domingo , 22 dezembro , 2024

Tiro, Porrada e Bomba! Os filmes de ação que completam 40 anos em 2022 – Antes da era dos Blockbusters!

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Talvez você tenha ficado um pouco confuso com este título. Sim, é verdade que os blockbusters nasceram na década de 1970 e foram cimentados na década seguinte, os anos 1980. E aqui deixamos claro que tratamos como blockbusters os filmes que ultrapassaram US$200 milhões em suas estadias nas salas de cinema dos EUA – é preciso levar em conta que no passado o mercado internacional não era tão importante e rentável para Hollywood quanto é hoje em dia. Nessa época, o grosso das bilheterias vinha da arrecadação no próprio território americano e o que vinha de fora era irrisório e mal somava com o todo. Hoje é o contrário e o mercado fora dos EUA muitas vezes consegue salvar um filme do fracasso, quase sempre arrecadando o mesmo ou mais do que a quantia dentro do país de origem. Justamente por isso cada vez mais Hollywood se preocupa em ser inclusivo para outros lugares além de suas fronteiras.

Voltando para os blockbusters, nos anos 70 tivemos apenas dois (Tubarão e Star Wars) e nos anos 80 a coisa começava a tomar forma com cada ano da década reservando pelo menos uma superprodução. Assim a coisa começava a caminhar ainda. Justamente por isso, não era comum vermos filmes deste porte mesmo na década de 80, quando o público começava a se acostumar com este escopo de produção. E quando voltamos 40 anos no passado, para 1982, notamos que apenas cinco filmes haviam ultrapassado a tal marca de bilheteria para ser considerado um blockbuster: Tubarão, Guerra nas Estrelas, O Império Contra-Ataca, Indiana Jones e E.T. – O Extraterrestre. Assim, é natural notar que os filmes de ação, nesta época em que os filmes grandiosos apenas engatinhavam, não possuíam a mesma magnitude de hoje. Conheça abaixo alguns exemplares do gênero que chegam ao quadragésimo aniversário de lançamento em 2022.



48 Horas

Esta é uma franquia que merecia um novo exemplar para chamar de seu. Escrito e dirigido pelo veterano Walter Hill, a trama acompanha as desventuras do detetive policial durão Jack Cates, papel de Nick Nolte, que mesmo a contragosto precisa se unir a um presidiário liberado momentaneamente da cadeia para uma missão extraordinária, o malandro Reggie Hammond, papel de Eddie Murphy. Pelas 48 horas do título, a dupla disfuncional precisará trabalhar junta para um bem maior, capturar um psicopata assassino em série. O filme rendeu uma continuação em 1990, e agora que Eddie Murphy está renovado e tirando da manga sequências de sucessos do passado, vide Um Príncipe em Nova York e Um Tira da Pesada, bem que poderia mexer seus pauzinhos ao lado de Hill e Nolte para reviver também seu primeiro longa-metragem nas telonas. Valor sentimental tem.

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Raposa de Fogo

Recentemente falei sobre essa superprodução (para os padrões de 1982) da Warner na matéria dos filmes mais caros de 40 anos atrás no cinema. Estrelada pelo veteraníssimo Clint Eastwood, e também dirigida por ele, a obra é baseada num livro e pode ser considerada um “Top Gun” antes mesmo de Top Gun estrear. De fato, o filme com Tom Cruise seria lançado quatro anos depois, mas Eastwood já demonstrava ser um piloto de caças inigualável antes mesmo de Maverick. E não duvidamos. Na pele do durão Mitchell Gant, Eastwood é o único que pode roubar um super jato russo bem debaixo do nariz dos soviéticos. Não será nada fácil, mas o protagonista, como sempre, demonstrará que “missão impossível” para ele é um passeio no parque.

Desejo de Matar 2

O lendário Charles Bronson trabalhou em diversos gêneros no cinema em sua carreira. Para os mais velhos ele será sempre conhecido por seus faroestes, em especial como o “Gaita” no clássico absoluto Era uma Vez no Oeste, de Sergio Leone. Ao adentrar a década de 1970, no entanto, Bronson ficaria marcado por filmes policiais de suspense, que fizeram muito sucesso na TV aberta no Brasil. Um deles se sobressaiu sobre os demais: Desejo de Matar (1974), em que um homem comum é forçado às últimas consequências quando uma cidade sem lei faz sua família de vítima. Oito anos depois, a picareta Cannon Films resolveu comprar a ideia e tirar da cartola uma sequência, movendo a trama de Nova York para Los Angeles. Bronson ainda estrelaria mais três filmes da franquia até 1994, e em 2018 um remake foi lançado com Bruce Willis.

Os Donos do Amanhã

A violência urbana e a criminalidade sempre foram problemas que preocuparam as grandes metrópoles. E quando falamos nos EUA, a cidade de Nova York nos filmes dos anos 80 em especial era um lugar bem diferente e muito pior do que hoje, com o crime e as gangues fora de controle. Nessa proposta surgiu este filme cult que visava prever para onde a sociedade caminharia se as coisas seguissem descarrilhadas. Neste cenário, somos apresentados a uma das piores escolas dos EUA, onde os professores precisam ir trabalhar armados para saírem ilesos de seus alunos – onde grande parte são membros de gangues perigosíssimas. É uma previsão sombria de um futuro – e neste cenário a trama se desenrola com um professor novato do local que vira alvo de uma destas turmas da pesada de alunos e precisa lutar por sua vida. Curiosamente é um dos primeiros papeis da carreira de Michael J. Fox, que anos mais tarde estrelaria o sucesso De Volta para o Futuro (1985).

Banana Joe

Quem cresceu nos anos 1980 jamais esquecerá a dupla italiana que ficou conhecida mundialmente como Trinity, formada pelo loirinho Terence Hill e pelo grandalhão barbudo Bud Spencer. A dupla fez tanto sucesso na época aqui no Brasil que veio visitar o país e fez participação no igualmente lendário programa dos Trapalhões, na Globo. Aqui, quem estrela é apenas Spencer, no papel de um homem humilde que vive em sua propriedade plantando bananas com sua família. Quando suas terras são ameaçadas por um sujeito poderoso, ele decide ir à cidade pela primeira vez procurar ajuda. Como sempre, os filmes de ação de Bud Spencer possuem grande teor cômico – ele é como um Jackie Chan da época (embora Chan seja tão antigo quanto).

A Caçada do Futuro

No futuro de… 1995 (??!!), a sociedade evoluiu para uma forma selvagem em um regime totalitário. Com uma espécie deturpada do clássico 1984, de George Orwell, misturado com outro livro clássico famoso, ‘The Most Dangerous Game’, que inspirou desde O Sobrevivente (1987), assinado por Stephen King, até o thriller de ação O Alvo (1993). Na trama, prisioneiros deste futuro distópico têm a chance de fugir para a liberdade, e tudo que eles precisam fazer é sobreviver a uma jornada infernal, enquanto são caçados por esporte por uma equipe de elite armada até os dentes. O longa ganhou uma reimaginação em 2014, produzida diretamente para a TV e estrelada por Dominic Purcell. No original, o nome mais famoso é o da argentina Olivia Hussey (Romeu e Julieta / Natal Sangrento).

Os Vigilantes

Como dito, muitos filmes de ação policial dos anos 80 tinham como tema o combate à criminalidade com as próprias mãos. Podemos dizer que essa tendência segue até hoje de certa forma, e deu origem a um subgênero próprio. Esse aqui é um dos casos mais famosos de “clone” de Desejo de Matar. Quem estrela é o saudoso Robert Forster, indicado ao Oscar por Jackie Brown (1997) e falecido em 2019. Ele vive Eddie Marino, um sujeito comum, vítima de uma sociedade corrupta onde a impunidade corre solta, que tem a família brutalizada e decide tomar a justiça para suas próprias mãos. A frase de efeito do longa diz: “… num país no qual doze mulheres são estupradas por minuto, no qual 65 pessoas são assassinadas todos os dias, está acontecendo agora, nesse minuto, a polícia é impotente, a lei é corrupta e as cortes os soltam…”. Qualquer semelhança com a realidade atual não é mera coincidência.

Vingança Forçada

Terminando a matéria, é claro que não poderíamos finalizar uma lista de filmes de ação dos anos 1980 sem um exemplar com o “imortal” Chuck Norris. E aqui temos exatamente isso com este longa de 40 anos atrás, em que o ator mestre marcial vive Josh Randall, um segurança de cassino em Hong Kong, que possui um passado como militar condecorado experiente. Quando membros da máfia local começam a ir atrás de seus amigos, o protagonista precisar agir e pega para si a missão de combater os criminosos, com todas as armas disponíveis a seu alcance, em especial suas técnicas imbatíveis de luta. Norris é tão durão que no cartaz do filme dá um golpe e quebra até mesmo o título do filme ao meio – é só dar uma olhada no poster abaixo.

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Tiro, Porrada e Bomba! Os filmes de ação que completam 40 anos em 2022 – Antes da era dos Blockbusters!

Talvez você tenha ficado um pouco confuso com este título. Sim, é verdade que os blockbusters nasceram na década de 1970 e foram cimentados na década seguinte, os anos 1980. E aqui deixamos claro que tratamos como blockbusters os filmes que ultrapassaram US$200 milhões em suas estadias nas salas de cinema dos EUA – é preciso levar em conta que no passado o mercado internacional não era tão importante e rentável para Hollywood quanto é hoje em dia. Nessa época, o grosso das bilheterias vinha da arrecadação no próprio território americano e o que vinha de fora era irrisório e mal somava com o todo. Hoje é o contrário e o mercado fora dos EUA muitas vezes consegue salvar um filme do fracasso, quase sempre arrecadando o mesmo ou mais do que a quantia dentro do país de origem. Justamente por isso cada vez mais Hollywood se preocupa em ser inclusivo para outros lugares além de suas fronteiras.

Voltando para os blockbusters, nos anos 70 tivemos apenas dois (Tubarão e Star Wars) e nos anos 80 a coisa começava a tomar forma com cada ano da década reservando pelo menos uma superprodução. Assim a coisa começava a caminhar ainda. Justamente por isso, não era comum vermos filmes deste porte mesmo na década de 80, quando o público começava a se acostumar com este escopo de produção. E quando voltamos 40 anos no passado, para 1982, notamos que apenas cinco filmes haviam ultrapassado a tal marca de bilheteria para ser considerado um blockbuster: Tubarão, Guerra nas Estrelas, O Império Contra-Ataca, Indiana Jones e E.T. – O Extraterrestre. Assim, é natural notar que os filmes de ação, nesta época em que os filmes grandiosos apenas engatinhavam, não possuíam a mesma magnitude de hoje. Conheça abaixo alguns exemplares do gênero que chegam ao quadragésimo aniversário de lançamento em 2022.

48 Horas

Esta é uma franquia que merecia um novo exemplar para chamar de seu. Escrito e dirigido pelo veterano Walter Hill, a trama acompanha as desventuras do detetive policial durão Jack Cates, papel de Nick Nolte, que mesmo a contragosto precisa se unir a um presidiário liberado momentaneamente da cadeia para uma missão extraordinária, o malandro Reggie Hammond, papel de Eddie Murphy. Pelas 48 horas do título, a dupla disfuncional precisará trabalhar junta para um bem maior, capturar um psicopata assassino em série. O filme rendeu uma continuação em 1990, e agora que Eddie Murphy está renovado e tirando da manga sequências de sucessos do passado, vide Um Príncipe em Nova York e Um Tira da Pesada, bem que poderia mexer seus pauzinhos ao lado de Hill e Nolte para reviver também seu primeiro longa-metragem nas telonas. Valor sentimental tem.

Raposa de Fogo

Recentemente falei sobre essa superprodução (para os padrões de 1982) da Warner na matéria dos filmes mais caros de 40 anos atrás no cinema. Estrelada pelo veteraníssimo Clint Eastwood, e também dirigida por ele, a obra é baseada num livro e pode ser considerada um “Top Gun” antes mesmo de Top Gun estrear. De fato, o filme com Tom Cruise seria lançado quatro anos depois, mas Eastwood já demonstrava ser um piloto de caças inigualável antes mesmo de Maverick. E não duvidamos. Na pele do durão Mitchell Gant, Eastwood é o único que pode roubar um super jato russo bem debaixo do nariz dos soviéticos. Não será nada fácil, mas o protagonista, como sempre, demonstrará que “missão impossível” para ele é um passeio no parque.

Desejo de Matar 2

O lendário Charles Bronson trabalhou em diversos gêneros no cinema em sua carreira. Para os mais velhos ele será sempre conhecido por seus faroestes, em especial como o “Gaita” no clássico absoluto Era uma Vez no Oeste, de Sergio Leone. Ao adentrar a década de 1970, no entanto, Bronson ficaria marcado por filmes policiais de suspense, que fizeram muito sucesso na TV aberta no Brasil. Um deles se sobressaiu sobre os demais: Desejo de Matar (1974), em que um homem comum é forçado às últimas consequências quando uma cidade sem lei faz sua família de vítima. Oito anos depois, a picareta Cannon Films resolveu comprar a ideia e tirar da cartola uma sequência, movendo a trama de Nova York para Los Angeles. Bronson ainda estrelaria mais três filmes da franquia até 1994, e em 2018 um remake foi lançado com Bruce Willis.

Os Donos do Amanhã

A violência urbana e a criminalidade sempre foram problemas que preocuparam as grandes metrópoles. E quando falamos nos EUA, a cidade de Nova York nos filmes dos anos 80 em especial era um lugar bem diferente e muito pior do que hoje, com o crime e as gangues fora de controle. Nessa proposta surgiu este filme cult que visava prever para onde a sociedade caminharia se as coisas seguissem descarrilhadas. Neste cenário, somos apresentados a uma das piores escolas dos EUA, onde os professores precisam ir trabalhar armados para saírem ilesos de seus alunos – onde grande parte são membros de gangues perigosíssimas. É uma previsão sombria de um futuro – e neste cenário a trama se desenrola com um professor novato do local que vira alvo de uma destas turmas da pesada de alunos e precisa lutar por sua vida. Curiosamente é um dos primeiros papeis da carreira de Michael J. Fox, que anos mais tarde estrelaria o sucesso De Volta para o Futuro (1985).

Banana Joe

Quem cresceu nos anos 1980 jamais esquecerá a dupla italiana que ficou conhecida mundialmente como Trinity, formada pelo loirinho Terence Hill e pelo grandalhão barbudo Bud Spencer. A dupla fez tanto sucesso na época aqui no Brasil que veio visitar o país e fez participação no igualmente lendário programa dos Trapalhões, na Globo. Aqui, quem estrela é apenas Spencer, no papel de um homem humilde que vive em sua propriedade plantando bananas com sua família. Quando suas terras são ameaçadas por um sujeito poderoso, ele decide ir à cidade pela primeira vez procurar ajuda. Como sempre, os filmes de ação de Bud Spencer possuem grande teor cômico – ele é como um Jackie Chan da época (embora Chan seja tão antigo quanto).

A Caçada do Futuro

No futuro de… 1995 (??!!), a sociedade evoluiu para uma forma selvagem em um regime totalitário. Com uma espécie deturpada do clássico 1984, de George Orwell, misturado com outro livro clássico famoso, ‘The Most Dangerous Game’, que inspirou desde O Sobrevivente (1987), assinado por Stephen King, até o thriller de ação O Alvo (1993). Na trama, prisioneiros deste futuro distópico têm a chance de fugir para a liberdade, e tudo que eles precisam fazer é sobreviver a uma jornada infernal, enquanto são caçados por esporte por uma equipe de elite armada até os dentes. O longa ganhou uma reimaginação em 2014, produzida diretamente para a TV e estrelada por Dominic Purcell. No original, o nome mais famoso é o da argentina Olivia Hussey (Romeu e Julieta / Natal Sangrento).

Os Vigilantes

Como dito, muitos filmes de ação policial dos anos 80 tinham como tema o combate à criminalidade com as próprias mãos. Podemos dizer que essa tendência segue até hoje de certa forma, e deu origem a um subgênero próprio. Esse aqui é um dos casos mais famosos de “clone” de Desejo de Matar. Quem estrela é o saudoso Robert Forster, indicado ao Oscar por Jackie Brown (1997) e falecido em 2019. Ele vive Eddie Marino, um sujeito comum, vítima de uma sociedade corrupta onde a impunidade corre solta, que tem a família brutalizada e decide tomar a justiça para suas próprias mãos. A frase de efeito do longa diz: “… num país no qual doze mulheres são estupradas por minuto, no qual 65 pessoas são assassinadas todos os dias, está acontecendo agora, nesse minuto, a polícia é impotente, a lei é corrupta e as cortes os soltam…”. Qualquer semelhança com a realidade atual não é mera coincidência.

Vingança Forçada

Terminando a matéria, é claro que não poderíamos finalizar uma lista de filmes de ação dos anos 1980 sem um exemplar com o “imortal” Chuck Norris. E aqui temos exatamente isso com este longa de 40 anos atrás, em que o ator mestre marcial vive Josh Randall, um segurança de cassino em Hong Kong, que possui um passado como militar condecorado experiente. Quando membros da máfia local começam a ir atrás de seus amigos, o protagonista precisar agir e pega para si a missão de combater os criminosos, com todas as armas disponíveis a seu alcance, em especial suas técnicas imbatíveis de luta. Norris é tão durão que no cartaz do filme dá um golpe e quebra até mesmo o título do filme ao meio – é só dar uma olhada no poster abaixo.

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