domingo , 22 dezembro , 2024

‘The L Word’ – Série foi e É um marco para o público feminino LGBT

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No universo atual de produções tanto televisivas/seriadas quanto cinematográficas é comum o famoso revival e/ou remake. Séries de TV conhecidas e queridas pelo público como Arquivo X, Gilmore Girls e Will & Grace já ganharam temporadas novas. Enquanto na listagem de remakes têm Charmed, One Day at a Time e até mesmo desenhos como é o caso de Carmen Sandiego. Com isso em mente, já fazia algum tempo que rumores sobre uma possível nova temporada de The L Word rondavam os noticiários – até que houve a confirmação no início deste mês de fevereiro.

O ano é 2004 quando Michele Abbott (Hector: Lost Souls with Switchblades), Ilene Chaiken (The Handmaid’s Tale) e Kathy Greenberg (Ratatouille) lançam para o mundo uma história que acompanha as vidas e os relacionamentos de um grupo de amigas LGBT vivendo em Los Angeles, assim como, de suas famílias que apoiam-nas ou as rejeitam.



Agora pense comigo no início dos anos 2000: as séries de TV, em sua maioria, sequer tinham algum personagem LGBT e quando surgia, ali meio escondido, utilizavam de forma negativa, para fazer piadas ou matar no meio do caminho (isto ocorria bem mais no caso de personagens femininas). Outro detalhe é que, nesta época, as séries mais marcantes que trabalhavam o tema eram Will & Grace e Queer as Folk, a primeira sendo uma comédia, da NBC, quebrando paradigmas no quesito representatividade, e a segunda um drama, da Showtime, com maior foco em personagens masculinos.

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Portanto, a Showtime novamente em 2004 decidiu investir em mais uma produção com temática LGBT, só que desta vez totalmente focada em mulheres. The L Word foi e segue sendo de grande importância para o público feminino que se identifica dentro da comunidade. A criação de Abbott, Chaiken e Greenberg não se escondeu em nada e mostrou, em sua base fictícia se aproximando ao máximo que pode de uma realidade, a vida e o dia a dia de mulheres homossexuais, bissexuais, e até mesmo procurou trabalhar assuntos como a transexualidade em temporadas mais à frente.

A narrativa é um drama puxado, não espere diversão e alegrias constantes em todos os episódios, pois a dramaturgia explora todos os cantos possíveis para fazer até um capricorniano coração de gelo chorar. Preconceitos, problemas familiares, doenças, traições, intrigas, entre outras coisas a mais, podem ser vistos em todas as suas seis temporadas. O roteiro é intrigante e possui uma trama chamativa, atraente e difícil de largar uma vez que se comece a acompanhar.

Quanto aos seus personagens é possível amá-los e até mesmo odiá-los na semana seguinte. É uma verdadeira montanha-russa emocional e alguns, em tempos modernos, precisariam ser repensados, afinal, no quesito tratamento para com o outro não representam tantos pontos positivos – um caso a se pensar quando se trata de Shane McCutcheon (Katherine Moennig), que estará no revival.

Outro nome difícil de esquecer é o de Alice Pieszecki (Leisha Hailey), a jornalista bissexual – que todo mundo esqueceu que era bi ao longo da série. Ela provoca algumas intrigas e é criadora do “rebuceteio” (entendedores entenderão). Ademais, Alice tem arcos muito interessantes, sendo um deles com Tasha Williams (Rose Rollins) justamente na época em que os EUA debatiam sobre as políticas do “don’t ask, don’t tell”, na trama a namorada passa por um julgamento por ser uma mulher lésbica dentro do exército americano.

Outro nome confirmado no retorno da produção é o de Jennifer Beals, a famosa Bette Porter. Confirmá-la, mas não confirmar Laurel Holloman, a querida Tina Kennard, é como dizer que teremos Romeu, mas não Julieta. Tibette é o casal mais amado da narrativa e viveu poucas e boas durante todo seu tempo no ar. Entretanto, o importante é que no final elas, finalmente, ficaram juntas. Seguimos na torcida para que 15 anos depois ainda estejam neste patamar.

A criação de Abbott, Chaiken e Greenberg deixou um gancho enorme em sua series finale com a não solucionada morte de Jenny Schecter (Mia Kirshner) e suas protagonistas sendo interrogadas. Todas tinham um motivo para realizar o crime, entretanto, o público seguiu sem uma solução. Seria essencial que esta questão fosse adereçada no retorno, mesmo que depois de tanto tempo, pois os telespectadores merecem este ponto final.

Bom, The L Word contribuiu em muitos quesitos para a comunidade LGBT, principalmente por trazer uma abordagem focada totalmente em mulheres que até então não tinham muitas vozes representativas positivamente dentro das produções audiovisuais. Foi o momento em que muitas pessoas começaram a se ver na TV e quebrar certos tabus e/ou preconceitos criados na sociedade. Não que a série tenha feito a maior diferença no mundo, afinal, ainda é preciso lutar por muitas questões diferentes. Mas é fato que ela abriu caminho para que outros roteiristas começassem a investir nesses personagens que representam tantas pessoas.

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No universo atual de produções tanto televisivas/seriadas quanto cinematográficas é comum o famoso revival e/ou remake. Séries de TV conhecidas e queridas pelo público como Arquivo X, Gilmore Girls e Will & Grace já ganharam temporadas novas. Enquanto na listagem de remakes têm Charmed, One Day at a Time e até mesmo desenhos como é o caso de Carmen Sandiego. Com isso em mente, já fazia algum tempo que rumores sobre uma possível nova temporada de The L Word rondavam os noticiários – até que houve a confirmação no início deste mês de fevereiro.

O ano é 2004 quando Michele Abbott (Hector: Lost Souls with Switchblades), Ilene Chaiken (The Handmaid’s Tale) e Kathy Greenberg (Ratatouille) lançam para o mundo uma história que acompanha as vidas e os relacionamentos de um grupo de amigas LGBT vivendo em Los Angeles, assim como, de suas famílias que apoiam-nas ou as rejeitam.

Agora pense comigo no início dos anos 2000: as séries de TV, em sua maioria, sequer tinham algum personagem LGBT e quando surgia, ali meio escondido, utilizavam de forma negativa, para fazer piadas ou matar no meio do caminho (isto ocorria bem mais no caso de personagens femininas). Outro detalhe é que, nesta época, as séries mais marcantes que trabalhavam o tema eram Will & Grace e Queer as Folk, a primeira sendo uma comédia, da NBC, quebrando paradigmas no quesito representatividade, e a segunda um drama, da Showtime, com maior foco em personagens masculinos.

Portanto, a Showtime novamente em 2004 decidiu investir em mais uma produção com temática LGBT, só que desta vez totalmente focada em mulheres. The L Word foi e segue sendo de grande importância para o público feminino que se identifica dentro da comunidade. A criação de Abbott, Chaiken e Greenberg não se escondeu em nada e mostrou, em sua base fictícia se aproximando ao máximo que pode de uma realidade, a vida e o dia a dia de mulheres homossexuais, bissexuais, e até mesmo procurou trabalhar assuntos como a transexualidade em temporadas mais à frente.

A narrativa é um drama puxado, não espere diversão e alegrias constantes em todos os episódios, pois a dramaturgia explora todos os cantos possíveis para fazer até um capricorniano coração de gelo chorar. Preconceitos, problemas familiares, doenças, traições, intrigas, entre outras coisas a mais, podem ser vistos em todas as suas seis temporadas. O roteiro é intrigante e possui uma trama chamativa, atraente e difícil de largar uma vez que se comece a acompanhar.

Quanto aos seus personagens é possível amá-los e até mesmo odiá-los na semana seguinte. É uma verdadeira montanha-russa emocional e alguns, em tempos modernos, precisariam ser repensados, afinal, no quesito tratamento para com o outro não representam tantos pontos positivos – um caso a se pensar quando se trata de Shane McCutcheon (Katherine Moennig), que estará no revival.

Outro nome difícil de esquecer é o de Alice Pieszecki (Leisha Hailey), a jornalista bissexual – que todo mundo esqueceu que era bi ao longo da série. Ela provoca algumas intrigas e é criadora do “rebuceteio” (entendedores entenderão). Ademais, Alice tem arcos muito interessantes, sendo um deles com Tasha Williams (Rose Rollins) justamente na época em que os EUA debatiam sobre as políticas do “don’t ask, don’t tell”, na trama a namorada passa por um julgamento por ser uma mulher lésbica dentro do exército americano.

Outro nome confirmado no retorno da produção é o de Jennifer Beals, a famosa Bette Porter. Confirmá-la, mas não confirmar Laurel Holloman, a querida Tina Kennard, é como dizer que teremos Romeu, mas não Julieta. Tibette é o casal mais amado da narrativa e viveu poucas e boas durante todo seu tempo no ar. Entretanto, o importante é que no final elas, finalmente, ficaram juntas. Seguimos na torcida para que 15 anos depois ainda estejam neste patamar.

A criação de Abbott, Chaiken e Greenberg deixou um gancho enorme em sua series finale com a não solucionada morte de Jenny Schecter (Mia Kirshner) e suas protagonistas sendo interrogadas. Todas tinham um motivo para realizar o crime, entretanto, o público seguiu sem uma solução. Seria essencial que esta questão fosse adereçada no retorno, mesmo que depois de tanto tempo, pois os telespectadores merecem este ponto final.

Bom, The L Word contribuiu em muitos quesitos para a comunidade LGBT, principalmente por trazer uma abordagem focada totalmente em mulheres que até então não tinham muitas vozes representativas positivamente dentro das produções audiovisuais. Foi o momento em que muitas pessoas começaram a se ver na TV e quebrar certos tabus e/ou preconceitos criados na sociedade. Não que a série tenha feito a maior diferença no mundo, afinal, ainda é preciso lutar por muitas questões diferentes. Mas é fato que ela abriu caminho para que outros roteiristas começassem a investir nesses personagens que representam tantas pessoas.

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