quinta-feira , 26 dezembro , 2024

As 10 MELHORES Animações da Década (Até Agora)

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O gênero animado tem um lugarzinho especial no coração dos cinéfilos – e, depois de muito lutar para se consagrar como um dos desmembramentos da sétima arte e passível de enorme reconhecimento como arte cinematográfica.

Pensando nisso (e celebrando incríveis títulos que vêm saindo ano a ano), preparamos uma breve matéria elencando as dez melhores animações da década até agora – abrangendo apenas os longas-metragens que façam parte desse estilo.



Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual a sua favorita:

10. ENCANTO (2021)

Encanto se alicerça no gênero musical com exuberância plena e invejável, colocando a responsabilidade da trilha sonora nas mãos de Germaine Franco e do multitalentoso Lin-Manuel Miranda – logo de cara imprimindo a identidade sonora que o colocou no topo do mundo com ‘Hamilton’ e ‘Moana’. Diferente de tantas músicas que eternizaram o panteão da Casa Mouse, a épica instrumental recebe um tratamento distinto, em que a elegância orquestral é transformada em uma festa de tirar o fôlego, que inclui o uso de cajóns, violões, chocalhos, bumbos, flautas e vários outros (e aqui faço menção especial às impecáveis faixas “Surface Pressure” e “We Don’t Talk About Bruno”, que remam contra a maré em direção a uma originalidade estonteante que incrementa a trama do melhor jeito)” – Thiago Nolla

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9. RED – CRESCER É UMA FERA (2022)

“[…] é impossível desassociar o filme de uma originalidade imagética que nunca foi vista dentro da companhia e que celebra uma cultura que, cada vez mais, se insere no cenário hollywoodiano e norte-americano. As expressões arquitetadas para os personagens partem de uma estética que relembra os mangás e os doramas, com referências que viajam desde ‘Sakura’ a ‘Cavaleiros do Zodíaco’ a ‘Pokémon’, enquanto a transformação de Mei Lee em panda se vale do significado espiritual de paciência para os chineses (algo que a protagonista precisa encontrar, mesmo em meio a obstáculos)” – T.N.

8. SOUL (2020)

[Pete] Docter começou a trabalhar no longa-metragem ainda em 2016, desenvolvendo conceitos que dialogassem com as entidades abstratas que regem a origem de tudo. Em um lugar para além da prática cronologia que conhecemos, a medição de algo impalpável é nada mais que uma tentativa esdrúxula de ter poder sobre o subjetivo, sobre uma ideia. É por essa razão que o minimalismo imagético é a força-motriz da obra, entrando em conflito espasmódico com o proposital excesso das sequências na Terra – marcando uma profunda quebra entre as produções anteriores do diretor e o que lhe aguarda no futuro” – T.N.

7. WOLFWALKERS (2020)

Nessa subestimada e irretocável animação, somos transportados a uma época de superstição e magia, em que uma jovem aprendiz de caçadora, Robyn Goodfellowe, viaja para a Irlanda com seu pai para exterminar a última matilha de lobos. Enquanto explora terras proibidas para além dos muros da cidade, Robyn se torna amiga de Mebh, uma jovem espírito-livre e membro de uma misteriosa tribo que tem a habilidade de se transformar em lobo à noite. Conforme procuram a mãe de Mebh, Robyn descobre secretos que a levam mais fundo no mundo dos Wolkwalkers – e arrisca se tornar tudo o que o pai mais odeia.

6. A FAMÍLIA MITCHELL E A REVOLTA (2021)

“Movido a um ácido humor, o roteiro é minuciosamente detalhado por Mike Rianda e Jeff Rowe para contrariar as expectativas, seja nos momentos de ação, seja nas solenes sequências em que os protagonistas enfrentam a epifania. As quebras de ritmo são propositais e adicionam tempero extra a uma das grandes animações do ano. Como se não bastasse, temos Phil Lord e Christopher Miller encarregados pela produção, exigindo uma colaboração do público e dando vida a um colorido tour-de-force que é muito mais profundo do que realmente parece. No topo de tudo isso, Mark Mothersbaugh comanda uma renegada trilha sonora que aposta no futurismo de ‘TRON’ e de ‘WALL-E’, sem deixar de incrementá-la com os classicismos dramáticos do violino e do piano” – T.N.

5. O GATO DE BOTAS 2: O ÚLTIMO PEDIDO (2022)

“Dirigido por Joel Crawford e Januel Mercado, a partir de um roteiro assinado por Paul Fisher, O Gato de Botas 2: O Último Desejo’, carrega em sua essência algo que parece estar à beira da extinção no cinema infantil: pureza e simplicidade. Com uma trama que aborda valores familiares e a redescoberta de um herói até então imortal, a sequência da Dreamworks convida os pequenos e os mais velhos para uma doce e divertida reflexão sobre a importância de valorizar aqueles que nos cercam. Sem nenhum compromisso com qualquer tipo de agenda político social que tem dominado a indústria hollywoodiana, a animação é de uma leveza extrema, sem perder a profundidade de sua doce mensagem otimista, esperançosa e acalentadora” – Rafaela Gomes

4. HOMEM-ARANHA ATRAVÉS DO ARANHAVERSO (2023)

Sem sombra de dúvida, ‘Homem-Aranha: Através do Aranhaverso’ incrível produção não poderia estar de fora da nossa lista. Indicado ao Oscar de Melhor Animação, o longa traz Miles Morales de volta às telonas da melhor maneira possível. Depois de se reunir com Gwen Stacy, o amigão da vizinhança e protetor em tempo integral do Brooklyn é catapultado através do Multiverso, onde ele encontra um time de Pessoas-Aranha que precisam proteger a própria existência. Quando os heróis não conseguem se unir para lidar com uma nova ameaça, Miles se vê dividido e precisa redefinir o que significa ser um herói para que ele consiga salvar as pessoas que mais ama.

3. THE HOUSE (2022)

“A pretensão e o desejo são os temas que se repetem nas histórias da antologia, pinceladas com pulsões psicológicas e intimistas que refletem a atmosfera teatral dos enredos. A construção dramática de “And heard within, a lie is spun”, que abre a jornada, é apenas o princípio de uma afeição pelo surrealismo cinematográfico que remonta a clássicos do terror e do suspense, nunca, de fato, chegando à essência do medo, mas fomentando uma agridoce sensação de que confiar nas pessoas erradas pode ser um trajeto sem volta. E o que mais funciona é a brevidade das inflexões, que se desenrolam por pouco mais de meia hora” – T.N.

2. O MENINO E A GARÇA (2023)

“Ao longo das suas duas horas de projeção, a jornada do herói é muito bem estabelecida com embates sendo refletidos nas ações o que impulsiona a narrativa para um ritmo intenso onde não conseguimos desgrudar os olhos da tela. Conflitos familiares viram molas propulsoras para um choque com a realidade, um lugar comum na trajetória de todos nós, onde erramos e acertamos mas nunca deixamos de ter elementos ao nosso redor que nos posicionam em zonas de equilíbrio” – Raphael Camacho

1. PINÓQUIO (2022)

“As investidas artísticas dialogam com o enredo das formas mais variadas: cada sequência é pensada com detalhismo apaixonante, desde os galhos das árvores às protuberâncias do monstro marinho que engole os protagonistas. As cores transitam entre o naturalismo de um escopo amalfitano, paradisíaco, ao pessimismo convulsionado da guerra, manchada por vermelho, laranja e pela sóbria neutralidade do marrom; a trilha sonora, assinada por Alexandre Desplat e uma forte concorrente ao Oscar, aposta em elementos fantasiosos, mas fundindo teatralidade com realismo em uma explosão sentimental que nos arrepia do começo ao fim. O único obstáculo enfrentado pelo filme é a paixão repentina de explicar as coisas que acontecem, movido a uma precisão que, por vezes, se torna cansativa (em outras palavras, seria mais divertido que fôssemos levássemos a pensar sobre os temas tratados do que engoli-los já mastigados)” – T.N.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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O gênero animado tem um lugarzinho especial no coração dos cinéfilos – e, depois de muito lutar para se consagrar como um dos desmembramentos da sétima arte e passível de enorme reconhecimento como arte cinematográfica.

Pensando nisso (e celebrando incríveis títulos que vêm saindo ano a ano), preparamos uma breve matéria elencando as dez melhores animações da década até agora – abrangendo apenas os longas-metragens que façam parte desse estilo.

Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual a sua favorita:

10. ENCANTO (2021)

Encanto se alicerça no gênero musical com exuberância plena e invejável, colocando a responsabilidade da trilha sonora nas mãos de Germaine Franco e do multitalentoso Lin-Manuel Miranda – logo de cara imprimindo a identidade sonora que o colocou no topo do mundo com ‘Hamilton’ e ‘Moana’. Diferente de tantas músicas que eternizaram o panteão da Casa Mouse, a épica instrumental recebe um tratamento distinto, em que a elegância orquestral é transformada em uma festa de tirar o fôlego, que inclui o uso de cajóns, violões, chocalhos, bumbos, flautas e vários outros (e aqui faço menção especial às impecáveis faixas “Surface Pressure” e “We Don’t Talk About Bruno”, que remam contra a maré em direção a uma originalidade estonteante que incrementa a trama do melhor jeito)” – Thiago Nolla

9. RED – CRESCER É UMA FERA (2022)

“[…] é impossível desassociar o filme de uma originalidade imagética que nunca foi vista dentro da companhia e que celebra uma cultura que, cada vez mais, se insere no cenário hollywoodiano e norte-americano. As expressões arquitetadas para os personagens partem de uma estética que relembra os mangás e os doramas, com referências que viajam desde ‘Sakura’ a ‘Cavaleiros do Zodíaco’ a ‘Pokémon’, enquanto a transformação de Mei Lee em panda se vale do significado espiritual de paciência para os chineses (algo que a protagonista precisa encontrar, mesmo em meio a obstáculos)” – T.N.

8. SOUL (2020)

[Pete] Docter começou a trabalhar no longa-metragem ainda em 2016, desenvolvendo conceitos que dialogassem com as entidades abstratas que regem a origem de tudo. Em um lugar para além da prática cronologia que conhecemos, a medição de algo impalpável é nada mais que uma tentativa esdrúxula de ter poder sobre o subjetivo, sobre uma ideia. É por essa razão que o minimalismo imagético é a força-motriz da obra, entrando em conflito espasmódico com o proposital excesso das sequências na Terra – marcando uma profunda quebra entre as produções anteriores do diretor e o que lhe aguarda no futuro” – T.N.

7. WOLFWALKERS (2020)

Nessa subestimada e irretocável animação, somos transportados a uma época de superstição e magia, em que uma jovem aprendiz de caçadora, Robyn Goodfellowe, viaja para a Irlanda com seu pai para exterminar a última matilha de lobos. Enquanto explora terras proibidas para além dos muros da cidade, Robyn se torna amiga de Mebh, uma jovem espírito-livre e membro de uma misteriosa tribo que tem a habilidade de se transformar em lobo à noite. Conforme procuram a mãe de Mebh, Robyn descobre secretos que a levam mais fundo no mundo dos Wolkwalkers – e arrisca se tornar tudo o que o pai mais odeia.

6. A FAMÍLIA MITCHELL E A REVOLTA (2021)

“Movido a um ácido humor, o roteiro é minuciosamente detalhado por Mike Rianda e Jeff Rowe para contrariar as expectativas, seja nos momentos de ação, seja nas solenes sequências em que os protagonistas enfrentam a epifania. As quebras de ritmo são propositais e adicionam tempero extra a uma das grandes animações do ano. Como se não bastasse, temos Phil Lord e Christopher Miller encarregados pela produção, exigindo uma colaboração do público e dando vida a um colorido tour-de-force que é muito mais profundo do que realmente parece. No topo de tudo isso, Mark Mothersbaugh comanda uma renegada trilha sonora que aposta no futurismo de ‘TRON’ e de ‘WALL-E’, sem deixar de incrementá-la com os classicismos dramáticos do violino e do piano” – T.N.

5. O GATO DE BOTAS 2: O ÚLTIMO PEDIDO (2022)

“Dirigido por Joel Crawford e Januel Mercado, a partir de um roteiro assinado por Paul Fisher, O Gato de Botas 2: O Último Desejo’, carrega em sua essência algo que parece estar à beira da extinção no cinema infantil: pureza e simplicidade. Com uma trama que aborda valores familiares e a redescoberta de um herói até então imortal, a sequência da Dreamworks convida os pequenos e os mais velhos para uma doce e divertida reflexão sobre a importância de valorizar aqueles que nos cercam. Sem nenhum compromisso com qualquer tipo de agenda político social que tem dominado a indústria hollywoodiana, a animação é de uma leveza extrema, sem perder a profundidade de sua doce mensagem otimista, esperançosa e acalentadora” – Rafaela Gomes

4. HOMEM-ARANHA ATRAVÉS DO ARANHAVERSO (2023)

Sem sombra de dúvida, ‘Homem-Aranha: Através do Aranhaverso’ incrível produção não poderia estar de fora da nossa lista. Indicado ao Oscar de Melhor Animação, o longa traz Miles Morales de volta às telonas da melhor maneira possível. Depois de se reunir com Gwen Stacy, o amigão da vizinhança e protetor em tempo integral do Brooklyn é catapultado através do Multiverso, onde ele encontra um time de Pessoas-Aranha que precisam proteger a própria existência. Quando os heróis não conseguem se unir para lidar com uma nova ameaça, Miles se vê dividido e precisa redefinir o que significa ser um herói para que ele consiga salvar as pessoas que mais ama.

3. THE HOUSE (2022)

“A pretensão e o desejo são os temas que se repetem nas histórias da antologia, pinceladas com pulsões psicológicas e intimistas que refletem a atmosfera teatral dos enredos. A construção dramática de “And heard within, a lie is spun”, que abre a jornada, é apenas o princípio de uma afeição pelo surrealismo cinematográfico que remonta a clássicos do terror e do suspense, nunca, de fato, chegando à essência do medo, mas fomentando uma agridoce sensação de que confiar nas pessoas erradas pode ser um trajeto sem volta. E o que mais funciona é a brevidade das inflexões, que se desenrolam por pouco mais de meia hora” – T.N.

2. O MENINO E A GARÇA (2023)

“Ao longo das suas duas horas de projeção, a jornada do herói é muito bem estabelecida com embates sendo refletidos nas ações o que impulsiona a narrativa para um ritmo intenso onde não conseguimos desgrudar os olhos da tela. Conflitos familiares viram molas propulsoras para um choque com a realidade, um lugar comum na trajetória de todos nós, onde erramos e acertamos mas nunca deixamos de ter elementos ao nosso redor que nos posicionam em zonas de equilíbrio” – Raphael Camacho

1. PINÓQUIO (2022)

“As investidas artísticas dialogam com o enredo das formas mais variadas: cada sequência é pensada com detalhismo apaixonante, desde os galhos das árvores às protuberâncias do monstro marinho que engole os protagonistas. As cores transitam entre o naturalismo de um escopo amalfitano, paradisíaco, ao pessimismo convulsionado da guerra, manchada por vermelho, laranja e pela sóbria neutralidade do marrom; a trilha sonora, assinada por Alexandre Desplat e uma forte concorrente ao Oscar, aposta em elementos fantasiosos, mas fundindo teatralidade com realismo em uma explosão sentimental que nos arrepia do começo ao fim. O único obstáculo enfrentado pelo filme é a paixão repentina de explicar as coisas que acontecem, movido a uma precisão que, por vezes, se torna cansativa (em outras palavras, seria mais divertido que fôssemos levássemos a pensar sobre os temas tratados do que engoli-los já mastigados)” – T.N.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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