quinta-feira , 21 novembro , 2024

Temperatura Sobe no show do Imagine Dragons no Rio e Faz o Público De Fato Imaginar o Dragão

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A temperatura realmente subiu no último sábado, 4 de março, na capital carioca. Após meses de espera e um adiamento inesperado por conta de saúde, finalmente o Imagine Dragons voltou ao Rio de Janeiro com sua turnê Mercury World Tour, entregando um show muitíssimo ansiado pelos seus fãs, que esperaram meses para usar os ingressos comprados para outubro do ano passado, quando a banda estadunidense inicialmente estava prevista para vir. E os fãs não se decepcionaram! Em breve pesquisa com 10 pessoas que não se conheciam entre si e estiveram presentes no show, a média geral para a apresentação do grupo foi nota 9,0!

O duo OutroEu foi chamado para realizar a abertura da noite, mas não conseguiu animar o público. Em pouco mais de trinta minutos, a dupla de Nova Iguaçu confessou estar realizando um sonho por estar ali, afinal, a responsa era grande, né?



Pontualmente às 21:30hs o Imagine Dragons subiu ao palco tocando “My Life”, com Dan Reynolds já recuperado da cirurgia na garganta, acompanhado por Daniel Wayne Sermon nas guitarras, Ben McKee no baixo e Andrew Tolman nas baquetas, substituindo o baterista original do grupo, Dan Platzman, que anunciou seu afastamento da turnê após a apresentação de São Paulo devido a problemas de saúde. Dan fez o anúncio na véspera do show no Rio, através da sua conta oficial no Twitter.

Apesar de entrar no palco vestindo uma blusa de manga comprida quadriculada, rapidamente o figurino de Dan Reynolds se mostrou apenas uma fachada para enganar os fãs: já no início da segunda música do setlist, o hit “Believer”, Dan simplesmente tirou a camisa, exibindo seu peitoral malhado e os braços definidos, para o delírio dos e das fãs. Dan ficou no palco trajando apenas um short azul de praia até o fim, e quando ninguém esperava, Dan desceu do palco para cumprimentar a galera de perto, subindo um pouco na grade, levando os fãs a delirar e imaginar o dragão escondido ali…

Brincadeiras à parte, não dava para julgar o desconforto de Dan com a temperatura. Com uma previsão do tempo que chegou aos 36 graus durante o dia, facilmente na parte da noite a temperatura na área externa do Jeunesse Arena dançou na faixa dos 30 graus, o que é muito para o horário da noite. E, considerando o público aglomerado de aproximadamente 10 mil pessoas, o bafo quente formou uma espécie de coberta acima do público, impedindo que qualquer brisazinha mais fresquinha batesse e aliviasse um pouco o calor que fazia. Aliás, esse foi um ponto unânime entre as reclamações gerais do público: o fato de o show ter sido realizado na área externa, e não do lado de dentro da Arena Jeunesse. Apesar de essa informação constar no site da compra e ninguém ter sido enganado, fato é que existe uma Arena construída para esse tipo de evento, com ar-condicionado, banheiros e estrutura para dar conforto ao público; entretanto, a organização realizou o show do lado de fora, em uma área que fica entre o Jeunesse e as arenas olímpicas, disponibilizando banheiros químicos e um calor de verão carioca para um público que pagou pelo menos R$240,00 por cada ingresso. Outra insatisfação geral devido ao local foi a estrutura do palco, considerada baixa, de modo que as pessoas que ficaram na pista comum tiveram dificuldades para enxergar o grupo no palco e até mesmo para ver o telão, o que prejudicou a experiência.

Voltando ao show: não há dúvidas de que o Imagine Dragons tem uma conexão forte com seu público brasileiro, especialmente a garotada, que compareceu em peso e era a maioria do público. Mas uma coisa chamou a atenção: a grande quantidade de crianças muito pequenas (na faixa dos 5-7 anos) presente àquela hora da noite no evento. O motivo? O jogo ‘League of Legends’, popularmente conhecido como LOL, que faz muitíssimo sucesso nessa faixa etária: em ‘Arcane’, série animada do LOL, a música “Enemy” é o tema de abertura. Esse ponto evidencia a trajetória de sucesso do grupo no Brasil e no mundo: com o hit “Enemy” em LOL, eles atingiram o público infantil; com “Thunder”, música que toca no filme do Thor, da Marvel, eles alcançaram um público jovem nerd masculino; ao vender “Bones” para trilha da série ‘The Boys’, alcançaram o público adulto masculino; já “Believer” foi trilha da série ‘Aruanas’, da Rede Globo; com um vocalista bonitão e saradão, eles chamaram a atenção do público feminino, femine e outros gêneros interessados nesse tipo de corpo. Não tinha como dar errado esse sucesso, né?

Em uma hora e quarenta e cinco de show e diversas pausas (bem longas, é verdade) com uma projeção que contava a jornada de um personagem saindo das sombras até sua libertação, o Imagine Dragons presenteou os fãs com todos os hits que o público esperava, passando por “Birds”, “Demons”, “On The Top of the World” e a tríade “Bones” (que fez a galera pular), “Radioactive” e “Walking the Wire” para fechar a noite. Rolou até uma breve palhinha de “Garota de Ipanema” por um Dan vermelho de tão queimado de sol – resultado de uma horinha de folga na praia de Ipanema naquela tarde antes do show. “Sem arrependimentos”, ele brincou, mostrando que sua conexão com o Brasil vai muito mais além, e fez um pedido: que o encontro com o público brasileiro ocorresse anualmente. Tomara!

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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O duo OutroEu foi chamado para realizar a abertura da noite, mas não conseguiu animar o público. Em pouco mais de trinta minutos, a dupla de Nova Iguaçu confessou estar realizando um sonho por estar ali, afinal, a responsa era grande, né?

Pontualmente às 21:30hs o Imagine Dragons subiu ao palco tocando “My Life”, com Dan Reynolds já recuperado da cirurgia na garganta, acompanhado por Daniel Wayne Sermon nas guitarras, Ben McKee no baixo e Andrew Tolman nas baquetas, substituindo o baterista original do grupo, Dan Platzman, que anunciou seu afastamento da turnê após a apresentação de São Paulo devido a problemas de saúde. Dan fez o anúncio na véspera do show no Rio, através da sua conta oficial no Twitter.

Apesar de entrar no palco vestindo uma blusa de manga comprida quadriculada, rapidamente o figurino de Dan Reynolds se mostrou apenas uma fachada para enganar os fãs: já no início da segunda música do setlist, o hit “Believer”, Dan simplesmente tirou a camisa, exibindo seu peitoral malhado e os braços definidos, para o delírio dos e das fãs. Dan ficou no palco trajando apenas um short azul de praia até o fim, e quando ninguém esperava, Dan desceu do palco para cumprimentar a galera de perto, subindo um pouco na grade, levando os fãs a delirar e imaginar o dragão escondido ali…

Brincadeiras à parte, não dava para julgar o desconforto de Dan com a temperatura. Com uma previsão do tempo que chegou aos 36 graus durante o dia, facilmente na parte da noite a temperatura na área externa do Jeunesse Arena dançou na faixa dos 30 graus, o que é muito para o horário da noite. E, considerando o público aglomerado de aproximadamente 10 mil pessoas, o bafo quente formou uma espécie de coberta acima do público, impedindo que qualquer brisazinha mais fresquinha batesse e aliviasse um pouco o calor que fazia. Aliás, esse foi um ponto unânime entre as reclamações gerais do público: o fato de o show ter sido realizado na área externa, e não do lado de dentro da Arena Jeunesse. Apesar de essa informação constar no site da compra e ninguém ter sido enganado, fato é que existe uma Arena construída para esse tipo de evento, com ar-condicionado, banheiros e estrutura para dar conforto ao público; entretanto, a organização realizou o show do lado de fora, em uma área que fica entre o Jeunesse e as arenas olímpicas, disponibilizando banheiros químicos e um calor de verão carioca para um público que pagou pelo menos R$240,00 por cada ingresso. Outra insatisfação geral devido ao local foi a estrutura do palco, considerada baixa, de modo que as pessoas que ficaram na pista comum tiveram dificuldades para enxergar o grupo no palco e até mesmo para ver o telão, o que prejudicou a experiência.

Voltando ao show: não há dúvidas de que o Imagine Dragons tem uma conexão forte com seu público brasileiro, especialmente a garotada, que compareceu em peso e era a maioria do público. Mas uma coisa chamou a atenção: a grande quantidade de crianças muito pequenas (na faixa dos 5-7 anos) presente àquela hora da noite no evento. O motivo? O jogo ‘League of Legends’, popularmente conhecido como LOL, que faz muitíssimo sucesso nessa faixa etária: em ‘Arcane’, série animada do LOL, a música “Enemy” é o tema de abertura. Esse ponto evidencia a trajetória de sucesso do grupo no Brasil e no mundo: com o hit “Enemy” em LOL, eles atingiram o público infantil; com “Thunder”, música que toca no filme do Thor, da Marvel, eles alcançaram um público jovem nerd masculino; ao vender “Bones” para trilha da série ‘The Boys’, alcançaram o público adulto masculino; já “Believer” foi trilha da série ‘Aruanas’, da Rede Globo; com um vocalista bonitão e saradão, eles chamaram a atenção do público feminino, femine e outros gêneros interessados nesse tipo de corpo. Não tinha como dar errado esse sucesso, né?

Em uma hora e quarenta e cinco de show e diversas pausas (bem longas, é verdade) com uma projeção que contava a jornada de um personagem saindo das sombras até sua libertação, o Imagine Dragons presenteou os fãs com todos os hits que o público esperava, passando por “Birds”, “Demons”, “On The Top of the World” e a tríade “Bones” (que fez a galera pular), “Radioactive” e “Walking the Wire” para fechar a noite. Rolou até uma breve palhinha de “Garota de Ipanema” por um Dan vermelho de tão queimado de sol – resultado de uma horinha de folga na praia de Ipanema naquela tarde antes do show. “Sem arrependimentos”, ele brincou, mostrando que sua conexão com o Brasil vai muito mais além, e fez um pedido: que o encontro com o público brasileiro ocorresse anualmente. Tomara!

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