O intrigante plot point da narrativa é o seu ponto mais interessante. É aquele momento dos roteiros que os roteiristas ainda seguem a lógica de Aristóteles e utilizam uma guinada surpreendente bem próxima ao final, desviando (ou afunilando) os acontecimentos até então apresentados. Até entendermos os motivos que fazem o enredo se dividir em três histórias fragmentadas, ficamos perdidos, doidos para condenar o filme num texto futuro, já pré-fabricado na mente para publicação. No entanto, a linha narrativa é explicada e apresentada de forma coerente nos minutos finais. Mas isso ainda não é suficiente.
Com quase 120 minutos de duração, as tentativas de fazer rir não funcionam bem. É constrangedor ver os atores talentosos como Ryan Gosling (Cálculo Mortal), Juliane Moore (As Horas, estupenda!), Steven Carrel (O Virgem de 40 anos) e Emma Stone (A Mentira) num festival de canastrice. Nada parece funcionar. No que tange a metalinguagem, mais equívocos: o pastiche de Dirty Dancing – Ritmo Quente não surte efeito e a sátira ligeira a Crepúsculo é artificial. Pior que ser sem graça é não se assumir como mais um besteirol americano dos grandes. Muito feio diretor. Muito feio roteirista. Vergonha alheia para os protagonistas.
Enredo frouxo e tecnicamente mais do mesmo. Desperdício total do seu tempo. Assista se tiver paciência. Ademais, boa sorte.
Crítica por: Leonardo Campos