sábado , 23 novembro , 2024

‘Star Wars’: Franquia está ficando desgastada para o público?

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Han Solo, segundo derivado da franquia Star Wars após a compra da Disney, pode ser considerado o primeiro fracasso desta nova fase e um dos blockbusters mais que deixaram a desejar este ano. Os motivos para o filme não ter ido bem são vários, e inclusive citamos isso numa matéria do início do ano.

  • Ninguém queria um filme do Han Solo, então, o público já tinha essa ideia rejeitada na mente.
  • Diferentemente de O Despertar da Força (2015) e Rogue One (2016), esse filme não apresentava nenhum tipo de novidade em relação à franquia.
  • Foi lançado na ressaca de Guerra Infinita e quase simultaneamente a Deadpool 2.
  • Como o especialista Doug Creutz aponta, que a campanha de marketing fraca é o principal causador do fracasso.

Analista aponta “péssimo marketing” como motivo do fracasso de ‘Han Solo’



Mas o fracasso de Han Solo levanta um ponto bastante discutível: Star Wars está ficando desgastado para o público?

Antes do filme do mercenário, Os Últimos Jedi (2017) dividiu muito o público e acabou tendo um lucro abaixo do esperado. Quer dizer, um bilhão e trezentos é dinheiro a rodo, mas a expectativa dentro da própria Disney era repetir o sucesso anterior e bater os 2 bilhões.

Muitos motivos foram dados para essa “decepção”. O principal é que Rian Johnson mudou demais a concepção do que era Star Wars e isso teria desagradado os fãs. Concordo em partes, meu maior incômodo com o segundo capítulo da nova trilogia é o visual “clean”, que me afasta um pouco da antiga concepção de Guerra Nas Estrelas. Mas sério, isso não justifica uma queda tão drástica de interesse num filme dessa franquia.

Talvez o grande problema seja mesmo a Disney. Falta entender um pouco a relevância do produto que eles têm em mãos. Star Wars, historicamente, sempre foi um filme evento. Até mesmo os mais fracos, como Ameaça Fantasma (1999) e Ataque dos Clones (2002), foram tratados dessa forma. E tal qual essa nomenclatura, as bilheterias e expectativa do público foram dignas de eventos.

A Disney faz muito sucesso com os filmes da Marvel. Eles são tratados da seguinte forma: Um filme evento a cada três/quatro anos e várias produções focadas apenas em divertir e criar expectativa para o longa-metragem “final”. O famoso “não esqueçam que estamos aqui, hein?!”. É uma técnica característica dessa franquia e que dá muito certo. O retorno financeiro e a fidelização do público são indiscutíveis.

Agora, Star Wars não precisa disso. A saga da Galáxia muito, muito distante não está tentando se consolidar num mercado de blockbusters.  É uma saga que tem muita bagagem, são mais de 40 anos de fãs e presença nos principais mercados. Ninguém vai esquecer Star Wars, sabe?

Qual a necessidade de lançar filmes menores nos intervalos dos capítulos da saga principal? Qual o motivo de lançarem três filmes principais num período de cinco anos?

Fazendo dessa forma, os filmes da saga passam de eventos para algo banal. Você não tem tempo para sentir saudades dos personagens. Não tem tempo de criar expectativas para o próximo capítulo. É tudo muito descartável.

Star Wars não é esquecível, não é banal, não é descartável. A estratégia da Disney pode até ser lucrativa, mas é um grande arranhão – e uma queda absurda de patamar – na imagem da franquia. O fracasso de Han Solo é apenas um aviso, um prenúncio do que pode acontecer caso as pessoas cansem de Star Wars. Ainda há tempo, Disney. Trate a franquia com o carinho e cuidado que ela merece.

 

E você, CinePoper, o que acha?

Han Solo: Uma História Star Wars acaba de estrear na plataforma de streamning Now, da Net.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Han Solo, segundo derivado da franquia Star Wars após a compra da Disney, pode ser considerado o primeiro fracasso desta nova fase e um dos blockbusters mais que deixaram a desejar este ano. Os motivos para o filme não ter ido bem são vários, e inclusive citamos isso numa matéria do início do ano.

  • Ninguém queria um filme do Han Solo, então, o público já tinha essa ideia rejeitada na mente.
  • Diferentemente de O Despertar da Força (2015) e Rogue One (2016), esse filme não apresentava nenhum tipo de novidade em relação à franquia.
  • Foi lançado na ressaca de Guerra Infinita e quase simultaneamente a Deadpool 2.
  • Como o especialista Doug Creutz aponta, que a campanha de marketing fraca é o principal causador do fracasso.

Analista aponta “péssimo marketing” como motivo do fracasso de ‘Han Solo’

Mas o fracasso de Han Solo levanta um ponto bastante discutível: Star Wars está ficando desgastado para o público?

Antes do filme do mercenário, Os Últimos Jedi (2017) dividiu muito o público e acabou tendo um lucro abaixo do esperado. Quer dizer, um bilhão e trezentos é dinheiro a rodo, mas a expectativa dentro da própria Disney era repetir o sucesso anterior e bater os 2 bilhões.

Muitos motivos foram dados para essa “decepção”. O principal é que Rian Johnson mudou demais a concepção do que era Star Wars e isso teria desagradado os fãs. Concordo em partes, meu maior incômodo com o segundo capítulo da nova trilogia é o visual “clean”, que me afasta um pouco da antiga concepção de Guerra Nas Estrelas. Mas sério, isso não justifica uma queda tão drástica de interesse num filme dessa franquia.

Talvez o grande problema seja mesmo a Disney. Falta entender um pouco a relevância do produto que eles têm em mãos. Star Wars, historicamente, sempre foi um filme evento. Até mesmo os mais fracos, como Ameaça Fantasma (1999) e Ataque dos Clones (2002), foram tratados dessa forma. E tal qual essa nomenclatura, as bilheterias e expectativa do público foram dignas de eventos.

A Disney faz muito sucesso com os filmes da Marvel. Eles são tratados da seguinte forma: Um filme evento a cada três/quatro anos e várias produções focadas apenas em divertir e criar expectativa para o longa-metragem “final”. O famoso “não esqueçam que estamos aqui, hein?!”. É uma técnica característica dessa franquia e que dá muito certo. O retorno financeiro e a fidelização do público são indiscutíveis.

Agora, Star Wars não precisa disso. A saga da Galáxia muito, muito distante não está tentando se consolidar num mercado de blockbusters.  É uma saga que tem muita bagagem, são mais de 40 anos de fãs e presença nos principais mercados. Ninguém vai esquecer Star Wars, sabe?

Qual a necessidade de lançar filmes menores nos intervalos dos capítulos da saga principal? Qual o motivo de lançarem três filmes principais num período de cinco anos?

Fazendo dessa forma, os filmes da saga passam de eventos para algo banal. Você não tem tempo para sentir saudades dos personagens. Não tem tempo de criar expectativas para o próximo capítulo. É tudo muito descartável.

Star Wars não é esquecível, não é banal, não é descartável. A estratégia da Disney pode até ser lucrativa, mas é um grande arranhão – e uma queda absurda de patamar – na imagem da franquia. O fracasso de Han Solo é apenas um aviso, um prenúncio do que pode acontecer caso as pessoas cansem de Star Wars. Ainda há tempo, Disney. Trate a franquia com o carinho e cuidado que ela merece.

 

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