Sinopse: Christine negou um empréstimo bancário para uma idosa, o que a levou a entregar sua casa. A mulher lança uma maldição sobre Christine, que se vê perseguida por um demônio que recolherá sua alma em três dias.
Os fãs de terror têm o que comemorar com a volta do diretor Sam Raimi para o gênero. Desde 2000, com O Dom da Premonição, Sam estava ocupado demais com a trilogia do Homem-Aranha e afastou-se dos sustos e espíritos malignos. Sua fama nesse meio nasceu na década de 1980 com A Morte do Demônio, para relembrar seu início de carreira o logotipo da Universal Pictures e a forma de apresentação dos créditos iniciais de Arraste-me para o Inferno (Drag Me to Hell) remetem a essa época.
Depois de tanto tempo sem se envolver com suspense e terror, Raimi mostra-se muito em forma e os sustos são abundantes. Outra reação garantida nas salas de cinema será o riso, já que o roteiro não se contém para exagerar nas situações nojentas que a protagonista se submeterá em sua desesperada jornada e para criar cenas que não se levam a sério.
A história é bem montada e criativa, trazendo elementos novos na medida exata para o filme não ficar parado ou repetitivo. A recorrente imagem da vilã é explorada ao máximo para criar ódio no público e, ao mesmo tempo, tornar-se mais uma oportunidade para a comédia.
Mesmo tendo à disposição a beleza de Alison Lohman (Coisas que Perdemos pelo Caminho), o diretor não apela para cenas eróticas, como muitos outros realizadores do gênero tendem a decair. Assim, o que poderia ser apenas um filme para garotos não ofende as moças que se aventurarem a assisti-lo.
Quem realmente gosta de terror à moda antiga não pode perder Arraste-me para o Inferno.
Crítica por: Edu Fernandes (HomemNerd)