Há exatos quinze anos, uma das maiores estrelas da história da música fazia sua estreia oficial no cenário fonográfico: com o lançamento de ‘The Fame’, Lady Gaga eternizava um novo padrão para os artistas da música pop ao trazer de volta o electro-pop e o synth-pop a uma era movida principalmente pelo R&B.
Responsável por influenciar uma gama de performers, veteranos ou estreantes, ‘The Fame’ trouxe consigo hits memoráveis e atemporais que, até os dias de hoje, continuam quebrando recordes e servindo de inspiração para várias pessoas. Músicas como “Paparazzi” e a faixa titular discorreram acerca da problemática da fama e de se tornar uma pessoa pública, enquanto “Just Dance” e “Beautiful, Dirty, Rich” apostaram fichas em um excêntrico hedonismo para celebrar a vida.
Para celebrar seu aniversário, comemorado hoje, 19 de agosto, preparamos uma lista ranqueando todas as músicas da versão padrão do álbum – então, não espere encontrar as canções “Again Again”, “Retro Dance Freak” e “Disco Heaven” aqui.
Veja abaixo e conte para nós se você concorda ou não:
14. STARSTRUCK, feat. Space Cowboy and Flo Rida
“Starstruck” é, sem sombra de dúvida, a faixa mais fraca de ‘The Fame’. Ainda que a produção seja sólida o suficiente para nos fazer dançar, ela parece uma cópia mais cansada de “Boys Boys Boys”, mergulhando de cabeça em incursões exploradas por Giorgio Moroder e pelo ítalo-disco que o musicista eternizou nos anos 1970 e 1980. E a dupla participação de Space Cowboy e Flo Rida são, por falta de outro adjetivo, desnecessárias e prolixas.
13. EH, EH (NOTHING ELSE I CAN SAY)
Há um certo teor agridoce sobre “Eh, Eh (Nothing Else I Can Say)”, um dos singles promocionais de ‘The Fame’ que não teve o mesmo sucesso que seus predecessores e que dividiu tanto a crítica quanto o público. O motivo? A produção respaldada no bubblegum pop e os versos totalmente opostos que falam sobre um término de relacionamento.
12. PAPER GANGSTA
Apesar do álbum ser movida pelo synth, isso não significa que Gaga não possa infundir algumas das composições com um de seus instrumentos favoritos – o piano. E é dessa forma que “Paper Gangsta” vem à vida, permitindo que as profundas notas do instrumento se aglutinem à bateria e aos sintetizadores à medida que discorrem sobre um relacionamento que definitivamente não dará certo.
11. MONEY HONEY
Desde os primeiros segundos em que o sintetizador explode nos nossos ouvidos, sabemos que “Money Honey” vai ser uma experiência única. Descartada como um potente single cujo apelo comercial ainda grita, mesmo na atualidade, a canção tem leves referências ao synth-techno, criando paralelos sobre amor e dinheiro de maneira ácida, divertida e muito dançante.
10. BOYS BOYS BOYS
“Boys Boys Boys” caiu no gosto dos fãs rapidamente e, até hoje, é considerada como uma das favoritas dos ouvintes. A faixa serve como uma divertida resposta a “Girls Girls Girls”, da banda Mötley Crüe, mas como a própria Gaga comentou, “com uma reviravolta”. Novamente, a artista mostra sua afeição pelas inflexões de Moroder, mas as transmuta com sintetizadores impactantes e um refrão que fica cravado na mente.
9. SUMMERBOY
Antes de Adam Lambert se tornar um dos ícones do glam rock contemporâneo, Gaga aproveitou sua paixão pelo gênero com a subestimada “Summerboy”. A divertida faixa tem como principais elementos a guitarra e o baixo, que servem de acompanhamento perfeito para a rendição quase teatral da performer – jogando-se de corpo e alma sobre um caso romântico de verão que nos enche de felicidade e de saudosismo.
8. BROWN EYES
A única balada de fato a integrar o début de Gaga é “Brown Eyes”. Pincelada com uma potente e dissonante guitarra e com a retumbância de uma bateria monumental, a narrativa é tragicamente melancólica e fala sobre um relacionamento que não deu certo – e que, talvez, precisava de mais tempo para amadurecer. Cada batida e cada camada vocal que emerge no explosivo refrão é pensada com cautela, consagrando a faixa como uma pérola que merecia mais reconhecimento.
7. THE FAME
Assim como “Beautiful, Dirty, Rich” (sobre a qual falaremos à frente), a música titular de ‘The Fame’ passou longe do radar mainstream, mas continua como uma das melhores produções de Gaga. Aliando-se a Martin Kierszenbaum, a faixa é infundida com synth-pop e fala sobre todas as ambições que uma artista estreante poderia ter após encontrar sucesso absoluto.
6. BEAUTIFUL, DIRTY, RICH
Apesar de não ser considerado oficialmente um single do álbum de estreia de Gaga, “Beautiful, Dirty, Rich” resume com solidez bastante clara o que a artista queria nos entregar quando surgiu no cenário fonográfico há mais de uma década. A mistura de techno e dance-pop é cativante o suficiente para nos levar às pistas de dança – em todo seu exagero e sua estética kitsch.
5. JUST DANCE
O single de estreia de Lady Gaga continua como um dos mais bem-sucedidos não apenas de sua carreira, mas também da história. Escrita em apenas dez minutos, a canção foi bem recebida pelo público por sua produção nostálgica e reminiscente do clubbing electro-pop dos anos 1980 e 1990, além de ter conquistado uma indicação ao Grammy de Melhor Gravação Dance.
4. LOVEGAME
Gaga sempre foi apaixonada pelo cenário underground de Nova York, principalmente por ter se apresentando em diversos bares da cidade antes de ascender à fama. “LoveGame”, uma de suas canções mais famosas, é uma genuína homenagem às raízes da popstar, falando sobre fama, amor e sexualidade da forma mais natural e sensual possível.
3. I LIKE IT ROUGH
Revivendo o electro-pop e o synth-pop com força descomunal, “I Like It Rough” pode ser uma escolha inusitada para ocupar o terceiro lugar da lista, mas certamente é uma das músicas que melhor representa o álbum. Falando sobre vícios e, em particular, sobre um relacionamento masoquista, a canção é uma das melhores entradas da discografia de Gaga por sua indesculpável explicitação.
2. PAPARAZZI
A história promovida por “Paparazzi” rendeu a Gaga um dos maiores hinos dance do século. Falando sobre a necessidade de atenção e criticando o posicionamento incisivo dos paparazzi, a semi-balada mistura elementos da eletrônica e do pop de modo perfeito, carregando um dos refrões mais conhecidos de todos os tempos.
1. POKER FACE
Quando Lady Gaga saiu de uma piscina ornamentada trajando nada além de um bodysuit de látex em “Poker Face”, o público ia à loucura com uma nova era da música mainstream. O synth-pop, recheado de mensagens subliminares e um dos principais indicadores da bissexualidade da performer, é icônica do começo ao fim, desde a robótica voz que precede o refrão até o irreverente bridge.