quinta-feira , 14 novembro , 2024

Amor a Toda Prova

 

Há filmes tão ruins, mas tão ruins que merecem ser visto nem que seja por uma curiosidade, digamos, masoquista. Amor a Toda Prova não chega a isso, mas provoca bocejos e insatisfação do espectador. A atual safra de comédias românticas da pomposa indústria hollywoodiana tem deixado muito a desejar. Tramas bobas e elenco valioso, numa mistura que não funciona adequadamente. Resta ao espectador perguntar onde está o bom senso dos realizadores.
O careta Cal Weaver (Steve Carell) tem quarenta e poucos anos e uma vida perfeita – um bom emprego, uma casa legal, filhos ideais e um casamento com sua namorada do colégio. Mas quando Cal descobre que sua esposa Emily (Julianne Moore) o está traindo e quer o divórcio, sua vida “perfeita” desaba rapidamente. E para piorar, faz décadas que Cal não tem um encontro amoroso e ele é justamente a definição de alguém sem charme.

O intrigante plot point da narrativa é o seu ponto mais interessante. É aquele momento dos roteiros que os roteiristas ainda seguem a lógica de Aristóteles e utilizam uma guinada surpreendente bem próxima ao final, desviando (ou afunilando) os acontecimentos até então apresentados. Até entendermos os motivos que fazem o enredo se dividir em três histórias fragmentadas, ficamos perdidos, doidos para condenar o filme num texto futuro, já pré-fabricado na mente para publicação. No entanto, a linha narrativa é explicada e apresentada de forma coerente nos minutos finais. Mas isso ainda não é suficiente.



Com quase 120 minutos de duração, as tentativas de fazer rir não funcionam bem. É constrangedor ver os atores talentosos como Ryan Gosling (Cálculo Mortal), Juliane Moore (As Horas, estupenda!), Steven Carrel (O Virgem de 40 anos) e Emma Stone (A Mentira) num festival de canastrice. Nada parece funcionar. No que tange a metalinguagem, mais equívocos: o pastiche de Dirty Dancing – Ritmo Quente não surte efeito e a sátira ligeira a Crepúsculo é artificial. Pior que ser sem graça é não se assumir como mais um besteirol americano dos grandes. Muito feio diretor. Muito feio roteirista. Vergonha alheia para os protagonistas.

Enredo frouxo e tecnicamente mais do mesmo. Desperdício total do seu tempo. Assista se tiver paciência. Ademais, boa sorte.

 

 

Crítica por: Leonardo Campos

 

 

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Há filmes tão ruins, mas tão ruins que merecem ser visto nem que seja por uma curiosidade, digamos, masoquista. Amor a Toda Prova não chega a isso, mas provoca bocejos e insatisfação do espectador. A atual safra de comédias românticas da pomposa indústria hollywoodiana tem deixado muito a desejar. Tramas bobas e elenco valioso, numa mistura que não funciona adequadamente. Resta ao espectador perguntar onde está o bom senso dos realizadores.
O careta Cal Weaver (Steve Carell) tem quarenta e poucos anos e uma vida perfeita – um bom emprego, uma casa legal, filhos ideais e um casamento com sua namorada do colégio. Mas quando Cal descobre que sua esposa Emily (Julianne Moore) o está traindo e quer o divórcio, sua vida “perfeita” desaba rapidamente. E para piorar, faz décadas que Cal não tem um encontro amoroso e ele é justamente a definição de alguém sem charme.

O intrigante plot point da narrativa é o seu ponto mais interessante. É aquele momento dos roteiros que os roteiristas ainda seguem a lógica de Aristóteles e utilizam uma guinada surpreendente bem próxima ao final, desviando (ou afunilando) os acontecimentos até então apresentados. Até entendermos os motivos que fazem o enredo se dividir em três histórias fragmentadas, ficamos perdidos, doidos para condenar o filme num texto futuro, já pré-fabricado na mente para publicação. No entanto, a linha narrativa é explicada e apresentada de forma coerente nos minutos finais. Mas isso ainda não é suficiente.

Com quase 120 minutos de duração, as tentativas de fazer rir não funcionam bem. É constrangedor ver os atores talentosos como Ryan Gosling (Cálculo Mortal), Juliane Moore (As Horas, estupenda!), Steven Carrel (O Virgem de 40 anos) e Emma Stone (A Mentira) num festival de canastrice. Nada parece funcionar. No que tange a metalinguagem, mais equívocos: o pastiche de Dirty Dancing – Ritmo Quente não surte efeito e a sátira ligeira a Crepúsculo é artificial. Pior que ser sem graça é não se assumir como mais um besteirol americano dos grandes. Muito feio diretor. Muito feio roteirista. Vergonha alheia para os protagonistas.

Enredo frouxo e tecnicamente mais do mesmo. Desperdício total do seu tempo. Assista se tiver paciência. Ademais, boa sorte.

 

 

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