sexta-feira , 22 novembro , 2024

‘The OA’: Brit Marling desabafa sobre o fim da série em emocionante relato; Confira!

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O cancelamento da série ‘The OA’, por parte da Netflix, pegou os fãs despreparados, deixando-os à deriva, sem um final para a narrativa.

E após o fatídico anúncio feito pela gigante do streaming, a atriz, criadora e produtora da série, Brit Marling, falou sobre o assunto pela primeira vez, desabafando em uma publicação feita em sua conta oficial do Instagram.



Confira:

“Talvez alguns de vocês já saibam ou talvez alguns descubram por meio dessa carta que a Netflix não dará sequência a The OA.

Zal [ Batmanglij, também criador da produção] e eu estamos profundamente tristes por ter que encerrar essa história. A primeira vez que ouvi a notícia eu chorei bastante. Assim como um dos nossos executivos da Netflix, que tem estado conosco desde os primeiros dias, quando ainda fazíamos o rascunho do porão de Hap, no chão do nosso escritório, no Queens. Essa jornada foi bem intensa para todos que trabalharam e se importaram com essa história.

Uma vez alguém me perguntou em um painel: ‘Porque você é tão obcecada por sci-fi?’.  Eu nunca havia me dado conta de que eu era ‘obcecada’ ou que até mesmo a maioria das narrativas que já escrevi até hoje se enquadravam no gênero de ficção especulativa. Eu fui pega desprevenida. A pergunta veio de alguém que não curte o gênero, então eu acho que só disse algo do tipo ‘hum, é divertido construir mundos?’. Mas pensei naquela pergunta por muito tempo desde então e eu creio que uma resposta bem próxima da verdade seria isso:

É difícil ser inspirada para escrever histórias sobre o mundo ‘real’, quando você nunca se sentiu livre nele. Como uma mulher que escreve personagens para mim mesma e para outras mulheres, sempre me pareceu que as estradas já pavimentadas para percorrer em uma narrativa são limitadas. Talvez um dia eu esteja bem evoluída como uma escritora para pavimentar minhas próprias estradas na ‘realidade’ (Elena Ferrante), mas hoje eu normalmente me sinto travada.

Eu posso escrever sobre algumas mulheres que estão ‘no topo’, mas então eu estaria perpetuando as mesmas hierarquias que nos oprimem (e apenas pedindo para mudar a opressão para outra pessoa ). Eu poderia escrever sobre a vasta maioria das mulheres na base econômica, mas o poder de mover imagens e atrizes carismáticas normalmente glamourizam ou perpetuariam os mesmos estereótipos que os filmes almejam criticar. Eu poderia escrever sobre mulheres que se auto depreciam, que expõem a abundante falta de igualdade entre gêneros, criando boas risadas, mas então, como Hannah Gatsby pontuou em sua brilhante história Nanette, eu estaria – em algumas maneiras – trocando minha humilhação por um cheque e pela chances de poder ser aceita.

A ficção científica limpa o mundo ‘real’ como uma lousa mágica. A ficção científica diz ‘imagine qualquer coisa nesse lugar’. E foi o que fizemos.

Nós imaginamos que coletivo é mais forte que individual. Imaginamos que não há heróis. Imaginamos que as árvores de San Francisco e um polvo gigante do Pacífico tinham vozes que poderíamos entender e escutar. Imaginamos humanos como uma espécie entre outras e não necessariamente a mais sábia ou mais evoluída. Nós imaginamos movimentos que juntaram pessoas improváveis no mesmo cômodo, colocando-as para se mover colocando-as a arriscar se tornar vulneráveis pela chance de pisar em outro mundo.

É isso o que The OA foi para mim, Zal e todos os outros artistas que se juntaram a nós. A chance de pisar em outro mundo e nos sentirmos livres nele. Nós sentimos profunda gratidão pela Netflix e pelas pessoas com quem trabalhamos para tornar possíveis as Partes I e II. Nós sentimos orgulho dessas descompromissadas 16 horas. Em grande parte, milhões e milhões de vocês nos deram esse senso de orgulho ao assistir – com comentários que deixaram, artes que fizeram, teorias do Reddit que semearam, movimentos que performaram em praças públicas, quartos, boates e quintais pelo mundo.

Embora não possamos terminar essa história, prometo que contaremos outras. Não descobri nenhum outro mecanismo eficaz para lidar com estar vivo no antropoceno. E talvez, de algumas formas, não é ok não concluir esses personagens. Steve Winchell ficará suspenso em nossas imaginações, evoluindo infinitamente, correndo eternamente atrás e finalmente alcançando a ambulância e OA.

Com amor, Brit”.

 

 

Ver essa foto no Instagram

 

the end of #theoa “🐙🍷😭🙏🏽🔑” – last text to Grandma Vu

Uma publicação compartilhada por Brit Marling (@britmarling) em


Um grupo de fãs criou um abaixo-assinado pedindo que a Netflix dê um fim decente para a aclamada série ‘The OA‘, cancelada hoje após sua segunda temporada.

A série ficou com o final em aberto, o que deixou os fãs enfurecidos.

O abaixo-assinado diz:

“Para todos os seus fãs ao redor do mundo, o OA significa muito mais do que todos os executivos com fins lucrativos da Netflix poderiam imaginar. Esta maravilha de narrativa única que tocou e conectou tantos não pode permanecer inacabada. Portanto, nós coletivamente prometemos que a OA tenha a chance de terminar sua história … porque todos nós estávamos ouvindo, muito de perto. A série foi inicialmente planejada para uma temporada de cinco temporadas com a Netflix e pelas razões expostas acima, achamos que é preciso dar justiça na forma de uma renovação ou uma conclusão final. Os criadores Brit Marling e Zal Batmanglij merecem continuar sua linda história, seja no Netflix ou através de outro serviço que esteja disposto a salvá-lo.”

 

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Crítica | The OA temporada 2: Os dois anos de hiato mais bem recompensados da sua vida

A série começa quando uma garota cega, Prairie Johnson (Marling), desaparecida por sete anos, reaparece com a visão recuperada. Prairie não consegue falar sobre os anos que permaneceu desaparecida para seus pais e para o FBI. Mas ao longo da investigação segredos sobre seu desaparecimento e sua milagrosa recuperação virão à tona.

O elenco conta com Brit Marling, Patrick Gibson, Brendan Meyer, Emory Cohen, Scott Wilson, Phyllis Smith, Alice Krige, Brandon Perea, Ian Alexander e Jason Isaacs.

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E após o fatídico anúncio feito pela gigante do streaming, a atriz, criadora e produtora da série, Brit Marling, falou sobre o assunto pela primeira vez, desabafando em uma publicação feita em sua conta oficial do Instagram.

Confira:

“Talvez alguns de vocês já saibam ou talvez alguns descubram por meio dessa carta que a Netflix não dará sequência a The OA.

Zal [ Batmanglij, também criador da produção] e eu estamos profundamente tristes por ter que encerrar essa história. A primeira vez que ouvi a notícia eu chorei bastante. Assim como um dos nossos executivos da Netflix, que tem estado conosco desde os primeiros dias, quando ainda fazíamos o rascunho do porão de Hap, no chão do nosso escritório, no Queens. Essa jornada foi bem intensa para todos que trabalharam e se importaram com essa história.

Uma vez alguém me perguntou em um painel: ‘Porque você é tão obcecada por sci-fi?’.  Eu nunca havia me dado conta de que eu era ‘obcecada’ ou que até mesmo a maioria das narrativas que já escrevi até hoje se enquadravam no gênero de ficção especulativa. Eu fui pega desprevenida. A pergunta veio de alguém que não curte o gênero, então eu acho que só disse algo do tipo ‘hum, é divertido construir mundos?’. Mas pensei naquela pergunta por muito tempo desde então e eu creio que uma resposta bem próxima da verdade seria isso:

É difícil ser inspirada para escrever histórias sobre o mundo ‘real’, quando você nunca se sentiu livre nele. Como uma mulher que escreve personagens para mim mesma e para outras mulheres, sempre me pareceu que as estradas já pavimentadas para percorrer em uma narrativa são limitadas. Talvez um dia eu esteja bem evoluída como uma escritora para pavimentar minhas próprias estradas na ‘realidade’ (Elena Ferrante), mas hoje eu normalmente me sinto travada.

Eu posso escrever sobre algumas mulheres que estão ‘no topo’, mas então eu estaria perpetuando as mesmas hierarquias que nos oprimem (e apenas pedindo para mudar a opressão para outra pessoa ). Eu poderia escrever sobre a vasta maioria das mulheres na base econômica, mas o poder de mover imagens e atrizes carismáticas normalmente glamourizam ou perpetuariam os mesmos estereótipos que os filmes almejam criticar. Eu poderia escrever sobre mulheres que se auto depreciam, que expõem a abundante falta de igualdade entre gêneros, criando boas risadas, mas então, como Hannah Gatsby pontuou em sua brilhante história Nanette, eu estaria – em algumas maneiras – trocando minha humilhação por um cheque e pela chances de poder ser aceita.

A ficção científica limpa o mundo ‘real’ como uma lousa mágica. A ficção científica diz ‘imagine qualquer coisa nesse lugar’. E foi o que fizemos.

Nós imaginamos que coletivo é mais forte que individual. Imaginamos que não há heróis. Imaginamos que as árvores de San Francisco e um polvo gigante do Pacífico tinham vozes que poderíamos entender e escutar. Imaginamos humanos como uma espécie entre outras e não necessariamente a mais sábia ou mais evoluída. Nós imaginamos movimentos que juntaram pessoas improváveis no mesmo cômodo, colocando-as para se mover colocando-as a arriscar se tornar vulneráveis pela chance de pisar em outro mundo.

É isso o que The OA foi para mim, Zal e todos os outros artistas que se juntaram a nós. A chance de pisar em outro mundo e nos sentirmos livres nele. Nós sentimos profunda gratidão pela Netflix e pelas pessoas com quem trabalhamos para tornar possíveis as Partes I e II. Nós sentimos orgulho dessas descompromissadas 16 horas. Em grande parte, milhões e milhões de vocês nos deram esse senso de orgulho ao assistir – com comentários que deixaram, artes que fizeram, teorias do Reddit que semearam, movimentos que performaram em praças públicas, quartos, boates e quintais pelo mundo.

Embora não possamos terminar essa história, prometo que contaremos outras. Não descobri nenhum outro mecanismo eficaz para lidar com estar vivo no antropoceno. E talvez, de algumas formas, não é ok não concluir esses personagens. Steve Winchell ficará suspenso em nossas imaginações, evoluindo infinitamente, correndo eternamente atrás e finalmente alcançando a ambulância e OA.

Com amor, Brit”.

 

 

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Um grupo de fãs criou um abaixo-assinado pedindo que a Netflix dê um fim decente para a aclamada série ‘The OA‘, cancelada hoje após sua segunda temporada.

A série ficou com o final em aberto, o que deixou os fãs enfurecidos.

O abaixo-assinado diz:

“Para todos os seus fãs ao redor do mundo, o OA significa muito mais do que todos os executivos com fins lucrativos da Netflix poderiam imaginar. Esta maravilha de narrativa única que tocou e conectou tantos não pode permanecer inacabada. Portanto, nós coletivamente prometemos que a OA tenha a chance de terminar sua história … porque todos nós estávamos ouvindo, muito de perto. A série foi inicialmente planejada para uma temporada de cinco temporadas com a Netflix e pelas razões expostas acima, achamos que é preciso dar justiça na forma de uma renovação ou uma conclusão final. Os criadores Brit Marling e Zal Batmanglij merecem continuar sua linda história, seja no Netflix ou através de outro serviço que esteja disposto a salvá-lo.”

 

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Crítica | The OA temporada 2: Os dois anos de hiato mais bem recompensados da sua vida

A série começa quando uma garota cega, Prairie Johnson (Marling), desaparecida por sete anos, reaparece com a visão recuperada. Prairie não consegue falar sobre os anos que permaneceu desaparecida para seus pais e para o FBI. Mas ao longo da investigação segredos sobre seu desaparecimento e sua milagrosa recuperação virão à tona.

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