sexta-feira, agosto 22, 2025
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    Eric Kripke se DESPEDE da série ‘The Boys’: “Gratidão”

    As gravações da 5ª e última temporada da aclamada série ‘The Boys’ chegaram ao fim – e o criador e showrunner Eric Kripke se despediu do elenco e da equipe por trás da atração em uma tocante e agridoce postagem.

    Em seu Instagram oficial, Kripke postou uma foto de bastidores no set de filmagens do ciclo de encerramento e escreveu:

    “Essa é a última vez que estarei neste set. Ele será demolido em breve. É agridoce, mas meu principal sentimento é gratidão. Temos o melhor elenco, a melhor equipe, a história mais divertida de escrever e algo impossível de prever: o momento certo. Você espera a carreira inteira para ter talvez duas dessas coisas, se tiver sorte. Conseguimos todas elas. Para a família ‘The Boys’: obrigado, amo todos vocês. Para os fãs: obrigado por assistirem, mal posso esperar para verem o grand finale. É isso aí”.



    Em uma recente entrevista ao Los Angeles Times, Kripke trouxe detalhes sobre o próximo ciclo, agendado para 2026, e deixou claro que a série continuará sem filtros ou suavizações políticas — especialmente diante do cenário atual dos Estados Unidos, sob o segundo mandato de Donald Trump.

    “Obviamente, coisas estão acontecendo no país onde eu moro que me afetam. A série é um reflexo daquilo que os roteiristas veem e temem.”

    Desde sua estreia em 2019, ‘The Boys‘ sempre foi mais do que apenas uma sátira ultraviolenta de super-heróis. Para Kripke, o personagem Capitão Pátria (vivido por Antony Starr) foi desde o início “uma analogia direta a Trump” — uma figura carismática, autoritária e manipuladora, com um culto de personalidade perigoso.

    “Descobrimos logo no começo essa interseção entre fascismo e celebridade. É algo muito atual, não só nos EUA, mas no mundo inteiro — como pessoas usam o poder da fama para impulsionar ideias autoritárias.”

    Mesmo com o aumento das tensões políticas e possíveis pressões no setor de entretenimento, Kripke afirmou que nenhuma autoridade envolvida com a série tentou censurá-los ou sugeriu que fossem mais suaves nos temas abordados:

    “Recebemos um total de zero notas pedindo para aliviar ou tornar as coisas menos políticas. Os responsáveis sabem que faríamos do nosso jeito de qualquer forma, então nem tentam.”

    Ele reconhece, no entanto, a possibilidade de um efeito de autocensura mais amplo:

    “Não só sobre essa série, mas sim, me preocupo com um efeito de resfriamento [criativo]. Mas agora, mais do que nunca, precisamos de gente no fundo da sala jogando bolinhas de papel. Isso não é só saudável — é vital.”

    A temporada final de ‘The Boys’ promete continuar desafiando os limites da sátira e da crítica social, encerrando uma era marcada por violência estilizada, humor corrosivo e reflexões cada vez mais afiadas sobre poder, política e culto à personalidade. Para Kripke, recuar não é uma opção.

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