quinta-feira, abril 25, 2024

10 Filmes que são VERDADEIRAS Críticas Sociais

O cinema tem um poder muito grande na arte do refletir, do fazer entender, do explorar recortes de culturas diferentes, apresentar ao espectador novas formas de ver o mundo. A nossa sociedade, como seres humanos em escala global, vive com muitos conflitos faz muito tempo, alguns trazidos por pensamentos conservadores que não encontram diálogos em um mundo que busca ser feliz da maneira como quiser, outros pela polarização política cada vez mais evidente, entre outras questões.

Como as produções cinematográficos possuem um papel muito importante para trazer reflexões sobre assuntos que estão no cotidiano de muitos, resolvemos criar essa lista com sugestões de filmes que são verdadeiras críticas sociais.

 

Um Divã na Tunísia

As quebras de paradigma e as aberturas para reflexões através de conversas. Dirigido pela cineasta francesa Manele Labidi, em seu primeiro longa-metragem, Um Divã na Tunísia nos mostra a saga de uma mulher forte, destemida, corajosa e deveras solitária. O roteiro mantém-se em tom reflexivo, o riso chega mais para os que alcançam as entrelinhas dentro de um contexto sobre problemas, feridas emocionais e razões/emoções sobre a indefinição do destino. A trilha sonora assinada pelo dinamarquês Flemming Nordkrog dita o ritmo desse recorte cultural com tons em vertente da psicologia.

 

Não Olhe para Cima

Não deixe de assistir:

O retrato da polarização que remete à uma quarta parede. Um dos mais polêmicos filmes de 2021 está no catálogo da Netflix. Não Olhe para Cima é um retrato apocalíptico, com pitadas de humor ácido, que no campo das reflexões gera inúmeras interpretações de quem acompanha as mais de duas horas desse novo trabalho do cineasta Adam McKay. Indicado em quatro categorias no Globo de Ouro 2022 e contando com um elenco de estrelas como: Leonardo DiCaprio, Meryl Streep e Jennifer Lawrence, Não Olhe pra Cima se aproxima muito do cenário político do Brasil.

 

O Jovem Caçador de Baleias

A realidade de alguns, longe de muitos. Exibido na Mostra de SP 2021, a Co-produção Rússia, Polônia, Bélgica, O Jovem Caçador de Baleias (Kitoboy) busca seus objetivos na sensibilidade dos porquês, nas inconsequências, que podem ser interpretadas como ato de coragem por alguns. As relações de um vilarejo no estreito de Bering (que liga os oceanos Pacífico e Ártico, entre a Rússia e os Estados Unidos.) com a tão sonhada vida na América é marcada aqui pelo conflito emocional de uma paixão imaginária. Dirigido pelo cineasta russo Philipp Yuryev, O Jovem Caçador de Baleias é uma saga reflexiva sobre o universo globalizado.

 

A Odisseia dos Tontos

A revolta dos atingidos pela canalhice de alguns. A Odisseia dos Tontos, filme estrelado pelo grande ator argentino Ricardo Darín, é antes de mais nada uma crítica social importante que gira em torno da enorme crise financeira vivida pela Argentina no início do século. Baseado na obra La noche de la Usina escrito pelo escritor Eduardo Sacheri, o projeto aborda o caos de maneira inteligência, com ótima trilha e generosas pitadas cômicas. Mais um bom filme de um dos maiores recordistas de público no Brasil, Darín.

 

Uma Noite

Mambo e ChaChaChá mas também lágrimas que enchem o mar. E vem diretamente da famosa ilha de Fidel uma das grandes surpresas do Festival do RJ de cinema anos atrás, o destemido longa-metragem de Lucy Mulloy, Uma Noite. Baseado em fatos reais, o filme conta, de forma poética, a vida de personagens carismáticos, recheados de sonhos, incertezas e desilusões. Em pouco mais de 90 minutos, a direção (absolutamente maravilhosa), encontra seu brilho nas lindas capturas da alegria cubana em meio a tristeza de uma terra muitas vezes esquecida.

 

Terra Firme

Com a pomposa frase “jamais deixarei uma pessoa no mar” é aberta a discussão sobre o bom longa-metragem italiano Terra Firme. O diretor Emanuele Crialese consegue desenvolver muito bem seus personagens nesse drama que promete agradar a muitos amantes da sétima arte. A direção de arte é impecável e a história comove, um prato cheio para qualquer pessoa que gosta de filmes do velho continente. O longa é um sinal de alerta, uma crítica social aos confins da pobreza e consequentemente a fuga ilegal para uma nova terra com oportunidades.

 

Um Toque de Pecado

O filme ganhador do prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes mostra a verdadeira identidade de uma China perdida em suas desilusões emocionais, sendo esse o foco deste belo e violento trabalho de Jia Zhangke. Em pouco mais de duas horas de fita, entramos em um quebra-cabeça social modelado primorosamente pelo diretor (que assina também o roteiro). A qualidade no modo de contar essa história transforma Um Toque de Pecado em um dos melhores filmes orientais dos últimos tempos. Os visões dessas histórias são extremamente pessimistas mas não deixa de ser uma crítica ao que ocorre longe dos holofotes da mídia quando o assunto é o desenvolvimento chinês.

 

O Poço

Uma das coisas que mais escutamos como desculpas para filmes não terem boas bilheterias, ou visualização (no caso dos lançamentos diretos em streamings), é que não acertaram a data de lançamento e acabaram fracassando. Nada disso pode ser associado ao filme O Poço, El Hoyo no original. Mais exata na data impossível. Assim falemos do projeto, uma utopia de ideias já vistas em outros filmes, até mesmo de formas diferentes, o trabalho tem força suficiente no seu clima de tensão imposto e fala através das pesadas e inconsequentes ações de seus personagens. Debutando em longas-metragens, o cineasta Galder Gaztelu-Urrutia, indicado ao prêmio Goya de Melhor Diretor Revelação, mostra competência na direção e deixa margens para argumentos e teorias sobre o desfecho desse impactante roteiro.

 

O Paraíso deve ser Aqui

O sentido de um filme visto pelas entrelinhas. Câmeras estáticas em lugares em movimento, um observador calado que testemunha as coisas simples e novas tendências do mundo em relação ao trato social, preconceito, política, imigração e outros assuntos. Fruto da mente visionária do cineasta palestino Elia Suleiman (do excelente O Que Resta do Tempo), onde ele mesmo faz o papel de observador protagonista, O Paraíso deve ser Aqui explica sentimentos por imagens e situações cotidianas com pitadas saborosas de comédia em muito dos casos. É uma saga de um calado protagonista e suas percepções do mundo tentando entender e encontrar um lugar para descansar.

 

No Topo do Poder

As mais loucas distopias futurísticas podem estar mais perto do que pensamos. Baseado no livro homônimo, publicado na década de 70 pelo escritor J.G. Ballard, High-Rise é quase um sci-fi social que se baseia única e exclusivamente em como um desproporcional crescimento tecnológico da classe mais rica pode ser um caos no convívio e no relacionamento de toda um planeta que praticamente é banido de não ter o que uma minoria tem. Com locações quase que totais na Irlanda, o filme possui uma pegada bem forte (com cenas bem impactantes) e consegue ao longo dos seus intensos 120 minutos passar toda uma ideia que muito se parece, se traçarmos um paralelo, com várias etapas de ascensão e declínio de classes sociais que o mundo já passou.

Mais notícias...

Siga-nos!

2,000,000FãsCurtir
370,000SeguidoresSeguir
1,500,000SeguidoresSeguir
183,000SeguidoresSeguir
158,000InscritosInscrever

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MATÉRIAS

CRÍTICAS