A censura aparentemente aumentou a curiosidade do público com o elogiado filme ‘Medida Provisória‘, que percorreu um longo e burocrático caminho para ser lançado no Brasil.
A produção passou por diversas polêmicas pelo tema abordado, e acabou tendo o lançamento bloqueado por meses pela ANCINE. Após quase um ano, os produtores conseguiram permissão para lançar o filme nos cinemas.
Agora, a produção figura como o título MAIS ASSISTIDO do Globoplay.
Confira:
O astro Lázaro Ramos disse à Folha de S. Paulo que o seu filme sofreu “censura burocrática” para estrear: “O que sabemos é que um membro do governo puxou um boicote lá atrás, dizendo como o filme foi feito para falar mal do ‘messias’. Depois, precisávamos de uma simples assinatura para trocar nossa distribuidora, e isso demorou um ano e alguns meses para acontecer”, concluiu.
Agora, ‘Medida Provisória‘ está disponível para os assinantes do Globoplay.
Taís Araújo, esposa de Lazaro, criticou a censura contra o longa quando ele foi lançado nos cinemas.
“Acho que o filme sofreu censura, sim, mas ainda bem que foi liberado, porque o Brasil merece ver e discutir esses assuntos”, confessou a atroz em entrevista que concedeu à Vogue. Que completou dizendo: “Esse filme, quando filmamos, era 2018… Enfim, nada do que vivemos hoje, essa tragédia não existia. Chamávamos de um futuro distópico, o que dá muito medo porque parece como essa distopia se aproxima muito”.
Taís Araújo também elogiou bastante o trabalho de Lázaro Ramos nas filmagens: “É um filme que tem muito a identidade de direção do Lázaro, de começar meio leve como comédia e, quando você vê, não tem nada de engraçado, a situação é dramática, é trágica. Aí ele chama a gente para conversar, mas de uma maneira afetuosa”.
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Sinopse: Num futuro distópico, o governo brasileiro decreta uma medida provisória que obriga os cidadãos negros a ‘voltarem’ à África como forma de reparar os tempos de escravidão. O advogado Antônio (Alfred Enoch), sua companheira, a médica Capitu (Taís Araújo), e seu primo, o jornalista André (Seu Jorge) decidem resistir, uns confinados em suas casas, outros no Afrobunker – movimento que vai lutar pelo direito de permanecerem em seu país.