terça-feira , 5 novembro , 2024

As Atuações que Provaram que Todos Estavam Errados

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Hoje em dia, com as redes sociais, os fãs estão mais perto das produções, dos diretores, estúdios e astros do que nunca. E pode ter certeza que tal proximidade os faz serem ouvidos como nunca anteriormente. Quando surge um movimento muito grande e que ganha muita força online, ele termina chegando até os ouvidos dos poderosos. Foi essa corrente que fez a Warner reconsiderar o Snydercut, dando nas mãos de Zack Snyder a carta branca para realizar a sua visão de Liga da Justiça, por exemplo. E foi o barulho dos fãs que eventualmente levou o personagem Homem-Aranha, da Sony, através de um acordo com a Marvel (Disney), para brincar junto com os personagens do MCU.

Essa é uma via de mão dupla, no entanto, que pode funcionar positivamente, como nos casos citados acima, mas também negativamente. Bem, negativamente para os atores, isto é. Mas não pense você que o chamado “mimimi”, a reclamação (muitas vezes despropositada) dos nerds e fanboys é coisa de agora com a internet. Antes, o que acontecia era milhares de cartas enviadas a um estúdio. Como veremos abaixo. Pensando no aspecto negativo da comoção dos fãs (mas não apenas deles), resolvemos trazer essa nova lista abordando algumas escalações de atores para grandes projetos que se tornaram muito polêmicas, gerando um burburinho ruim. Confira abaixo as atuações que precisaram provar que todos estavam errados.

Heath Ledger

E poderíamos começar a lista de outra forma? Talvez o caso mais notório da história no cinema de rejeição dos fãs a um ator antes mesmo de o verem no papel tenha sido quando o saudoso Heath Ledger foi escalado para viver um dos maiores vilões da cultura pop, o psicopata Coringa em BatmanO Cavaleiro das Trevas (2008), de Christopher Nolan. Então imortalizado pela performance alucinada de Jack Nicholson em Batman (1989), de Tim Burton, o personagem é o principal antagonista da rica galeria do herói. Ledger se foi aos 28 anos, ou seja, quando foi contratado para o papel era bem jovem.

A imagem do personagem jamais foi associada à de um jovem e muito menos alguém mais novo do que o próprio Batman. Ledger era visto como galã juvenil de filmes como 10 Coisas que eu Odeio em Você (1999) e Coração de Cavaleiro (2001), e nem mesmo seu desempenho indicado ao Oscar em O Segredo de Brokeback Mountain (2005) fez os fãs enxerga-lo como possível intérprete do Coringa. Bem, o que podemos dizer é que não existe uma viva alma que não tenha engolido as palavras após assistir ao desempenho do ator no segundo episódio da trilogia de Nolan. Ledger levou inclusive um Oscar póstumo pela performance.

Ben Affleck

Ainda no universo do Homem Morcego (e parece que ficaremos aqui um tempinho), após a controvérsia de Heath Ledger como Coringa, houve o backlash (tiro pela culatra) da escalação do próprio herói em si. O que acontece é que o público nunca termina recebendo quem eles esperam no papel, e inclusive muitas vezes fazem à toa campanha para determinado ator. Quando a notícia chega sobre quem de fato irá interpretar, a expectativa é jogada no chão e pisoteada. Junte a isso a excelente performance de Christian Bale como o personagem – que todos esperavam que retornasse ao papel.

Assim, quando Ben Affleck foi anunciado, surgiu uma nova comoção. O ator já havia vivido o herói Demolidor, para a Marvel (Fox), um personagem muito similar ao Batman, num filme hoje sem qualquer carinho dos fãs. É indiscutível, porém, que após se tornar um diretor de mão cheia, Affleck melhorou consideravelmente como ator também. E dentro do universo que o diretor Zack Snyder planejava, um elemento que rendeu elogios foi o desempenho de Affleck como Batman/Bruce Wayne. Pena que os filmes em que apareceu não ajudaram muito. O ator merecia um filme solo para mostrar todo seu potencial.

Michael Keaton

Novamente um intérprete do Batman no cinema sofreu com grande rejeição, antes mesmo do filme ter sido lançado. Curiosamente, os únicos atores que não foram rejeitados, foram os que se mostraram os piores, vide Val Kilmer e George Clooney (tirando Christian Bale). O mais recente da lista, Robert Pattinson, igualmente fez todos ligarem o sinal de alerta, mas como ainda não pudemos avaliar seu desempenho, vamos deixar este em pause. Aqui, abordaremos a contratação de Michael Keaton, que havia trabalhado com Tim Burton em Beetlejuice (1988) e era conhecido pelos filmes de comédia.

A comoção para a época, já que ainda não existia internet, ocorreu por meio de centenas de cartas enviadas ao estúdio Warner, história que o diretor Kevin Smith conta em várias entrevistas. Keaton nada tinha da imagem que os fãs imaginavam de Batman, alto, forte e galante. Para dar um “sossega leão” nesta galera inquieta, a Warner liberou a primeira imagem do ator na armadura do herói, o que deixou todos de queixo caído. Ao lançamento, todos, inclusive os críticos, elogiavam o desempenho do “homem comum” Keaton no papel.

Gal Gadot

Deixando um pouco o Homem Morcego de lado, mas permanecendo no universo da DC no cinema, o anúncio da contratação da israelense Gal Gadot como a Mulher-Maravilha, maior heroína da empresa, igualmente foi recebida debaixo de sete pedras. Na época apenas conhecida pelo papel de Gisele, a “modelo ladra” da franquia Velozes e Furiosos, Gadot não tinha, digamos, um currículo muito longo onde pudesse demonstrar seu desempenho dramático.

Porém, a principal reclamação não era sequer sobre sua possível performance, mas sim sobre sua forma física. Com aparência de modelo, Gadot era considerada muito “magrinha” para viver a amazona musculosa e imponente das histórias que o público estava acostumado. Para apaziguar um pouco as coisas, Gadot logo exibiu fotos “encorpando” na academia. Bem, ela mudou pouca coisa, mas foi seu carisma que demonstrou que havia nascido para o papel, chamando atenção logo na estreia em Batman vs. Superman (2016). Porém, foi no primeiro filme solo da heroína em 2017, que Gal Gadot encantaria o mundo e se tornaria uma estrela do primeiro escalão de Hollywood.

Tom Cruise

Quando o autor Lee Child criou o protagonista de seus livros, Jack Reacher, ele descreveu um homem alto, forte e… loiro. Bem, ao ter um nome como o de Tom Cruise associado ao projeto de sua adaptação para o cinema, mesmo não tendo nada a ver com estas características, o escritor não tinha do que reclamar. Assim, Cruise estrelou dois filmes como o personagem. Mas com a escritora de fantasia e terror Anne Rice, não foi bem assim que a “banda tocou”. Rice é a autora do livro Entrevista com o Vampiro, e a série literária dentro deste universo conhecida como Crônicas Vampirescas.

Acontece que o protagonista deste universo é o vampiro conhecido como Lestat, um anti-herói cínico, maduro e muitas vezes visto como o antagonista da história. Para o papel, Rice desejava alguém da sofisticação do britânico Julian Sands. A Warner, por outro lado, visando arrastar maior público, optava por um nome quentíssimo da época, o de Tom Cruise. Tido por Rice como muito jovem, americano e galã demais, a escolha de Cruise enfureceu a autora, que abertamente veio à público exteriorizar sua indignação. Após ver o resultado do filme e da atuação de Cruise, tudo o que Rice precisou fazer foi uma carta de desculpas para o astro.

Bruce Willis

Hoje, ninguém consegue pensar em Bruce Willis e não pensar no cinema de ação. O astro se tornou um grande nome na indústria ao protagonizar Duro de Matar (1988), ainda hoje tido por grande parte dos críticos e do público como um dos maiores filmes de ação de todos os tempos. Foi este filme que abriu portas para Willis atuar em todos os outros longas do gênero que fizeram sua carreira, além é claro, das continuações desta franquia. Mas houve um tempo em que o nome de Willis causava mais dúvida do que certeza quando pensávamos em herói de ação.

Acontece que o ator surgiu para o mundo do entretenimento devido ao seriado A Gata e o Rato (Moonlighting), 1985 a 1989, onde interpretava o cara de pau David, um detetive particular. Seu jeito “maroto”, repleto de piadinhas e ironias, associaram Willis bem mais à comédia. Assim quando o anúncio de Duro de Matar surgiu nos cinemas como trailer, as plateias morreram de rir achando que seria uma comédia. O tiro pela culatra fez a Fox retirar a imagem do ator da arte promocional, só a recolocando após o filme ter sido um sucesso e Willis ter se provado a todos com sua atuação. Não é fácil para ninguém.

Jennifer Lawrence

Ao contrário de Gal Gadot, que foi considerada magra demais para ser a Mulher-Maravilha no cinema, a jovem Jennifer Lawrence viu o outro lado da moeda da polêmica envolvendo seu nome ao ser escalada para viver a protagonista de Jogos Vorazes, Katniss Everdeen. Acontece que J-Law foi considerada, digamos, corpulenta demais, alta e de forma geral grande demais para o papel. Fora isso, Lawrence havia acabado de surgir em cena, e não tinha muitos trabalhos, o que causava dúvida sobre a capacidade da atriz em carregar uma franquia deste porte nas costas. Mesmo que já tivesse uma indicação ao Oscar (Inverno da Alma) àquela altura.

Pintando suas madeixas loiras costumeiras de castanho, Lawrence se provou não apenas apta a ser uma protagonista milionária, como também se tornou uma das maiores estrelas de Hollywood, muito graças a esta franquia citada – talvez a última do gênero a dar verdadeiramente certo. Mas J-Law não se veria totalmente longe da rejeição, e sofreu boicote da própria irmã de Sharon Tate quando era visada a interpretá-la no filme Era uma Vez em Hollywood, de Quentin Tarantino, sendo substituída por Margot Robbie.

Daniel Craig

Já vimos que para alguns papeis beleza demais pode atrapalhar, se mostrando uma “maldição”. A verdade é que a maioria dos galãs e musas, querem ser vistos como algo mais do que apenas um rostinho bonito. A vontade dos atores é de provar seu alcance dramático, preferindo ser reconhecidos como talentosos. Muitos artistas já sofreram com o “peso” da beleza. Porém, outros possuem o sofrimento inverso, e ouvem críticas à sua, digamos, falta de beleza ao papel. Foi pelo que passou o astro Daniel Craig quando foi eleito para ser o novo James Bond, 007, do cinema. A lista de intérpretes sofisticados se estendia desde o icônico Sean Connery e passava por modelos e atores donos de muita suavidade.

Craig é dono de uma aparência surrada, sem a sofisticação, sutiliza ou qualquer atraente e qualidade que se faziam essenciais ao papel até então. Muitos brincaram inclusive que Craig estava mais para um pedreiro do que para o mais elegante herói do cinema. Com o visual brucutu, tendo malhado para o papel, se tornando o Bond mais forte e truculento da franquia, o que Craig mais ouviu foram críticas – inclusive por não ter a beleza esperada. Bem, isso pelo menos até a estreia de Cassino Royale (2006), sua primeira investida, já que logo após o ator se tornava o Bond mais humano e também o preferido de grande parte do público, da crítica e dos fãs.

Al Pacino

Terminamos a lista com a que seria uma das grandes injustiças da história do cinema. Afinal, você imaginaria qualquer outro que não fosse Al Pacino na pele de Michael Corleone na franquia O Poderoso Chefão? Pois bem, na época, em 1972, Al Pacino era um ilustre jovem ator desconhecido. E apesar de ter caído nas graças do diretor do Francis Ford Coppola, que lutava por ele, o estúdio simplesmente não via o ator no papel, e queria um nome de maior peso. O preferido da Paramount então era Robert Redford, mais tipicamente um “galãzinho”. Foi só quando puderam ver a capacidade e o alcance performático de Pacino, hoje considerado um dos melhores atores de todos os tempos, quando encenou o momento chave de seu personagem (a cena do restaurante em que precisa matar um homem), que o estúdio concordou que Pacino era o sujeito certo para o trabalho.

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Essa é uma via de mão dupla, no entanto, que pode funcionar positivamente, como nos casos citados acima, mas também negativamente. Bem, negativamente para os atores, isto é. Mas não pense você que o chamado “mimimi”, a reclamação (muitas vezes despropositada) dos nerds e fanboys é coisa de agora com a internet. Antes, o que acontecia era milhares de cartas enviadas a um estúdio. Como veremos abaixo. Pensando no aspecto negativo da comoção dos fãs (mas não apenas deles), resolvemos trazer essa nova lista abordando algumas escalações de atores para grandes projetos que se tornaram muito polêmicas, gerando um burburinho ruim. Confira abaixo as atuações que precisaram provar que todos estavam errados.

Heath Ledger

E poderíamos começar a lista de outra forma? Talvez o caso mais notório da história no cinema de rejeição dos fãs a um ator antes mesmo de o verem no papel tenha sido quando o saudoso Heath Ledger foi escalado para viver um dos maiores vilões da cultura pop, o psicopata Coringa em BatmanO Cavaleiro das Trevas (2008), de Christopher Nolan. Então imortalizado pela performance alucinada de Jack Nicholson em Batman (1989), de Tim Burton, o personagem é o principal antagonista da rica galeria do herói. Ledger se foi aos 28 anos, ou seja, quando foi contratado para o papel era bem jovem.

A imagem do personagem jamais foi associada à de um jovem e muito menos alguém mais novo do que o próprio Batman. Ledger era visto como galã juvenil de filmes como 10 Coisas que eu Odeio em Você (1999) e Coração de Cavaleiro (2001), e nem mesmo seu desempenho indicado ao Oscar em O Segredo de Brokeback Mountain (2005) fez os fãs enxerga-lo como possível intérprete do Coringa. Bem, o que podemos dizer é que não existe uma viva alma que não tenha engolido as palavras após assistir ao desempenho do ator no segundo episódio da trilogia de Nolan. Ledger levou inclusive um Oscar póstumo pela performance.

Ben Affleck

Ainda no universo do Homem Morcego (e parece que ficaremos aqui um tempinho), após a controvérsia de Heath Ledger como Coringa, houve o backlash (tiro pela culatra) da escalação do próprio herói em si. O que acontece é que o público nunca termina recebendo quem eles esperam no papel, e inclusive muitas vezes fazem à toa campanha para determinado ator. Quando a notícia chega sobre quem de fato irá interpretar, a expectativa é jogada no chão e pisoteada. Junte a isso a excelente performance de Christian Bale como o personagem – que todos esperavam que retornasse ao papel.

Assim, quando Ben Affleck foi anunciado, surgiu uma nova comoção. O ator já havia vivido o herói Demolidor, para a Marvel (Fox), um personagem muito similar ao Batman, num filme hoje sem qualquer carinho dos fãs. É indiscutível, porém, que após se tornar um diretor de mão cheia, Affleck melhorou consideravelmente como ator também. E dentro do universo que o diretor Zack Snyder planejava, um elemento que rendeu elogios foi o desempenho de Affleck como Batman/Bruce Wayne. Pena que os filmes em que apareceu não ajudaram muito. O ator merecia um filme solo para mostrar todo seu potencial.

Michael Keaton

Novamente um intérprete do Batman no cinema sofreu com grande rejeição, antes mesmo do filme ter sido lançado. Curiosamente, os únicos atores que não foram rejeitados, foram os que se mostraram os piores, vide Val Kilmer e George Clooney (tirando Christian Bale). O mais recente da lista, Robert Pattinson, igualmente fez todos ligarem o sinal de alerta, mas como ainda não pudemos avaliar seu desempenho, vamos deixar este em pause. Aqui, abordaremos a contratação de Michael Keaton, que havia trabalhado com Tim Burton em Beetlejuice (1988) e era conhecido pelos filmes de comédia.

A comoção para a época, já que ainda não existia internet, ocorreu por meio de centenas de cartas enviadas ao estúdio Warner, história que o diretor Kevin Smith conta em várias entrevistas. Keaton nada tinha da imagem que os fãs imaginavam de Batman, alto, forte e galante. Para dar um “sossega leão” nesta galera inquieta, a Warner liberou a primeira imagem do ator na armadura do herói, o que deixou todos de queixo caído. Ao lançamento, todos, inclusive os críticos, elogiavam o desempenho do “homem comum” Keaton no papel.

Gal Gadot

Deixando um pouco o Homem Morcego de lado, mas permanecendo no universo da DC no cinema, o anúncio da contratação da israelense Gal Gadot como a Mulher-Maravilha, maior heroína da empresa, igualmente foi recebida debaixo de sete pedras. Na época apenas conhecida pelo papel de Gisele, a “modelo ladra” da franquia Velozes e Furiosos, Gadot não tinha, digamos, um currículo muito longo onde pudesse demonstrar seu desempenho dramático.

Porém, a principal reclamação não era sequer sobre sua possível performance, mas sim sobre sua forma física. Com aparência de modelo, Gadot era considerada muito “magrinha” para viver a amazona musculosa e imponente das histórias que o público estava acostumado. Para apaziguar um pouco as coisas, Gadot logo exibiu fotos “encorpando” na academia. Bem, ela mudou pouca coisa, mas foi seu carisma que demonstrou que havia nascido para o papel, chamando atenção logo na estreia em Batman vs. Superman (2016). Porém, foi no primeiro filme solo da heroína em 2017, que Gal Gadot encantaria o mundo e se tornaria uma estrela do primeiro escalão de Hollywood.

Tom Cruise

Quando o autor Lee Child criou o protagonista de seus livros, Jack Reacher, ele descreveu um homem alto, forte e… loiro. Bem, ao ter um nome como o de Tom Cruise associado ao projeto de sua adaptação para o cinema, mesmo não tendo nada a ver com estas características, o escritor não tinha do que reclamar. Assim, Cruise estrelou dois filmes como o personagem. Mas com a escritora de fantasia e terror Anne Rice, não foi bem assim que a “banda tocou”. Rice é a autora do livro Entrevista com o Vampiro, e a série literária dentro deste universo conhecida como Crônicas Vampirescas.

Acontece que o protagonista deste universo é o vampiro conhecido como Lestat, um anti-herói cínico, maduro e muitas vezes visto como o antagonista da história. Para o papel, Rice desejava alguém da sofisticação do britânico Julian Sands. A Warner, por outro lado, visando arrastar maior público, optava por um nome quentíssimo da época, o de Tom Cruise. Tido por Rice como muito jovem, americano e galã demais, a escolha de Cruise enfureceu a autora, que abertamente veio à público exteriorizar sua indignação. Após ver o resultado do filme e da atuação de Cruise, tudo o que Rice precisou fazer foi uma carta de desculpas para o astro.

Bruce Willis

Hoje, ninguém consegue pensar em Bruce Willis e não pensar no cinema de ação. O astro se tornou um grande nome na indústria ao protagonizar Duro de Matar (1988), ainda hoje tido por grande parte dos críticos e do público como um dos maiores filmes de ação de todos os tempos. Foi este filme que abriu portas para Willis atuar em todos os outros longas do gênero que fizeram sua carreira, além é claro, das continuações desta franquia. Mas houve um tempo em que o nome de Willis causava mais dúvida do que certeza quando pensávamos em herói de ação.

Acontece que o ator surgiu para o mundo do entretenimento devido ao seriado A Gata e o Rato (Moonlighting), 1985 a 1989, onde interpretava o cara de pau David, um detetive particular. Seu jeito “maroto”, repleto de piadinhas e ironias, associaram Willis bem mais à comédia. Assim quando o anúncio de Duro de Matar surgiu nos cinemas como trailer, as plateias morreram de rir achando que seria uma comédia. O tiro pela culatra fez a Fox retirar a imagem do ator da arte promocional, só a recolocando após o filme ter sido um sucesso e Willis ter se provado a todos com sua atuação. Não é fácil para ninguém.

Jennifer Lawrence

Ao contrário de Gal Gadot, que foi considerada magra demais para ser a Mulher-Maravilha no cinema, a jovem Jennifer Lawrence viu o outro lado da moeda da polêmica envolvendo seu nome ao ser escalada para viver a protagonista de Jogos Vorazes, Katniss Everdeen. Acontece que J-Law foi considerada, digamos, corpulenta demais, alta e de forma geral grande demais para o papel. Fora isso, Lawrence havia acabado de surgir em cena, e não tinha muitos trabalhos, o que causava dúvida sobre a capacidade da atriz em carregar uma franquia deste porte nas costas. Mesmo que já tivesse uma indicação ao Oscar (Inverno da Alma) àquela altura.

Pintando suas madeixas loiras costumeiras de castanho, Lawrence se provou não apenas apta a ser uma protagonista milionária, como também se tornou uma das maiores estrelas de Hollywood, muito graças a esta franquia citada – talvez a última do gênero a dar verdadeiramente certo. Mas J-Law não se veria totalmente longe da rejeição, e sofreu boicote da própria irmã de Sharon Tate quando era visada a interpretá-la no filme Era uma Vez em Hollywood, de Quentin Tarantino, sendo substituída por Margot Robbie.

Daniel Craig

Já vimos que para alguns papeis beleza demais pode atrapalhar, se mostrando uma “maldição”. A verdade é que a maioria dos galãs e musas, querem ser vistos como algo mais do que apenas um rostinho bonito. A vontade dos atores é de provar seu alcance dramático, preferindo ser reconhecidos como talentosos. Muitos artistas já sofreram com o “peso” da beleza. Porém, outros possuem o sofrimento inverso, e ouvem críticas à sua, digamos, falta de beleza ao papel. Foi pelo que passou o astro Daniel Craig quando foi eleito para ser o novo James Bond, 007, do cinema. A lista de intérpretes sofisticados se estendia desde o icônico Sean Connery e passava por modelos e atores donos de muita suavidade.

Craig é dono de uma aparência surrada, sem a sofisticação, sutiliza ou qualquer atraente e qualidade que se faziam essenciais ao papel até então. Muitos brincaram inclusive que Craig estava mais para um pedreiro do que para o mais elegante herói do cinema. Com o visual brucutu, tendo malhado para o papel, se tornando o Bond mais forte e truculento da franquia, o que Craig mais ouviu foram críticas – inclusive por não ter a beleza esperada. Bem, isso pelo menos até a estreia de Cassino Royale (2006), sua primeira investida, já que logo após o ator se tornava o Bond mais humano e também o preferido de grande parte do público, da crítica e dos fãs.

Al Pacino

Terminamos a lista com a que seria uma das grandes injustiças da história do cinema. Afinal, você imaginaria qualquer outro que não fosse Al Pacino na pele de Michael Corleone na franquia O Poderoso Chefão? Pois bem, na época, em 1972, Al Pacino era um ilustre jovem ator desconhecido. E apesar de ter caído nas graças do diretor do Francis Ford Coppola, que lutava por ele, o estúdio simplesmente não via o ator no papel, e queria um nome de maior peso. O preferido da Paramount então era Robert Redford, mais tipicamente um “galãzinho”. Foi só quando puderam ver a capacidade e o alcance performático de Pacino, hoje considerado um dos melhores atores de todos os tempos, quando encenou o momento chave de seu personagem (a cena do restaurante em que precisa matar um homem), que o estúdio concordou que Pacino era o sujeito certo para o trabalho.

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