Alguns programas já mais do que provaram que vieram para ficar
Surpreendendo um total de zero pessoas, o seriado NCIS teve sua nova temporada confirmada, mais especificamente a décima nona. Com isso as aventuras do esquadrão de investigação interna da marinha entra para um grupo seleto de seriados com longuíssimos períodos de atividade. Amados ou odiados, constantes ou decadentes; essas produções marcaram época na televisão e, graças a suas legiões de adoradores, se mantêm vivas.
Seguem então cinco produções longevas que ficaram tão entranhadas na memória e cultura popular que pensar em televisão atualmente sem elas é tão estranho quanto o programa do Faustão em outra emissora.
5) Grey’s Anatomy
A queridinha do público e sucesso inegável, Grey’s Anatomy herdou muito da tradição de séries médicas pós-sucesso de ER. Os dramas profissionais e pessoais (e põe pessoais nisso) da equipe liderada por Meredith Gray conquistaram o público pelos seus diversos momentos emocionais poderosos, que não só ficam na memória pelas lágrimas mas por permitir que o elenco tenha uma rotatividade de personagens tão variada, por incrível que pareça, quanto Game of Thrones.
Atualmente em sua décima sétima temporada o seriado de Shonda Rhimes já teve sinal verde da ABC para uma nova temporada. Apesar de não bater o número dos outros integrantes da lista, ainda assim é uma quantidade de respeito.
4) Uma Família da Pesada
Nos anos noventa houve essa muito estranha “renascença” das animações televisivas em que os produtores sentiram uma liberdade inédita para produzir os mais diversos tipos de humor politicamente incorreto. Eles não tinham uma mensagem política ou uma crítica velada a algum alvo específico; era humor sem medo do escatológico e de abraçar seu lado imaturo.
Foi nessa onda que Seth MacFarlane apresentou para o mundo a família Griffin composta por Peter, Lois, Meg, Chris e Stewie, mais o cachorro antropomórfico Brian em episódios dosados com o mais puro humor negro. Atualmente em sua décima nona temporada, com uma vigésima à vista, é de se esperar que a série continue se expandindo tanto em temáticas satirizadas quanto no elenco de personagens.
3) Law & Order: Special Victims Unit
Não só entra na lista de mais longevas como também com aberturas mais inesquecíveis, afinal é praticamente impossível esquecer o tema composto por Mike Post. Estando confirmada até a vigésima quarta temporada a série narra sobre o dia a dia de uma unidade especial da polícia de Nova York voltada para investigar crimes sexuais. Não raramente, assuntos relacionados a suas vidas particulares vão interferir nos julgamento desses tipos de investigação.
O seriado nasceu como um derivado de Law & Order em 1999; sendo que, à altura da estreia de SVU, o produto original já tinha nove temporadas. Com o cancelamento dado pela emissora NBC em 2010, SVU teve a oportunidade de ultrapassar o número de temporadas de seu antecessor, além de figurar constantemente como indicado e vencedor nas edições do prêmio Emmy.
2) South Park
A mais polêmica das animações não poderia ficar de fora, até porque graças a seu primeiro episódio lançado em 1997 hoje o seriado tem um número impressionante de vinte e três temporadas marcadas com momentos polêmicos e, certamente, clássicos. É interessante notar como a série animada começou como uma produção extremamente barata (afinal foi graças a isso que Trey Parker conseguiu meios de vendê-la) e despretensiosa, que basicamente se apoiava em humor escatológico e simples, para algo hoje muito mais profundo.
Está longe de ser errado afirmar que South Park cresceu e amadureceu ao longo dos anos, deixando gradualmente o já mencionado modelo de humor para algo mais consciente do mundo que o rodeia e, dessa forma, se tornando um programa satírico bastante eficaz da realidade. Claro, os famosos palavrões ainda estão lá bem como as polêmicas; porém, agora eles são direcionados para uma direção e um propósito, garantindo um novo suspiro de vida para o seriado.
1) Os Simpsons
Sim, você viu essa chegando, mas não tinha como ser diferente afinal essa é a joia da coroa quando se trata das animações da TV e de recordistas com maior tempo de exibição. Tendo ido ao ar em 1989, a obra de Matt Groening tinha uma função bem simples: criticar abertamente o que se entendia como entretenimento televisivo e a noção de família que esse entretenimento exibia. Para ele as famílias reais, ainda mais as da classe trabalhadora dos Estados Unidos, não eram bem representadas na telinha.
Esse pensamento mais crítico, quase militante, é perceptível nas primeiras temporadas da animação pelo tom dos enredos e pelas caracterizações de alguns personagens; um exemplo sendo que o Homer dos primeiros episódios, apesar de agir como um tonto, mostrava ser um pai de família capaz de desistir de seus objetivos se isso significasse a felicidade dos filhos.
São trinta e duas temporadas, com a trigésima terceira e quarta confirmadas, além de diversos Emmys. Durante os anos noventa eles foram a força cultural dominante, sem dúvidas, e ainda que atualmente muito do conceito original do programa tenha ficado para trás (com sinais claros de que a ideia está desgastada) Os Simpsons sempre merecerá essa coroa.