sábado , 16 novembro , 2024

Apocalypse Now

 

 

“Apocalypse Now” de Francis Ford Coppola (baseado no livro de Joseph Conrad) é desses filmes que surgem a cada 20, 30 anos tamanha é sua genialidade, portanto, se você ainda não viu o filme (você é um dos poucos!!) não perca essa oportunidade (o DVD da versão “Redux” está nas locadoras – alugue, adiante a seqüência dos franceses que foi incluída e assista ao resto com a maior atenção do mundo).

Tudo neste filme é espetacular a começar pelo nome que é excelente. Existem lá certas pessoas que dizem que o final é fraco (eu li algum crítico dizendo isso) e a esse respeito só posso dizer que a insanidade foi além do filme e atingiu certos críticos. Também existem umas poucas pessoas que consideram “Nascido Para Matar” (de Stanley Kubrick) como um filme superior, mais uma vez, a insanidade paira no ar. Ok, isso dito, vamos a obra prima.



“Apocalypse Now” (totalmente injustiçado pelo Oscar – levou apenas dois prêmios – fotografia e som) é muito mais do que um filme de guerra, é um filme sobre a influência que uma guerra gera nas pessoas, sobre o quão despropositados são os atos cometidos em uma guerra, é um filme surreal e – por mais contraditório que seja – ao mesmo tempo cruelmente real…

O filme de Coppola se passa no Vietnã – mas poderia se passar em qualquer outra guerra – e é lá que o Capitão Willard (Martin Sheen – que teve um famoso ataque cardíaco durante as filmagens nas Filipinas – os bastidores da complicada filmagem são um filme a parte – atrasando assim, a produção de um filme que era visto por todos como uma loucura de Coppola) é encarregado de encontrar (e exterminar) o renegado Coronel Kurtz (Marlon Brando) que enlouqueceu e fundou uma seita no meio da selva.

Desde a primeira seqüência do filme dá pra perceber a genialidade (estou voltando a essa palavra por não conseguir pensar em outra melhor…) pela qual Coppola e todo elenco estavam tomados durante as filmagens. A cena, com Martin Sheen bêbado no quarto, a música do Doors, o som dos helicópteros se confundindo com o som do ventilador de teto é simplesmente espetacular, e daí em diante não há um só momento de “Apocalypse Now” que não seja sensacional (não custa repetir que na versão “Redux” a maior seqüência incluída – a dos franceses – não condiz com o resto do filme, portanto se você assistir a essa versão, esqueça a seqüência citada).

Um dos pontos altíssimos do filme é o personagem de Robert Duvall, o coronel surfista Bill Kilgore, que é (mais uma vez) genial (na versão “Redux” o personagem de Duvall ganha mais espaço para mostrar as suas maluquices). É dele a mais famosa frase do filme “adoro o cheiro de napalm pela manhã” e também se deve a ele uma das mais surreais seqüências de “Apocalypse Now”, aquela em que ao som de “A Cavalgada das Valquírias”, de Wagner, helicópteros americanos atacam uma vila vietcongue.

Outro ótimo personagem é o seguidor alucinado do Coronel Kurtz feito por Dennis Hopper (que à época das filmagens vivia envolvido com drogas e eu arrisco dizer que a loucura vista na tela vai além de uma grande interpretação).

Além das ótimas atuações de Duvall e Hopper o filme ainda tem Marlon Brando – sempre envolto por sombras na versão original (foi uma exigência do ator que começava em 79 a ganhar as formas arredondadas de hoje) e aparecendo no claro na versão “Redux” – que compõe o insano Coronel Kurtz magistralmente. Sem esquecer de Martin Sheen excelente – inesquecível a cena em que ele levanta da água. (ainda temos no filme Laurence Fishburne – adolescente – como um dos soldados que parte em missão com o Capitão Willard e uma rápida aparição de Harrison Ford).

Contando com excelentes interpretações, direção excepcional e uma fotografia de chorar de tão boa (de Vittorio Storaro), “Apocalypse Now” é um filme estarrecedor e extremamente complexo, absolutamente obrigatório a todo fã de cinema. É sem dúvida um marco da sétima arte e dificilmente será superado algum dia.

 
Crítica por: Juliana de Paula 

 

 

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“Apocalypse Now” de Francis Ford Coppola (baseado no livro de Joseph Conrad) é desses filmes que surgem a cada 20, 30 anos tamanha é sua genialidade, portanto, se você ainda não viu o filme (você é um dos poucos!!) não perca essa oportunidade (o DVD da versão “Redux” está nas locadoras – alugue, adiante a seqüência dos franceses que foi incluída e assista ao resto com a maior atenção do mundo).

Tudo neste filme é espetacular a começar pelo nome que é excelente. Existem lá certas pessoas que dizem que o final é fraco (eu li algum crítico dizendo isso) e a esse respeito só posso dizer que a insanidade foi além do filme e atingiu certos críticos. Também existem umas poucas pessoas que consideram “Nascido Para Matar” (de Stanley Kubrick) como um filme superior, mais uma vez, a insanidade paira no ar. Ok, isso dito, vamos a obra prima.

“Apocalypse Now” (totalmente injustiçado pelo Oscar – levou apenas dois prêmios – fotografia e som) é muito mais do que um filme de guerra, é um filme sobre a influência que uma guerra gera nas pessoas, sobre o quão despropositados são os atos cometidos em uma guerra, é um filme surreal e – por mais contraditório que seja – ao mesmo tempo cruelmente real…

O filme de Coppola se passa no Vietnã – mas poderia se passar em qualquer outra guerra – e é lá que o Capitão Willard (Martin Sheen – que teve um famoso ataque cardíaco durante as filmagens nas Filipinas – os bastidores da complicada filmagem são um filme a parte – atrasando assim, a produção de um filme que era visto por todos como uma loucura de Coppola) é encarregado de encontrar (e exterminar) o renegado Coronel Kurtz (Marlon Brando) que enlouqueceu e fundou uma seita no meio da selva.

Desde a primeira seqüência do filme dá pra perceber a genialidade (estou voltando a essa palavra por não conseguir pensar em outra melhor…) pela qual Coppola e todo elenco estavam tomados durante as filmagens. A cena, com Martin Sheen bêbado no quarto, a música do Doors, o som dos helicópteros se confundindo com o som do ventilador de teto é simplesmente espetacular, e daí em diante não há um só momento de “Apocalypse Now” que não seja sensacional (não custa repetir que na versão “Redux” a maior seqüência incluída – a dos franceses – não condiz com o resto do filme, portanto se você assistir a essa versão, esqueça a seqüência citada).

Um dos pontos altíssimos do filme é o personagem de Robert Duvall, o coronel surfista Bill Kilgore, que é (mais uma vez) genial (na versão “Redux” o personagem de Duvall ganha mais espaço para mostrar as suas maluquices). É dele a mais famosa frase do filme “adoro o cheiro de napalm pela manhã” e também se deve a ele uma das mais surreais seqüências de “Apocalypse Now”, aquela em que ao som de “A Cavalgada das Valquírias”, de Wagner, helicópteros americanos atacam uma vila vietcongue.

Outro ótimo personagem é o seguidor alucinado do Coronel Kurtz feito por Dennis Hopper (que à época das filmagens vivia envolvido com drogas e eu arrisco dizer que a loucura vista na tela vai além de uma grande interpretação).

Além das ótimas atuações de Duvall e Hopper o filme ainda tem Marlon Brando – sempre envolto por sombras na versão original (foi uma exigência do ator que começava em 79 a ganhar as formas arredondadas de hoje) e aparecendo no claro na versão “Redux” – que compõe o insano Coronel Kurtz magistralmente. Sem esquecer de Martin Sheen excelente – inesquecível a cena em que ele levanta da água. (ainda temos no filme Laurence Fishburne – adolescente – como um dos soldados que parte em missão com o Capitão Willard e uma rápida aparição de Harrison Ford).

Contando com excelentes interpretações, direção excepcional e uma fotografia de chorar de tão boa (de Vittorio Storaro), “Apocalypse Now” é um filme estarrecedor e extremamente complexo, absolutamente obrigatório a todo fã de cinema. É sem dúvida um marco da sétima arte e dificilmente será superado algum dia.

 
Crítica por: Juliana de Paula 

 

 

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