quarta-feira , 20 novembro , 2024

15 Filmes Vencedores do Oscar que Tiveram Continuação

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O Oscar está logo ali na porta. No dia 9 de fevereiro vai ao ar a 92ª edição dos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em Los Angeles, Califórnia. Cerimônia esta que você, é claro, irá conferir através de nossa live no CinePOP.

O assunto, no entanto, mesmo se tratando de Oscar, é outro. Aqui, iremos matar sua curiosidade e revelar que nem todo vencedor do prêmio está livre de se transformar em uma franquia – ou ao menos render uma continuação. E sim, na história do Oscar tivemos diversos vencedores nas categorias principais cujas histórias renderam sequência nas telonas (e até mesmo nas telinhas). Vem saber.



Ps. Na lista não incluiremos produções pensadas como um único filme e divididas em  partes, ou gravadas em sequência – vide O Senhor dos Anéis (2001, 2002 e 2003).

Rocky – Um Lutador (1976)

Começaremos a lista com o filme que rendeu mais frutos e cujo mais recente derivado, Creed II, chegou ano passado aos cinemas. O mais desavisado pode não saber, mas o primeiro Rocky venceu o Oscar de melhor filme – e merecidamente! Além do prêmio principal (e de estar na lista dos melhores de todos os tempos no Imdb), o filme levou os prêmios de melhor diretor (John G. Avildsen) e edição, e foi indicado para melhor ator (Stallone), atriz (Talia Shire), coadjuvantes (Burgess Meredith e Burt Young), roteiro, som e trilha sonora. Rocky, como todos sabem, teve cinco continuações e dois derivados: Rocky II – A Revanche (1979), Rocky III – O Desafio Supremo (1982), Rocky IV (1985), Rocky V (1990), Rocky Balboa (2006), Creed – Nascido para Lutar (2015) e Creed II (2018).

O Silêncio dos Inocentes (1991)

Baseado no livro do romancista Thomas Harris, O Silêncio dos Inocentes foi o último filme de suspense (ou terror) a levar o prêmio máximo no Oscar. Fora isso, também foi o último longa a vencer o chamado big Five – os prêmios de melhor filme, ator, atriz, roteiro e direção. De certa forma, O Silêncio dos Inocentes era uma continuação não declarada de Caçador de Assassinos (Manhunter, 1986), de Michael Mann, primeira adaptação de um livro do autor para o cinema. Mas O Silêncio dos Inocentes se mantém por si só, como filme próprio. A produção levou os cinco Oscar citados do big Five (ator para Anthony Hopkins, atriz para Jodie Foster e direção para o saudoso Jonathan Demme), e recebeu ainda indicações de edição e som. Mas se Caçador de Assassinos não tem muitos laços com O Silêncio dos Inocentes, Hannibal (2001) e Dragão Vermelho (2002), sua continuação e pré-sequência, possuem todos os laços possíveis. O filme, obviamente, está na lista dos melhores de todos os tempos do Imdb.

O Poderoso Chefão (1972)

Essa também é batata! Considerado o melhor filme de todos os tempos por grande parte dos cinéfilos e fãs de cinema, o épico de máfia de Francis Ford Coppola levou para casa apenas três Oscar (melhor filme, roteiro e ator para Marlon Brando) e consta como número 2 de todos os tempos no Imdb. No entanto, recebeu mais oito indicações: diretor (Coppola), atores coadjuvantes (Al Pacino, James Caan e Robert Duvall), figurino, som, edição e trilha sonora. É claro que o filme gerou uma continuação imediata – O Poderoso Chefão, Parte 2 (1974), indicado para 11 Oscar e vencedor de 6, incluindo melhor filme e diretor; e uma continuação tardia – O Poderoso Chefão, Parte 3 (1990), indicado para sete Oscar, incluindo melhor filme e diretor.

Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança (1977)

Antes de ter este título enorme, o filme de George Lucas foi conhecido no Brasil simplesmente como Guerra nas Estrelas. Bem melhor, né? Antes da polêmica da categoria de filme popular, da vaga para dez filmes e de blockbusters entre os indicados a melhor filme, superproduções já faziam parte dos filmes selecionados pelos votantes da Academia – e numa época na qual apenas cinco filmes entravam. Portanto, podemos notar que isto não é novidade. Aqui, temos o segundo blockbuster da história entre os indicados na categoria de melhor filme. Star Wars perdeu para Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, de Woody Allen, mas levou sete prêmios (todos técnicos) dos onze aos quais estava indicado (incluindo diretor para Lucas, roteiro também de Lucas e ator coadjuvante para o grande Sir Alec Guinness – que no filme interpreta Obi Wan Kenobi). Bem, você conhece de cor as continuações desta saga: O Império Contra-ataca (1980), O Retorno de Jedi (1983), A Ameaça Fantasma (1999), O Ataque dos Clones (2002), A Vingança dos Sith (2005), O Despertar da Força (2015), Os Últimos Jedi (2017) e o recente, e polêmico, A Ascensão Skywalker (2019).

Star Wars é o filme de número 22 na lista dos melhores do Imdb.

Tubarão (1975)

Voltando um pouco mais no tempo, passamos do segundo blockbuster da história para o primeiro. Tubarão, de Steven Spielberg, foi o primeiro filme “sensação” de todos os tempos, que fazia literalmente as pessoas darem voltas no quarteirão e saírem da sessão para o fim da fila a fim de assistir de novo. Ele foi o primeiro filme da história a ultrapassar a marca de US$100 milhões em bilheteria. Tubarão também está na lista dos melhores do Imdb, mas o que muita gente também não sabe é que o longa foi indicado para 4 prêmios no Oscar, incluindo melhor filme – o único que ele não venceu. As continuações não demoraram e Tubarão 2 (1978), Tubarão 3 (1983) e Tubarão 4: A Vingança (1987) – todos bem abaixo do original – foram lançados nos anos seguintes.

Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981)

Outro filme responsável por consolidar a era dos Blockbusters dirigido por Steven Spielberg. Parte da lista dos melhores filmes de todos os tempos do Imdb, Os Caçadores da Arca Perdida venceu 5 Oscar, todos técnicos, dos 9 aos quais estava indicado – incluindo melhor filme e diretor para Spielberg. As sequências também são muito conhecidas: Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984), Indiana Jones e A Última Cruzada (1989) e Indiana Jones e O Reino da Caveira de Cristal (2008). Um novo longa sobre o personagem é planejado.

Chinatown (1974)

Do cinema blockbuster, passamos para o cinema noir de detetives – e um dirigido por ninguém menos que o mestre Roman Polanski. O filme sobre o investigador J.J. Gittes, vivido por Jack Nicholson, venceu apenas o Oscar de roteiro. Mas estava indicado para melhor filme, diretor para Polanski, ator para Nicholson, atriz para Faye Dunaway, fotografia, direção de arte, figurino, som, edição e trilha sonora. Além, é claro, de estar entre os melhores filmes de todos os tempos no Imdb. Mas o que muita gente pode não saber é que o longa imortal teve uma continuação bem, digamos, esquecível. Lançado em 1990, A Chave do Enigma é uma continuação direta de Chinatown, protagonizada e dirigida por Jack Nicholson. O filme continua as aventuras investigativas de Gittes, quase vinte anos depois, e marcou a última tentativa do astro em dirigir um filme.

Golpe de Mestre (1973)

Se você não assistiu a este clássico, pare tudo o que está fazendo e corra – para não continuar a fazer errado! Este é um dos grandes filmes sobre golpes da história do cinema. E é claro que está na lista dos melhores segundo o Imdb. Fora isso, levou 7 Oscar, incluindo melhor filme e diretor (George Roy Hill), dos 10 aos quais estava indicado. Aqui, os lendários Robert Redford e Paul Newman reprisavam sua parceria de Butch Cassidy (1969), na pele de dois especialistas em fraudes. Mas o que muita gente talvez não saiba, é que esta obra-prima teve uma sequência, e uma bem capenga. Dez anos depois, a deslavada continuação Golpe de Mestre II era lançada. Desta vez, nada dos atores principais e nem o diretor. Tudo aqui nesta sequência grita continuação caça-níquel inferior, mesmo assim o longa recebeu uma indicação ao Oscar de trilha sonora.

Mary Poppins (1964)

Outro clássico imortal, esta querida produção da Disney em live action, que fala sobre uma babá mágica e voadora, recebeu 5 Oscar, incluindo melhor atriz para a protagonista Julie Andrews. Mary Poppins foi indicado para outros 8 prêmios, incluindo melhor filme e diretor para Robert Stevenson. E como todos vocês sabem, ou deveriam saber, Mary Poppins voltou aos cinemas recentemente, no fim de 2018, nas formas de Emily Blunt em O Retorno de Mary Poppins. A continuação não teve o mesmo prestígio, mesmo assim recebeu 4 indicações ao Oscar – todas técnicas.

O Fugitivo (1993)

Essa promete explodir mentes. Mas sim, o longa protagonizado por Harrison Ford na pele do médico Dr. Richard Kimble, foi indicado ao Oscar de melhor filme em 1994. Aposto que quase ninguém lembrava. Além da principal, foram mais 5 indicações e a vitória de Tommy Lee Jones na categoria de coadjuvante pelo papel do implacável Sam Gerad, o agente federal que persegue o médico. Baseado numa famosa série de TV, O Fugitivo traz um dos primeiros trabalhos de Julianne Moore no cinema. Mais surpreendente ainda é que O Fugitivo teve uma continuação – o que menos gente ainda deve lembrar. U.S. Marshals – Os Federais foi lançado em 1998, e trouxe a volta de Jones e seu personagem vencedor do Oscar, Gerard, na cola de outro foragido da lei, interpretado por Wesley Snipes. O elenco principal é completado por um Robert Downey Jr. dez anos antes de se tornar o Homem de Ferro.

Operação França (1971)

E por falar em O Fugitivo, aqui seguimos com outro thriller de ação. Operação França é até hoje conhecido por suas eletrizantes cenas de perseguição de carros. Na trama, o grande Gene Hackman interpreta o policial durão Jimmy ‘Popeye’ Doyle. O longa de William Friedkin (O Exorcista) levou 5 Oscar para casa, incluindo melhor filme, diretor e ator para Hackman. Além disso, recebeu outras 3 indicações. Assim, em 1975, pelas mãos de outro mestre da ação – John Frankenheimer – o detetive Doyle retornava ao cinema na pele de Hackman, em Operação França II. Desta vez, sua missão o leva para a Europa.

Bravura Indômita (1969)

Este faroeste famoso tem a bagagem de ter dado o único Oscar da carreira do icônico John Wayne, uma lenda do gênero. O longa também estava indicado para melhor canção. Em 2010, o filme recebeu um remake pelas mãos de ninguém menos do que os consagrados irmãos Coen. O filme dos Coen foi ainda mais longe e recebeu dez indicações, incluindo melhor filme, diretor, roteiro, ator para Jeff Bridges (reprisando o papel de Wayne) e coadjuvante para a menina Hailee Steinfeld, em seu primeiro trabalho nas telas; mesmo que tenha saído de mãos abanando. A curiosidade, porém, é saber que Wayne voltaria ao personagem em Justiceiro Implacável (Rooster Cogburn, 1975), no qual contracenou com Katharine Hepburn. Bem que os Coen podiam se animar e produzir esta sequência também.

No Calor da Noite (1967)

Para muitos, a edição do Oscar 1968 foi uma das melhores de todos os tempos. Entre os indicados a melhor filme estava este fervoroso drama racial, disfarçado de thriller policial. Na trama do filme de Norman Jewison, um policial negro (vivido por Sidney Poitier) passa o pão que o diabo amassou para fazer seu trabalho numa hostil cidade sulista dos EUA. O longa recebeu 5 Oscar, entre eles melhor filme, e foi indicado para mais dois (incluindo melhor diretor). A surpresa é saber que a melhor frase do filme se tornaria o título de sua sequência. They Call me Mister Tibbs trouxe a volta de Poitier ao papel, levando o policial agora para San Francisco. No Brasil, o filme ficou conhecido como Noite Sem Fim (1970).

Wall Street – Poder e Cobiça (1987)

A única indicação que este suspense dramático sobre os escusos bastidores de empresários da bolsa de valores recebeu foi a de melhor ator coadjuvante para Michael Douglas – nomeação pela qual o ator saiu vitorioso. Na pele do megalomaníaco Gordon Gekko, Douglas exibiu sua melhor forma. Em 2010, o mesmo Oliver Stone orquestrou uma tardia sequência para o longa, trazendo o “vilão” de volta aos holofotes, depois que deixa a cadeia. Desta vez, Charlie Sheen, o protagonista original, faz só uma ponta, e quem ganha toda a atenção é Shia LaBeouf, que interpreta o genro de Gekko. Carey Mullingan e Josh Brolin completam o elenco principal. Douglas foi indicado novamente pelo papel, mas desta vez apenas no Globo de Ouro.

Laços de Ternura (1983)

Um dos longas mais lacrimosos da década de 1980, Laços de Ternura apresenta um conturbado relacionamento entre mãe e filha, interpretadas respectivamente por Shirley MacLaine e Debra Winger. De gaiato, Jack Nicholson rouba todas as cenas na pele de um bon vivant. O filme do diretor James L. Brooks foi indicado para nada menos do que 11 Oscar, incluindo coadjuvantes para Debra Winger e John Lithgow. E venceu 5 Oscar, incluindo melhor filme, diretor para Brooks, atriz para MacLaine e coadjuvante para Nicholson. Mais de dez anos depois, MacLaine e Nicholson retornam a seus papeis em O Entardecer de uma Estrela (1996) – filme que contou ainda com as presenças de Juliette Lewis e Bill Paxton no elenco.

Bônus:

Babe – O Porquinho Atrapalhado (1995)

Calma, querido leitor. Não estamos ficando loucos. O filme infantil agradável sobre um porquinho fofo falante de uma fazenda, cujo sonho era ser pastor de ovelhas, recebeu 7 indicações ao Oscar em 1996 – entre elas a de melhor filme e melhor diretor para Chris Noonan, e saiu vitorioso na categoria de efeitos visuais (os animais falando realmente impressiona). É claro que houve protesto na época para as nomeações do longa, mas a verdade é que Babe encantou plateias pelo mundo em seu lançamento, mesmo que hoje não seja um filme tão comentado. Três anos depois, e o porquinho Babe retornou aos cinemas na aventura Babe – O Porquinho Atrapalhado na Cidade e desta vez dirigido por ninguém menos que George Miller (o criador de Mad Max), substituindo Chris Noonan. Menos prestigiado, o segundo Babe recebeu apenas indicação de canção original no Oscar.

…E o Vento Levou (1939)

Por mais ultrajante que seja ver este filme na lista dos clássicos que tiveram continuação, mas sim, é verdade. E o Vento Levou teve uma sequência! O icônico longa de 4 horas de projeção sobre a Guerra Civil americana, imortalizado por Clark Gable e Vivien Leigh resistiu ao teste do tempo e ainda se encontra entre os filmes favoritos do grande público. Fora isso, levou 8 Oscar (e dois honorários) dos 13 aos quais estava indicado, incluindo filme, diretor (Victor Fleming), atriz (Vivien Leigh) e coadjuvante (Hattie McDaniel, a primeira atriz negra da história a ganhar um Oscar). Uma obra como esta parece intocável, certo? Errado. Porque Hollywood desconhece esta palavra. Sendo assim, em 1994, uma minissérie dividida em 4 episódios – intitulada Scarlett (…E o Vento Levou 2, no Brasil) foi ao ar. Assim, Timothy Dalton e Joanne Whalley entraram em cena como Rhett Butler e Scarlett O´Hara, respectivamente, já que seus intérpretes originais faleceram ainda na década de 1960. O roteiro é levemente baseado no livro de Alexandra Ripley, de 1991, que serviu de continuação para a obra de Margaret Mitchell, …E o Vento Levou (1936). A minissérie foi indicada para 3 prêmios Emmy e levou 2.

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O Oscar está logo ali na porta. No dia 9 de fevereiro vai ao ar a 92ª edição dos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em Los Angeles, Califórnia. Cerimônia esta que você, é claro, irá conferir através de nossa live no CinePOP.

O assunto, no entanto, mesmo se tratando de Oscar, é outro. Aqui, iremos matar sua curiosidade e revelar que nem todo vencedor do prêmio está livre de se transformar em uma franquia – ou ao menos render uma continuação. E sim, na história do Oscar tivemos diversos vencedores nas categorias principais cujas histórias renderam sequência nas telonas (e até mesmo nas telinhas). Vem saber.

Ps. Na lista não incluiremos produções pensadas como um único filme e divididas em  partes, ou gravadas em sequência – vide O Senhor dos Anéis (2001, 2002 e 2003).

Rocky – Um Lutador (1976)

Começaremos a lista com o filme que rendeu mais frutos e cujo mais recente derivado, Creed II, chegou ano passado aos cinemas. O mais desavisado pode não saber, mas o primeiro Rocky venceu o Oscar de melhor filme – e merecidamente! Além do prêmio principal (e de estar na lista dos melhores de todos os tempos no Imdb), o filme levou os prêmios de melhor diretor (John G. Avildsen) e edição, e foi indicado para melhor ator (Stallone), atriz (Talia Shire), coadjuvantes (Burgess Meredith e Burt Young), roteiro, som e trilha sonora. Rocky, como todos sabem, teve cinco continuações e dois derivados: Rocky II – A Revanche (1979), Rocky III – O Desafio Supremo (1982), Rocky IV (1985), Rocky V (1990), Rocky Balboa (2006), Creed – Nascido para Lutar (2015) e Creed II (2018).

O Silêncio dos Inocentes (1991)

Baseado no livro do romancista Thomas Harris, O Silêncio dos Inocentes foi o último filme de suspense (ou terror) a levar o prêmio máximo no Oscar. Fora isso, também foi o último longa a vencer o chamado big Five – os prêmios de melhor filme, ator, atriz, roteiro e direção. De certa forma, O Silêncio dos Inocentes era uma continuação não declarada de Caçador de Assassinos (Manhunter, 1986), de Michael Mann, primeira adaptação de um livro do autor para o cinema. Mas O Silêncio dos Inocentes se mantém por si só, como filme próprio. A produção levou os cinco Oscar citados do big Five (ator para Anthony Hopkins, atriz para Jodie Foster e direção para o saudoso Jonathan Demme), e recebeu ainda indicações de edição e som. Mas se Caçador de Assassinos não tem muitos laços com O Silêncio dos Inocentes, Hannibal (2001) e Dragão Vermelho (2002), sua continuação e pré-sequência, possuem todos os laços possíveis. O filme, obviamente, está na lista dos melhores de todos os tempos do Imdb.

O Poderoso Chefão (1972)

Essa também é batata! Considerado o melhor filme de todos os tempos por grande parte dos cinéfilos e fãs de cinema, o épico de máfia de Francis Ford Coppola levou para casa apenas três Oscar (melhor filme, roteiro e ator para Marlon Brando) e consta como número 2 de todos os tempos no Imdb. No entanto, recebeu mais oito indicações: diretor (Coppola), atores coadjuvantes (Al Pacino, James Caan e Robert Duvall), figurino, som, edição e trilha sonora. É claro que o filme gerou uma continuação imediata – O Poderoso Chefão, Parte 2 (1974), indicado para 11 Oscar e vencedor de 6, incluindo melhor filme e diretor; e uma continuação tardia – O Poderoso Chefão, Parte 3 (1990), indicado para sete Oscar, incluindo melhor filme e diretor.

Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança (1977)

Antes de ter este título enorme, o filme de George Lucas foi conhecido no Brasil simplesmente como Guerra nas Estrelas. Bem melhor, né? Antes da polêmica da categoria de filme popular, da vaga para dez filmes e de blockbusters entre os indicados a melhor filme, superproduções já faziam parte dos filmes selecionados pelos votantes da Academia – e numa época na qual apenas cinco filmes entravam. Portanto, podemos notar que isto não é novidade. Aqui, temos o segundo blockbuster da história entre os indicados na categoria de melhor filme. Star Wars perdeu para Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, de Woody Allen, mas levou sete prêmios (todos técnicos) dos onze aos quais estava indicado (incluindo diretor para Lucas, roteiro também de Lucas e ator coadjuvante para o grande Sir Alec Guinness – que no filme interpreta Obi Wan Kenobi). Bem, você conhece de cor as continuações desta saga: O Império Contra-ataca (1980), O Retorno de Jedi (1983), A Ameaça Fantasma (1999), O Ataque dos Clones (2002), A Vingança dos Sith (2005), O Despertar da Força (2015), Os Últimos Jedi (2017) e o recente, e polêmico, A Ascensão Skywalker (2019).

Star Wars é o filme de número 22 na lista dos melhores do Imdb.

Tubarão (1975)

Voltando um pouco mais no tempo, passamos do segundo blockbuster da história para o primeiro. Tubarão, de Steven Spielberg, foi o primeiro filme “sensação” de todos os tempos, que fazia literalmente as pessoas darem voltas no quarteirão e saírem da sessão para o fim da fila a fim de assistir de novo. Ele foi o primeiro filme da história a ultrapassar a marca de US$100 milhões em bilheteria. Tubarão também está na lista dos melhores do Imdb, mas o que muita gente também não sabe é que o longa foi indicado para 4 prêmios no Oscar, incluindo melhor filme – o único que ele não venceu. As continuações não demoraram e Tubarão 2 (1978), Tubarão 3 (1983) e Tubarão 4: A Vingança (1987) – todos bem abaixo do original – foram lançados nos anos seguintes.

Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981)

Outro filme responsável por consolidar a era dos Blockbusters dirigido por Steven Spielberg. Parte da lista dos melhores filmes de todos os tempos do Imdb, Os Caçadores da Arca Perdida venceu 5 Oscar, todos técnicos, dos 9 aos quais estava indicado – incluindo melhor filme e diretor para Spielberg. As sequências também são muito conhecidas: Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984), Indiana Jones e A Última Cruzada (1989) e Indiana Jones e O Reino da Caveira de Cristal (2008). Um novo longa sobre o personagem é planejado.

Chinatown (1974)

Do cinema blockbuster, passamos para o cinema noir de detetives – e um dirigido por ninguém menos que o mestre Roman Polanski. O filme sobre o investigador J.J. Gittes, vivido por Jack Nicholson, venceu apenas o Oscar de roteiro. Mas estava indicado para melhor filme, diretor para Polanski, ator para Nicholson, atriz para Faye Dunaway, fotografia, direção de arte, figurino, som, edição e trilha sonora. Além, é claro, de estar entre os melhores filmes de todos os tempos no Imdb. Mas o que muita gente pode não saber é que o longa imortal teve uma continuação bem, digamos, esquecível. Lançado em 1990, A Chave do Enigma é uma continuação direta de Chinatown, protagonizada e dirigida por Jack Nicholson. O filme continua as aventuras investigativas de Gittes, quase vinte anos depois, e marcou a última tentativa do astro em dirigir um filme.

Golpe de Mestre (1973)

Se você não assistiu a este clássico, pare tudo o que está fazendo e corra – para não continuar a fazer errado! Este é um dos grandes filmes sobre golpes da história do cinema. E é claro que está na lista dos melhores segundo o Imdb. Fora isso, levou 7 Oscar, incluindo melhor filme e diretor (George Roy Hill), dos 10 aos quais estava indicado. Aqui, os lendários Robert Redford e Paul Newman reprisavam sua parceria de Butch Cassidy (1969), na pele de dois especialistas em fraudes. Mas o que muita gente talvez não saiba, é que esta obra-prima teve uma sequência, e uma bem capenga. Dez anos depois, a deslavada continuação Golpe de Mestre II era lançada. Desta vez, nada dos atores principais e nem o diretor. Tudo aqui nesta sequência grita continuação caça-níquel inferior, mesmo assim o longa recebeu uma indicação ao Oscar de trilha sonora.

Mary Poppins (1964)

Outro clássico imortal, esta querida produção da Disney em live action, que fala sobre uma babá mágica e voadora, recebeu 5 Oscar, incluindo melhor atriz para a protagonista Julie Andrews. Mary Poppins foi indicado para outros 8 prêmios, incluindo melhor filme e diretor para Robert Stevenson. E como todos vocês sabem, ou deveriam saber, Mary Poppins voltou aos cinemas recentemente, no fim de 2018, nas formas de Emily Blunt em O Retorno de Mary Poppins. A continuação não teve o mesmo prestígio, mesmo assim recebeu 4 indicações ao Oscar – todas técnicas.

O Fugitivo (1993)

Essa promete explodir mentes. Mas sim, o longa protagonizado por Harrison Ford na pele do médico Dr. Richard Kimble, foi indicado ao Oscar de melhor filme em 1994. Aposto que quase ninguém lembrava. Além da principal, foram mais 5 indicações e a vitória de Tommy Lee Jones na categoria de coadjuvante pelo papel do implacável Sam Gerad, o agente federal que persegue o médico. Baseado numa famosa série de TV, O Fugitivo traz um dos primeiros trabalhos de Julianne Moore no cinema. Mais surpreendente ainda é que O Fugitivo teve uma continuação – o que menos gente ainda deve lembrar. U.S. Marshals – Os Federais foi lançado em 1998, e trouxe a volta de Jones e seu personagem vencedor do Oscar, Gerard, na cola de outro foragido da lei, interpretado por Wesley Snipes. O elenco principal é completado por um Robert Downey Jr. dez anos antes de se tornar o Homem de Ferro.

Operação França (1971)

E por falar em O Fugitivo, aqui seguimos com outro thriller de ação. Operação França é até hoje conhecido por suas eletrizantes cenas de perseguição de carros. Na trama, o grande Gene Hackman interpreta o policial durão Jimmy ‘Popeye’ Doyle. O longa de William Friedkin (O Exorcista) levou 5 Oscar para casa, incluindo melhor filme, diretor e ator para Hackman. Além disso, recebeu outras 3 indicações. Assim, em 1975, pelas mãos de outro mestre da ação – John Frankenheimer – o detetive Doyle retornava ao cinema na pele de Hackman, em Operação França II. Desta vez, sua missão o leva para a Europa.

Bravura Indômita (1969)

Este faroeste famoso tem a bagagem de ter dado o único Oscar da carreira do icônico John Wayne, uma lenda do gênero. O longa também estava indicado para melhor canção. Em 2010, o filme recebeu um remake pelas mãos de ninguém menos do que os consagrados irmãos Coen. O filme dos Coen foi ainda mais longe e recebeu dez indicações, incluindo melhor filme, diretor, roteiro, ator para Jeff Bridges (reprisando o papel de Wayne) e coadjuvante para a menina Hailee Steinfeld, em seu primeiro trabalho nas telas; mesmo que tenha saído de mãos abanando. A curiosidade, porém, é saber que Wayne voltaria ao personagem em Justiceiro Implacável (Rooster Cogburn, 1975), no qual contracenou com Katharine Hepburn. Bem que os Coen podiam se animar e produzir esta sequência também.

No Calor da Noite (1967)

Para muitos, a edição do Oscar 1968 foi uma das melhores de todos os tempos. Entre os indicados a melhor filme estava este fervoroso drama racial, disfarçado de thriller policial. Na trama do filme de Norman Jewison, um policial negro (vivido por Sidney Poitier) passa o pão que o diabo amassou para fazer seu trabalho numa hostil cidade sulista dos EUA. O longa recebeu 5 Oscar, entre eles melhor filme, e foi indicado para mais dois (incluindo melhor diretor). A surpresa é saber que a melhor frase do filme se tornaria o título de sua sequência. They Call me Mister Tibbs trouxe a volta de Poitier ao papel, levando o policial agora para San Francisco. No Brasil, o filme ficou conhecido como Noite Sem Fim (1970).

Wall Street – Poder e Cobiça (1987)

A única indicação que este suspense dramático sobre os escusos bastidores de empresários da bolsa de valores recebeu foi a de melhor ator coadjuvante para Michael Douglas – nomeação pela qual o ator saiu vitorioso. Na pele do megalomaníaco Gordon Gekko, Douglas exibiu sua melhor forma. Em 2010, o mesmo Oliver Stone orquestrou uma tardia sequência para o longa, trazendo o “vilão” de volta aos holofotes, depois que deixa a cadeia. Desta vez, Charlie Sheen, o protagonista original, faz só uma ponta, e quem ganha toda a atenção é Shia LaBeouf, que interpreta o genro de Gekko. Carey Mullingan e Josh Brolin completam o elenco principal. Douglas foi indicado novamente pelo papel, mas desta vez apenas no Globo de Ouro.

Laços de Ternura (1983)

Um dos longas mais lacrimosos da década de 1980, Laços de Ternura apresenta um conturbado relacionamento entre mãe e filha, interpretadas respectivamente por Shirley MacLaine e Debra Winger. De gaiato, Jack Nicholson rouba todas as cenas na pele de um bon vivant. O filme do diretor James L. Brooks foi indicado para nada menos do que 11 Oscar, incluindo coadjuvantes para Debra Winger e John Lithgow. E venceu 5 Oscar, incluindo melhor filme, diretor para Brooks, atriz para MacLaine e coadjuvante para Nicholson. Mais de dez anos depois, MacLaine e Nicholson retornam a seus papeis em O Entardecer de uma Estrela (1996) – filme que contou ainda com as presenças de Juliette Lewis e Bill Paxton no elenco.

Bônus:

Babe – O Porquinho Atrapalhado (1995)

Calma, querido leitor. Não estamos ficando loucos. O filme infantil agradável sobre um porquinho fofo falante de uma fazenda, cujo sonho era ser pastor de ovelhas, recebeu 7 indicações ao Oscar em 1996 – entre elas a de melhor filme e melhor diretor para Chris Noonan, e saiu vitorioso na categoria de efeitos visuais (os animais falando realmente impressiona). É claro que houve protesto na época para as nomeações do longa, mas a verdade é que Babe encantou plateias pelo mundo em seu lançamento, mesmo que hoje não seja um filme tão comentado. Três anos depois, e o porquinho Babe retornou aos cinemas na aventura Babe – O Porquinho Atrapalhado na Cidade e desta vez dirigido por ninguém menos que George Miller (o criador de Mad Max), substituindo Chris Noonan. Menos prestigiado, o segundo Babe recebeu apenas indicação de canção original no Oscar.

…E o Vento Levou (1939)

Por mais ultrajante que seja ver este filme na lista dos clássicos que tiveram continuação, mas sim, é verdade. E o Vento Levou teve uma sequência! O icônico longa de 4 horas de projeção sobre a Guerra Civil americana, imortalizado por Clark Gable e Vivien Leigh resistiu ao teste do tempo e ainda se encontra entre os filmes favoritos do grande público. Fora isso, levou 8 Oscar (e dois honorários) dos 13 aos quais estava indicado, incluindo filme, diretor (Victor Fleming), atriz (Vivien Leigh) e coadjuvante (Hattie McDaniel, a primeira atriz negra da história a ganhar um Oscar). Uma obra como esta parece intocável, certo? Errado. Porque Hollywood desconhece esta palavra. Sendo assim, em 1994, uma minissérie dividida em 4 episódios – intitulada Scarlett (…E o Vento Levou 2, no Brasil) foi ao ar. Assim, Timothy Dalton e Joanne Whalley entraram em cena como Rhett Butler e Scarlett O´Hara, respectivamente, já que seus intérpretes originais faleceram ainda na década de 1960. O roteiro é levemente baseado no livro de Alexandra Ripley, de 1991, que serviu de continuação para a obra de Margaret Mitchell, …E o Vento Levou (1936). A minissérie foi indicada para 3 prêmios Emmy e levou 2.

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