Depois do estrondoso sucesso de A Barraca do Beijo e Para Todos os Garotos que Já Amei, a Netflix resolveu mesmo investir em filmes adolescentes. Prova disso é o fato de, logo em seguida, ter lançado mais um teen original com o galã do segundo longa, Noah Centineo, como protagonista: Sierra Burgess É Uma Loser, que não teve a mesma recepção dos anteriores.
Desta vez, sabendo bem como agradar os fãs do gênero, a plataforma de streaming já deixou todo mundo em polvorosa ao confirmar uma sequência para os dois primeiros filmes queridinhos do público. Mas, como ainda não há previsão para estreia e a gente sabe bem como vai ser difícil segurar a ansiedade até lá, preparamos uma lista com 10 outras comédias adolescentes disponíveis no catálogo. De clássicos de John Hughes a produções recentes, tem opções para todos os gostos. Vem conferir!
1- 10 Coisas que Eu Odeio em Você (1999)
Protagonizado por Heath Ledger e Julia Stiles, essa releitura moderna de A Megera Domada, de William Shakespeare, é um dos filmes adolescentes que mais marcaram o final da década de 90. Ainda que você tenha ficado preso em Marte durante anos e ainda não tenha assistido ao longa, provavelmente já viu a cena em que o personagem do saudoso Ledger canta Can’t Take My Eyes Off You na arquibancada da escola ou conhece o poema lido por Stiles quase no final do filme (“Mas eu odeio, principalmente, não conseguir te odiar. Nem um pouco, nem mesmo por um segundo, nem mesmo só por te odiar“).
Na história, Cameron (um Joseph Gordon-Levitt ainda bem jovem) é apaixonado pela doce Bianca (Larisa Oleynik). Porém, como a garota só pode namorar depois de sua irmã mais velha também conseguir um pretendente, ele paga o bad boy Patrick Verona (Heath Ledger) para conquistar a intragável Katharina (Julia Stiles). É cinema adolescente em sua melhor forma – então, prepare-se para se apaixonar!
2 – Curtindo a Vida Adoidado (1986)
Difícil fazer uma lista adolescente sem um filme de John Hughes – e, principalmente, sem Curtindo a Vida Adoidado, um dos maiores clássicos do gênero na Sessão da Tarde. Por isso, ainda que quase todo mundo que respira já tenha assistido a esse longa, vale lembrar que ele está disponível na Netflix e é sempre uma boa opção para um final de semana preguiçoso, com pipoca e televisão.
A trama é sobre Ferris Bueller (Matthew Broderick), um jovem que decide elaborar todo um plano para matar aula ao lado do melhor amigo Cameron (Alan Ruck) e da namorada Sloane (Mia Sara). Mas, para conseguir seguir seu lema de “a vida passa rápido demais; e se você não parar de vez em quando para vivê-la, acaba perdendo seu tempo”, ele terá que driblar o diretor do colégio (Jeffrey Jones) e sua irmã (Jennifer Grey). Save Ferris!
3 – Gatinhas e Gatões (1984)
Outro clássico de John Hughes disponível na plataforma de streaming, Gatinhas e Gatões conta com a musa dos filmes adolescentes dos anos 80: Molly Ringwald – que, não por acaso e para a alegria dos mais nostálgicos, faz parte do elenco de A Barraca do Beijo. Aqui, a estrela vive Samantha Baker, uma adolescente de 16 anos que alimenta um amor platônico por Jake Ryan (Michael Schoeffling) enquanto passa a ser incomodada pelo nerd vivido por Anthony Michael Hall.
Embora tenha cenas consideradas controversas para os dias de hoje e esteja longe de ser o melhor filme de Hughes, o longa aparece como uma boa distração para os apaixonadas pelas tramas adolescentes dos anos 80.
4 – Ela é Demais (1999)
Um dos mais marcantes filmes de transformação do universo adolescente, She’s All That (no título original) é a comédia teen responsável por deixar todo mundo com a música Kiss Me, da banda Sixpence None Richer, na cabeça. Estrelada por Rachael Leigh Cook e o Noah Centineo da época, o galã Freddie Prinze Jr., o longa traz a conhecida trama de um casal que se aproxima por conta de uma aposta e depois acaba se apaixonando de verdade (sim, pode lembrar de Como Perder Um Homem em 10 Dias).
O enredo aqui é o seguinte: depois de levar um fora da namorada patricinha, Zach Siler (Freddie Prinze) aposta que consegue transformar qualquer garota que passe a sair com ele na nova rainha da baile. Assim, para tornar o desafio ainda mais difícil, seus amigos escolhem a desajeitada Laney Boggs (Rachael Leigh Cook) para que Zach tente provar sua teoria. Ao longo disso tudo, como todo clichê que a gente adora amar, momentos fofos e trilha sonora marcante só fazem a história se tornar ainda melhor.
5 – As Patricinhas de Beverly Hills (1995)
Antes mesmo de Meninas Malvadas (2004) se tornar o fenômeno que é hoje, Cher (Alicia Silverstone) e companhia já conquistavam uma legião de adolescentes em As Patricinhas de Beverly Hills. Com nomes como Paul Rudd e a saudosa Brittany Murphy no elenco, o filme traz os estereótipos das patricinhas da época sem apresentar uma “abelha rainha” vilã dessa vez – já que, do seu jeito torto e infantil, Cher conquista e não chega nem perto das maldades das “Reginas George” que aparecem em longas do gênero.
Na carismática história que se passa em Beverly Hills, acompanhamos a alienada protagonista passar por uma mudança de perspectiva ao se aproximar cada vez mais do enteado do seu pai (Rudd) e começar a ter certos sentimentos inesperados por ele. É do tipo de filme que dá para desvendar o final desde o começo – mas vale a jornada!
6 – Duff: Você Conhece, Tem ou É (2015)
Indo para um cenário mais atual, outra boa opção disponível no catálogo da Netflix é a comédia The Duff. Por mais que comece prometendo bem mais do que entrega, o filme também é uma boa alternativa para quem quer dar um tempo das histórias mais sérias para relaxar com a leveza do gênero teen – além de contar com uma bonita mensagem no final e a boa atuação da atriz Mae Whitman.
Na trama, Bianca (Whitman) descobre que é considerada por todos do colégio como a D.U.F.F do seu grupo – que, em uma breve explicação, seria a “a garota feia mais acessível para os garotos que desejam chegar até as amigas bonitas”. Mas, dona de boas notas e cheia de personalidade, a jovem inicia uma jornada para perceber que seu valor vai muito além da aparência física. Só não é tão girl power por se perder nos clichês, mas vale a intenção.
7 – Sexta-Feira Muito Louca (2003)
Um dos filmes da época batizada por mim como “a Era de Ouro de Lindsay Lohan“, Sexta-Feira Muito Louca é o segundo remake de uma história que teve início em 1976, com Barbara Harris e Jodie Foster (seguido por uma outra versão em 1995, com Shelley Long e Gaby Hoffman).
Na trama, estrelada por Lohan e a sempre ótima Jamie Lee Curtis, mãe e filha trocam de corpos após terem uma séria discussão. E assim, enquanto não descobrem como desfazer o feitiço, elas vivem uma série de situações hilárias ao tentarem seguir a vida com a rotina da outra. Você certamente vai se divertir com as protagonistas e ficar com as músicas da banda da personagem de Lindsay na cabeça – principalmente a ótima Take Me Away.
8 – Dude: A Vida é Assim (2018)
Embora não tenha sido tão comentado quanto A Barraca do Beijo e Para Todos os Garotos que Já Amei, Dude: A Vida é Assim também se trata de um original Netflix do gênero. Porém, diferentemente dos longas teen mais elogiados da plataforma, ele apresenta uma trama bem mais ousada, focando em assuntos como sexo e drogas.
Lucy Hale, Kathryn Prescott, Alexandra Shipp e Awkwafina são as protagonistas dessa história que narra a trajetória de quatro amigas inseparáveis. Tudo começa com a trágica morte de um dos colegas de classe – no início mais dramático do longa – e se desenrola no decorrer do último ano do colégio, antes da tão sonhada chegada à faculdade. Para quem gostou de Oito Mulheres e Um Segredo, vale a informação: Dude é escrito e dirigido por Olivia Milch, que também escreveu e produziu o blockbuster com Sandra Bullock e Cate Blanchett.
9 – Ana e Vitória (2018)
Depois de estourarem no mundo da música com sucessos como Agora Eu Quero Ir, Cor de Marte e Dengo, as cantoras/amigas Ana e Vitória resolveram se arriscar no mundo do cinema com um longa que carrega o nome das duas – e que, apesar de não se tratar de uma cinebiografia, traz algumas histórias reais que marcaram o início da carreira.
Dirigido por Matheus Souza – conhecido por longas como Apenas o Fim e Intimidade Entre Estranhos -, o filme toca em temas como sexo, relacionamento aberto e bissexualidade enquanto narra a trajetória de sucesso da dupla protagonista.
10 – Ela é Demais Para Mim (2010)
Na leva de “besteróis americanos”, Ela é Demais Para Mim aparece como uma das versões mais fofas do gênero. Com Jay Baruchel e Alice Eve como protagonistas – vivendo o atrapalhado Kirk e a bela Molly, respectivamente -, a história mostra como a insegurança pode ser a maior vilã de um relacionamento.
No enredo, Kirk – que não tem o típico físico perfeito para a maioria das garotas – não consegue acreditar como uma mulher bonita e inteligente como Molly pode cair de amores por ele. Assim, ainda que ela mostre que a aparência não é mesmo o mais importante, o jovem acaba entrando em várias situações – trágicas para ele, e cômicas para nós – por não se julgar bom o suficiente para a mulher dos seus sonhos.