domingo , 22 dezembro , 2024

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…Em resumo, está chegando a quarta temporada de Game Of Thrones – GoT para os íntimos – uma das séries de maior sucesso da TV. GoT tem qualidades suficientes para ombrear com séries como Breaking Bad ou The Sopranos… Olha, a ideia inicial deste texto era falar de todas essas qualidades: a ótima direção, a engenhosidade de George R. R. Martin em criar uma fantasia para adultos, de como a narrativa pode ser lido como um estudo sobre política, ou o quanto a força gravitacional do Poder molda o caráter das pessoas. Depois, falaria sobre meus personagens prediletos, como Daeneryz Targaryen (Emilia Clarke), Stannis Baratheon (Stephen Dilane) e os insuperáveis Tyrion Lannister (Peter Dinklage) e Arya Stark (Maisie Williams). Mas, essas coisas não interessam. Quero mesmo é falar da única unanimidade de Westeros: Joffrey Baratheon (Jack Gleeson) é um filho da PUTA!

Sim, podemos discordar sobre os méritos da série, sobre as soluções de roteiro, sobre os homicídios cometidos por R. R. Martin, sobre qual personagem no agrada mais ou sobre quem ficará com o trono de ferro. Não importa! No final, concordaremos, apenas, que todo espectador de GoT já teve a vontade de descer o braço em Joffrey. Ele é um verdadeiro MOTHERFUCKER!



Ele acredita ser o único alfajor do pacote. Mimado, pateta, imbecil, covarde, tão arrogância que é incapaz de perceber seus defeitos. Sádico, idiota, como se dizia antigamente, um moleque pimpão. Ou, sendo mais atual, ele é um coxinha. Um coxinha mimado! “Uê, Uê! Fui contrariado!! Uê, Uê!! Mamãe!!! Uê, Uê, Me dá minha coroa! Snif, snif…” Ora, droga, dá vontade de dar umas boas chineladas e mandar ele calar a boca.

Muitas das qualidades que R. R. Martin imprimiu em GoT podem ser percebidas a partir desse FDP!

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Primeiro, R. R. Martin é um grande criador de personagens. Mesmo nos mais coadjuvantes a complexidade é percebida, todos muito verossímeis. Isto não é fácil. Mais difícil ainda, é criar vilões. Mesmo não deixando muito claro a fronteira de bem e mal, GoT tem figuras bem malvadas. Mas, a maioria de seus vilões tem carisma; em algum momento, eles revelam sua face humana. Em toda a arte narrativa, com facilidade encontramos vilões carismáticos. De Shakespeare à novela da Globo, os vilões exercem algum fascínio no público – e construir figuras assim é complicado. Contudo, bem mais difícil, é bolar um vilão complexo e que seja odiado por todo público. A frase a seguir é estranha: ser odiado por todos é a qualidade de Joffrey!

Essa repulsa coletiva é conseguida pela combinação entre maldade em estado bruto e um grande poder colocados no interior de uma personagem extremamente burra, que se considera tão autossuficiente que é incapaz de notar suas limitações. Joffrey é tão mimado que não percebe seus erros. E esse lado mimado é o ponto decisivo para impedir uma identificação do público. Um vilão grandioso, em algum grau, tem noção de seus limites e possui algum traço que o ligará com o público. Joffrey é sádico (gerando consequências nocivas), burro (por não perceber seus erros), mimado (mesmo errando, ele continua se achando o melhor!) e tem o poder. Podemos aturar um colega de trabalho sádico, burro e mimado, mas é mortal um chefe sádico, burro e mimado.

E se GoT é uma narrativa sobre o Poder, Joffrey é a representação de como o poder colocado nas mãos de um maníaco gera consequências desastrosas.

Por fim, o terceiro traço da série que encontramos ao redor de Joffrey é o prazer sádico de R. R. Martin em maltratar seu público. Ele vem matando alguns personagens muito queridos, mas, dar ao público o prazer de ver Joffrey sofrer, não, isso não! Um desses raros instantes foi o tapa na cara de Joffrey dado por Tyrion Lannister, grande momento catártico de GoT.

E enquanto a quarta temporada não começa, vamos rir um pouco mais de Joffrey!

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Sim, podemos discordar sobre os méritos da série, sobre as soluções de roteiro, sobre os homicídios cometidos por R. R. Martin, sobre qual personagem no agrada mais ou sobre quem ficará com o trono de ferro. Não importa! No final, concordaremos, apenas, que todo espectador de GoT já teve a vontade de descer o braço em Joffrey. Ele é um verdadeiro MOTHERFUCKER!

Ele acredita ser o único alfajor do pacote. Mimado, pateta, imbecil, covarde, tão arrogância que é incapaz de perceber seus defeitos. Sádico, idiota, como se dizia antigamente, um moleque pimpão. Ou, sendo mais atual, ele é um coxinha. Um coxinha mimado! “Uê, Uê! Fui contrariado!! Uê, Uê!! Mamãe!!! Uê, Uê, Me dá minha coroa! Snif, snif…” Ora, droga, dá vontade de dar umas boas chineladas e mandar ele calar a boca.

Muitas das qualidades que R. R. Martin imprimiu em GoT podem ser percebidas a partir desse FDP!

Primeiro, R. R. Martin é um grande criador de personagens. Mesmo nos mais coadjuvantes a complexidade é percebida, todos muito verossímeis. Isto não é fácil. Mais difícil ainda, é criar vilões. Mesmo não deixando muito claro a fronteira de bem e mal, GoT tem figuras bem malvadas. Mas, a maioria de seus vilões tem carisma; em algum momento, eles revelam sua face humana. Em toda a arte narrativa, com facilidade encontramos vilões carismáticos. De Shakespeare à novela da Globo, os vilões exercem algum fascínio no público – e construir figuras assim é complicado. Contudo, bem mais difícil, é bolar um vilão complexo e que seja odiado por todo público. A frase a seguir é estranha: ser odiado por todos é a qualidade de Joffrey!

Essa repulsa coletiva é conseguida pela combinação entre maldade em estado bruto e um grande poder colocados no interior de uma personagem extremamente burra, que se considera tão autossuficiente que é incapaz de notar suas limitações. Joffrey é tão mimado que não percebe seus erros. E esse lado mimado é o ponto decisivo para impedir uma identificação do público. Um vilão grandioso, em algum grau, tem noção de seus limites e possui algum traço que o ligará com o público. Joffrey é sádico (gerando consequências nocivas), burro (por não perceber seus erros), mimado (mesmo errando, ele continua se achando o melhor!) e tem o poder. Podemos aturar um colega de trabalho sádico, burro e mimado, mas é mortal um chefe sádico, burro e mimado.

E se GoT é uma narrativa sobre o Poder, Joffrey é a representação de como o poder colocado nas mãos de um maníaco gera consequências desastrosas.

Por fim, o terceiro traço da série que encontramos ao redor de Joffrey é o prazer sádico de R. R. Martin em maltratar seu público. Ele vem matando alguns personagens muito queridos, mas, dar ao público o prazer de ver Joffrey sofrer, não, isso não! Um desses raros instantes foi o tapa na cara de Joffrey dado por Tyrion Lannister, grande momento catártico de GoT.

E enquanto a quarta temporada não começa, vamos rir um pouco mais de Joffrey!

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