Dumbo, nova superprodução da Disney dirigida pelo mestre Tim Burton, estreia nos cinemas mundiais neste fim de semana. Para os mais velhos (e também os fãs), a conexão com o elefantinho de grandes orelhas é mais antiga, e vem da animação clássica – uma das primeiras do estúdio – lá de 1941. Sim, Dumbo é mais uma produção a ganhar nova roupagem em “carne e osso” (e muito CGI, é claro).
E não será a última. Só este ano, seguindo a trilha do elefantinho, teremos Aladdin (em maio) e O Rei Leão (em julho). Mas isso fica para outra conversa. Aqui, aproveitando o lançamento de Dumbo, o CinePOP resolve relembrar TODAS as adaptações em Live Action das animações clássicas do estúdio. Vem conhecer.
101 Dálmatas (1996)
Para quem acha que este filão é recente, saiba que a coisa começou ainda na década de 1990. Assim como a animação clássica de 1961, este remake é baseado no livro de Dodie Smith (que começou tudo) e conta com roteiro do inesquecível John Hughes (aquele mesmo, o ícone dos filmes adolescentes). Porém, justamente para dar aquela incrementada, o roteiro novo foca na vilã, Cruella DeVil, uma das mais memoráveis do estúdio, personificada por uma inspiradíssima Glenn Close. O filme foi um sucesso e gerou uma continuação em 2000, intitulada 102 Dálmatas, novamente com Close protagonizando.
Alice no País das Maravilhas (2010)
Curiosamente, após o sucesso de 101 Dálmatas, a Disney demoraria a perceber a tendência e concluir o filão que viriam a se tornar tais filmes. Então, foi só em 2010 que seria lançado o próximo longa em tais moldes. E o escolhido para ser remodelado em carne e osso foi o clássico conto de Lewis Carroll, imortalizando pela animação de 1951. Tim Burton foi o diretor que trouxe a história à vida, criando novas conotações. Foi aqui que a Disney percebeu o potencial megalômano de tais obras – que com este filme chegaram a US$1 bilhão.
A trama igualmente foi reajustada e agora tínhamos uma Alice mais velha (nas formas de Mia Wasikowska) retornando ao País das Maravilhas para uma nova aventura – algo como Steven Spielberg havia feito em Hook – A Volta do Capitão Gancho (1991). O sucesso deste longa também pediu por uma continuação, mas a sequência veio sem a assinatura de Burton e na forma de Alice Através do Espelho (2016) – produção que não deu muito certo.
Malévola (2014)
Nova adaptação, nova modificação. Essa é a história clássica da Bela Adormecida, de Charles Perrault, transformada em animação pela Disney em 1959. Fã do desenho e especialmente da vilã Malévola, a musa Angelina Jolie impulsionou o projeto e deu vida à bruxa num filme só seu. Assim, A Bela Adormecida viraria Malévola, focando em outro ângulo desta história, assim como as produções anteriores do “subgênero” haviam feito. Sim, ainda temos a Princesa Aurora e os outros elementos do conto, mas tudo gira em torno da feiticeira de chifres que se veste de preto.
Não deixe de assistir:
Assim como os dois primeiros itens da lista também, Malévola lançará sua sequência ainda este ano, intitulada A Mestra Do Mal – que trará a estrela Angelina Jolie novamente no papel principal, saindo de um hiato de 4 anos sem aparecer nas telas.
Cinderela (2015)
O legal das primeiras adaptações deste subgênero é que realmente trouxeram à tona produções muito antigas, alguns dos desenhos mais clássicos da Disney. Já tivemos na lista reedições de obras de 1951, 1959 e 1961. Agora chega a mais antiga da lista. Cinderela é uma produção de 1950, baseada em outro conto de Charles Perrault. A nova versão chegou 65 anos depois. Tá bom, né? Com o filme, a gracinha Lily James escreveu seu nome nos holofotes e abriu muitas portas. Mas o grande nome da obra é Cate Blanchett, que no longa interpreta a madrasta má.
Mogli – O Menino Lobo (2016)
Outra animação clássica, datando de 1967, Mogli foi criado pelo escritor Rudyard Kipling (daquela marca de bolsa – é só ver o símbolo do macaco no zíper) como uma espécie de jovem Tarzan, criado na selva por animais e metido em todo tipo de aventura. O pequeno menino indiano é o único ser humano da história , que traz uma verdadeira fauna de animais – perigosos e bonzinhos. O conto já havia virado filme em 1994 com O Livro das Selvas, no qual Mogli já é adulto, interpretado por Jason Scott Lee. Poucos filmes traduzem com perfeição o sentimento de outra obra, mas Mogli acerta em cheio seu alvo, se mostrando o melhor exemplar do segmento. Mais um projeto com tal tema foi lançado no fim de 2018, esta uma produção original da Netflix, com um teor mais realista e cru.
A Bela e a Fera (2017)
A internet veio abaixo com o lançamento do primeiro trailer de A Bela e a Fera. O motivo? A animação de 1991 é uma das mais cultuadas de todos os tempos e a única a ser indicada ao Oscar de melhor filme principal, numa época em que apenas 5 filmes eram nomeados. Ou seja, a versão em live action tinha muito o que provar. E o resultado: o filme dividiu opiniões, tanto dos críticos quanto do público – apesar do sucesso de bilheteria. Emma Watson, a eterna Hermione da saga Harry Potter foi quem deu vida para a questionadora Bela e a obra manteve a maior parte dos elementos da animação, sem grandes mudanças. Teria sido esse o motivo da animosidade em relação ao filme, a falta de criatividade?
Christopher Robin – Um Reencontro Inesquecível (2018)
Neste item demos uma trapaceada. O ursinho Pooh (anteriormente conhecido como Puff no Brasil, antes da universalização da marca) surgiu na Disney com seus curtas animados e não como um longa, como os que tratamos na lista. Os filmes que de fato eram lançados, se tratavam de coletâneas dos curtas, todos juntos para o lançamento. Com o tempo, o ursinho e seus amigos receberam longas, mas lançados em vídeo. No cinema, alguns coadjuvantes foram ganhando seus filmes próprios, como Tigrão (2000), Leitão (2003) e o Efalante (2005) – e, finalmente, o próprio Pooh (2011). Assim, Christopher Robin é o primeiro filme em Live Action envolvendo os queridos bichos de pelúcia, que ganham vida através de efeitos fantásticos, em mais uma história a la Hook – A Volta do Capitão Gancho (1991), com o menino Christopher Robin crescido e esquecendo de sonhar.
Dumbo (2019)
Já deu para perceber que a maioria dos filmes deste subgênero quer caminhar com as próprias pernas – e fazem muito bem. Tais filmes apenas pegam o conceito original principal e dão um novo enfoque – seja nas vilãs, em uma nova fase da vida do protagonista (geralmente mais velhos) ou, até mesmo, como é o caso aqui, criam como história principal uma nova trama, jogando o que deveria ser o núcleo para escanteio. Este é o caso com Dumbo. Mas calma, antes que vocês surtem vale dizer que a história principal ainda tem sim muito peso e ganha importância suficiente para fazer tudo girar. O que ocorre é que aqui a opção é por uma abordagem mais realista, assim nada de animais falantes – então era preciso criar personagens humanos como protagonistas e lhes dar propósitos e passados. E sim, este ainda é um filme sobre um elefante voador.
Aladdin (2019)
Dirigido por Guy Ritchie, Aladdin é o filme que vem causando mais preocupação aos fãs. Tudo começou com o visual do astro Will Smith, que interpreta o gênio da lâmpada. Primeiro, reclamaram que ele não estava azul, e quando finalmente apareceu de tal cor, a reclamação foi sobre sua caracterização. Seja como for, o segundo trailer acalmou mais os ânimos com as semelhanças impressionantes com a animação de 1992 – em especial quando a protagonista Naomi Scott se põe a cantar o inesquecível tema “A Whole New World”. É de arrepiar a espinha. O lançamento ocorre em maio.
O Rei Leão (2019)
Da fase da “retomada” das animações da Disney – iniciada em 1989 com A Pequena Sereia -, O Rei Leão é indiscutivelmente a mais celebrada, memorável e bem sucedida. O estúdio retornava ao tema de animais falantes, porém, aqui eles se comportavam e andavam como animais de verdade. Uma história digna de Shakespeare, com traições em família, o filme ganhará sua versão em live action este ano, pelas mãos do mesmo Jon Favreau de Mogli, em time que está ganhando… . Pelos trailers e prévias, os animais estão no limite da perfeição O lançamento ocorrerá em julho.