domingo , 22 dezembro , 2024

Toy Story 3 | Há 10 anos, as salas de cinema eram inundadas pelas lágrimas dos fãs

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Parece que chegou aos cinemas ontem, mas Toy Story 3 completa dez anos hoje. O filme que – até então – encerrava a franquia dos brinquedos mais querido das telonas foi um verdadeiro arrasa quarteirões, quebrando recordes de bilheteria e sendo unânime nas críticas, sendo considerado uma das melhores animações de todos os tempos. Hoje, uma década depois, vamos relembrar este marco da Pixar.

Para começar, Toy Story 3 quebrou a “maldição do terceiro filme”, que costuma ser o pesadelo dos estúdios. Dizia a “maldição” que o terceiro longa da franquia seria o mais fraco dos três, como aconteceu em sagas consagradas, tipo O Poderoso Chefão, De Volta Para o Futuro e Jurassic Park. Mas não satisfeito em não fazer o filme mais fraco da saga, Lee Unkrich foi além, trazendo ao público o melhor dos três longas. Com o que se tinha de mais moderno no mercado das animações 3D, a equipe da Pixar encantou o mundo com visuais extremamente bem feitos, mas sem perder a “alma” que fascinou várias gerações.



Um dos pontos mais legais foi trazer o Andy adulto, indo para a faculdade. Ver a evolução visual do personagem foi incrível.

Além da tecnologia 3D avançadíssima, a equipe criativa soube escrever com maestria uma história sobre amizade, amadurecimento e despedida, dando espaço para que os personagens clássicos brilhassem e os novos conseguissem cativar o público. Abordando esses temas mais adultos com muita sensibilidade e humor, Toy Story 3 conseguiu chamar a atenção de crianças e adultos. Em 2015, o diretor Peter Sohn, responsável por O Bom Dinossauro, respondendo a minha pergunta em um evento, disse que a missão primordial das mentes criativas da Disney/ Pixar não é fazer filmes que as crianças tenham que pedir para os pais as levarem para ver. Na verdade, eles bolam histórias que sejam tão interessantes a ponto dos pais quererem levar os filhos para os cinemas. E isso fica muito explícito na trama de Toy Story 3. Já que o roteiro presta uma homenagem a geração das crianças dos anos 90, que cresceram junto com a saga, e falam da chegada da vida adulta, momento pelo qual os pais já haviam passado. Sem contar a verdadeira pancada emocional que o terceiro ato traz. A trama vem balanceando momentos de otimismo com outros de tensão e tristeza, que se unem em um final legitimamente cruel para o coração dos fãs.

Creche Sunnyside: da ilusão à decepção.

O resultado da aventura de despedida não poderia ser outro: sucesso absoluto. O terceiro capítulo da saga de Woody (Tom Hanks) e seus amigos foi a primeira animação da história a arrecadar um bilhão de dólares em bilheteria. No Brasil, o filme virou notícia por lotar as salas de cinemas em plena Copa do Mundo. Na época, a Seleção Brasileira era uma das favoritas a ganhar a Copa do Mundo da África do Sul, mas nem a transmissão dos jogos foi capaz de tirar os brasileiros dos cinemas. As filas davam voltas, cheias de gente doidinha para ver ou rever o filme e se emocionar mais uma vez.

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A conquistas Oscars foi motivo de muita comemoração nos bastidores da Pixar.

O filme também fez história ao ser indicado em cinco categorias do Oscar, incluindo melhor filme, saindo vencedor de duas estatuetas: melhor longa animado e melhor canção original. As outras indicações foram nas categorias melhor roteiro adaptado e melhor edição de som. A indicação na categoria sonora pode parecer sem sentido, mas é bom lembrar que Toy Story 3 foi o primeiro filme lançado nos cinemas com áudio Dolby Surround 7.1, tecnologia utilizada nos cinemas e nos discos de Blu-ray para otimizar o áudio. Quanto à indicação ao Oscar de melhor filme, Toy Story 3 foi apenas a terceira animação a conseguir esse feito na história da premiação. Anteriormente, A Bela e a Fera e Up – Altas Aventuras, todas da Disney, foram indicadas nessa categoria.

O Ursinho Lotso foi uma das grandes surpresas do filme.

Com uma trama madura e personagens inesquecíveis, Toy Story 3 foi também um marco no estilo narrativo da Pixar. Após fazer milhares de salas de cinema pelo mundo se inundarem com as lágrimas do público, a Pixar adotou como padrão fazer seus filmes terminarem com um momento emotivo focado em fazer a audiência chorar. Quer dizer, isso já estava presente em Up – Altas Aventuras, mas foi em Toy Story 3 que isso virou marca registrada do estúdio. Com direito a bater todos os recordes possíveis até então, Toy Story 3 foi o encerramento perfeito da franquia. No entanto, em 2019, contrariando muitos fãs, Toy Story 4 chegou aos cinemas, provando que ainda tinha uma pendência a ser resolvida. Mesmo sem ter o impacto emocional do anterior, o filme quatro fechou todas as pontas sem desvalorizar a verdadeira obra-prima que foi Toy Story 3.

Uma das despedidas mais dolorosas da história do cinema.

Toy Story 3 está disponível no catálogo da Netflix.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Parece que chegou aos cinemas ontem, mas Toy Story 3 completa dez anos hoje. O filme que – até então – encerrava a franquia dos brinquedos mais querido das telonas foi um verdadeiro arrasa quarteirões, quebrando recordes de bilheteria e sendo unânime nas críticas, sendo considerado uma das melhores animações de todos os tempos. Hoje, uma década depois, vamos relembrar este marco da Pixar.

Para começar, Toy Story 3 quebrou a “maldição do terceiro filme”, que costuma ser o pesadelo dos estúdios. Dizia a “maldição” que o terceiro longa da franquia seria o mais fraco dos três, como aconteceu em sagas consagradas, tipo O Poderoso Chefão, De Volta Para o Futuro e Jurassic Park. Mas não satisfeito em não fazer o filme mais fraco da saga, Lee Unkrich foi além, trazendo ao público o melhor dos três longas. Com o que se tinha de mais moderno no mercado das animações 3D, a equipe da Pixar encantou o mundo com visuais extremamente bem feitos, mas sem perder a “alma” que fascinou várias gerações.

Um dos pontos mais legais foi trazer o Andy adulto, indo para a faculdade. Ver a evolução visual do personagem foi incrível.

Além da tecnologia 3D avançadíssima, a equipe criativa soube escrever com maestria uma história sobre amizade, amadurecimento e despedida, dando espaço para que os personagens clássicos brilhassem e os novos conseguissem cativar o público. Abordando esses temas mais adultos com muita sensibilidade e humor, Toy Story 3 conseguiu chamar a atenção de crianças e adultos. Em 2015, o diretor Peter Sohn, responsável por O Bom Dinossauro, respondendo a minha pergunta em um evento, disse que a missão primordial das mentes criativas da Disney/ Pixar não é fazer filmes que as crianças tenham que pedir para os pais as levarem para ver. Na verdade, eles bolam histórias que sejam tão interessantes a ponto dos pais quererem levar os filhos para os cinemas. E isso fica muito explícito na trama de Toy Story 3. Já que o roteiro presta uma homenagem a geração das crianças dos anos 90, que cresceram junto com a saga, e falam da chegada da vida adulta, momento pelo qual os pais já haviam passado. Sem contar a verdadeira pancada emocional que o terceiro ato traz. A trama vem balanceando momentos de otimismo com outros de tensão e tristeza, que se unem em um final legitimamente cruel para o coração dos fãs.

Creche Sunnyside: da ilusão à decepção.

O resultado da aventura de despedida não poderia ser outro: sucesso absoluto. O terceiro capítulo da saga de Woody (Tom Hanks) e seus amigos foi a primeira animação da história a arrecadar um bilhão de dólares em bilheteria. No Brasil, o filme virou notícia por lotar as salas de cinemas em plena Copa do Mundo. Na época, a Seleção Brasileira era uma das favoritas a ganhar a Copa do Mundo da África do Sul, mas nem a transmissão dos jogos foi capaz de tirar os brasileiros dos cinemas. As filas davam voltas, cheias de gente doidinha para ver ou rever o filme e se emocionar mais uma vez.

A conquistas Oscars foi motivo de muita comemoração nos bastidores da Pixar.

O filme também fez história ao ser indicado em cinco categorias do Oscar, incluindo melhor filme, saindo vencedor de duas estatuetas: melhor longa animado e melhor canção original. As outras indicações foram nas categorias melhor roteiro adaptado e melhor edição de som. A indicação na categoria sonora pode parecer sem sentido, mas é bom lembrar que Toy Story 3 foi o primeiro filme lançado nos cinemas com áudio Dolby Surround 7.1, tecnologia utilizada nos cinemas e nos discos de Blu-ray para otimizar o áudio. Quanto à indicação ao Oscar de melhor filme, Toy Story 3 foi apenas a terceira animação a conseguir esse feito na história da premiação. Anteriormente, A Bela e a Fera e Up – Altas Aventuras, todas da Disney, foram indicadas nessa categoria.

O Ursinho Lotso foi uma das grandes surpresas do filme.

Com uma trama madura e personagens inesquecíveis, Toy Story 3 foi também um marco no estilo narrativo da Pixar. Após fazer milhares de salas de cinema pelo mundo se inundarem com as lágrimas do público, a Pixar adotou como padrão fazer seus filmes terminarem com um momento emotivo focado em fazer a audiência chorar. Quer dizer, isso já estava presente em Up – Altas Aventuras, mas foi em Toy Story 3 que isso virou marca registrada do estúdio. Com direito a bater todos os recordes possíveis até então, Toy Story 3 foi o encerramento perfeito da franquia. No entanto, em 2019, contrariando muitos fãs, Toy Story 4 chegou aos cinemas, provando que ainda tinha uma pendência a ser resolvida. Mesmo sem ter o impacto emocional do anterior, o filme quatro fechou todas as pontas sem desvalorizar a verdadeira obra-prima que foi Toy Story 3.

Uma das despedidas mais dolorosas da história do cinema.

Toy Story 3 está disponível no catálogo da Netflix.

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