Sinopse: Dawn perde seu marido repentinamente, por causa de um ataque cardíaco, e tem de cuidar sozinha dos filhos. Simone, a única menina na família, acredita que o espírito do pai agora habita a árvore que fica na frente da casa deles.
A produção franco-australiana A Árvore (The Tree) tinha tudo para passar despercebida pelos olhos do público, mas dois fatores concederam ao filme certo destaque. A presença de Charlotte Gainsbourg (Anticristo) encabeçando o elenco por si só já é um atrativo, mas o longa também foi muito bem cotado durante sua passagem pela Mostra de Cinema de São Paulo.
Todo esse alarde em torno do título pareceu, pelo menos para esse crítico, descabido. O filme realmente tem suas qualidades, mas é mediano, em geral. É esperado que uma produção que ganha tanta falação positiva durante um dos festivais de cinema mais conceituados do Brasil seja realmente uma obra singular – o que não é o caso.
A Árvore merece elogios pela forma como sua história é conduzida, como somos convidados a ver a dinâmica de uma família que tem de mudar muito de sua rotina por causa de uma tragédia repentina. Entretanto, o enredo desenvolve-se e termina sem grandes sobressaltos, sem emoção à flor da pele.
Outro ponto positivo do filme está na ambiguidade que permeia a questão central de sua história. Se a árvore realmente abriga o espírito do finado esposo/pai não parece importar, mas não há como negar que indícios de que isso tenha acontecido não faltam. O que é mais interessante nesse sentido é a forma como esse aspecto mágico consegue encaixar-se com perfeição em um roteiro que, no demais, é bem realista.
Crítica por: Edu Fernandes (CineDude)