quarta-feira , 20 novembro , 2024

Steven Spielberg Completa 77 Anos | Conheça os 10 Melhores filmes do Diretor

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Steven Spielberg é sinônimo não apenas de cinema entretenimento, mas também é o responsável pela entrada de muitas crianças na paixão pela sétima arte. Um dos mais celebrados realizadores de todos os tempos, o artista elevou a todo um novo patamar o conceito de diretor-celebridade, reinando absoluto e de forma sem precedentes durante a década de 1980, o berço dos blockbusters.

Spielberg chegou com a onda revolucionária que tomou Hollywood de assalto nos anos 1970, fazendo parte do movimento que contava com cineastas como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, George Lucas e Brian De Palma, todos colegas seus até hoje. Mas do pacote, somente Spielberg transcendeu ser “apenas” um diretor, se tornando uma entidade própria da sétima arte. Isso porque mesclou como nenhum outro o cinema popular de entretenimento (inclusive sendo “pai” do primeiro blockbuster da história e produzindo / dando seu selo de qualidade a inúmeras obras de sucesso no período) com filmes autorais de “arte”, o que lhe rendeu prestígio de premiações.



Indicado para absurdos 17 prêmios no Oscar e vencedor de 3 (dois como diretor e um como produtor), além de um Oscar honorário, é claro que não poderíamos deixar de homenagear este que é uma das figuras mais importantes para o cinema como temos hoje. Para isso, resolvemos listar seus 10 melhores filmes como diretor – numa votação entre os críticos e o grande público. Confira abaixo e não esqueça de comentar.

10 | Minority Report – A Nova Lei (2002)

Começamos a lista com esta que foi a primeira colaboração entre Spielberg e o astro máximo do cinema, Tom Cruise. Quando se está no topo, busca-se trabalhar com profissionais de grandiosidade igual. Assim, o maior diretor do cinema precisava colaborar com o maior astro de Hollywood. E o projeto para tal foi esta ficção científica raiz baseada num conto do autor especialista no gênero, Philip K. Dick. Na trama futurística, mais atual do que nunca, crimes foram erradicados através de uma nova tecnologia adaptada pela polícia e implementada pelo governo, onde prende-se o infrator antes que cometa a infração. O procedimento começa a ser investigado pela corregedoria a fim de tirar qualquer dúvida sobre possíveis falhas em seu sistema. Afinal, o crime precisa de fato ocorrer antes que haja a punição.

09 | Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977)

Steven Spielberg ficaria conhecido, entre outras coisas, por seus filmes de fantasia – e neste quesito engloba-se a ficção científica. E se temos na filmografia do diretor obra como Minority Report, só temos a agradecer por este primeiro trabalho do cineasta no gênero. O segundo grande filme de sua carreira explora um dos temas favoritos do artista, especialmente nesta época de seu começo: a vida inteligente fora da Terra. O espaço e o desconhecido sempre cativaram a imaginação de Spielberg, e aqui o cineasta colocava em prática tudo o que sabia sobre o tema. Na trama, estranhas ocorrências começam a acontecer numa cidade americana, com seus moradores sendo aterrorizados por forças sobrenaturais. O governo sabe de tudo, mas esconde as informações. O segredo se revela como visitantes interplanetários. Mas Contatos Imediatos vai além, e coloca em foco o drama específico de uma família e a obsessão de seu patriarca – papel de Richard Dreyfuss. O longa foi indicado para 8 Oscar, dentre os quais a primeira indicação para Spielberg como diretor.

08 | Indiana Jones e a Última Cruzada (1989)

Talvez nem todos saibam, mas o herói Indiana Jones nasceu da vontade de Spielberg em dirigir um filme da franquia 007 no cinema. Seu colega George Lucas o convenceu a abandonar esta ideia, afirmando possuir algo melhor reservado para o amigo. Foi então que sugeriu a criação de um aventureiro / professor de arqueologia – cuja jornada se passaria na década de 1930, e os vilões seriam nazistas. Assim fica inclusive mais fácil entender a brincadeira interna de colocar Sean Connery como o pai do protagonista nesta terceira aventura – já que o saudoso veterano ficaria para sempre imortalizado como o primeiro (e melhor para a maioria) intérprete do agente James Bond no cinema.

07 | Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros (1993)

Como esta lista está nos mostrando, Steven Spielberg é uma fábrica de criar sucessos. E o diretor que havia reinado na década de 80, seguiu exibindo ótima forma pela década seguinte. Um dos ápices foi esta adaptação do livro do romancista Michael Crichton – que revolucionou a história do cinema com seus efeitos especiais gerados por computadores, nunca antes apresentados desta forma. Só quem era criança na época e pôde conferir o filme nas telonas sabe o impacto geracional que a obra teve. Existe antes de Jurassic Park e depois. No quesito do que temos hoje em relação a blockbusters, este filme foi um dos grandes responsáveis e o primeiro a utilizar o CGI a favor da história. Ao contrário do que temos hoje com muitas superproduções vazias de conteúdo, Jurassic Park contou uma grande história e utilizou personagens inesquecíveis. Os dinossauros estavam de volta em grande estilo e o mundo apenas olhou em admiração.

06 | E. T. – O Extraterrestre (1982)

Recentemente em uma matéria sobre os filmes indicados ao Oscar na categoria principal que muitos desconhecem, incluí este grande sucesso da sétima arte. Que E. T. é um fenômeno absoluto de público e um dos filmes infantis mais adorados da história todos sabem. Mas que o filme igualmente obteve prestígio em premiações e emplacou inclusive no Oscar, isso nem todo mundo pode ter em mente. E. T. foi indicado para nada menos que 9 Oscar, incluindo melhor filme e melhor diretor para Spielberg (sua terceira indicação como diretor). O cineasta usou sua própria experiência de lar desfeito na infância para essa história sobre uma família sofrendo com o divórcio dos pais, onde a mulher precisava assumir a dianteira e o comando, numa época em que isso não era muito comum. Novamente, é através de uma visita vinda do espaço que a vida de todos ao redor se transformará para sempre.

05 | Prenda-me se for Capaz (2002)

Dos anos recentes, nenhum outro marcou a carreira de Steven Spielberg tanto quanto o ano de 2002. O diretor ainda entrega sucessos atualmente, e seus dois últimos filmes The Post e Jogador Nª 1 demonstram que o realizador ainda consegue cativar o público como poucos. No entanto, quando falamos de seus filmes mais queridos, o ano de 2002 foi o mais recente a trazer produções que realmente caíram no gosto dos fãs. Depois de Minority Report, o cineasta entregava no mesmo ano uma nova parceria com um astro extremamente quente. Falamos do menino de ouro Leonardo DiCaprio, a escolha perfeita para viver o jovem golpista Frank Abagnale Jr. que, numa história fantástica demais caso não fosse real, se passava por médico, advogado e piloto de avião na década de 1960. Como se não bastasse, Tom Hanks entra em cena na pele do agente do FBI caçando o jovem infrator. O desejo que fica é de uma nova colaboração entre Spielberg e DiCaprio.

04 | Tubarão (1975)

Chegando ao pódio nos deparamos com o que é uma das produções mais populares da carreira de Steven Spielberg. E não é para menos, já que o filme tem a honraria máxima de ser o primeiro blockbuster da história, o primeiro filme a ultrapassar nos EUA a marca de US$200 milhões em bilheteria. O longa fez tanto sucesso que se transformou num fenômeno. O público saía da exibição e voltava para a fila para assistir novamente, fila esta que dava voltas no quarteirão – daí o termo “arrasa-quarteirão”. Fora isso, Tubarão causou tanto impacto que as pessoas verdadeiramente ficaram com medo de frequentar as praias. Melhor para o filme, já que as mesmas corriam para os cinemas durante as férias de verão. No entanto, é sabido também que a produção do filme foi bem problemática, resultado num verdadeiro pesadelo para um então jovem Spielberg de 25 anos. A trama, é claro, fala sobre ataques de um grande tubarão branco nas praias de uma pequena cidade localizada numa ilha. O filme igualmente foi indicado ao Oscar na categoria principal.

03 | Os Caçadores da Arca Perdida (1981)

Nesta época, Steven Spielberg era o melhor dos dois mundos. O diretor era um sucesso financeiro absoluto, quebrando recordes de bilheteria, um atrás do outro. E este foi o segundo blockbuster de sua carreira, em um curto espaço de tempo. Fora isso, era o terceiro filme, num período de 6 anos, com prestígio de chegar até o Oscar. O cineasta estava no topo do mundo e queria mais. Aqui, como dito, era criado um novo herói para o cinema, saído da mente do produtor George Lucas, e do desejo de Spielberg em comandar 007. Harrison Ford, igualmente se tornava parte deste sucesso, ao ser escalado para viver o personagem de sorriso canastrão, pau para toda obra, que se metida em aventuras tão grandiosas que não ficam devendo nada para qualquer super-herói atual. E pensar que Tom Selleck, o escolhido original para o papel, perdeu uma bela bocada devido aos compromissos com a série Magnun (1980-1988). Ah sim, Os Caçadores da Arca Perdida também foi indicado ao Oscar de melhor filme.

02 | O Resgate do Soldado Ryan (1998)

Existe uma brincadeira, talvez um pouco ácida demais, que diz que “até mesmo William Shakespeare saberia que Soldado Ryan é um filme melhor que Shakespeare Apaixonado” – mas foi o segundo que se tornou o verdadeiro vencedor na categoria principal dos prêmios da Academia em 1999. Seja como for, aqui o cineasta recebia seu segundo Oscar como diretor, e colaborava pela primeira vez com outro nome de peso do cinema em Hollywood, o astro boa-praça Tom Hanks – curioso foi a primeira união da dupla ter saído em um filme de gênero, digamos, tão intenso, incomum para os dois. Essa foi a primeira incursão do cineasta num filme de guerra levado ao pé da letra, no qual somos jogados no meio do conflito de uma forma tão real e única, que só o diretor saberia mostrar. É claro que Spielberg já havia abordado o tema duas outras vezes, na comédia 1941 – Uma Guerra Muito Louca (1979) e em Império do Sol (1987) – muito mais focado em um campo de concentração japonês e visto através dos olhos de uma criança. O Resgate do Soldado Ryan é o segundo filme de Spielberg preferido na opinião de críticos e do público, e ganha nossa medalha de prata.

01 | A Lista de Schindler (1993)

Não podia ser outro. Se O Resgate do Soldado Ryan se mostrou um dos melhores filmes do gênero guerra na história do cinema, ele precisa agradecer muito a este trabalho anterior do cineasta. Mesmo quando entregou seus primeiros filmes “ditos mais sérios”, isso é, com temas não recomendados a todo tipo de público, em especial os mais jovens, Spielberg falhou em agradar uma parcela da crítica ou dos fãs. A Cor Púrpura (1985) e Império do Sol (1987) são filmes muito bons e que marcaram toda uma geração. No entanto, nenhum outro drama do diretor geraria uma comoção de apreço unânime tão forte e arrebatadora quanto A Lista de Schindler. Esse é um daqueles filmes perfeitos, que não possui detratores. Mesmo quem não gosta por razões pessoais reconhece suas inúmeras qualidades e sua importância fílmica para a sétima arte. De extrema importância pessoal para o diretor, vindo de família judia, a obra é um estarrecedor retrato do que foram os campos de concentração nazista durante a Segunda Guerra Mundial, ao mesmo tempo em que é uma edificante e belíssima história sobre um herói, um homem que salvou sozinho inúmeros judeus do extermínio. Imprescindível.

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Steven Spielberg é sinônimo não apenas de cinema entretenimento, mas também é o responsável pela entrada de muitas crianças na paixão pela sétima arte. Um dos mais celebrados realizadores de todos os tempos, o artista elevou a todo um novo patamar o conceito de diretor-celebridade, reinando absoluto e de forma sem precedentes durante a década de 1980, o berço dos blockbusters.

Spielberg chegou com a onda revolucionária que tomou Hollywood de assalto nos anos 1970, fazendo parte do movimento que contava com cineastas como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, George Lucas e Brian De Palma, todos colegas seus até hoje. Mas do pacote, somente Spielberg transcendeu ser “apenas” um diretor, se tornando uma entidade própria da sétima arte. Isso porque mesclou como nenhum outro o cinema popular de entretenimento (inclusive sendo “pai” do primeiro blockbuster da história e produzindo / dando seu selo de qualidade a inúmeras obras de sucesso no período) com filmes autorais de “arte”, o que lhe rendeu prestígio de premiações.

Indicado para absurdos 17 prêmios no Oscar e vencedor de 3 (dois como diretor e um como produtor), além de um Oscar honorário, é claro que não poderíamos deixar de homenagear este que é uma das figuras mais importantes para o cinema como temos hoje. Para isso, resolvemos listar seus 10 melhores filmes como diretor – numa votação entre os críticos e o grande público. Confira abaixo e não esqueça de comentar.

10 | Minority Report – A Nova Lei (2002)

Começamos a lista com esta que foi a primeira colaboração entre Spielberg e o astro máximo do cinema, Tom Cruise. Quando se está no topo, busca-se trabalhar com profissionais de grandiosidade igual. Assim, o maior diretor do cinema precisava colaborar com o maior astro de Hollywood. E o projeto para tal foi esta ficção científica raiz baseada num conto do autor especialista no gênero, Philip K. Dick. Na trama futurística, mais atual do que nunca, crimes foram erradicados através de uma nova tecnologia adaptada pela polícia e implementada pelo governo, onde prende-se o infrator antes que cometa a infração. O procedimento começa a ser investigado pela corregedoria a fim de tirar qualquer dúvida sobre possíveis falhas em seu sistema. Afinal, o crime precisa de fato ocorrer antes que haja a punição.

09 | Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977)

Steven Spielberg ficaria conhecido, entre outras coisas, por seus filmes de fantasia – e neste quesito engloba-se a ficção científica. E se temos na filmografia do diretor obra como Minority Report, só temos a agradecer por este primeiro trabalho do cineasta no gênero. O segundo grande filme de sua carreira explora um dos temas favoritos do artista, especialmente nesta época de seu começo: a vida inteligente fora da Terra. O espaço e o desconhecido sempre cativaram a imaginação de Spielberg, e aqui o cineasta colocava em prática tudo o que sabia sobre o tema. Na trama, estranhas ocorrências começam a acontecer numa cidade americana, com seus moradores sendo aterrorizados por forças sobrenaturais. O governo sabe de tudo, mas esconde as informações. O segredo se revela como visitantes interplanetários. Mas Contatos Imediatos vai além, e coloca em foco o drama específico de uma família e a obsessão de seu patriarca – papel de Richard Dreyfuss. O longa foi indicado para 8 Oscar, dentre os quais a primeira indicação para Spielberg como diretor.

08 | Indiana Jones e a Última Cruzada (1989)

Talvez nem todos saibam, mas o herói Indiana Jones nasceu da vontade de Spielberg em dirigir um filme da franquia 007 no cinema. Seu colega George Lucas o convenceu a abandonar esta ideia, afirmando possuir algo melhor reservado para o amigo. Foi então que sugeriu a criação de um aventureiro / professor de arqueologia – cuja jornada se passaria na década de 1930, e os vilões seriam nazistas. Assim fica inclusive mais fácil entender a brincadeira interna de colocar Sean Connery como o pai do protagonista nesta terceira aventura – já que o saudoso veterano ficaria para sempre imortalizado como o primeiro (e melhor para a maioria) intérprete do agente James Bond no cinema.

07 | Jurassic Park – O Parque dos Dinossauros (1993)

Como esta lista está nos mostrando, Steven Spielberg é uma fábrica de criar sucessos. E o diretor que havia reinado na década de 80, seguiu exibindo ótima forma pela década seguinte. Um dos ápices foi esta adaptação do livro do romancista Michael Crichton – que revolucionou a história do cinema com seus efeitos especiais gerados por computadores, nunca antes apresentados desta forma. Só quem era criança na época e pôde conferir o filme nas telonas sabe o impacto geracional que a obra teve. Existe antes de Jurassic Park e depois. No quesito do que temos hoje em relação a blockbusters, este filme foi um dos grandes responsáveis e o primeiro a utilizar o CGI a favor da história. Ao contrário do que temos hoje com muitas superproduções vazias de conteúdo, Jurassic Park contou uma grande história e utilizou personagens inesquecíveis. Os dinossauros estavam de volta em grande estilo e o mundo apenas olhou em admiração.

06 | E. T. – O Extraterrestre (1982)

Recentemente em uma matéria sobre os filmes indicados ao Oscar na categoria principal que muitos desconhecem, incluí este grande sucesso da sétima arte. Que E. T. é um fenômeno absoluto de público e um dos filmes infantis mais adorados da história todos sabem. Mas que o filme igualmente obteve prestígio em premiações e emplacou inclusive no Oscar, isso nem todo mundo pode ter em mente. E. T. foi indicado para nada menos que 9 Oscar, incluindo melhor filme e melhor diretor para Spielberg (sua terceira indicação como diretor). O cineasta usou sua própria experiência de lar desfeito na infância para essa história sobre uma família sofrendo com o divórcio dos pais, onde a mulher precisava assumir a dianteira e o comando, numa época em que isso não era muito comum. Novamente, é através de uma visita vinda do espaço que a vida de todos ao redor se transformará para sempre.

05 | Prenda-me se for Capaz (2002)

Dos anos recentes, nenhum outro marcou a carreira de Steven Spielberg tanto quanto o ano de 2002. O diretor ainda entrega sucessos atualmente, e seus dois últimos filmes The Post e Jogador Nª 1 demonstram que o realizador ainda consegue cativar o público como poucos. No entanto, quando falamos de seus filmes mais queridos, o ano de 2002 foi o mais recente a trazer produções que realmente caíram no gosto dos fãs. Depois de Minority Report, o cineasta entregava no mesmo ano uma nova parceria com um astro extremamente quente. Falamos do menino de ouro Leonardo DiCaprio, a escolha perfeita para viver o jovem golpista Frank Abagnale Jr. que, numa história fantástica demais caso não fosse real, se passava por médico, advogado e piloto de avião na década de 1960. Como se não bastasse, Tom Hanks entra em cena na pele do agente do FBI caçando o jovem infrator. O desejo que fica é de uma nova colaboração entre Spielberg e DiCaprio.

04 | Tubarão (1975)

Chegando ao pódio nos deparamos com o que é uma das produções mais populares da carreira de Steven Spielberg. E não é para menos, já que o filme tem a honraria máxima de ser o primeiro blockbuster da história, o primeiro filme a ultrapassar nos EUA a marca de US$200 milhões em bilheteria. O longa fez tanto sucesso que se transformou num fenômeno. O público saía da exibição e voltava para a fila para assistir novamente, fila esta que dava voltas no quarteirão – daí o termo “arrasa-quarteirão”. Fora isso, Tubarão causou tanto impacto que as pessoas verdadeiramente ficaram com medo de frequentar as praias. Melhor para o filme, já que as mesmas corriam para os cinemas durante as férias de verão. No entanto, é sabido também que a produção do filme foi bem problemática, resultado num verdadeiro pesadelo para um então jovem Spielberg de 25 anos. A trama, é claro, fala sobre ataques de um grande tubarão branco nas praias de uma pequena cidade localizada numa ilha. O filme igualmente foi indicado ao Oscar na categoria principal.

03 | Os Caçadores da Arca Perdida (1981)

Nesta época, Steven Spielberg era o melhor dos dois mundos. O diretor era um sucesso financeiro absoluto, quebrando recordes de bilheteria, um atrás do outro. E este foi o segundo blockbuster de sua carreira, em um curto espaço de tempo. Fora isso, era o terceiro filme, num período de 6 anos, com prestígio de chegar até o Oscar. O cineasta estava no topo do mundo e queria mais. Aqui, como dito, era criado um novo herói para o cinema, saído da mente do produtor George Lucas, e do desejo de Spielberg em comandar 007. Harrison Ford, igualmente se tornava parte deste sucesso, ao ser escalado para viver o personagem de sorriso canastrão, pau para toda obra, que se metida em aventuras tão grandiosas que não ficam devendo nada para qualquer super-herói atual. E pensar que Tom Selleck, o escolhido original para o papel, perdeu uma bela bocada devido aos compromissos com a série Magnun (1980-1988). Ah sim, Os Caçadores da Arca Perdida também foi indicado ao Oscar de melhor filme.

02 | O Resgate do Soldado Ryan (1998)

Existe uma brincadeira, talvez um pouco ácida demais, que diz que “até mesmo William Shakespeare saberia que Soldado Ryan é um filme melhor que Shakespeare Apaixonado” – mas foi o segundo que se tornou o verdadeiro vencedor na categoria principal dos prêmios da Academia em 1999. Seja como for, aqui o cineasta recebia seu segundo Oscar como diretor, e colaborava pela primeira vez com outro nome de peso do cinema em Hollywood, o astro boa-praça Tom Hanks – curioso foi a primeira união da dupla ter saído em um filme de gênero, digamos, tão intenso, incomum para os dois. Essa foi a primeira incursão do cineasta num filme de guerra levado ao pé da letra, no qual somos jogados no meio do conflito de uma forma tão real e única, que só o diretor saberia mostrar. É claro que Spielberg já havia abordado o tema duas outras vezes, na comédia 1941 – Uma Guerra Muito Louca (1979) e em Império do Sol (1987) – muito mais focado em um campo de concentração japonês e visto através dos olhos de uma criança. O Resgate do Soldado Ryan é o segundo filme de Spielberg preferido na opinião de críticos e do público, e ganha nossa medalha de prata.

01 | A Lista de Schindler (1993)

Não podia ser outro. Se O Resgate do Soldado Ryan se mostrou um dos melhores filmes do gênero guerra na história do cinema, ele precisa agradecer muito a este trabalho anterior do cineasta. Mesmo quando entregou seus primeiros filmes “ditos mais sérios”, isso é, com temas não recomendados a todo tipo de público, em especial os mais jovens, Spielberg falhou em agradar uma parcela da crítica ou dos fãs. A Cor Púrpura (1985) e Império do Sol (1987) são filmes muito bons e que marcaram toda uma geração. No entanto, nenhum outro drama do diretor geraria uma comoção de apreço unânime tão forte e arrebatadora quanto A Lista de Schindler. Esse é um daqueles filmes perfeitos, que não possui detratores. Mesmo quem não gosta por razões pessoais reconhece suas inúmeras qualidades e sua importância fílmica para a sétima arte. De extrema importância pessoal para o diretor, vindo de família judia, a obra é um estarrecedor retrato do que foram os campos de concentração nazista durante a Segunda Guerra Mundial, ao mesmo tempo em que é uma edificante e belíssima história sobre um herói, um homem que salvou sozinho inúmeros judeus do extermínio. Imprescindível.

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