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Virginia (Twixt)


O novo filme do tio de Nicolas Cage,Francis Ford Coppola, é um dos favoritos ao prêmio de pior filme do ano. Não tem como começar um texto sem mostrar a insatisfação com a qualidade desse bisonho trabalho. Uma narração bizarra logo no início, parecia gravação de chamadas de filmes trash, já indicava a perigosa trilha que faria Twixt (nome original da trama e que não tem nada haver com aquele chocolate). Totalmente sem rumo, o roteiro é muito ruim perdendo o grande destaque negativo somente para a trilha apática que coloca o filme completamente fora de contexto, durante os poucos mais de 80 minutos de fita.

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Na trama, um escritor (que usa um chapeuzinho ridículo a lá ‘Indiana Jones do terror’), mais ou menos famoso, visita uma cidadezinha para autografar seu mais recente trabalho. Após muitos diálogos estranhos com moradores (igualmente esquisitos) é envolvido em um misterioso assassinato. Com direito a sonhos com fantasmas, cenas peculiares e suspense sobre alguns fatos, o escritor corre atrás para apurar toda a louca história em que se meteu. O roteiro é escrito pelo próprio pai de Sophia Coppola, não lembrando em nada seus últimos bons trabalhos.



O longa tem momentos que beiram ao ridículo, o espectador ora fortemente para o filme terminar o mais breve possível. O famoso escritor americano Edgar Allan Poe é citado inúmeras vezes, coitado! Deve estar se revirando no túmulo uma hora dessas. A trilha sonora é horrível, leva o público, em determinados momentos, para dentro de um filme de faroeste e não para um filme de terror/suspense. Dá a ligeira impressão que a composição fora feita para algum outro trabalho, não esse. Val Kilmer (e seu rabo de cavalo) interpreta o escritor de contos de bruxas. Será que algum dia vai baixar, novamente, o santo em Val Kilmer? (fato que ocorreu em sua brilhante atuação no longa “The Doors”). O papel é terrível e a atuação beira à imperfeição.

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A falta de bom senso destruiu qualquer pretensão que o filme tinha de fazer sucesso não só no Brasil como no mundo. Um dos piores filme do ano disparado, até agora. Merece todos os prêmios framboesa. O personagem principal, tem uma fala que traduz muito bem o sentimento do público: “Meu Deus, estou perdido”. Como Coppola conseguiu dirigir, roteirizar e produzir esse trabalho e não ver que tudo estava muito errado? Realmente, não dá para entender, seu pior filme. Fujam para as montanhas, cinéfilos!

Raphael Camachohttps://guiadocinefilo.blogspot.com.br
Raphael Camacho é um profissional com mais de 20 anos de experiência no mercado cinematográfico. Ao longo de sua trajetória, atuou como programador de salas de cinema, além de ter trabalhado nas áreas de distribuição e marketing de filmes. Paralelamente à sua atuação na indústria, Raphael sempre manteve sua paixão pela escrita, contribuindo com o site Cinepop, onde se consolidou como um dos colaboradores mais antigos e respeitados deste que é um dos portais de cinema mais queridos do Brasil.
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