sexta-feira , 27 dezembro , 2024

Transições: Conheça o emocionante drama gravado no auge da pandemia sem roteiro e equipe de produção

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Em meio a tanta dor e despedidas indesejadas, surgia também uma veia criativa ainda mais pulsante e voraz em artistas ao redor do mundo. Com longas sendo filmados das maneiras mais inusitadas possíveis, Hollywood e a indústria do cinema independente floresceram em meio às tristezas da pandemia da Covid-19, provando o quão viva permanece a arte de emocionar através do cinema.

O novato cineasta Alejandro Torres Kennedy é fruto dessa mesma força criativa que ainda gerou diversos títulos originais como A Um Clique de Distância e Perto do Apocalipse. Em Transições, ele faz sua estreia na direção e no roteiro com um longa delicado e instigante, que nada mais é do que um retrato da própria e inesperada experiência de isolamento social vivido pelo artista no estopim da pandemia.



“A história do filme está diretamente relacionada à pandemia, porque eu cheguei à África do Sul para fazer uma viagem de barco pelo Atlântico. Curiosamente, eu ia viajar para o Brasil por um mês, ia fazer uma daquelas viagens únicas que acontecem uma vez na vida. Quando estávamos prestes a partir, a pandemia acabou acontecendo e fomos forçados a entrar em lockdown. Ficamos cinco meses na marina, dormindo no veleiro e confinados num espaço bem limitado. Éramos um grupo de 12 pessoas isoladas, que não poderiam sequer retornar para suas famílias”, relembrou Alejandro em entrevista ao CinePOP.

Em Transições, Marie Suberbie é uma mulher que é colocada na exata circunstâncias. Prestes a embarcar em uma viagem inimaginável, ela se vê forçada a ancorar seus projetos e sonhos em um isolamento forçado. Literalmente ilhada, ela será confrontada pelos seus medos, memórias e por sua própria natureza interna, à medida em que começa a ser atormentada como uma misteriosa força.

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Embora o aspecto sobrenatural não tenha feito parte da realidade de Kennedy e dos demais turistas atracados na marina sul africana, o cineasta usou o inusitado e inigualável cenário mundial para contar sua própria história, que se desenvolveu livremente sem roteiro, sempre pautada pelas constantes reviravoltas reais que diariamente estapavam os jornais, conforme ele contou ao CinePOP.

“O filme não tinha um roteiro, nunca teve, era apenas uma ideia na minha cabeça. E a história trata justamente de uma mulher que durante a pandemia se vê sozinha na marina. Então a produção traz o mesmo contexto que estávamos vivendo naquele instante. E com o passar do tempo, conforme as informações eram atualizadas ao redor do mundo, fui desenvolvendo esse material. Mas tudo foi escrito enquanto estávamos em gravação”, disse o diretor.

Gerado em um contexto onde tudo que lhe restava era uma câmera de pequeno porte, um microfone e a arte do improviso, Alejandro convidou uma das turistas para estrelar Transições. Marie Boutonnet nunca havia atuado antes, mas topou o desafio de ser a face de toda aquela tortuosa jornada de confinamento, medo e dúvidas frequentes.

“Ela não tinha experiência nenhuma, mas aceitou minha proposta. E ali, Maria foi de uma professora escolar francesa para uma atriz de primeira viagem e funcionou!”

Filmado ao longo dos cinco meses de confinamento, Transições não contou com refilmagens e foi lapidado na ilha de edição, a partir de uma montagem que provocasse as sensações mais diversas na audiência, conforme salientado pelo cineasta. Lançado em primeira mão no Festival de Varsóvia de 2021, na Polônia, a apresentação do drama foi uma genuína surpresa, tanto para Maria, como para o cineasta espanhol – que realizaram o sonho de ver sua poderosa obra de arte estampada nas telonas diante de uma audiência internacional.

“O filme teve sua estreia em outubro do ano passado e até então eu não havia deixado a Maria assistir a uma cena sequer, pois queria que essa experiência fosse única e surpreendente para ser vivida nos telonas. Então, quando fomos à Polônia para a estreia de Transições, aquela foi a sua primeira vez assistindo ao filme. Dentro de uma sessão, ao lado de uma audiência polonesa. Foi incrível pra ela, além de ter sido um sonho realizado de se ver nas telas de um cinema”, concluiu Alejandro Torres Kennedy.

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Em meio a tanta dor e despedidas indesejadas, surgia também uma veia criativa ainda mais pulsante e voraz em artistas ao redor do mundo. Com longas sendo filmados das maneiras mais inusitadas possíveis, Hollywood e a indústria do cinema independente floresceram em meio às tristezas da pandemia da Covid-19, provando o quão viva permanece a arte de emocionar através do cinema.

O novato cineasta Alejandro Torres Kennedy é fruto dessa mesma força criativa que ainda gerou diversos títulos originais como A Um Clique de Distância e Perto do Apocalipse. Em Transições, ele faz sua estreia na direção e no roteiro com um longa delicado e instigante, que nada mais é do que um retrato da própria e inesperada experiência de isolamento social vivido pelo artista no estopim da pandemia.

“A história do filme está diretamente relacionada à pandemia, porque eu cheguei à África do Sul para fazer uma viagem de barco pelo Atlântico. Curiosamente, eu ia viajar para o Brasil por um mês, ia fazer uma daquelas viagens únicas que acontecem uma vez na vida. Quando estávamos prestes a partir, a pandemia acabou acontecendo e fomos forçados a entrar em lockdown. Ficamos cinco meses na marina, dormindo no veleiro e confinados num espaço bem limitado. Éramos um grupo de 12 pessoas isoladas, que não poderiam sequer retornar para suas famílias”, relembrou Alejandro em entrevista ao CinePOP.

Em Transições, Marie Suberbie é uma mulher que é colocada na exata circunstâncias. Prestes a embarcar em uma viagem inimaginável, ela se vê forçada a ancorar seus projetos e sonhos em um isolamento forçado. Literalmente ilhada, ela será confrontada pelos seus medos, memórias e por sua própria natureza interna, à medida em que começa a ser atormentada como uma misteriosa força.

Embora o aspecto sobrenatural não tenha feito parte da realidade de Kennedy e dos demais turistas atracados na marina sul africana, o cineasta usou o inusitado e inigualável cenário mundial para contar sua própria história, que se desenvolveu livremente sem roteiro, sempre pautada pelas constantes reviravoltas reais que diariamente estapavam os jornais, conforme ele contou ao CinePOP.

“O filme não tinha um roteiro, nunca teve, era apenas uma ideia na minha cabeça. E a história trata justamente de uma mulher que durante a pandemia se vê sozinha na marina. Então a produção traz o mesmo contexto que estávamos vivendo naquele instante. E com o passar do tempo, conforme as informações eram atualizadas ao redor do mundo, fui desenvolvendo esse material. Mas tudo foi escrito enquanto estávamos em gravação”, disse o diretor.

Gerado em um contexto onde tudo que lhe restava era uma câmera de pequeno porte, um microfone e a arte do improviso, Alejandro convidou uma das turistas para estrelar Transições. Marie Boutonnet nunca havia atuado antes, mas topou o desafio de ser a face de toda aquela tortuosa jornada de confinamento, medo e dúvidas frequentes.

“Ela não tinha experiência nenhuma, mas aceitou minha proposta. E ali, Maria foi de uma professora escolar francesa para uma atriz de primeira viagem e funcionou!”

Filmado ao longo dos cinco meses de confinamento, Transições não contou com refilmagens e foi lapidado na ilha de edição, a partir de uma montagem que provocasse as sensações mais diversas na audiência, conforme salientado pelo cineasta. Lançado em primeira mão no Festival de Varsóvia de 2021, na Polônia, a apresentação do drama foi uma genuína surpresa, tanto para Maria, como para o cineasta espanhol – que realizaram o sonho de ver sua poderosa obra de arte estampada nas telonas diante de uma audiência internacional.

“O filme teve sua estreia em outubro do ano passado e até então eu não havia deixado a Maria assistir a uma cena sequer, pois queria que essa experiência fosse única e surpreendente para ser vivida nos telonas. Então, quando fomos à Polônia para a estreia de Transições, aquela foi a sua primeira vez assistindo ao filme. Dentro de uma sessão, ao lado de uma audiência polonesa. Foi incrível pra ela, além de ter sido um sonho realizado de se ver nas telas de um cinema”, concluiu Alejandro Torres Kennedy.

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