Escrito e dirigido pelo cineasta Stephan Elliott, chegava aos cinemas quase três décadas atrás um filme australiano que marcaria muitos amantes da sétima arte, Priscilla, a Rainha do Deserto. Percorrendo milhares de quilômetros para realizar um show numa região remota do deserto australiano, vamos conhecendo a histórias de três personagens que transformam qualquer pingo de solidão em amor e volta por cima na busca de suas felicidades mesmo quando esbarram no preconceito.
Na trama conhecemos as drag queens Tick (Hugo Weaving) e Adam (Guy Pearce), além da transexual Bernadette (Terence Stamp) que embarcam em uma viagem à bordo de um ônibus para realizar um Show em Alice Springs, um resort chique no deserto da Austrália. O enorme tour acaba servindo como desabafos, com lembranças chegando com toda força e segredos e surpresas que encontram pelo caminho.
Vencedor do Oscar de Melhor Figurino, o longa-metragem é uma divertida e emocionante road trip onde vamos conhecendo os conflitos, dores e amores de três personagens inesquecíveis. Os encontros de desencontros de Tick são os que acabam sustentando a narrativa já que um segredo é seu ponto de partida para a viagem. Adam é a imaturidade em pessoa mas sem deixar de ser forte o suficiente para as dores que sofrera pelo preconceito que vão do passado até o seu presente. Bernadette, a mais velha do grupo está em conflito por um amor que se foi e seu desejo de amar novamente.
Há um olhar delicado e emocionante para a amizade e todos seus embates. Por já sofrerem preconceitos durante toda uma vida, a troca de experiências entre os três geram diálogos memoráveis e inúmeras lições já que o preconceito acaba sendo um ponto de interseção, algo que as personagens já sofrem faz bastante tempo.
Com seu orçamento girando em torno de 2 milhões de dólares, o filme arrecadou quase 30 milhões em bilheterias pelo mundo se tornando um dos maiores sucessos da história do cinema australiano. Se você ainda não viu, não perde tempo: tem na Prime Video!
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