Assim como o terror, produções de desastres naturais têm um espacinho especial no coração dos cinéfilos – principalmente pelo fato de colocar a majestosa e incontrolável natureza contra a pequenez do homem e sua ambição desmedida. Desde ‘O Dia Depois de Amanhã’ até o recente ‘Destruição Final: O Último Refúgio’, são inúmeros os títulos do gênero em questão – mas um deles tornou-se um clássico da Sessão da Tarde e ainda é revisitado por inúmeros espectadores: ‘Impacto Profundo’.
Lançado em 1998, o longa-metragem foi lançado na mesma época que ‘Armageddon’ e ficou um pouco ofuscado, apesar de ter sido relativamente melhor recebido pela crítica internacional. Arrecadando uma considerável bilheteria ao redor do mundo (US$349 milhões), a narrativa trouxe nomes como Robert Duvall e Téa Leoni enfrentando a iminência de um evento catastrófico – um meteoro que irá se chocar com a Terra.
Em comemoração ao seu aniversário de 23 anos, o CinePOP resolveu relembrar a icônica produção ao construir uma breve lista com dez curiosidades de bastidores.
Confira:
HOMENAGEM CIENTÍFICA
Depois de descobrir que um comete estava em rota de colisão com a Terra, um dos astrônomos morre em um acidente de automóvel. A sequência é inspirada na morte real de Eugene Shoemaker, cientista que ajudou a descobrir um cometa que colidiu com Júpiter em 1994.
CELEBRANDO UM LEGADO
O diretor de fotografia Dietrich Lohmann estava muito doente durante a fase de produção do longa-metragem – e o elenco e a equipe criativa descobriram que ele estava morrendo em virtude de leucemia. Uma dedicatória especial foi feita a Lohmann nos créditos finais, visto que ele morreu pouco depois do término das gravações.
AMEAÇA VERDADEIRA
Pouco antes do lançamento do filme, astrônomos anunciaram que o asteroide 1997 XF11 cairia na Terra a uma velocidade de 161 km/h às 18h30min do dia 26 de outubro de 2028, quinta-feira, ajudando a aumentar a venda de ingressos. Pouco depois, uma nova órbita previu que o asteroide em questão desviaria do planeta por 965 mil quilômetros.
FIGURINOS DESCONFORTÁVEIS
Jon Favreau, que interpretou o Dr. Gus Partenza no filme, disse que o elenco ficava bastante desconfortável dentro dos uniformes de astronautas. Durante as pausas, eles tinham que ser pendurados em uma espécie de cabides gigantes pelos trajes e levados para fora para tomar um pouco de ar.
COLABORAÇÃO GOVERNAMENTAL
Vários lugares federais, como a Sala de Situação da Casa Branca e as salas de planejamento estratégico no porão do Pentágono, foram visitados com permissão pelo roteirista Bruce Joel Rubin, para que pudesse realizar pesquisas para os rascunhos iniciais da história.
SPIELBERG NO COMANDO
O aclamado diretor Steven Spielberg estava interessado em dirigir o filme, mas resolveu dar espaço para Mimi Leder (‘A Little Piece of Heaven’) comandar a produção. Spielberg, por sua vez, ficou nos bastidores como produtor executivo.
MAIS DESASTRES
Na edição especial em Blu-ray, mais especificamente no featurette ‘Making an Impact’, é mostrado que havia uma cena no storyboard original que mostrava um navio empalando o Edifício Chrysler na cidade de Nova York, durante a sequência do tsunami. Entretanto, a cena não passou dos primeiros processos de animação digital e, por essa razão, não foi incluída no corte final.
NASA EM PESO
Um dos oficiais da NASA no filme é intepretado por Gerry Griffin, que é, na vida real, ex-diretor de voo da agência espacial. Griffin também presidiu a missão Apollo 12 e, mais tarde, tornou-se diretor do Centro Espacial Johnson, em Houston, Texas.
IMPROVISAÇÃO HILÁRIA
Durante a reunião escolar, um dos estudantes faz a hilária observação: “agora, você vai transar mais que qualquer aluno na sua sala” para o jovem astrônomo Leo Biederman (Elijah Wood). A fala foi improvisada por Jason Dohring e as reações dos outros alunos foram genuínas.
PIADA INTERNA
A nave que vai ao espaço destruir o cometa se chama O Messias (The Messiah, no original). Esse não é apenas um nome apropriado, mas também uma piada interna. Quando o primeiro ônibus espacial estava sendo concebido, a NASA construiu uma maquete em tamanho real. Ela recebeu o apelido de Messias porque, de acordo com controlador de voo Jerry Greene, todos que entravam nela exclamavam “Jesus Cristo!” no tocante ao seu tamanho.