terça-feira , 24 dezembro , 2024

As Melhores Animações de 2022 (Até Agora)

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2022 já entrou no segundo semestre – e, como é de costume, é sempre bom relembrarmos a nata da nata do que já assistimos na explosiva indústria do entretenimento.

Depois de separarmos os melhores longas-metragens do ano, chegou a vez de voltarmos nossa atenção para um dos gêneros mais adorados pelo público: as animações.



Por isso, preparamos uma breve lista elencando as melhores produções animadas do ano (até agora), desde o recente ‘A Fera do Mar’, chegou à Netflix, até a impecável e saudosista ‘Red – Crescer é uma Fera’.

Confira abaixo as nossas escolhas:

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7. MINIONS 2: A ORIGEM DE GRU

“Curtinho, com apenas uma hora e vinte de duração, e sem pós-créditos, ‘Minions 2: A Origem de Gru’ tem o formato certo para agradar tanto a garotada quanto aos pais que os acompanha no cinema. Ao mesmo tempo em que o roteiro de Matthew Fogel para a história de Brian Lynch se preocupa em incluir cenas de suave escatologia para arrancar risadas dos pequenos, também trabalha, de maneira não profunda porém evidente, a importância da passagem do saber dos mais velhos aos mais novos, a valorização do conhecimento (dos avós), que andou sendo desprezado pela juventude mas que atualmente vem sendo resgatado” – Janda Montenegro

6. LIGHTYEAR

“É inegável perceber as inspirações adotadas pela produção à medida que compramos essa jornada, mas a maior surpresa vem com a competência do time de animadores. O hiper-realismo empregado no filme é de tirar o fôlego, apostando fichas em uma space-opera colorida e vibrante, cuja paleta de cores avermelhada da estação espacial contrasta com o inebriante esverdeado do planeta e das criaturas que lá vivem – e com a iminência mortal de uma nave alienígena que começa a atacar a colônia humana. E, no topo disso, a atmosférica e orquestral trilha sonora de Michael Giacchino nos transporta a uma belíssima sinestesia instrumental” – Thiago Nolla

5. OS CARAS MALVADOS

“[…] o filme fica mais interessante quando a trama dele mesmo se acha, ou finalmente se mostra, e é aí que percebemos que a história não é apenas uma adaptação ou um filme de gangue com ladrões que querem roubar algo. Na realidade, o longa de estreia do diretor francês Pierre Perifel discute a respeito de vários preconceitos, dos quais os seus personagens centrais são expostos. E, nesse sentido, a analogia com a figuras de cada animal se mostra inteligente e, finamente, original” – Wilker Medeiros

4. RICK E MORTY – 5ª TEMPORADA

“O mais recente ciclo terminou com dois episódios compilados em um especial de uma hora e, seguindo os passos das temáticas exploradas por Roiland e Harmon, analisou a complexidade das relações humanas através dos personagens titulares. Cansados um do outro, em virtude de um relacionamento passivo-agressivo, Rick deixou Morty de lado para se aliar a dois corvos (sim, é isso mesmo) e se tornar uma espécie de justiceiro anti-heroico numa constante batalha pela supremacia. Mais do que isso, os corvos despertam em Rick resquícios de uma empatia perdida há muito tempo, que o levam a determinar que os laços que nutre com o neto, seu notável companheiro de aventuras, são extremamente tóxicos e contraproducentes. Essa, na verdade, é a primeira vez em cinco temporadas em que os dois rompem ligações em prol de um mandatório e pungente amadurecimento.” – T.N.

3. A FERA DO MAR

A recente animação da Netflix veio sem muitos materiais promocionais – mas já conquistou o público da gigante do streaming e vem fazendo sucesso considerável entre a crítica especializada. Conquistando nada menos que 94% de aprovação no Rotten Tomatoes, a trama é ambientada numa época em que as feras aterrorizantes ainda vagavam pelos mares e os caçadores de monstros eram considerados heróis — e o maior de todos eles era o valente Jacob Holland. Agora, o famoso aventureiro encontrará em Maisie, uma garota que embarcou como clandestina em seu navio, uma aliada inesperada numa jornada épica por águas desconhecidas.

2. THE HOUSE

“A pretensão e o desejo são os temas que se repetem nas histórias da antologia, pinceladas com pulsões psicológicas e intimistas que refletem a atmosfera teatral dos enredos. A construção dramática de “And heard within, a lie is spun”, que abre a jornada, é apenas o princípio de uma afeição pelo surrealismo cinematográfico que remonta a clássicos do terror e do suspense, nunca, de fato, chegando à essência do medo, mas fomentando uma agridoce sensação de que confiar nas pessoas erradas pode ser um trajeto sem volta. E o que mais funciona é a brevidade das inflexões, que se desenrolam por pouco mais de meia hora” – T.N.

1. RED – CRESCER É UMA FERA

“Pouco depois de ter lançado ‘Soul’ e ‘Luca’, duas produções bastante diferentes entre si e que tiveram problemas próprios para enfrentarem, a Pixar retomou sua parceria com a incrível Domee Shi, vencedora do Oscar pelo curta-metragem Bao, para uma de suas narrativas mais honestas. Tomando forma no título de RedCrescer é uma Fera, Shi, aliando-se a uma equipe técnica e artística aplaudível, constrói uma jornada relacionável pelas complexidades do amadurecimento e pelos conflitos intergeracionais – algo que é costumeiro dentro desse panteão animado. A diferença é que, pela primeira vez, começamos a ter uma representatividade mais acentuada com personagens complexos e que fogem da bolha mainstream dos últimos anos (cortesia da diretora e de um elenco de dublagem que não perde a mão em qualquer que seja a cena).” – T.N.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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2022 já entrou no segundo semestre – e, como é de costume, é sempre bom relembrarmos a nata da nata do que já assistimos na explosiva indústria do entretenimento.

Depois de separarmos os melhores longas-metragens do ano, chegou a vez de voltarmos nossa atenção para um dos gêneros mais adorados pelo público: as animações.

Por isso, preparamos uma breve lista elencando as melhores produções animadas do ano (até agora), desde o recente ‘A Fera do Mar’, chegou à Netflix, até a impecável e saudosista ‘Red – Crescer é uma Fera’.

Confira abaixo as nossas escolhas:

7. MINIONS 2: A ORIGEM DE GRU

“Curtinho, com apenas uma hora e vinte de duração, e sem pós-créditos, ‘Minions 2: A Origem de Gru’ tem o formato certo para agradar tanto a garotada quanto aos pais que os acompanha no cinema. Ao mesmo tempo em que o roteiro de Matthew Fogel para a história de Brian Lynch se preocupa em incluir cenas de suave escatologia para arrancar risadas dos pequenos, também trabalha, de maneira não profunda porém evidente, a importância da passagem do saber dos mais velhos aos mais novos, a valorização do conhecimento (dos avós), que andou sendo desprezado pela juventude mas que atualmente vem sendo resgatado” – Janda Montenegro

6. LIGHTYEAR

“É inegável perceber as inspirações adotadas pela produção à medida que compramos essa jornada, mas a maior surpresa vem com a competência do time de animadores. O hiper-realismo empregado no filme é de tirar o fôlego, apostando fichas em uma space-opera colorida e vibrante, cuja paleta de cores avermelhada da estação espacial contrasta com o inebriante esverdeado do planeta e das criaturas que lá vivem – e com a iminência mortal de uma nave alienígena que começa a atacar a colônia humana. E, no topo disso, a atmosférica e orquestral trilha sonora de Michael Giacchino nos transporta a uma belíssima sinestesia instrumental” – Thiago Nolla

5. OS CARAS MALVADOS

“[…] o filme fica mais interessante quando a trama dele mesmo se acha, ou finalmente se mostra, e é aí que percebemos que a história não é apenas uma adaptação ou um filme de gangue com ladrões que querem roubar algo. Na realidade, o longa de estreia do diretor francês Pierre Perifel discute a respeito de vários preconceitos, dos quais os seus personagens centrais são expostos. E, nesse sentido, a analogia com a figuras de cada animal se mostra inteligente e, finamente, original” – Wilker Medeiros

4. RICK E MORTY – 5ª TEMPORADA

“O mais recente ciclo terminou com dois episódios compilados em um especial de uma hora e, seguindo os passos das temáticas exploradas por Roiland e Harmon, analisou a complexidade das relações humanas através dos personagens titulares. Cansados um do outro, em virtude de um relacionamento passivo-agressivo, Rick deixou Morty de lado para se aliar a dois corvos (sim, é isso mesmo) e se tornar uma espécie de justiceiro anti-heroico numa constante batalha pela supremacia. Mais do que isso, os corvos despertam em Rick resquícios de uma empatia perdida há muito tempo, que o levam a determinar que os laços que nutre com o neto, seu notável companheiro de aventuras, são extremamente tóxicos e contraproducentes. Essa, na verdade, é a primeira vez em cinco temporadas em que os dois rompem ligações em prol de um mandatório e pungente amadurecimento.” – T.N.

3. A FERA DO MAR

A recente animação da Netflix veio sem muitos materiais promocionais – mas já conquistou o público da gigante do streaming e vem fazendo sucesso considerável entre a crítica especializada. Conquistando nada menos que 94% de aprovação no Rotten Tomatoes, a trama é ambientada numa época em que as feras aterrorizantes ainda vagavam pelos mares e os caçadores de monstros eram considerados heróis — e o maior de todos eles era o valente Jacob Holland. Agora, o famoso aventureiro encontrará em Maisie, uma garota que embarcou como clandestina em seu navio, uma aliada inesperada numa jornada épica por águas desconhecidas.

2. THE HOUSE

“A pretensão e o desejo são os temas que se repetem nas histórias da antologia, pinceladas com pulsões psicológicas e intimistas que refletem a atmosfera teatral dos enredos. A construção dramática de “And heard within, a lie is spun”, que abre a jornada, é apenas o princípio de uma afeição pelo surrealismo cinematográfico que remonta a clássicos do terror e do suspense, nunca, de fato, chegando à essência do medo, mas fomentando uma agridoce sensação de que confiar nas pessoas erradas pode ser um trajeto sem volta. E o que mais funciona é a brevidade das inflexões, que se desenrolam por pouco mais de meia hora” – T.N.

1. RED – CRESCER É UMA FERA

“Pouco depois de ter lançado ‘Soul’ e ‘Luca’, duas produções bastante diferentes entre si e que tiveram problemas próprios para enfrentarem, a Pixar retomou sua parceria com a incrível Domee Shi, vencedora do Oscar pelo curta-metragem Bao, para uma de suas narrativas mais honestas. Tomando forma no título de RedCrescer é uma Fera, Shi, aliando-se a uma equipe técnica e artística aplaudível, constrói uma jornada relacionável pelas complexidades do amadurecimento e pelos conflitos intergeracionais – algo que é costumeiro dentro desse panteão animado. A diferença é que, pela primeira vez, começamos a ter uma representatividade mais acentuada com personagens complexos e que fogem da bolha mainstream dos últimos anos (cortesia da diretora e de um elenco de dublagem que não perde a mão em qualquer que seja a cena).” – T.N.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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