domingo , 22 dezembro , 2024

8 Biografias Musicais Brasileiras

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Cazuza: O Tempo Não Para (2004)

É comum em biografias do tipo, utilizarem como título o nome de uma canção famosa do homenageado (quando não usam o nome do músico ou os dois) e é exatamente isso o que foi feito com este longa que abre a lista. Dirigido por Walter Carvalho (Raul: O Início, o Fim e o Meio) e Sandra Werneck (Pequeno Dicionário Amoroso), e baseado no livro de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, O Tempo Não Para relata a trajetória do astro do rock nacional pela década de 1980, até sua morte de Aids em 1990. No filme, Marieta Severo vive Lucinha e Reginaldo Faria é João Araújo, o pai do cantor. Abrilhantando a produção com uma performance totalmente camaleônica está o jovem Daniel de Oliveira, bem antes de sua excelente fase atual no cinema.



2 Filhos de Francisco (2005)

Essa é uma das poucas biografias musicais que não leva o nome de uma música nem o nome dos artistas representados. Aqui, a homenagem é para o pai da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, Francisco José de Camargo. A figura paterna foi o maior incentivo para a carreira dos irmãos, que começou bem cedo, ainda na infância. A vida dura é muito bem representada pelo diretor Breno Silveira (Entre Irmãs) e o longa exala a carga dramática necessária, além de uma grande beleza em seu teor narrativo e de roteiro. Márcio Kieling e Thiago Mendonça incorporam perfeitamente os protagonistas Zezé e Luciano, respectivamente, e Ângelo Antônio tem um dos melhores desempenhos de sua carreira, mesclando doçura e severidade na pele do progenitor. Este é um dos melhores filmes da lista.

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Gonzaga: De Pai para Filho (2012)

2 Filhos de Francisco fez tanto sucesso em seu ano de lançamento, que o cineasta Breno Silveira retornou ao gênero sete anos depois, para uma nova história envolvendo pais e filhos e sua paixão pela música. O relacionamento conturbado entre pai e filho é novamente o foco de uma produção de Silveira, que desta vez joga a luz no nordestino Luiz Gonzaga, considerado o rei do baião. Além de sua história, o filme também centra no relacionamento digno de pé de guerra com o filho – o também músico Gonzaguinha. Dando vida aos ícones da música, Chambinho do Acordeon é a escolha perfeita para Luiz Gonzaga – e faz bom uso dos seus dotes com o instrumento -, e o grande Júlio Andrade personifica Gonzaguinha.

Somos Tão Jovens (2013)

O que Luciano, da dupla Zezé Di Camargo e Luciano, tem a ver com Renato Russo, líder da banda Legião Urbana? Bem, a resposta é o ator Thiago Mendonça, intérprete de ambos os cantores no cinema. Aqui, não temos menção à banda ou ao frontman no título, mas sim a uma das canções mais emblemáticas do grupo – que todo fã reconhece logo de cara. Assim como em Cazuza, vemos narrada em tela a trajetória de um artista considerado um poeta para diversas gerações, e sua jornada junto ao conjunto musical pelo qual ficaria conhecido. No elenco, temos ainda a talentosa Bianca Comparato, presente em Minha Fama de Mau também. A direção é de Antonio Carlos da Fontoura (Espelho da Carne, 1985). Uma curiosidade é que no ano de 2013, a banda Legião Urbana esteve em voga no cinema, já que além desta biografia, foi lançado também Faroeste Caboclo, que adaptou para as telonas outra das imortais canções do grupo. Este ano será lançado nos cinemas Eduardo e Mônica, baseado em outra de suas celebradas músicas.

Tim Maia (2014)

Tim Maia é um dos personagens presentes em Minha Fama de Mau. Embora não seja um dos principais do recente filme (sua participação é pequena), o icônico artista dono de um tremendo vozeirão já ganhou seu próprio longa-metragem. Dirigido por Mauro Lima (Meu Nome Não é Johnny), o filme narra a trajetória do cantor desde a juventude (onde é interpretado por Robson Nunes) no Rio de Janeiro, passando por sua viagem aos EUA, onde descobriu uma nova sonoridade e a verdadeira paixão pela música, até o auge do estrelato – já nas formas impressionantes de Babu Santana (ótimo em cena) -, e sua precoce morte aos 55 anos. A produção conta ainda com as presenças do ex-casal Cauã Reymond e Alinne Moraes, em papeis de importância para a trama.

Crítica | Tim Maia

Elis (2016)

Uma das artistas mais adoradas de todos os tempos no país, Elis Regina teve uma significância extrema para a cultura nacional, o movimento da MPB, e sua influência pode ser sentida até hoje. Quem tem a difícil tarefa de personificar esta personalidade maior que a vida é a bela Andréia Horta – que incorpora seus trejeitos e maneirismos de forma certeira. Caco Ciocler e Júlio Andrade completam o elenco principal. Quem dirige é o estreante no cinema Hugo Prata, mais conhecido pela série infantil Castelo Rá-Tim-Bum.

Crítica | Elis

Simonal (2018)

Exibido ano passado no Festival do Rio, e com lançamento prometido para setembro deste ano em grande circuito, Simonal é a biografia do controverso cantor Wilson Simonal – que já havia rendido o documentário Ninguém Sabe o Duro que Dei (2009) e foi citado no recente Chacrinha: O Velho Guerreiro (2018). A maior polêmica envolvendo o cantor é a especulação de que ele teria ajudado a ditadura militar durante a década de 1960, fato que o tornou maldito dentre seus colegas de profissão. Leonardo Domingues (estreando no cinema) é quem dirige. Uma curiosidade é a reunião da dupla Fabrício Boliveira e Isis Valverde, protagonistas de Faroeste Caboclo (2013). Aqui, Boliveira vive Simonal, enquanto Valverde é Tereza, seu grande amor.

Crítica| Simonal – Cinebiografia do cantor é mais atual do que nunca

Minha Fama de Mau (2019)

E terminamos a lista com o filme que a motivou. Minha Fama de Mau, como citado, é um atestado de amor a uma era muito específica – mais inocente, sofisticada, onde a arte pulsava. Nela, somos guiados por Erasmo Carlos, um jovem com sonhos de fama e sucesso, que termina por, ao lado de duas outras figuras centrais (Roberto Carlos e Wanderléa), criar o movimento conhecido como Jovem Guarda, uma verdadeira revolução cultural. Chay Suede, Gabriel Leone e Malu Rodrigues são os intérpretes de Erasmo, Roberto e Wanderléa respectivamente. A direção é de Lui Farias.

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Cazuza: O Tempo Não Para (2004)

É comum em biografias do tipo, utilizarem como título o nome de uma canção famosa do homenageado (quando não usam o nome do músico ou os dois) e é exatamente isso o que foi feito com este longa que abre a lista. Dirigido por Walter Carvalho (Raul: O Início, o Fim e o Meio) e Sandra Werneck (Pequeno Dicionário Amoroso), e baseado no livro de Lucinha Araújo, mãe de Cazuza, O Tempo Não Para relata a trajetória do astro do rock nacional pela década de 1980, até sua morte de Aids em 1990. No filme, Marieta Severo vive Lucinha e Reginaldo Faria é João Araújo, o pai do cantor. Abrilhantando a produção com uma performance totalmente camaleônica está o jovem Daniel de Oliveira, bem antes de sua excelente fase atual no cinema.

2 Filhos de Francisco (2005)

Essa é uma das poucas biografias musicais que não leva o nome de uma música nem o nome dos artistas representados. Aqui, a homenagem é para o pai da dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, Francisco José de Camargo. A figura paterna foi o maior incentivo para a carreira dos irmãos, que começou bem cedo, ainda na infância. A vida dura é muito bem representada pelo diretor Breno Silveira (Entre Irmãs) e o longa exala a carga dramática necessária, além de uma grande beleza em seu teor narrativo e de roteiro. Márcio Kieling e Thiago Mendonça incorporam perfeitamente os protagonistas Zezé e Luciano, respectivamente, e Ângelo Antônio tem um dos melhores desempenhos de sua carreira, mesclando doçura e severidade na pele do progenitor. Este é um dos melhores filmes da lista.

Gonzaga: De Pai para Filho (2012)

2 Filhos de Francisco fez tanto sucesso em seu ano de lançamento, que o cineasta Breno Silveira retornou ao gênero sete anos depois, para uma nova história envolvendo pais e filhos e sua paixão pela música. O relacionamento conturbado entre pai e filho é novamente o foco de uma produção de Silveira, que desta vez joga a luz no nordestino Luiz Gonzaga, considerado o rei do baião. Além de sua história, o filme também centra no relacionamento digno de pé de guerra com o filho – o também músico Gonzaguinha. Dando vida aos ícones da música, Chambinho do Acordeon é a escolha perfeita para Luiz Gonzaga – e faz bom uso dos seus dotes com o instrumento -, e o grande Júlio Andrade personifica Gonzaguinha.

Somos Tão Jovens (2013)

O que Luciano, da dupla Zezé Di Camargo e Luciano, tem a ver com Renato Russo, líder da banda Legião Urbana? Bem, a resposta é o ator Thiago Mendonça, intérprete de ambos os cantores no cinema. Aqui, não temos menção à banda ou ao frontman no título, mas sim a uma das canções mais emblemáticas do grupo – que todo fã reconhece logo de cara. Assim como em Cazuza, vemos narrada em tela a trajetória de um artista considerado um poeta para diversas gerações, e sua jornada junto ao conjunto musical pelo qual ficaria conhecido. No elenco, temos ainda a talentosa Bianca Comparato, presente em Minha Fama de Mau também. A direção é de Antonio Carlos da Fontoura (Espelho da Carne, 1985). Uma curiosidade é que no ano de 2013, a banda Legião Urbana esteve em voga no cinema, já que além desta biografia, foi lançado também Faroeste Caboclo, que adaptou para as telonas outra das imortais canções do grupo. Este ano será lançado nos cinemas Eduardo e Mônica, baseado em outra de suas celebradas músicas.

Tim Maia (2014)

Tim Maia é um dos personagens presentes em Minha Fama de Mau. Embora não seja um dos principais do recente filme (sua participação é pequena), o icônico artista dono de um tremendo vozeirão já ganhou seu próprio longa-metragem. Dirigido por Mauro Lima (Meu Nome Não é Johnny), o filme narra a trajetória do cantor desde a juventude (onde é interpretado por Robson Nunes) no Rio de Janeiro, passando por sua viagem aos EUA, onde descobriu uma nova sonoridade e a verdadeira paixão pela música, até o auge do estrelato – já nas formas impressionantes de Babu Santana (ótimo em cena) -, e sua precoce morte aos 55 anos. A produção conta ainda com as presenças do ex-casal Cauã Reymond e Alinne Moraes, em papeis de importância para a trama.

Crítica | Tim Maia

Elis (2016)

Uma das artistas mais adoradas de todos os tempos no país, Elis Regina teve uma significância extrema para a cultura nacional, o movimento da MPB, e sua influência pode ser sentida até hoje. Quem tem a difícil tarefa de personificar esta personalidade maior que a vida é a bela Andréia Horta – que incorpora seus trejeitos e maneirismos de forma certeira. Caco Ciocler e Júlio Andrade completam o elenco principal. Quem dirige é o estreante no cinema Hugo Prata, mais conhecido pela série infantil Castelo Rá-Tim-Bum.

Crítica | Elis

Simonal (2018)

Exibido ano passado no Festival do Rio, e com lançamento prometido para setembro deste ano em grande circuito, Simonal é a biografia do controverso cantor Wilson Simonal – que já havia rendido o documentário Ninguém Sabe o Duro que Dei (2009) e foi citado no recente Chacrinha: O Velho Guerreiro (2018). A maior polêmica envolvendo o cantor é a especulação de que ele teria ajudado a ditadura militar durante a década de 1960, fato que o tornou maldito dentre seus colegas de profissão. Leonardo Domingues (estreando no cinema) é quem dirige. Uma curiosidade é a reunião da dupla Fabrício Boliveira e Isis Valverde, protagonistas de Faroeste Caboclo (2013). Aqui, Boliveira vive Simonal, enquanto Valverde é Tereza, seu grande amor.

Crítica| Simonal – Cinebiografia do cantor é mais atual do que nunca

Minha Fama de Mau (2019)

E terminamos a lista com o filme que a motivou. Minha Fama de Mau, como citado, é um atestado de amor a uma era muito específica – mais inocente, sofisticada, onde a arte pulsava. Nela, somos guiados por Erasmo Carlos, um jovem com sonhos de fama e sucesso, que termina por, ao lado de duas outras figuras centrais (Roberto Carlos e Wanderléa), criar o movimento conhecido como Jovem Guarda, uma verdadeira revolução cultural. Chay Suede, Gabriel Leone e Malu Rodrigues são os intérpretes de Erasmo, Roberto e Wanderléa respectivamente. A direção é de Lui Farias.

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