Estrelado por Bryce Dallas Howard, Sam Rockwell, Henry Cavill e vários outros, ‘Argylle – O Superespião’ é a mais recente superprodução do conhecido diretor Matthew Vaughn (‘Kingsman’) e chegou recentemente aos cinemas nacionais.
A produção gira em torno de Elly Conway (Howard), uma escritora de livros de espionagem que se tornou mundialmente famosa ao assinar a saga de aventura Argylle. Entretanto, sua vida reclusa e introspectiva passa por uma grande mudança quando ela vira alvo de uma organização secreta conhecida como Divisão, que quer encontrá-la e obrigá-la a escrever o último capítulo do quinto volume da saga – visto que Elly, de alguma maneira, conseguiu prever eventos geopolíticos de extrema importância e, agora, pode ser a única chave para encontrar um main frame que contém informações sobre agentes que cometeram graves delitos ao longo de sua carreira.
Conhecendo a filmografia de Vaughn, era óbvio que poderíamos esperar reviravoltas inesperadas ao longo da narrativa – e ‘Argylle’ não nos apresenta com apenas uma delas, mas vários twists que explicam o que acontece a Elly. Afinal, como já mencionado, ela criou o personagem de Aubrey Argylle (que, dentro do universo metalinguístico, é interpretado por Cavill) e, de alguma forma, essa persona fictícia é espelho de diversos acontecimentos. Mas o que explica isso?
Conforme vamos aprendendo, Elly parece desconexa do mundo real que a cerca, preferindo se enclausurar em sua casa ao lado do gato do que engajar em qualquer tipo de conflito – algo que é obrigada a fazer quando é “resgatada” por Aidan (Rockwell), que a protege à medida que a leva a uma jornada de autodescobrimento, culminada no encontro da dupla com o misterioso Alfred Solomon (Samuel L. Jackson). Outrora trabalhando para a perigosa organização controlada por Ritter (Bryan Cranston), ele se rebelou contra seus superiores e se isolou em um vinhedo no interior da França. Alfred é responsável por revelar a Elly que ela, na verdade, é uma agente da Divisão chamada Rachel Kylle (R. Kylle, cuja sonoridade deu origem a Argylle), que desapareceu há cinco anos após ser dada como morta.
Na verdade, Rachel, unindo-se a Aidan, estava prestes a encontrar a chave que continha o main frame com os dados de todos os membros da organização, até ser capturada pela Dra. Madeline Vogeler (Catherine O’Hara) e pelo Diretor Ritter. Madeline performou uma lavagem cerebral em Rachel, fazendo-a acreditar em uma vida totalmente falsificada, que colocava a doutora e Ritter como seus pais, Ruth e Barry.
Através de técnicas de hipnose, a dupla a incitou, de forma indireta, a escrever os romances de espionagem sobre Argylle através de um diário forjado, em que ambos escreveram os acontecimentos até o momento antes dela encontrar o main frame. Não demoraria muito para Elly, relembrando-se pouco a pouco do que houve, assinar a conclusão de uma épica história que não era apenas ficção, e sim fragmentos de sua vida como espiã voltando à tona e dando todos os detalhes necessários para que os verdadeiros antagonistas, Barry e Ruth, pudessem colocar as mãos no main frame e impedir que os dados fossem colocados a público – e sua reputação, manchada.
Eventualmente, Rachel acaba se lembrando de quem é, mas sem abandonar por completo sua vida como Elly, derrotando aqueles que a enganaram e fazendo questão de que os dados em questão fossem enviados para Alfred e a justiça fosse feita. E isso não é tudo: ela também continua a escrever seus romances, mantendo-se fiel a um novo lado de sua personalidade que sempre esteve escondida – e que, de maneira irônica e quase sádica, começou a fazer parte dela.
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