Terror. Sabemos que vocês amam. E nós também amamos. Mas queremos ver se vocês são dignos o suficiente para se dizerem fãs deste gênero que causa calafrio na espinha, nervosismo intenso e sustos para disparar nossos corações. Queremos saber se vocês já assistiram, ou se mesmo conhecem todos os itens desta lista. E não vale dizer que não era nascido ou era pequeno demais para ver na época, porque isso não impede mais ninguém desde a década de 1980 com as videolocadoras.
Portanto, vem com a gente desbravar este mundo sombrio das 21 produções de horror que se tornam trintonas em 2019.
Cemitério Maldito
Em vias da estreia da refilmagem, o filme original celebra seu aniversário de 30 anos. Baseado no livro de Stephen King, sobre uma família de “comercial de margarina” que tem a vida despedaçada após mudar para uma propriedade rural – próxima a um cemitério de animais e uma estrada incessante -, o longa é dirigido por Mary Lambert (do clipe Like a Prayer, de Madonna). Os destaques são a icônica canção homônima ‘Pet Sematary’, dos Ramones, e a incrível interpretação do menino Miko Hughes.
Sexta-Feira 13: Parte 8 – Jason Ataca Nova York
Durante a década de 1980, franquias de terror como Sexta-Feira 13 reinaram. Mas o que começou de forma séria, foi aos poucos se remodelando para se encaixar como fenômeno pop contemporâneo. Assim, Jason se transformou numa figura adorada e não mais temida. Neste último episódio oficial da franquia na Paramount (já não era sem tempo), isto é, até a refilmagem de 2009, Jason é ressuscitado mais uma vez e embarca junto a um grupo de estudantes num navio rumo à Nova York.
Terror a Bordo
Hoje, a atriz Nicole Kidman é uma estrela estabelecida na indústria, com um Oscar na estante e mais três indicações, mas que não se acomoda de forma alguma e segue perseguindo papeis desafiadores. A prova disso foi sua presença no recente thriller policial O Peso do Passado, pelo qual descolou uma nova indicação ao Globo de Ouro deste ano. Voltando trinta anos no passado, podemos ver Kidman aqui em seu primeiro papel de destaque no cinema, ainda com os lindos cabelos naturais, no papel da esposa de Sam Neill. O casal decide resgatar um náufrago com seu barco, e a viagem se torna um pesadelo. O longa guarda muitas semelhanças com A Faca na Água (1962), primeiro filme do lendário Roman Polanski.
A Hora do Pesadelo 5: O Maior Horror de Freddy
Freddy Krueger (e sua Hora do Pesadelo) é outro que bateu ponto durante toda a década de 1980 nos cinemas. Depois dos filmes mais rentáveis da franquia – a parte 3, dirigida por Chuck Russell, e a parte 4, dirigida por Renny Harlin – a série começava a apresentar desgaste. Na trama, Freddy (já totalmente no modo “zoado”) tenta reencarnar utilizando o bebê da protagonista Alice. O longa é dirigido por Stephen Hopkins, de Predador 2 (1990) e Perdidos no Espaço (1998).
Shocker: 100 Mil Volts de Terror
Falando em Wes Craven e em sua criação bem sucedida, pulamos para o saudoso diretor e uma criação bem esfarrapada. Escrito e dirigido por Wes Craven, o criador de A Hora do Pesadelo (1984), Shocker foi a tentativa do cineasta em criar outro personagem icônico para filmes de terror. A proposta não deu tão certo. Na trama, um serial killer condenado recebe a pena de morte e frita na cadeira elétrica. E se Freddy voltava na forma de sonhos, este psicopata retorna na forma de eletricidade para ir atrás do jovem que o entregou.
Halloween 5: A Vingança de Michael Myers
Dos psicopatas icônicos de slashers saídos da década de 1980 (ou 1970), Michael Myers é o mais em voga atualmente devido ao sucesso do novo Halloween – que já está gerando uma nova sequência. No entanto, há 30 anos chegava aos cinemas um dos exemplares menos celebrados da franquia. Continuação imediata da parte 4 (que marcou o retorno do serial killer para a série), esta sequência tentou adicionar novos elementos misteriosos à trama – que só viriam a ser concluídos seis anos depois.
A Mosca II
E você, achando que insistentes continuações é coisa de agora. Sabe de nada. Veja só que atrevimento. Este longa ousa continuar a obra-prima de David Cronenberg – que não apenas não pedia uma sequência, como ainda tornou a vida dos ambiciosos produtores difícil ao terem que se desdobrar para encontrar um caminho para a parte dois. Assim, a história continua com o filho do cientista do primeiro filme – papel de um jovem Eric Stoltz -, criado em grande laboratório, somente esperando o dia que os genes de seu pai falarão mais alto. As cenas envolvendo o cachorro ficaram na mente de toda criança desta geração.
A Volta do Monstro do Pântano
Mais um elo com o saudoso Wes Craven, falecido em 2015. O diretor escreveu e dirigiu O Monstro do Pântano (1982), baseado nos quadrinhos da DC Comics, criados por Len Wein, sobre um cientista que após um acidente se transforma numa criatura meio homem, meio planta, e resolve fazer justiça. O longa virou cult e gerou esta sequência – sem qualquer envolvimento de Craven. A continuação aposta mais no valor camp, acrescentando mais humor, e Heather Locklear como a mocinha. Depois disso, o personagem voltou a aparecer numa série de TV (1990-1993) e agora sai novamente do papel para um novo programa de censura alta, produzido por James Wan, com toques de terror. A nova série irá ao ar em breve na plataforma de streaming da DC.
O Vingador Tóxico II
Por falar em cult por excelência, O Vingador Tóxico tem muito a ver com O Monstro do Pântano. Aqui, no filme original de 1984 (escrito e dirigido pela dupla Michael Herz e Lloyd Kaufman), um jovem perdedor é constantemente humilhado por valentões. No último bullying, o rapaz termina por cair num tonel de produtos químicos e se torna o anti-herói deformado e musculoso – que decide sair para combater o mal por conta própria. Esta continuação segue tendo os criadores originais no comando, e leva o personagem para o Japão. Curiosamente, no mesmo ano a terceira parte foi lançada (ainda com Herz e Kaufman à frente), cada vez soando mais trash. O longa gerou ainda um desenho animado (?!), que foi ao ar de 1991 a 1993 – intitulado Toxic Crusaders -, uma quarta parte (2000) e um musical para os palcos (2018).
A Casa do Espanto III
Aqui temos um caso curioso. Às vezes, produtores tentam se desassociar de uma franquia e ao invés de criarem um produto novo, simplesmente rebatizam o novo capítulo com outro título. Foi exatamente isto o que aconteceu com a terceira parte da série de terror para o cinema, A Casa do Espanto (House). O primeiro longa, de 1985, dirigido por Steve Miner e escrito por Fred Dekker (Deu a Louca nos Monstros e Noite de Arrepios) é simplesmente divertidíssimo. Já o segundo, de 1987, deixou a peteca cair com uma trama sonolenta e sem qualquer elemento de terror. Justamente por isso, ao voltar às raízes do gênero, o longa precisou ser reintitulado The Horror Show para o mercado norte-americano.
Warlock: O Demônio
A geração de hoje talvez não o conheça bem, mas o ator Julian Sands marcou presença na década de 1980 e 1990, com filmes de terror e suspense como Aracnofobia (1990) e Encaixotando Helena (1992). Warlock consolida esta fase também. A trama mostra um feiticeiro satânico viajando no tempo e escapando de uma caça às bruxas, do Século XVII para o XX. O filme é dirigido por Steve Miner (Sexta-Feira 13: Parte II, A Casa do Espanto e Halloween H20) e traz no elenco, além de Sands no papel principal, a musa 80´s Lori Singer (Footloose: Ritmo Louco) e o indicado ao Oscar deste ano, Richard E. Grant. Duas continuações foram produzidas.
A Mulher de Preto
Muitos fãs de terror atuais devem conhecer o filme protagonizado por Daniel Radcliffe em 2012, que marca a volta das produções da Hammer para o cinema. O longa inclusive gerou uma continuação, sem a presença do famoso ator, em 2014. O que poucos talvez saibam é que aquele filme é baseado neste, uma obra britânica feito para a TV, que igualmente usa como fonte o livro escrito por Susan Hill. A trama é a mesma, um jovem advogado chega numa pequena cidade a fim de vender uma enorme e antiga propriedade, somente para descobrir que o local é assombrado pelo espírito da mulher de preto.
Grito de Horror 5: O Renascimento
O primeiro Grito de Horror (1981), dirigido por Joe Dante (Gremlins) e baseado no livro de Gary Brandner, é um p**a filme de lobisomem – cru e violento. O longa infelizmente foi eclipsado por completo por outro lançamento com o mesmo tema, que chegava aos cinemas no mesmo ano: Um Lobisomem Americano em Londres, de John Landis. Para se ter ideia, até mesmo o maquiador Rick Baker, que estava trabalhando em Grito de Horror, abandonou o barco e se bandeou para o lado do filme de Landis, ganhando assim seu primeiro Oscar de maquiagem. Assim como toda franquia de terror com muitas continuações, a cada nova sequência a coisa foi ficando pior. Depois deste quinto filme, ainda foram produzidos mais dois.
A Volta do Padrasto
Esta é outra continuação extremamente caça-níquel que nós adoramos odiar. O Padrasto original (1987) conta a história de um psicopata (papel de Terry O´Quinn, o John Locke da série Lost) de boa aparência que conhece e se casa com mulheres somente para matar toda a sua família e seguir para a próxima vítima. A continuação do filme chegou dois anos depois, dando sequência à trama do psicopata e trazendo O´Quinn de volta ao papel principal. Além dele, juntam-se ao elenco duas lendas do cinema de horror e fantasia 80´s: Caroline Williams (a DJ Stretch de O Massacre da Serra Elétrica 2) e Meg Foster (A Maligna de Mestres do Universo). Uma terceira parte foi lançada como filme para a TV em 1992, sem O´Quinn, e um remake chegou aos cinemas em 2009, com Dylan Walsh (da série Nip/Tuck) no papel principal, e Amber Heard no elenco.
Bonecos da Morte
Outra série de terror B (ou seria C) marcou presença há 30 anos, iniciando sua franquia, mas nas videolocadoras. No ano seguinte do sucesso de Brinquedo Assassino (1988), os produtores de Bonecos da Morte tentaram surfar esta onda. Aqui, no entanto, o lançamento era restrito em vídeo. Mesmo assim, o filme fez um enorme sucesso, se tornando obra cult e rendendo nada menos do que doze sequências. Na trama, um criador de bonecos morre e deixa sua herança maligna para o mundo – brinquedos que ganham vida e são mortais.
A Fuga do Mal
Não deixe o título em português te enganar, este é o quarto filme da franquia de terror mais duradoura do cinema – Amityville. Iniciada em 1979, com Horror em Amityville, a série gerou mais vinte longas, entre sequências, derivados e refilmagens. Algumas das mais famosas são o remake do filme original de 2005, com Ryan Reynolds, e o recente Amityville: O Despertar, com a musa teen Bella Thorne. A história de todos é sempre a mesma – uma nova família se muda para uma casa assombrada, onde estranhos eventos levam todos à loucura.
Noite do Silêncio
Outra franquia cujo terceiro filme no Brasil recebeu um título diferente dos demais. Trata-se de Natal Sangrento (1984), um filme banido dos cinemas e repudiado por associações de pais e críticos de cinema (vide Roger Ebert e Gene Siskel) por seu conteúdo para lá de violento, associado a temas natalinos. Natal Sangrento foi um dos filmes mais polêmicos da década de 1980, que fez diversos pensadores voltarem a debater a censura em obras cinematográficas – algo visto novamente em 2010 com A Serbian Film. Este é o terceiro filme, no qual o psicopata vestido de Papai Noel ataca desta vez uma jovem cega. Mais duas sequências foram produzidas na década de 1990, e uma refilmagem foi lançada em 2012.
Acampamento Sinistro 3
O primeiro Acampamento Sinistro (1983) seguiu o rastro de filmes slasher sobre colônias de férias, impulsionados pelo sucesso absurdo de Sexta-Feira 13 (1980). O filme, escrito e dirigido por Robert Hiltzik, no entanto, possui mérito próprio já que fez uso de uma das melhores reviravoltas em um filme do gênero, se tornando cult por si só. Curiosamente, após este terceiro longa, a franquia descansou quieta (o que é raro) por um hiato de dezenove anos, saindo do papel somente para uma sequência que é pura homenagem ao original, trazendo inclusive parte do elenco e com o comando de Hiltzik. Mais dez anos depois e foi a vez de Joe Dante produzir uma sequência: Camp Cold Brook.
Depois da Meia-Noite
Filme de terror de antologia (muito em voga atualmente) sobre um professor de universidade que convida seus alunos, incluindo uma médium, para um estudo da psicologia do medo, em sua casa durante uma noite de tempestade. Lá, o sujeito começa a contar histórias de terror, e cada uma delas é o que vemos em tela. Este é um clássico das madrugadas da TV aberta.
Assassinato no Colégio
O grande chamariz desta obra é a presença do astro Brad Pitt em um de seus primeiros papeis no cinema. Ei, todos precisam começar de algum lugar – e nem todos podem fazer seu debute num A Hora do Pesadelo (Johnny Depp) ou Sexta-Feira 13 (Kevin Bacon). Assim, o filme assume tintas de produção cult. O resto, porém, é bem rotineiro, e acompanha um grupo de alunos enfrentando um assassino solto no colégio. A estrutura aqui é a do “whodunit”, no qual precisamos descobrir quais dentre os personagens é o serial killer em potencial.
A Madrasta
Outro clássico da TV aberta, este longa esquecido fez parte da infância de uma geração. Já tivemos O Padrasto na lista e agora chega a “madrasta malvada” (título original de Wicked Stepmother). Quando estes substitutos dos pais terão uma folga? Este filme, no entanto, não é uma produção B qualquer, já que conta com a icônica Bette Davis em seu elenco – mesmo que no fim da carreira, aos 81 anos – a atriz viria a falecer no mesmo ano. Este foi seu último trabalho como atriz. Mesmo assim, ainda estamos falando de Bette Davis, considerada uma das melhores atrizes a pôr os pés neste planeta, e dona de dois Oscar – com mais 9 indicações. Na trama, escrita e dirigida por Larry Cohen (A Coisa, 1985), uma bruxa (Davis) se casa com um patriarca viúvo, criando um verdadeiro inferno para sua família. Ela divide o corpo com sua filha, papel de sensual nicaraguense Barbara Carrera.