domingo , 22 dezembro , 2024

6 Dicas de Séries para Pirar a Cabeça no estilo de ‘Dark’

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Já terminou de devorar a terceira e última temporada de Dark? Está sentindo os primeiros sintomas da abstinência? Com saudades daquela dor de cabeça de quando você está tentando entender quem é tal personagem e em que ano exatamente estamos? Seus problemas acabaram!

É claro, a série alemã que se tornou sensação na Netflix chegou ao fim, mas isso não quer dizer que você não possa mergulhar em outras séries com abordagem e temas semelhantes. Seja para entender melhor alguns conceitos que a produção trabalha ou simplesmente para continuar vendo séries que desafiam o seu modo de pensar e ver o mundo, acredite: séries confusas não faltam por aí!



Viagens no tempo, paradoxos e os enlaces emocionais causados pela própria confusão que isso gera não foram criações de Baran bo Odar e Jantje Friese. A dupla bebe de muitas fontes que já foram exploradas em outras produções, tanto na TV quanto no cinema. Pensando nisso, o CinePOP reúne mais seis séries que você pode engatar na maratona, para não sentir saudades de se perguntar “mas o que foi que eu acabei de assistir aqui?” ao fim de cada episódio…

Para evitar redundância, a lista deixa de fora duas séries que, embora pudessem integrá-la, já são tão grandes e conhecidas que nós decidimos partir do princípio que você já as assistiu, ou pelo menos conhece por alto. A primeira delas é Lost, e a outra é Stranger Things. É possível ver muito delas nos episódios (seja na trama do garoto desaparecido ou na paixão por mistérios aparentemente sem solução, mas também há outros elementos que você pode encontrar nas séries que estão abaixo!

Assista também:
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The Leftovers

The Leftovers - Nora e Kevin

Uma das melhores séries recentes da HBO e um trabalho de referência no que diz respeito a obras que giram em torno de mistérios indecifráveis, The Leftovers é uma série criada por Damon Lindelof (uma das mentes por trás de Lost) a partir do livro homônimo de Tom Perrota (‘Deixados para Trás’). A história se inicia quando 2% da população mundial desaparece sem nenhuma explicação, e naquilo que alguns acreditam ter sido o arrebatamento. A partir disso, a história acompanha os desdobramentos para a família do policial Kevin Garvey (Justin Theroux) em Mapleton, Nova York.

Diferente do que acontece em Dark, aqui o objetivo não é exatamente encontrar a fonte do problema ou o que causou o desaparecimento, mas sim explorar como os 98% que permaneceram lidam com a dor do luto e aprendem a seguir em frente. Ainda assim, há muitas ressonâncias de ‘The Leftoversna série da Netflix, sobretudo na forma como a 3ª temporada se empenha em nos conectar melhor ao romance de Martha e Jonas. A série tem 3 temporadas e está disponível na HBO.

Fringe

Fringe - Walter, Olivia, Peter e Astrid

Paixão de muitos que sofriam com a possibilidade do cancelamento precoce a cada temporada, Fringe durou por 5 ótimas temporadas exibida pela Warner Channel no Brasil, e acompanha a agente do FBI Olivia Dunham (Anna Torv) em investigações que envolvem ciência de fronteira junto a um cientista excêntrico, Walter Bishop (John Noble) e seu filho, Peter (Joshua Jackson). A história se inicia no velho esquema procedural de casos da semana, que logo se desenvolvem para algo mais interconectado que envolve realidades paralelas e o maior clichê de todos: a salvação pelo amor. 

O mundo de possibilidades aberto por Fringe, uma série criada por J.J. Abrams, se assemelha ao que podemos ver em Dark justamente no que diz respeito à forma como ambas as séries utilizam a ficção científica para mostrar o quanto cada escolha que os personagens fazem reverbera de forma ampla nas vidas deles e de todos ao redor. Alguns dos episódios mais marcantes mesclam com muita maestria estes dois pontos chave, sem deixar de lado a leveza e o bom humor que fazem de Walter um personagem extremamente cativante. 

Westworld

Westworld - Dolores e Teddy

Essa é para ninguém sentir falta de perguntar em que ano estamos. A série criada por Jonathan Nolan (irmão de Christopher Nolan e autor do argumento de ‘Amnésia’) e sua esposa, Lisa Joy, é baseada no filme homônimo de 1973, e leva para as telas da HBO um universo com robôs conscientes em busca da essência do que nos torna humanos. Enquanto as primeiras duas temporadas se passam dentro de um parque para adultos povoado com autômatos que estão ali ao bel prazer dos visitantes, a terceira nos leva para o mundo real e amplia a discussão para temas como vigilância, excesso de informações e o que realmente significa lutar pelo ‘certo’ ou pelo ‘errado’.

Assim como Dark, a série da HBO (que também leva a assinatura de J.J. Abrams) incentiva sua audiência a buscar pistas escondidas nos episódios e olhar nos detalhes para descobrir aquela reviravolta que virá mais tarde. Múltiplas versões de um mesmo personagem? Temos. Idas e vindas no tempo? Temos. Gente que morre, e depois aparece viva, e depois morre, mas depois aparece viva? Temos. Isso tudo com Evan Rachel Wood, Rodrigo Santoro, Thandie Newton, Ed Harris e até mesmo Anthony Hopkins

Legion

Legion - David e Lenny

Mais um quebra-cabeça convidativo, Legioné uma série da Marvel, mas pode esquecer tudo o que você viu no Universo Cinematográfico. Criada para a TV por Noah Hawley (‘Fargo’), a série acompanha David Haller (Dan Stevens), que é o filho do Professor Xavier. A trama não tem uma conexão direta com os filmes, seja do UCM ou dos Mutantes, e justamente por isso amplia o leque de possibilidades sem cometer o crime de subestimar sua audiência. David foi criado por pais adotivos, e no início da série se encontra em um hospital psiquiátrico. Sem ter ideia da existência dos seus poderes, ele é diagnosticado com esquizofrenia, mas quando conhece a intrigante Lenny Busker (Aubrey Plaza) e a misteriosa e apaixonante Syd Barrett (Rachel Keller), ele descobre que está destinado a algo muito maior do que jamais imaginou.

O ponto alto desta série do FX talvez seja a precisão com que usa a cinematografia para contar a história e complementar o universo lúdico que apresenta para o público. Repleta de cores, danças coreografadas e manipulação temporal, Legioné mais sobre a jornada que sobre os mistérios, e a forma quase lisérgica com que expande seus horizontes resgata um tipo de inventividade que raramente se equilibra na maneira certa sem soar excessiva. É a filha vibrante de um álbum do Pink Floyd. 

Watchmen

Watchmen - Angela Abar

Esta provavelmente é a dica mais ‘fora da caixinha’ desta lista, porque não tem uma relação direta com programas de ficção científica ou histórias que envolvem viagens no tempo. Mas a forma como Watchmen vai revelando suas camadas aos poucos, e entregando episódio após episódio uma peça específica de informação sem desvelar o todo pode ser muito intrigante para quem é fissurado por este tipo de mistério. A trama, também de Damon Lindelof, é baseada na graphic novel divisora de águas de Alan Moore e Dave Gibbons, mas vai além para tratar sobre racismo como ele é percebido pela sociedade — fazendo isso através da ótica dos primeiros super-heróis deste universo.

Twin Peaks

Twin Peaks - The Man from Another Place e Laura Palmer

Por último, mas não menos importante, ela, a mãe de nós todos. Twin Peaksé uma das obras essenciais não apenas para a forma como entendemos televisão hoje em dia, mas também para compreendermos por que os mistérios de Dark tomaram uma proporção tão gigantesca e fascinante. A série criada na década de 1990 por David Lynch e Mark Frost se inicia quando o agente do FBI Dale Cooper (Kyle MacLachlan) vai para a cidadezinha homônima investigar o assassinato da jovem Laura Palmer (Sheryl Lee), e encontra um local habitado por cidadãos excêntricos e uma aura de mistério que vai além do que conhecemos como natural. A trama deu origem a várias outras séries que tentam se inspirar nesse modelo, umas com mais sucesso e outras com menos. Mas aqui, mais uma vez, o essencial não é necessariamente compreender todos os pormenores e porquês, mas o efeito geral do microverso sobre os personagens. 

Em 2017, Twin Peaks ganhou uma sequência, intitulada Twin Peaks: O Retorno’, e as três temporadas, juntas, trazem rupturas com o modelo tradicional de contar histórias seriadas que continuam sendo estudadas e servindo de inspiração para o que assistimos nas telinhas. Trata-se de uma série deliciosamente complexa e emotiva, que provoca o tempo todo as nossas percepções e a imaginação. 

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Laysa Zanettihttps://cinepop.com.br
Repórter, Crítica de Cinema e TV formada em Twin Peaks, Fringe, The Leftovers e The Americans. Já vi Laranja Mecânica mais vezes que você e defendo o final de Lost.

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Já terminou de devorar a terceira e última temporada de Dark? Está sentindo os primeiros sintomas da abstinência? Com saudades daquela dor de cabeça de quando você está tentando entender quem é tal personagem e em que ano exatamente estamos? Seus problemas acabaram!

É claro, a série alemã que se tornou sensação na Netflix chegou ao fim, mas isso não quer dizer que você não possa mergulhar em outras séries com abordagem e temas semelhantes. Seja para entender melhor alguns conceitos que a produção trabalha ou simplesmente para continuar vendo séries que desafiam o seu modo de pensar e ver o mundo, acredite: séries confusas não faltam por aí!

Viagens no tempo, paradoxos e os enlaces emocionais causados pela própria confusão que isso gera não foram criações de Baran bo Odar e Jantje Friese. A dupla bebe de muitas fontes que já foram exploradas em outras produções, tanto na TV quanto no cinema. Pensando nisso, o CinePOP reúne mais seis séries que você pode engatar na maratona, para não sentir saudades de se perguntar “mas o que foi que eu acabei de assistir aqui?” ao fim de cada episódio…

Para evitar redundância, a lista deixa de fora duas séries que, embora pudessem integrá-la, já são tão grandes e conhecidas que nós decidimos partir do princípio que você já as assistiu, ou pelo menos conhece por alto. A primeira delas é Lost, e a outra é Stranger Things. É possível ver muito delas nos episódios (seja na trama do garoto desaparecido ou na paixão por mistérios aparentemente sem solução, mas também há outros elementos que você pode encontrar nas séries que estão abaixo!

The Leftovers

The Leftovers - Nora e Kevin

Uma das melhores séries recentes da HBO e um trabalho de referência no que diz respeito a obras que giram em torno de mistérios indecifráveis, The Leftovers é uma série criada por Damon Lindelof (uma das mentes por trás de Lost) a partir do livro homônimo de Tom Perrota (‘Deixados para Trás’). A história se inicia quando 2% da população mundial desaparece sem nenhuma explicação, e naquilo que alguns acreditam ter sido o arrebatamento. A partir disso, a história acompanha os desdobramentos para a família do policial Kevin Garvey (Justin Theroux) em Mapleton, Nova York.

Diferente do que acontece em Dark, aqui o objetivo não é exatamente encontrar a fonte do problema ou o que causou o desaparecimento, mas sim explorar como os 98% que permaneceram lidam com a dor do luto e aprendem a seguir em frente. Ainda assim, há muitas ressonâncias de ‘The Leftoversna série da Netflix, sobretudo na forma como a 3ª temporada se empenha em nos conectar melhor ao romance de Martha e Jonas. A série tem 3 temporadas e está disponível na HBO.

Fringe

Fringe - Walter, Olivia, Peter e Astrid

Paixão de muitos que sofriam com a possibilidade do cancelamento precoce a cada temporada, Fringe durou por 5 ótimas temporadas exibida pela Warner Channel no Brasil, e acompanha a agente do FBI Olivia Dunham (Anna Torv) em investigações que envolvem ciência de fronteira junto a um cientista excêntrico, Walter Bishop (John Noble) e seu filho, Peter (Joshua Jackson). A história se inicia no velho esquema procedural de casos da semana, que logo se desenvolvem para algo mais interconectado que envolve realidades paralelas e o maior clichê de todos: a salvação pelo amor. 

O mundo de possibilidades aberto por Fringe, uma série criada por J.J. Abrams, se assemelha ao que podemos ver em Dark justamente no que diz respeito à forma como ambas as séries utilizam a ficção científica para mostrar o quanto cada escolha que os personagens fazem reverbera de forma ampla nas vidas deles e de todos ao redor. Alguns dos episódios mais marcantes mesclam com muita maestria estes dois pontos chave, sem deixar de lado a leveza e o bom humor que fazem de Walter um personagem extremamente cativante. 

Westworld

Westworld - Dolores e Teddy

Essa é para ninguém sentir falta de perguntar em que ano estamos. A série criada por Jonathan Nolan (irmão de Christopher Nolan e autor do argumento de ‘Amnésia’) e sua esposa, Lisa Joy, é baseada no filme homônimo de 1973, e leva para as telas da HBO um universo com robôs conscientes em busca da essência do que nos torna humanos. Enquanto as primeiras duas temporadas se passam dentro de um parque para adultos povoado com autômatos que estão ali ao bel prazer dos visitantes, a terceira nos leva para o mundo real e amplia a discussão para temas como vigilância, excesso de informações e o que realmente significa lutar pelo ‘certo’ ou pelo ‘errado’.

Assim como Dark, a série da HBO (que também leva a assinatura de J.J. Abrams) incentiva sua audiência a buscar pistas escondidas nos episódios e olhar nos detalhes para descobrir aquela reviravolta que virá mais tarde. Múltiplas versões de um mesmo personagem? Temos. Idas e vindas no tempo? Temos. Gente que morre, e depois aparece viva, e depois morre, mas depois aparece viva? Temos. Isso tudo com Evan Rachel Wood, Rodrigo Santoro, Thandie Newton, Ed Harris e até mesmo Anthony Hopkins

Legion

Legion - David e Lenny

Mais um quebra-cabeça convidativo, Legioné uma série da Marvel, mas pode esquecer tudo o que você viu no Universo Cinematográfico. Criada para a TV por Noah Hawley (‘Fargo’), a série acompanha David Haller (Dan Stevens), que é o filho do Professor Xavier. A trama não tem uma conexão direta com os filmes, seja do UCM ou dos Mutantes, e justamente por isso amplia o leque de possibilidades sem cometer o crime de subestimar sua audiência. David foi criado por pais adotivos, e no início da série se encontra em um hospital psiquiátrico. Sem ter ideia da existência dos seus poderes, ele é diagnosticado com esquizofrenia, mas quando conhece a intrigante Lenny Busker (Aubrey Plaza) e a misteriosa e apaixonante Syd Barrett (Rachel Keller), ele descobre que está destinado a algo muito maior do que jamais imaginou.

O ponto alto desta série do FX talvez seja a precisão com que usa a cinematografia para contar a história e complementar o universo lúdico que apresenta para o público. Repleta de cores, danças coreografadas e manipulação temporal, Legioné mais sobre a jornada que sobre os mistérios, e a forma quase lisérgica com que expande seus horizontes resgata um tipo de inventividade que raramente se equilibra na maneira certa sem soar excessiva. É a filha vibrante de um álbum do Pink Floyd. 

Watchmen

Watchmen - Angela Abar

Esta provavelmente é a dica mais ‘fora da caixinha’ desta lista, porque não tem uma relação direta com programas de ficção científica ou histórias que envolvem viagens no tempo. Mas a forma como Watchmen vai revelando suas camadas aos poucos, e entregando episódio após episódio uma peça específica de informação sem desvelar o todo pode ser muito intrigante para quem é fissurado por este tipo de mistério. A trama, também de Damon Lindelof, é baseada na graphic novel divisora de águas de Alan Moore e Dave Gibbons, mas vai além para tratar sobre racismo como ele é percebido pela sociedade — fazendo isso através da ótica dos primeiros super-heróis deste universo.

Twin Peaks

Twin Peaks - The Man from Another Place e Laura Palmer

Por último, mas não menos importante, ela, a mãe de nós todos. Twin Peaksé uma das obras essenciais não apenas para a forma como entendemos televisão hoje em dia, mas também para compreendermos por que os mistérios de Dark tomaram uma proporção tão gigantesca e fascinante. A série criada na década de 1990 por David Lynch e Mark Frost se inicia quando o agente do FBI Dale Cooper (Kyle MacLachlan) vai para a cidadezinha homônima investigar o assassinato da jovem Laura Palmer (Sheryl Lee), e encontra um local habitado por cidadãos excêntricos e uma aura de mistério que vai além do que conhecemos como natural. A trama deu origem a várias outras séries que tentam se inspirar nesse modelo, umas com mais sucesso e outras com menos. Mas aqui, mais uma vez, o essencial não é necessariamente compreender todos os pormenores e porquês, mas o efeito geral do microverso sobre os personagens. 

Em 2017, Twin Peaks ganhou uma sequência, intitulada Twin Peaks: O Retorno’, e as três temporadas, juntas, trazem rupturas com o modelo tradicional de contar histórias seriadas que continuam sendo estudadas e servindo de inspiração para o que assistimos nas telinhas. Trata-se de uma série deliciosamente complexa e emotiva, que provoca o tempo todo as nossas percepções e a imaginação. 

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Repórter, Crítica de Cinema e TV formada em Twin Peaks, Fringe, The Leftovers e The Americans. Já vi Laranja Mecânica mais vezes que você e defendo o final de Lost.

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