteira. Porém, como o filme foi uma bomba, os executivos engavetaram o projeto “para sempre”, segundo o próprio Tony Hawk.

O skatista também postou essa foto, dando um gostinho do projeto que nunca viu a luz do dia.

Os anos foram se passando e com a consagração de Kobe Bryant no basquete, muitos fãs começaram a pedir por uma sequência de Space Jam estrelando o falecido craque dos Lakers. Só que o próprio jogador sempre se disse mais disposto a dirigir do que atuar em filmes. Então esse desejo dos fãs nunca foi realmente atendido. Até que, em 2014, a Warner surpreendeu a todos anunciando que Space Jam 2 tinha sido aprovado e seria estrelado por LeBron James. No ano seguinte, ele se tornou também produtor da sequência por meio de seu estúdio SpringHill Entertainment. Justin Lin, da franquia Velozes & Furiosos, foi contratado para dirigir o filme em 2016, mas abandonaria o projeto dois anos depois, dando lugar ao diretor indie Terence Nance, que foi anunciado um mês antes de um nome de peso chegar na produção: Ryan Coogler. O produtor tinha acabado de emplacar os sucessos Creed: Nascido Para Lutar (2015) e Pantera Negra (2018), o que passou credibilidade para o projeto. Entretanto, em julho de 2019, Terence alegou divergências criativas para deixar o filme. No mesmo dia, Malcolm D. Lee foi anunciado como novo diretor.

O anúncio de Ryan Coogler em ‘Space Jam’ quebrou a internet.

O filme foi gravado entre 2019 e 2020, nas férias de LeBron, que filmava em torno de 14 horas por dia, causando uma rotina estressante a qual o atleta não se acostumou muito bem, chegando até a se lesionar. Então, veio a Covid-19. Mas, contrariando as expectativas, o longa não foi muito afetado pelo vírus. Isso porque a grande maioria das cenas de estúdio já haviam sido feitas, restando “apenas” as adições de CGI e criação dos personagens animados. Chamado de Space Jam: Um Novo Legado, o filme teve seu lançamento adiado por conta dos cinemas corretamente fechados na pandemia e agora chega aos cinemas 25 anos após a aventura original. Quem não quiser ir aos cinemas, poderá conferir o filme no HBO Max em 20 de agosto de 2021.

Space Jam: Um Novo Legado está em cartaz nos cinemas de todo o Brasil.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
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