quarta-feira , 20 novembro , 2024

Zé Carioca 80 anos | Cinco curiosidades sobre o brasileiro mais amado da Disney

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O dia 24 de agosto marca uma data muito especial para a Disney: é o aniversário do Zé Carioca, o primeiro personagem 100% brasileiro da casa. Idealizado por Walt Disney durante sua viagem ao Rio de Janeiro, em 1941, o personagem começou como coadjuvante, mas logo conquistou os fãs brasileiros, principalmente nas histórias em quadrinhos. Em comemoração aos 80 anos do papagaio mais famoso do mundo, o CinePOP separou cinco curiosidades sobre ele. Confira!

 



Ferramenta política

Não é mistério para ninguém que a criação do Zé Carioca se deu em um contexto político muito distinto. Na época, querendo vender seu estilo de vida para formar alianças com a América Latina – espalhando suas crenças e ideologia -, os Estados Unidos começaram a “Política da Boa Vizinhança”. E assim, a equipe de Walt Disney, junto ao próprio desenhista, veio para o Rio de Janeiro para o lançamento de Fantasia. O evento foi grandioso, com direito à presença do presidente do Brasil, Getúlio Vargas, que trocou ideias com Disney. Na viagem, Walt conheceu mais da Cidade Maravilhosa e recebeu de presente uma ilustração do cartunista J. Carlos, que mostrava o Pato Donald recebendo um caloroso abraço de um papagaio. Fazendo sua estreia em Alô, Amigos, que estreou no Brasil em 24 de agosto de 1942, o Zé Carioca conquistou o público brasileiro, além de conseguir uma ótima fama internacionalmente. Politicamente falando, ele se mostra fã do Pato Donald, formando uma grande amizade e levando camarada norte-americano para conhecer as belezas do Rio. Ou seja, boa vizinhança.

Fuleco?

Pois é, se a figura do Papagaio ficou eternamente associada ao Brasil, deve-se muito ao cartum feito por J. Carlos e dado de presente ao Walt Disney, porque antes de se encantar com a ave verde e falante, Disney estava confabulando do Zé Carioca ser nada menos que um Tatu-Bola. Várias décadas depois, o Tatu voltou a ser associado ao Brasil com o mascote da Copa do Mundo de 2014, o simpático Fuleco. Mas fica aí a dúvida: será que o Zé Carioca teria sido esse sucesso todo com as habilidades de um Tatu-Bola? Nunca saberemos. Sobre a ilustração do cartunista brasileiro, ninguém sabe onde ela foi parar. Alguns dizem que o desenho recebido por Disney já mostrava praticamente o Zé Carioca como o conhecemos, tendo que adicionar apenas uns detalhes, como o charuto e o terninho, mas como ninguém sabe o paradeiro da arte, fica aí mais um mistério para o cânone do personagem.

Zé Paulista

Fora da parte visual, a personalidade do Zé Carioca foi baseada no músico José do Patrocínio Oliveira, o Zezinho. Ele fez muito sucesso nas turnês de Carmen Miranda e virou uma figura famosa nos EUA. Quando conheceu Walt Disney, o Zezinho tentou falar inglês apagando seu sotaque brasileiro. Isso deixou Disney desconfortável, chegando ao ponto do desenhista ter pedido para que ele falasse o “mais brasileiro possível”. E quando se soltou, Zezinho deixou fluir toda sua ginga e sotaque tipicamente carioca. Só tinha um problema: ele era paulista. Mas isso pouco importou, já que Walt Disney se apaixonou pelo que viu e ouviu, puxando toda a personalidade do Zé Carioca do músico. Sua admiração foi tão grande, que o lendário desenhista convidou o brasileiro para interpretar o Zé Carioca em Alô, Amigos. O resultado foi tão positivo que, em suas idas à Disney, Zezinho era cumprimentado e apresentado a todos como o próprio Zé Carioca.

Sucesso nos quadrinhos

Apesar do sucesso inicial de ter um personagem brasileiro vivendo no mesmo mundo dos personagens da Disney, o Zé Carioca só veio explodir mesmo depois de um tempo perambulando nos quadrinhos. Seu primeiro gibi chegou ao Brasil em 1943, mas veio produzido por roteiristas norte-americanos. O resultado não era nada espetacular, já que trazia um personagem comum vivendo naquelas cidades genéricas da Disney. Então, quando as histórias passaram a ser escritas e ilustradas por artistas brasileiros, o Zé passou a fazer coisas tipicamente nacionais, como explorar a cidade do Rio de Janeiro, frequentar escolas de samba, jogar futebol com seus amigos. Ou seja, ele ganhou uma alma própria, se tornando, assim, um sucesso colossal de vendas.

É um super-herói

Um ponto muito interessante do personagem é que ele também é um super-herói: o Morcego Verde. Claramente inspirado no Batman, o Morcego Verde tem uma grande diferença do morcegão original: em vez de ser um bilionário, ele é caloteiro. Não à toa, sua alcunha é “O Cavaleiro das Dívidas”, um herói que persegue os cobradores de contas atrasadas. Mas o auge dessa paródia se dá em 1995, quando a Disney lança o clássico A Piada Sem Sal, uma sátira de A Piada Mortal. A história gira em torno da origem do Moringa, o principal cobrador do Zé Carioca, que ficou louco depois do papagaio ter pago todas as suas dívidas de uma vez só (foi com dinheiro de mentira? Foi, mas isso não vem ao caso). A história é sensacional, porque encontra formas de transformar toda a dramaticidade da trama original em piadas sobre calote.

Quem quiser assistir a mais um pouco do Zé Carioca, os filmes Alô, Amigos e Você Já Foi à Bahia? estão disponíveis no Disney+.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Ferramenta política

Não é mistério para ninguém que a criação do Zé Carioca se deu em um contexto político muito distinto. Na época, querendo vender seu estilo de vida para formar alianças com a América Latina – espalhando suas crenças e ideologia -, os Estados Unidos começaram a “Política da Boa Vizinhança”. E assim, a equipe de Walt Disney, junto ao próprio desenhista, veio para o Rio de Janeiro para o lançamento de Fantasia. O evento foi grandioso, com direito à presença do presidente do Brasil, Getúlio Vargas, que trocou ideias com Disney. Na viagem, Walt conheceu mais da Cidade Maravilhosa e recebeu de presente uma ilustração do cartunista J. Carlos, que mostrava o Pato Donald recebendo um caloroso abraço de um papagaio. Fazendo sua estreia em Alô, Amigos, que estreou no Brasil em 24 de agosto de 1942, o Zé Carioca conquistou o público brasileiro, além de conseguir uma ótima fama internacionalmente. Politicamente falando, ele se mostra fã do Pato Donald, formando uma grande amizade e levando camarada norte-americano para conhecer as belezas do Rio. Ou seja, boa vizinhança.

Fuleco?

Pois é, se a figura do Papagaio ficou eternamente associada ao Brasil, deve-se muito ao cartum feito por J. Carlos e dado de presente ao Walt Disney, porque antes de se encantar com a ave verde e falante, Disney estava confabulando do Zé Carioca ser nada menos que um Tatu-Bola. Várias décadas depois, o Tatu voltou a ser associado ao Brasil com o mascote da Copa do Mundo de 2014, o simpático Fuleco. Mas fica aí a dúvida: será que o Zé Carioca teria sido esse sucesso todo com as habilidades de um Tatu-Bola? Nunca saberemos. Sobre a ilustração do cartunista brasileiro, ninguém sabe onde ela foi parar. Alguns dizem que o desenho recebido por Disney já mostrava praticamente o Zé Carioca como o conhecemos, tendo que adicionar apenas uns detalhes, como o charuto e o terninho, mas como ninguém sabe o paradeiro da arte, fica aí mais um mistério para o cânone do personagem.

Zé Paulista

Fora da parte visual, a personalidade do Zé Carioca foi baseada no músico José do Patrocínio Oliveira, o Zezinho. Ele fez muito sucesso nas turnês de Carmen Miranda e virou uma figura famosa nos EUA. Quando conheceu Walt Disney, o Zezinho tentou falar inglês apagando seu sotaque brasileiro. Isso deixou Disney desconfortável, chegando ao ponto do desenhista ter pedido para que ele falasse o “mais brasileiro possível”. E quando se soltou, Zezinho deixou fluir toda sua ginga e sotaque tipicamente carioca. Só tinha um problema: ele era paulista. Mas isso pouco importou, já que Walt Disney se apaixonou pelo que viu e ouviu, puxando toda a personalidade do Zé Carioca do músico. Sua admiração foi tão grande, que o lendário desenhista convidou o brasileiro para interpretar o Zé Carioca em Alô, Amigos. O resultado foi tão positivo que, em suas idas à Disney, Zezinho era cumprimentado e apresentado a todos como o próprio Zé Carioca.

Sucesso nos quadrinhos

Apesar do sucesso inicial de ter um personagem brasileiro vivendo no mesmo mundo dos personagens da Disney, o Zé Carioca só veio explodir mesmo depois de um tempo perambulando nos quadrinhos. Seu primeiro gibi chegou ao Brasil em 1943, mas veio produzido por roteiristas norte-americanos. O resultado não era nada espetacular, já que trazia um personagem comum vivendo naquelas cidades genéricas da Disney. Então, quando as histórias passaram a ser escritas e ilustradas por artistas brasileiros, o Zé passou a fazer coisas tipicamente nacionais, como explorar a cidade do Rio de Janeiro, frequentar escolas de samba, jogar futebol com seus amigos. Ou seja, ele ganhou uma alma própria, se tornando, assim, um sucesso colossal de vendas.

É um super-herói

Um ponto muito interessante do personagem é que ele também é um super-herói: o Morcego Verde. Claramente inspirado no Batman, o Morcego Verde tem uma grande diferença do morcegão original: em vez de ser um bilionário, ele é caloteiro. Não à toa, sua alcunha é “O Cavaleiro das Dívidas”, um herói que persegue os cobradores de contas atrasadas. Mas o auge dessa paródia se dá em 1995, quando a Disney lança o clássico A Piada Sem Sal, uma sátira de A Piada Mortal. A história gira em torno da origem do Moringa, o principal cobrador do Zé Carioca, que ficou louco depois do papagaio ter pago todas as suas dívidas de uma vez só (foi com dinheiro de mentira? Foi, mas isso não vem ao caso). A história é sensacional, porque encontra formas de transformar toda a dramaticidade da trama original em piadas sobre calote.

Quem quiser assistir a mais um pouco do Zé Carioca, os filmes Alô, Amigos e Você Já Foi à Bahia? estão disponíveis no Disney+.

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