terça-feira , 5 novembro , 2024

Ash vs Evil Dead | Análise da 1º Temporada – Disponível na Netflix (FINALMENTE!)

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Bem-vindo de volta, Bruce Campbell

A franquia Evil Dead é uma das mais importantes e influentes para o cinema de gênero. Para maiores informações leia nosso texto sobre a trilogia e a refilmagem deste verdadeiro clássico de Sam Raimi clicando neste link.

Aqui, iremos adereçar somente a primeira temporada de Ash vs Evil Dead, rezando para que a Netflix disponibilize logo a segunda (antes da estreia da terceira este ano, se puderem).

Ash vs Evil Dead é escrito, produzido e teve seu primeiro episódio dirigido pelo criador original, Sam Raimi. Ah, e como gostamos de saber disso. Ninguém poderia fazer isso em seu lugar.  Esta é a tão aguardada continuação da trilogia que lançou a carreira do diretor. A produção conseguiu sinal verde através do canal Starz, que tem mostrado cada vez mais força em suas criações.

Raimi e os envolvidos acertam em cheio no clima, literalmente resgatando Evil Dead das décadas de 1980 e 1990 para os dias de hoje. Nos primeiros episódios parece que foi ontem que vimos o anti-herói Ash, ainda exibindo os traços e características implantados em Uma Noite Alucinante 3, do bufão canalha e sedutor de quinta, ao contrário, digamos, do herói relutante e trágico do segundo filme. Bruce Campbell está de volta também, obviamente. Ele é a alma e motivo da série. Com alguns quilos a mais, rugas e cabelos brancos, Ash mudou na aparência, mas continua o mesmo. Talvez ainda melhor e mais engraçado.

Acontece que o roteiro aqui é mais afiado, e ao mesmo tempo em que resgata o espírito de tudo o que fez Evil Dead ser o que é, ainda acrescenta mais humor, gags, tiradas e piadas a torto e a direito. Os diálogos são verdadeiramente engraçados, disparados como uma metralhadora a cada minuto, ao ponto de não conseguirmos pegar tudo. Fora isso, como não poderia deixar de ser, temos muita violência, mortes, decapitações, perfurações, desmembramentos e todo tipo de violência e sanguinolência. Exagerada de propósito, afinal isso ainda é Evil Dead. Temos também a maquiagem exata dos deadites (nome dado às pessoas possuídas pelos demônios) e inúmeras referências à trilogia clássica. Bem, isso é tudo o que os fãs queriam e não encontraram em A Morte do Demônio (2013).

História

A trama mostra Ash decadente, mas feliz da vida. O otimismo que cativa e uma mistura de ingenuidade, burrice e cara de pau são suas principais características. Ele ainda trabalha na loja de departamentos e vive num trailer. Quando estranhos acontecimentos despertam, ele lembra que talvez tenha lido do livro dos mortos enquanto chapado para impressionar uma garota. E o que seria mais Ash?

Assim, as forças do mal são despertadas novamente e cabe ao nosso bufão preferido manda-las de volta ao inferno, mas a tarefa não será tão fácil. Em seu corner, Ash conta com novos aliados e alguns novos antagonistas igualmente. Tudo, é claro, se torna apenas uma desculpa para altas fanfarronices.

Personagens

Além da liderança de Ash, temos novos personagens adicionados, assim como alguns que representam um elo com a trilogia antiga (acredite) e até mesmo o retorno de alguns lá dos filmes da década de 1980. Sim! Ash vs Evil Dead se torna uma nostálgica e deliciosa volta ao passado, em especial em seus últimos episódios. Esperem para ver aonde a trama termina.

Dos novos personagens, o destaque fica para Pablo (Ray Santiago) e Kelly (Dana DeLorenzo), colegas bem mais jovens de trabalho do protagonista, que não hesitam muito em embarcar nesta viagem com o desengonçado canastrão. Pablo é um jovem latino, que representa o típico perdedor assustado, mas que aos poucos vai ganhando firmeza. É claro que rolam diversas tiradas politicamente incorretas e discriminatórias sobre sua nacionalidade de terceiro mundo. Já Kelly é uma personagem feminina decidida e empoderada. Este é o trio que ganha os holofotes.

Perseguindo os heróis, Amanda Fisher (Jill Marie Jones) é uma policial cujo parceiro é possuído, se tornando um deadite, que acredita que Ash tem culpa no cartório pelos estranhíssimos eventos e parte para prendê-lo. No final, ela desenvolve uma espécie de relação com o protagonista. E ao lado de Campbell, o outro nome conhecido desta primeira temporada é o de Lucy Lawless, a eterna Xena: A Princesa Guerreira (1995-2001), que aqui vive Ruby, uma personagem enigmática, que parece saber muito sobre Ash, seu passado e tudo que cerca os demônios e o livro dos mortos. A ligação com sua personagem é o que irá impulsionar a segunda temporada – ao menos é o que a tremenda deixa nos faz imaginar.

Balanço Geral

Ash vs Evil Dead é um prato cheio para os fãs dos filmes de terror de Sam Raimi. Consegue respeitar o original e fazer diversas homenagens, que devem deixar os conhecedores da mitologia em polvorosa. Ao mesmo tempo, acerta não sendo apenas um amontoado de elos e piadas, adicionando novos elementos que funcionam por si só. Este é um novo capítulo na vida de um decadente e abatido Ash, que apesar de tudo ainda demonstra vigor e vontade de chutar traseiros de endemoniados.

A produção é muito bem cuidada, os efeitos estão bacanas e a aposta é por elementos práticos, como a maquiagem, que parece tirada diretamente do filme de 1987. O clima zoeira volta a imperar e consegue inclusive transcender. Campbell exibe ótima forma e dá o melhor de si na pele de Ash, o personagem que não visitava havia mais de vinte anos. No entanto, nada disso funcionaria sem um bom roteiro, respeitoso à mitologia, e fiel a seu espírito.

Ash vs Evil Dead é o Evil Dead que você respeita. Que a gente precisava e sabia!

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Ash vs Evil Dead é escrito, produzido e teve seu primeiro episódio dirigido pelo criador original, Sam Raimi. Ah, e como gostamos de saber disso. Ninguém poderia fazer isso em seu lugar.  Esta é a tão aguardada continuação da trilogia que lançou a carreira do diretor. A produção conseguiu sinal verde através do canal Starz, que tem mostrado cada vez mais força em suas criações.

Raimi e os envolvidos acertam em cheio no clima, literalmente resgatando Evil Dead das décadas de 1980 e 1990 para os dias de hoje. Nos primeiros episódios parece que foi ontem que vimos o anti-herói Ash, ainda exibindo os traços e características implantados em Uma Noite Alucinante 3, do bufão canalha e sedutor de quinta, ao contrário, digamos, do herói relutante e trágico do segundo filme. Bruce Campbell está de volta também, obviamente. Ele é a alma e motivo da série. Com alguns quilos a mais, rugas e cabelos brancos, Ash mudou na aparência, mas continua o mesmo. Talvez ainda melhor e mais engraçado.

Acontece que o roteiro aqui é mais afiado, e ao mesmo tempo em que resgata o espírito de tudo o que fez Evil Dead ser o que é, ainda acrescenta mais humor, gags, tiradas e piadas a torto e a direito. Os diálogos são verdadeiramente engraçados, disparados como uma metralhadora a cada minuto, ao ponto de não conseguirmos pegar tudo. Fora isso, como não poderia deixar de ser, temos muita violência, mortes, decapitações, perfurações, desmembramentos e todo tipo de violência e sanguinolência. Exagerada de propósito, afinal isso ainda é Evil Dead. Temos também a maquiagem exata dos deadites (nome dado às pessoas possuídas pelos demônios) e inúmeras referências à trilogia clássica. Bem, isso é tudo o que os fãs queriam e não encontraram em A Morte do Demônio (2013).

História

A trama mostra Ash decadente, mas feliz da vida. O otimismo que cativa e uma mistura de ingenuidade, burrice e cara de pau são suas principais características. Ele ainda trabalha na loja de departamentos e vive num trailer. Quando estranhos acontecimentos despertam, ele lembra que talvez tenha lido do livro dos mortos enquanto chapado para impressionar uma garota. E o que seria mais Ash?

Assim, as forças do mal são despertadas novamente e cabe ao nosso bufão preferido manda-las de volta ao inferno, mas a tarefa não será tão fácil. Em seu corner, Ash conta com novos aliados e alguns novos antagonistas igualmente. Tudo, é claro, se torna apenas uma desculpa para altas fanfarronices.

Personagens

Além da liderança de Ash, temos novos personagens adicionados, assim como alguns que representam um elo com a trilogia antiga (acredite) e até mesmo o retorno de alguns lá dos filmes da década de 1980. Sim! Ash vs Evil Dead se torna uma nostálgica e deliciosa volta ao passado, em especial em seus últimos episódios. Esperem para ver aonde a trama termina.

Dos novos personagens, o destaque fica para Pablo (Ray Santiago) e Kelly (Dana DeLorenzo), colegas bem mais jovens de trabalho do protagonista, que não hesitam muito em embarcar nesta viagem com o desengonçado canastrão. Pablo é um jovem latino, que representa o típico perdedor assustado, mas que aos poucos vai ganhando firmeza. É claro que rolam diversas tiradas politicamente incorretas e discriminatórias sobre sua nacionalidade de terceiro mundo. Já Kelly é uma personagem feminina decidida e empoderada. Este é o trio que ganha os holofotes.

Perseguindo os heróis, Amanda Fisher (Jill Marie Jones) é uma policial cujo parceiro é possuído, se tornando um deadite, que acredita que Ash tem culpa no cartório pelos estranhíssimos eventos e parte para prendê-lo. No final, ela desenvolve uma espécie de relação com o protagonista. E ao lado de Campbell, o outro nome conhecido desta primeira temporada é o de Lucy Lawless, a eterna Xena: A Princesa Guerreira (1995-2001), que aqui vive Ruby, uma personagem enigmática, que parece saber muito sobre Ash, seu passado e tudo que cerca os demônios e o livro dos mortos. A ligação com sua personagem é o que irá impulsionar a segunda temporada – ao menos é o que a tremenda deixa nos faz imaginar.

Balanço Geral

Ash vs Evil Dead é um prato cheio para os fãs dos filmes de terror de Sam Raimi. Consegue respeitar o original e fazer diversas homenagens, que devem deixar os conhecedores da mitologia em polvorosa. Ao mesmo tempo, acerta não sendo apenas um amontoado de elos e piadas, adicionando novos elementos que funcionam por si só. Este é um novo capítulo na vida de um decadente e abatido Ash, que apesar de tudo ainda demonstra vigor e vontade de chutar traseiros de endemoniados.

A produção é muito bem cuidada, os efeitos estão bacanas e a aposta é por elementos práticos, como a maquiagem, que parece tirada diretamente do filme de 1987. O clima zoeira volta a imperar e consegue inclusive transcender. Campbell exibe ótima forma e dá o melhor de si na pele de Ash, o personagem que não visitava havia mais de vinte anos. No entanto, nada disso funcionaria sem um bom roteiro, respeitoso à mitologia, e fiel a seu espírito.

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