O vinho, essa bebida não tão popular aqui em nosso país parece que vem caindo no gosto cada vez mais do brasileiro. Durante a pandemia, o consumo dessa bebida de aromas bem complexos, com seus variados tipos, aumentou consideravelmente no nosso país. Dentro desse contexto, há também a harmonização de vinhos com comidas, uma arte complexa repleta de teorias e gostos de todos os tipos.
Trazendo essa questão para nosso universo criativo cinéfilo, resolvemos exercitar e criar a nossa própria harmonização cinéfila de filmes e vinhos. Existem muitas listas por aí sobre esse assunto mas a maioria delas é contida por produções que tem o vinho de alguma forma como ingrediente para sua trama, como em Sideways, entre outros longas-metragens. Aqui, vamos tentar algo diferente. Exercitamos nossa mente cinéfila para buscar uma associação entre as características/tipos de vinhos com contextos perto dos paralelos com alguns filmes.
Preparados? Vamos para a lista:
Vinho Tinto
É um vinho potente e alguns subtipos até mesmo encorpados. É um dos tipos de vinhos que mais melhoram com o tempo. Isso quer dizer que em alguns casos, depois de abrir um vinho tinto após anos, provavelmente será uma experiência melhor do que se tivesse aberto antes. Na nossa associação para o universo dos filmes, são aquelas produções que ficam cada vez melhores depois de um tempo, de uma época. Para tal, separamos dois filmes:
Whisky
O que dizer sobre a rotina monótona e a vontade de fazer diferente? Explorando o contraponto de forma trivial, com muitas expressões e poucos diálogos, o delicado filme uruguaio Whisky, dirigido pelos cineastas Juan Pablo Rebella e Pablo Stoll no ano de 2004, marcou uma geração de cinéfilos latinos que volta e meia conversam sobre esse ótimo trabalho nas rodinhas cinéfilas. Falar sobre a solidão de maneira detalhista é muito complicado e um dos méritos desse projeto é conseguir de alguma forma conectar o espectador aos sentimentos de ponto futuro principalmente da personagem Marta, interpretado pela ótima atriz Mirella Pascual.
Vencedor de mais de duas dezenas de prêmios, inclusive no Festival de Gramado aqui no Brasil, Whisky conta a história de Jacobo (Andrés Pazos), um dono de uma fábrica antiga de meias (que nem de longe pensa em se modernizar) que faz um acordo com sua funcionária de maior confiança, Marta (Mirella Pascual), para que ela finja ser sua esposa durante a estadia do irmão Herman (Jorge Bolani) que mora no Brasil mas vem passar uma temporada no Uruguai para um evento ligado a mãe deles. Durante esse tempo, todos os três acabam influenciando uns na vida dos outros, principalmente Marta que começa a enxergar um novo mundo de possibilidades.
Sensível até o último segundo. Cheio de dizeres fortes pelas entrelinhas, o roteiro navega pelos sentimentos dos três personagens de maneira leve e descontraída mesmo tendo uma carga forte de emoções em plano de fundo como o distanciamento dos irmãos por conta do tempo em que a mãe deles estava doente e um só deles cuidou dela. Marta é um contraponto, uma variável amorosa forte que os irmãos nunca tiveram em suas vidas quando eram jovens e isso acaba mexendo de formas diferentes mas com os dois. Esse detalhe nesse triângulo é o fator que salta a tela mas quase nada é mostrado especificamente. O bom do cinema é isso: não precisa dizer muito se o contexto já está completo. Belo filme.
O Preço de um Resgate
O que fazer sobre os dilemas da vida quando sentimos bem de perto as incertezas das escolhas? Um pai milionário, uma mãe carinhosa e um terrível sequestro mudam pra sempre a vida de uma família. A engenhosa trama já ganha o público na desqualificação do herói, totalmente imperfeito, que toma atitudes extremas e muito polêmicas quando precisa negociar com os sequestradores. Escrito pela dupla Richard Price e Alexander Ignon, e com direção do talentoso Ron Howard, O Preço de um Resgate, lançado no ano de 1996, é um poderoso drama sobre escolhas e até onde um homem pode ir (e isso você pode personificar no ‘herói’ ou no ‘vilão’) para provar seu ponto de vista, muitas vezes egoísta. Grande elenco no projeto: Mel Gibson, Rene Russo, Delroy Lindo, Gary Sinise, são alguns dos bons nomes.
Na trama, conhecemos o dono de uma poderosa empresa de aviação Tom Mullen (Mel Gibson), sua esposa Kate (Rene Russo) e seu filho Sean (Brawley Nolte). Os três vivem em uma luxuosa cobertura de frente para o central park em Nova Iorque. Certo dia, em um evento beneficente próximo de casa, Sean é sequestrado. Com sua vida virada pelo avesso e resolvendo chamar o FBI para ajudar a encontrar a criança, Tom chama a equipe de Lonnie Hawkins (Delroy Lindo), um negociador com experiência nesse tipo de situação. Só que as coisas logo saem do controle, principalmente quando Tom tem uma ideia e vai na televisão anunciá-la.
O roteiro é intenso e muito objetivo, nem vemos o tempo passar. Disponível na plataforma Netflix, o filme possui arcos muito bem definidos enrolados na interseção do sequestro, vemos muito bem os dois lados dessa história. O herói cheio de problemas é a grande chave para o sucesso da trama pois a torna imprevisível, e exatamente isso que acontece nesse universo de imperfeições, muito real, com falhas de caráter a todo instante, corrupção na polícia, atitudes inconsequentes e alta carga de adrenalina. Bom filme dos anos 90.
Vinho Branco
Quando pensamos em Vinho Branco pensamos em Leveza. É servido, geralmente, gelado pois assim transforma a acidez em frescor. Na nossa associação para o universo dos filmes, são aquelas produções que encostam em temas profundos mas a maneira da narrativa e dos fatos apresentados acaba dando uma leveza para o refletir. Para tal, separamos dois filmes:
Força para Viver
Quase debutando na carreira de diretor (já que havia dirigido um filme feito para TV, Lip Service, na década de 80), o fabuloso ator William H. Macy reúne um elenco primoroso para contar uma história dramática sobre um pai em busca de redenção para um terrível trauma em sua vida. O nova iorquino Billy Crudup foi o escolhido para ser o protagonista, concorreu pela vaga com outros atores e a produção do filme não poderia ter escolhido melhor, Crudup emociona em cada cena, é algo tão tocante que deve gerar todos os tipos de reações do espectador, sem dúvidas um grande filme.
Na trama, conhecemos o confiante e bem-sucedido Sam (Crudup), um pai de família que vive intensamente seu cotidiano fazendo dinheiro com seu estável trabalho. Certo dia, uma grande tragédia acontece na biblioteca onde seu filho estudava e esse fato muda completamente o protagonista que se joga no alcoolismo, muda de cidade e vai morar em um barco bem longe de casa. Passados dois anos, agora trabalhando como pintor e sem muitas pretensões na vida, Sam recebe de sua ex-mulher Emily (interpretado pela sempre maravilhosa Felicity Huffman) uma caixa com alguns pertences do filho e isso o faz despertar para um elo esquecido que eles tinham, a música. Preso ainda pelos pensamentos doloridos de seu passado, Sam embarca numa jornada musical, principalmente quando conhece o carismático Quentin (Anton Yelchin) e resolve criar uma banda.
As canções chegam para Sam de maneira impactante, o aproxima novamente de seu filho. Eles possuíam uma boa relação mas pouco se viam, esses pensamentos de nunca poder estar tão presente na vida do filho, de querer voltar no tempo, praticamente destrói o protagonista por dentro. Conseguimos sentir toda a angústia e amargura desse grande personagem por conta da espetacular atuação de Billy Crudup.
Amores Inversos
A arte de se descobrir surge das maneiras mais simples, no modo de amar. Baseado no premiadíssimo livro de Alice Munro, Amores Inversos é uma daquelas produções que sem muita divulgação, às vezes até como uma grande surpresa pela simplicidade, chega devagarzinho e atinge em cheio nossos corações. A direção competente de Liza Johnson, o ótimo Nick Nolte e a maravilhosa atuação de Kristen Wiig colocam muita qualidade em cada sequência, cada diálogo, deste surpreendente filme.
Na trama, acompanhamos a sofrida e distante Johanna Parry (Kristen Wiig), uma pacata mulher que esconde dentro de si desejos e sonhos, sem condições de realizar. Certo dia, vai trabalhar na casa do emburrado Mr. McCauley (Nick Nolte) e lá se aproxima da jovem Sabitha (Hailee Steinfeld). O pai da menina, Ken (Guy Pearce), volta e meia aparece para ver a filha e Johanna logo se apaixona. Depois de uma brincadeira de mal gosto de Sabitha e sua amiga Edith (Sami Gayle), Johanna embarca em jornada de descobertas que influenciam o destino de sua vida e a de todos ao seu redor.
A dinâmica do filme é muito interessante. As histórias dos personagens vão se desenvolvendo de maneira muito uniforme e a cada nova informação acontece uma transformação maravilhosa que leva o espectador a pensar sobre as ações deles. É um filme que gera uma grande reflexão sobre sonhos e o desejo de despertar. O carisma da protagonista é justificado exatamente por isso, uma pessoa comum que poderíamos facilmente encontrar diariamente atravessando a rua ou comprando um pão na padaria. Mesmo correndo o risco da personagem estacionar em momentos de lentidão – fruto do estilo da narrativa – , Kristen Wiig constrói e desconstrói Johanna de maneira surpreendente.
Vinho Rosé
Divididos em leves e encorpados, são surpreendentes, com combinações inusitadas. Combina com muitos pratos e situações. Na nossa associação para o universo dos filmes, são aquelas produções que nos surpreendem mesmo em alguns casos não sendo filmes tão profundos. Para tal, separamos dois filmes:
A Música da Minha Vida
As interseções de um gatilho musical, inspirador, que muda para sempre quem deixar que a mensagem chegue até o epicentro do seu coração. Pouco badalado, passou como uma flecha nos cinemas o drama/musical A Música da Minha Vida. Despretensioso, com um protagonista muito carismático e um roteiro redondo, vai conquistando o público aos poucos. A trilha é uma menção à parte já que o filme, baseado em fatos reais, também pode ser classificado como uma gigante homenagem aos 70 anos de vida, completados a pouco tempo, e aos mais de 50 anos de carreira de um dos maiores da música, o chefe, Bruce Springsteen.
Na trama, dirigida pela cineasta queniana Gurinder Chadha (do bom Driblando o Destino) o longa-metragem nos mostra o retrato da adolescência conturbada e criativa de Javed (Viveik Kalra) que vive com os pais descendentes de paquistaneses na Inglaterra no final da década de 80. Muito dedicado ao estudo mas sem muitos amigos e não aproveitando a vida como deveria por conta de costumes de sua família, certo dia ganha uma fita k7 de um músico que faz muito sucesso no mundo chamado Bruce Springsteen. As canções do ‘chefe’ começam a fazer sentido na vida de Javed e impulsionado pela força dessas letras começa a realizar uma grande revolução em sua vida.
Procurando uma palavra para definir esse projeto, só meio veio uma: inspirador. Muito difícil, você que não conhece, logo após terminar o filme não ir procurar/pesquisar Springsteen. Uma música, um filme, a cultura em geral, mudam vidas. Pena que alguns governantes nunca vão entender isso.
A Despedida
Escrito e dirigido pela cineasta chinesa Lulu Wang em apenas seu segundo longa-metragem, The Farewell, explora um tema familiar complicado de maneira leve e argumentativa. Há delicadeza por todos os lados. Preenche com elegância os contornos culturais tendo como pano de fundo uma família que possui um problema em comum. Lançado no Festival de Sundance, essa linda história, infelizmente, não ganhou as telonas brasileiras.
O filme gira em torno da ótica de Billi (Awkwafina, em grande atuação que lhe rendeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em filme de Musical ou Comédia), uma jovem chinesa que vive desde os seis anos nos Estados Unidos e certo dia recebe uma notícia terrível: sua querida e próxima avó está com Câncer de Pulmão avançado. Assim, os pais de Billi e os demais integrantes da família resolvem simular um casamento de um dos primos da protagonista para conseguirem reunir toda a família para uma espécie de despedida da querida vovó, essa última que não sabe que está com a doença.
Nas semanas que antecedem ao casamento fake, as reuniões de família e os debates sobre a China, Estados Unidos, sonhos, profissões, futuro e desejos preenchem o roteiro de maneira profunda e que explica muito os personagens envolvidos. Os pontos de vistas entre Oriente e ocidente são colocadas em prova sobre a questão do fardo emocional imposto pelo epicentro da história. Nesses momentos de clímax, vale mencionar a trilha sonora também, é belíssima, contorna os altos e baixos de maneira brilhante.
Tudo acaba girando em torno dos absurdos da mentira que causam conflito em toda uma família. Durante os arcos, os principais integrantes da família ganham forte espaço como se fossem pequenas pílulas emocionais. Esses conflitos entre os familiares são repletos de argumentos e acontecem diariamente. Nesses fortes diálogos repleto de personalidades distintas, entendemos melhor a força desse momento que estão vivendo e a dificuldade em esconder a verdade da mais velha da família.
Espumante
É uma espécie de vinho que passa por duas fermentações naturais. Está muito ligado a festas, comemorações, casamentos, eventos. Também paralelo quando pensamos em elegância. Na nossa associação para o universo dos filmes, são aquelas produções que nos mostram comemorações pulsantes, algumas polêmicas, ou até mesmo histórias encantadoras que brindam ao amor. Para tal, separamos dois filmes:
Aqui em Casa Tudo bem
A verdadeira família é aquela unida pelo espírito e não pelo sangue. Com filmagens realizadas na paradisíaca ilha italiana de Ísquia, no golfo de Nápoles, o trabalho do cineasta Gabriele Muccino (À Procura da Felicidade) reúne diversos personagens em uma comemoração para mostrar todos os altos e baixos, sonhos e esperanças, de uma família que convive pouco junto e quando se reúne, a poeira debaixo do tapete vem à tona. Entre alegrias e tristezas, Muccino retrata, sem muita profundidade dessa vez, o ambiente familiar e suas curiosas histórias.
Na trama, conhecemos a enorme família de Alba (Stefania Sandrelli) e Pietro (Ivano Marescotti), que reúnem filhos, sobrinho, netos para comemorem as bodas de ouro na pequena ilha de Ísqua, onde moram e possuem um restaurante. Tudo era para ser bem rápido, com os convidados chegando via balsa de diversos lugares. Porém, após a comemoração, na hora de voltarem para casa, uma forte tempestade impede da balsa retornar ao centro de Nápoles, fazendo com que todos os convidados precisem ficar por mais algumas horas na ilha. Assim, situações começam a serem instauradas, fruto de um passado não tão distante de todos os personagens. Cada um com seu drama, buscam inspiração na família para tentar driblar qualquer eventualidade do destino.
Coração de Leão – O Amor não tem tamanho
Um grande amor não se encontra em toda esquina. Partindo deste princípio básico do manual do romântico moderno, o diretor argentino Marcos Carnevale (do maravilhoso Elsa & Fred) volta as telas do cinema para falar sobre o amor. Coração de Leão – O Amor não tem Tamanho é um filme água com açúcar, divertido como os bons longas de humor argentino. Julieta Díaz e Guillermo Francella, ambos muito inspirados, formam um simpático e atraente par romântico que tira muitos risos da plateia.
Na trama, conhecemos a história de Ivana (Julieta Díaz), uma advogada divorciada que após perder seu celular em um ataque de fúria com seu ex-marido, conhece o arquiteto galanteador León (Guillermo Francella) que com sua lábia preponderante aos poucos vai conquistando por completo o coração da bela morena. A questão é que esse homem encantador é baixinho, tem apenas 1,36 de altura o que acaba gerando incertezas, medo e preconceito dentro e fora deste relacionamento inusitado. O baixinho entra como uma flecha certeira no coração de Ivana mas será que ambos conseguirão suportar as críticas a esse amor?
A maturidade e a elegância com que o assunto da diferença de altura é tratado eleva a qualidade da trama. O longa-metragem é uma deliciosa viagem aos caminhos de amor. Sensível e romântico, o filme promete inspirar muitos corações perdidos que buscam um recomeço na arte do amar. Uma lição fica: encontrar alguém de verdade é algo que acontece poucas vezes na vida. Não é verdade? Não se feche para um grande amor e com certeza não perca esse belo filme.
Frisante
É uma opção leve e refrescante, não tão conhecido como os outros tipos de vinhos citados. Parece um espumante mas não é. Na nossa associação para o universo dos filmes, são aquelas produções pouco conhecidas mas que são ótimas. Para tal, separamos dois filmes:
Pecados Antigos, Longas Sombras
É com muito terror que vemos a desunião das moléculas da nossa própria existência. Vencedor de 10 prêmios Goya (o Oscar do cinema espanhol), o longa-metragem Pecados Antigos, Longas Sombras, dirigido pelo cineasta espanhol Alberto Rodríguez é um True Detective com sotaque hispânico. Um suspense com detalhadas pistas sobre as conclusões dos atos finais que faz o espectador não desgrudar os olhos da telona. Além de uma trama para lá de sólida, o filme possui uma fotografia belíssima.
Na trama, acompanhamos a saga de dois detetives de Madri, Juan (Javier Gutiérrez) e Pedro (Raúl Arévalo) com ideias, personalidade e ações sob pressão completamente diferentes, que são enviados a um pequeno povoado para resolver um caso intrigante de desaparecimento de duas jovens. Ao longo dos intensos 105 minutos, vamos descobrindo segredos, traições, e um grande mistério, muito maior que os assassinatos, que é aos poucos desvendado.
O conflito entre as personalidades dos protagonistas é o ponto central da trama, é para onde vai a atenção do público logo nos primeiros minutos, também por conta do ato final onde escondidas situações chegam à luz.
Lições em Família
A adversidade é um trampolim para a maturidade. Em seu terceiro longa-metragem do currículo, o norte-americano Zach Braff, que você já deve ter ouvido falar por conta do seriado Scrubs, volta a falar sobre dramas familiares e personagens complexos no intrigante e cheio de metáforas Wish I Was Here. O filme é um drama comovente sobre a arte do crescer e saber a hora certa de adicionar componentes de maturidade nas suas escolhas de vida.
Na trama, conhecemos um ator desempregado chamado Aidan (Zach Braff), pai de dois filhos, que vive às custas de sua mulher Sarah (Kate Hudson) que é extremamente infeliz no casamento. Para piorar, seu pai Gabe (Mandy Patinkin) está com câncer terminal e sua vida começa a desabar ao seu redor. Assim, o protagonista embarcará em uma jornada em busca de um novo sentido para seu destino.
Como em todo filme de Braff, uma ótima trilha sonora se mistura adequadamente às sequências. Falando no diretor, esse artista completo, é um dos poucos que conseguem dirigir e atuar com muito êxito em seus projetos.
Bem, tomara que tenham gostado de mais esse exercício cinéfilo! Comentem!