Durante uma entrevista para o site Mundo Negro, a atriz Issa Rae (‘Barbie’) cometeu uma gafe ao confirmar que a cantora Beyoncé viria ao Brasil em 2024 em sua mais recente turnê, a Renaissance World Tour.
No entanto, a notícia não é verdade.
Como o assunto viralizou nas redes sociais, Rae foi pega de surpresa assim como os fãs da cantora e decidiu se retratar de forma bem humorada.
Com auxílio do Google Tradutor, a atriz fez um pedido de desculpas em que a voz computadorizada do plictivo diz:
“Eu não sei de nada. Não me escutem. Eu sou estúpida. Obrigada, eu te amo.”
Confira:
Após provavelmente receber um fecho da Beyoncé no WhatsApp, Issa Rae publica story com mensagem para “os fãs brasileiros da Beyoncé”. pic.twitter.com/77SBpl19O7
— Beyoncé Access (@beyonceaccess) November 7, 2023
Lembrando que Beyoncé anunciou que o filme baseado na turnê Renaissance será lançado nos cinemas mundiais no dia 1º de dezembro.
Intitulado ‘Renaissance: A Film By Beyoncé’, o documentário conta com narrações da própria cantora sobre suas performances nos palcos enquanto comenta pontos de vista de sua carreira musical.
Narrado pela própria Beyoncé, o trailer apresentadas cenas da cantora ensaiando junto com seus bailarinos, fazendo registros de viagens de avião acompanhada da filha Blue Ivy e, como não poderia faltar, momentos dela no palco.
Em um trecho, ela diz:
“Quando estou me apresentando, não sou nada além de livre. Meu objetivo para esta turnê era criar um lugar onde todos fossem livres e ninguém fosse julgado.”
Confira o anúncio, junto com o trailer:
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Lembrando que faz pouco mais de um ano que Beyoncé retornou ao mundo da música com o lançamento do álbum ‘RENAISSANCE’.
Movido por uma mistura incrível de house, disco, funk, R&B, dance e tantos outros gêneros, o compilado de originais se tornou um sucesso de crítica (além de entrar para nossas listas de Melhores do Ano e Melhores do Século), bem como alcançou o topo da Billboard 200 em sua semana de estreia. Mais do que isso, Beyoncé abriu oportunidade para uma celebração da cultura afro-americana em uma narrativa hedonista e empoderadora.
Para celebrar o primeiro aniversário do álbum, preparamos uma breve matéria elencando suas sete melhores músicas.
Veja abaixo:
7. “COZY”
“Cozy” mantém-se fiel ao tropical house, mas abre espaço para o slap e para o deep house através de uma rendição vocal certeira e confiante (que não é muita surpresa, considerando as belíssimas performances que Beyoncé entregou nas décadas passadas). A construção lírica se apoia no empoderamento e na libertação ao discorrer sobre sororidade e sobre autoaceitação.
6. “CUFF IT”
“Cuff It” é infundido em um clássico disco ready-made destinado a levar seus fãs a se divertirem sob um globo de espelhos e pincelados pelos holofotes estroboscópicos das baladas (uma escolha digna de estar em todas as playlists). Apesar de não ter sido lançada como single oficial, a canção caiu no gosto dos fãs e ascendeu de forma impressionante nos charts mundiais e deu origem a desafios virais nas redes sociais.
5. “BREAK MY SOUL”
“Break My Soul” carrega uma importância inegável para a carreira da musicista e para seu reclame da cultura negra. Na track, há várias referências aglutinadas na ótima e concisa abertura dessa nova era da artista, perpassando, por exemplo, a envolvência noventista de Crystal Waters e a nostalgia vibrante de Steve Angello. E, apesar de não sintetizar uma originalidade urgente, Beyoncé não abandona as peculiaridades estilísticas que a colocaram no centro dos holofotes e aproveita para transformar inflexões mercadológicas em uma antêmica e funcional narrativa (você não vai quebrar minha alma, direi a todo mundo).
4. “SUMMER RENAISSANCE”
É muito difícil escolher uma única música como a melhor de ‘RENAISSANCE’, visto que cada uma delas é arquitetada de modo glorioso e cauteloso. Entretanto, o encerramento dessa sinestésica jornada é nada menos que estonteante: intitulada “Summer Renaissance”, cujas conhecidas peculiaridades de Beyoncé são interpoladas pela clássica “I Feel Love”, honrando a parceria entre Summer e o imortal pai do disco Giorgio Moroder, a track é envolta em uma expressividade hi-NRG de tirar o fôlego.
3. “VIRGO’S GROOVE”
“Virgo’s Groove” foi considerada não apenas uma das melhores músicas da produção, mas uma das melhores entradas da carreira de Beyoncé. A construção, movida pela explosão constante de disco e funk, é uma homenagem aos anos 70 e 80 sem se valer de um cansado anacronismo – mas sim de uma originalidade nostálgica sedutora. Os aplausos também vão ao produtor The-Dream, que faz um trabalho memorável na track.
2. “PURE/HONEY”
‘RENAISSANCE’ tornou-se um evento ao finalmente ser divulgado para os fãs de Beyoncé, reiterando, mais uma vez, a versatilidade invejável de uma das maiores artistas da história. E, como já é de se esperar, escolher as melhores músicas dentro deste imaculado e testamentário compilado não é um trabalho fácil; de qualquer forma, é notável como “Pure/Honey” é uma das entradas que nos roubam a atenção por sua construção ostensiva e elegante, pautada no electro-house e neo-disco (que é resumida pelo honrável verso “deve custar um bilhão para parecer tão bem”).
1. “ALIEN SUPERSTAR”
O álbum, primeiro capítulo de uma ambiciosa trilogia sonora, já ascendeu ao patamar dos melhores da década (ao menos na opinião desta que vos fala) e honrou a cultura negra com uma celebração antêmica do house e do disco. E, dentre as várias canções, “Alien Superstar” nos chama a atenção pela produção impecável e pelo caráter explosivo de suas texturas, mergulhando no poder dos sintetizadores, do voguing e dos ballrooms do Brooklyn dos anos 70 e 80 (“olhos em você quando performa, olhos em mim quando eu coloco”).