George Walton Lucas Jr. Esse é um nome que você com certeza já viu – repetidas vezes – nos créditos de alguns dos filmes mais bem-sucedidos da história do cinema. O jovem tímido que nasceu em 14 de maio de 1944 na cidade de Modesto, ao norte da Califórnia, se aventurou a cursar Cinema na Universidade da Carolina do Sul, na década de 1960, e foi lá que – pasmem! – ele conheceu ninguém menos que Francis Ford Coppola, com quem mais tarde fundou a American Zoetrope, uma instituição que visava apoiar a criação de filmes independentes fora do circuito de Hollywood.
A trajetória do roteirista, diretor e produtor George Lucas caminha em paralelo com a história da cultura pop mundial, e, por isso, para comemorar os 78 anos do criador do universo de ‘Star Wars’, listamos aqui os principais momentos de sua vida longa e próspera – com o perdão do trocadilho. ; )
Industrial Light & Magic (1975)
Não, este não é o nome de um filme, mas sim de uma empresa, criada pelo George Lucas com a finalidade de conseguir atender suas próprias necessidades de efeitos visuais em longas-metragens. Sim, esse é o nível de perfeccionismo que o divo tem: criar uma empresa porque as que existem no mercado não são capazes de reproduzir em imagem a megalomania que ele tem na cabeça. E deu super certo, pois ela continua ativa no mercado e já foi responsável por efeitos em ‘Jurassic Park’, ‘O Exterminador do Futuro 2’ e ‘Os Vingadores: A Era de Ultron’, por exemplo. Nada mal, hein?
Star Wars – Episódio IV: Uma Nova Esperança (1977) – direção, roteiro e produção
Tecnicamente, este foi o terceiro longa do Georgito, porém foi com o sucesso desse – juntamente com o lucro do filme anterior, ‘Loucuras de Verão’, uma comédia dramática – que ele conseguiu dinheiro o suficiente para montar a própria empresa, a Lucasfilm. Também foi o pontapé inicial que apresentou ao cinema efeitos especiais jamais vistos, levando o espectador a uma experiência realmente intergaláctica. É também neste filme que começa uma das melhores parcerias do mundo do cinema: George Lucas e o compositor John Williams.
‘Star Wars – O Império Contra-Ataca’ (1980) – produtor executivo
Esse foi o filme que solidificou Darth Vader como um dos maiores vilões de todos os tempos. É também nesse filme que uma das paternidades mais famosas do cinema foi revelada, gerando uma das falas mais icônicas da indústria cinematográfica, e abriu a década que seria recheada de cultura pop.
‘Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida’ (1981) – produtor e roteirista
Porque em time que se está ganhando, não se mexe, e George chama Harrison Ford para uma empreitada sobre arqueólogos aventureiros que lutam contra o mal em nome de proteger o patrimônio da humanidade. Falando assim parece até sinopse de documentário do History Channel, mas esse é o mote da franquia Indiana Jones, que ajudou a firmar Steven Spielberg como um dos maiores diretores de Hollywood – e também marcou mais uma parceria de sucesso da indústria, além de uma das mais longevas amizades sinceras da vida de Georgito.
‘Labirinto: A Magia do Tempo’ (1986) – produtor
Um filme de magia que tem ninguém menos do que David Bowie no papel principal. Só que ele na verdade é o vilão, mas é também o Príncipe dos Duendes, e fica difícil não se apaixonar por ele. George Lucas foi produtor desse belo filme, porque tudo que envolve fantasia tem que ter o dedo dele.
‘Willow na Terra da Magia’ (1987) – roteirista e produtor
Como dito, tudo que tem magia, tem George Lucas no meio, e nesta aventura ele foi roteirista e produtor da história de um anão bem feio – mas que igualmente gera atração e empatia no espectador, o que nos deixa com sentimentos muito confusos – que acha um bebê humano e atravessa toda uma jornada para proteger essa criança.
Depois disso, George Lucas continuou a saga de ‘Star Wars’, intercalando com ‘Indiana Jones’. Porém, no meio do caminho, outros episódios interessantes fizeram a diferença em sua trajetória, como, por exemplo, o fato de ter conhecido o mitólogo Joseph Campbell, em 1984, quando o escritor foi dar uma palestra no Palace of Fine Arts, em São Francisco, do ladinho das instalações da Lucasfilm. George estava na plateia e foi cumprimentar o palestrante ao final do discurso. Nascia ali uma amizade profunda, uma vez que os estudos da jornada do herói de Campbell influenciaram a forma como Lucas escrevia seus roteiros, incluindo os da saga de ‘Star Wars’. A amizade também rendeu uma entrevista memorável de Cambell para o jornalista Bill Moyers no Rancho Skywalker, de George Lucas, na Califórnia, que mais tarde se tornaria o livro ‘O Poder do Mito’ – um dos livros mais cultuados por escritores no mundo todo.
Dentre os acontecimentos mais recentes, uma das notícias que abalaram o mundo cinematográfico foi o anúncio que George Lucas fez, em 2012, de que iria vender a Lucasfilm para a Disney, o que significava que a franquia dos Skywalkers passaria a ser da empresa do Mickey Mouse. A venda atingiu o valor de U$4,05 bilhões e, por mais que muitos fãs não tenham gostado da transação no início, fato é que, graças à essa venda, hoje podemos desfrutar dos parques temáticos de Star Wars (o primeiro será inaugurado no final de maio, no parque da Califórnia).
Como vocês podem ver, George Lucas é um nome de fundamental importância não só para a indústria do cinema, mas para a cultura pop de modo geral. Apesar disso, até hoje George Lucas nunca recebeu um Oscar, embora tenha sido nomeado algumas vezes. Será que agora, depois de completar 78 anos, a Academia vai começar a considerar finalmente dar uma estatueta para ele, nem que seja pelo conjunto da obra? Cenas dos próximos capítulos…