quinta-feira, abril 25, 2024

5 filmes que provam: achar alguém no Tinder pode dar certo!

Quem não conhece o famoso aplicativo de relacionamento que encontra pessoas a partir de um match? Uma das maravilhas da tecnologia, principalmente nos últimos meses com os problemas causados pela pandemia e as quarentenas sendo praticamente uma rotina, o Tinder encontra almas solitárias dando a possibilidade até, de quem sabe, um encontro na vida real! Mesmo quem nunca usou, tenho certeza que ficam curiosos para saber se alguém pode ser seu Match e se a partir disso um relacionamento duradouro pode acontecer. Inclusive a Netflix prepara uma produção indiana chamada IRL: In Real Love (Realmente Apaixonados) que tem o Tinder como um dos seus produtores.

Trazendo esse contexto para nosso universo dos filmes, a cada ano que passa dezenas de produções cinematográficas abordam a questão da sintonia, da tecnologia (ou da distância da mesma), da alma gêmea, de encontros às vezes inusitados a partir de coincidências. Para provar que o destino também pode ser um grande Tinder do universo, e validando as boas chances de conseguir encontrar alguém legal para você usando o aplicativo, resolvemos criar uma lista de 5 filmes que de alguma forma provam que achar alguém no Tinder pode dar certo.

 

As primeiras férias não se esquece jamais!

Como saber que alguém é seu par perfeito? Navegando pelas manias, pelo jeito livre de ser em duas formas de amadurecer dentro de um relacionamento, a despretensiosa comédia francesa As primeiras férias não se esquece jamais! nos mostra uma série de situações que acontecem quando dois estranhos resolvem partirem juntos em uma viagem para um lugar inusitado do planeta. Os opostos se atraem? Brincado com essa questão pelas entrelinhas, o longa-metragem dirigido por Patrick Cassir transcreve de uma nova forma as fábulas do amor e as teorias do senso comum, da normalidade. Uma fita alegre, divertida que brinca com as emoções mas falando sério.

Na trama, conhecemos Ben (Jonathan Cohen) um empresário, hipocondríaco muito ligado à família que possui inúmeras manias. Também conhecemos a desbravadora de novas aventuras Marion (Camille Chamoux), uma desenhista de história em quadrinho que mora com dois amigos em um apartamento em Paris. Esses dois até então estranhos acabam se conhecendo no aplicativo Tinder e logo marcam de se encontrar. Após uma noite muito divertida e especial, logo a primeira deles, combinam de viajarem para um lugar inusitado: a Bulgária! Assim, partem rumo a esse país que pouco conhecem e muitas situações tragicômicas irão passar juntos.

Falando sobre relacionamentos, liberdade, espírito aventureiro, o projeto também ganha contornos cômicos. De drama, vira comédia, de comédia vira aventura e depois volta para o drama. Descobrindo uma nova cultura, Ben e Marion vão se descobrindo ao mesmo tempo que percebem os óbvios defeitos e qualidades um do outro. O fora do comum, as loucuras que aparecem pelo caminho ou fortalece ou distancia de vez essa precoce relação. E que dupla em cena! Cohen e Chamoux possuem uma harmonia fantástica, caminham dentro de um tempo de comédia maravilhoso, profundo e ao mesmo tempo leve em seu discurso. O roteiro aborda a solidão por meio das manias, dos julgamentos, dos aprendizados até ali. Não há uma desconstrução dos personagens mas uma abertura ao amor que é muito bonita de acompanhar. As primeiras férias não se esquece jamais! é um filme leve, pra cima, uma ótima diversão para quem curte rir e refletir.

 

Não deixe de assistir:

Meu Romance Perfeito

A vida é mais do que planilhas. Na superfície da razão existencial do amor, sem pretensões, busca seu espaço de atenção do público quando aborda um assunto atual e de alguma forma explora alguns pontos de vistas sobre as tecnologias dos relacionamentos, Meu Romance Perfeito, disponível no catálogo da Netflix, é um singelo recorte sobre novas formas de amar.

Na trama, conhecemos Wes (Christopher Russell) um homem de negócios que assumiu o comando da empresa de tecnologia da família e ainda busca o respeito de todos pois muitos o acham um filhinho de papai que está no cargo por ser da família. A mãe dele, maior acionista da empresa, pressiona por melhores resultados. Certo dia, em uma reunião de novos negócios descobre que na sua empresa está em desenvolvimento um novo aplicativo de namoro chamado ‘Meu Match perfeito’, desenvolvido pela programadora de sistema Vivian (Kimberly-Sue Murray). Buscando sentido para o projeto, durante um programa de televisão badalado eles topam compartilhar suas aventuras nesse aplicativo, testando assim o próprio produto que acabaram de criar.

Cientistas do amor? Ou almas que não entendem nada do que propõem? Baseado na obra Fortune’s Perfect Valentine escrita por Stella Bagwell e dirigido pelo cineasta Justin G. Dyck o filme percorre seu caminho em volta dos relacionamentos dos novos tempos sem deixar de tentar levantar questões sobre os relacionamentos tradicionais, aqueles da vida real. Mesmo que de maneira bem superficial na forma como mostra as questões familiares por exemplo, principalmente do lado de Wes, o filme parece ter uma essência sonhadora e pode agradar aos que gostam de filmes românticos que vão direto ao ponto de suas reflexões sobre programas como o Tinder e seus semelhantes.

 

Lunchbox

As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem. Mesclando comédia, romance e um drama muito bem estruturado, o filme merece aplausos de pé de todo mundo que ama cinema.

Na curiosa história, conhecemos dois personagens que sofrem por amor, cada um à sua maneira. Saajan Fernandes (interpretado pelo excelente Irrfan Khan) é um homem solitário que está prestes a se aposentar depois de 35 anos na mesma empresa. Já Ila (Nimrat Kaur) é uma mulher que se sente muito sozinha, pois, é rejeitada pelo marido que a trai constantemente.  Quando um equívoco no sistema de entregas de refeições de Mumbai – os Dabbawallahs – acontece, todo almoço preparado por Ila para seu marido vai para Saajan. Assim, essas duas almas carentes por um grande novo amor, constroem juntos um mundo paralelo de amizade, carinho e afeto através de bilhetes deixados nas marmitas nas quais as comidas são entregues. Até que certo dia eles resolvem se conhecer pessoalmente.

O filósofo alemão Schopenhauer costumava dizer que o destino embaralha as cartas, e nós jogamos. Não é verdade? O filme mostra exatamente isso. Há uma ação do destino mas quem dá o final da história são ações dos personagens. Esse ótimo longa-metragem indiano merece ser conferido por todo mundo que acredita nos seus sonhos. Às vezes, o trem errado vai para a estação certa. Nunca deixe de acreditar nisso!

Observação: se as pessoas podem se conhecer através de bilhetes dentro de marmitas trocadas, porque não podem achar alguém no Tinder?

 

Two Night Stand

Como controlar os impulsos da pós-adolescência? Dirigido pelo norte-americano, estreante em longas-metragens, Max Nichols e com um roteiro assinado por Mark Hammer, Two Night Stand é uma comédia com uma pegada independente. Os atores Miles Teller (do espetacular Whiplash) e Analeigh Tipton possuem uma bela harmonia em cena o que releva os inúmeros clichês e a falta de profundidade em alguns diálogos.

Na trama, conhecemos Megan (Analeigh Tipton), uma ex-estudante de medicina que terminara com o noivo recentemente e não consegue se desgrudar da solidão. Certo dia, resolve se cadastrar em um dos inúmeros portais de relacionamentos que existem na internet. Assim, conhece Alec (Miles Teller) um jovem que adora uma piada e que irá passar 48 horas ao lado de Megan. No começo, eles não se entendem mas aos poucos vão começando a descobrir a história de cada um deles.

Chama a atenção a naturalidade e improviso da dupla de protagonistas ao longo de toda a fita. Há muito carisma em cena. O roteiro se camufla de superficial para buscar sua profundidade dentro das várias deixas para assuntos complexos, existenciais, sobre relacionamentos. Two Night Stand pode ser considerado por alguns um filme ‘sessão da tarde’ mas tenta ser diferente ou mesmo maduro em muitos momentos.

 

Newness

Os desafios do amor na era moderna, do Match em cada esquina. Você encontra uma pessoa por um aplicativo de paquera, qual a probabilidade de ser uma relação superficial ou uma relação profunda? Depois de escrever o ótimo roteiro de Like Crazy, o roteirista norte-americano Ben York Jones criou Newness, dirigido por Drake Doremus o drama gira em torno de dois jovens que se conhecem através de um aplicativo de relacionamentos e acabam vivendo uma relação mais intensa do que planejavam, criando estratégias e situações para que ambos não deixem esse encontro cair em uma rotina que na visão inicial deles (quase ingênua) seria o pior dos problemas a enfrentar. Reflexivo, traça um recorte muito interessante sobre relacionamentos.

Na trama, conhecemos Martin (Nicholas Hoult) um jovem farmacêutico, introspectivo, que mora sozinha e possui uma enorme dificuldade de se abrir mas com uma necessidade de relacionamentos intensos e distantes. Em paralelo, também conhecemos Gabi (Laia Costa) que é uma jovem espanhola, de Barcelona, que está nos Estados Unidos trabalhando e estudando. Os dois buscam em aplicativos de relacionamentos paixões a curto prazo, superficiais até que eles se encontram e as coisas que pareciam simples vão ficando muito mais complicadas por conta de um sentimento que vai crescendo e virando rapidamente um grande amor.

É preciso coragem para amar alguém. O ritmo inicial acelerado prepara nossos olhos e nosso pensar reflexivo para o epicentro de tudo: a rotina dentro de um relacionamento. Nas consultas com o psicólogo de casais começam a entender melhor o mundo em comum que compartilham. Buscam então uma espécie de Jogo de honestidade extrema, basicamente um relacionamento aberto, que mesmo sem referências acreditam que estão blindados pelo que sentem. Mas, o que é um relacionamento perfeito? Existe alguma fórmula mágica ou tentamos e tentamos mas alguma coisa tende a não encaixar e a partir daí vira um ceder ou não ceder que pode ou não influenciar decisões sobre o futuro.

Os personagens são muito bem detalhados. Martin com seus problemas emocionais, até mesmo trauma como um relacionamento antigo; Gabi com seu ar de liberdade mas que esconde uma solidão e carência constante. O rumo que essa história se propõe a chegar abre muito mais abas para nosso pensar: momentos felizes são fatos, situações, que a vida nos traz mas será que a felicidade plena existe? Ou o fato de sabermos enfrentar os momentos ruins é a chama do verdadeiro amar? Interessante reflexão.

 

 

 

 

 

 

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