quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Crítica 2 | Aves de Rapina – Muita Arlequina pra pouco filme

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Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa chega amanhã aos cinemas do Brasil para inaugurar o ano feminino da DC nas telonas. O filme funciona como uma continuação/ spin off do infame Esquadrão Suicida (2016), mas tenta desvencilhar sua imagem do antecessor, não apenas para se distanciar da imagem negativa, como também prepara o terreno para o futuro da Universo compartilhado da DC nos cinemas.



A trama é focada e narrada pela maluquinha favorita de todos: Harley Queen (Margot Robbie). Não só por ser a personagem mais conhecida do longa, mas por ser a mais participativa mesmo. Ela deixa de lado o papel de coadjuvante – involuntariamente dado a ela em Esquadrão Suicida – para assumir os holofotes como a grande protagonista. Isso é trabalhado de forma orgânica, permitindo mais maluquices, quebras da quarta parede e uma atuação excepcional de Margot Robbie. Mesmo sendo um filme das Aves de Rapina, é a Harley quem dita os rumos da história e joga os outros membros da equipe para segundo plano, quase como um ‘Deadpool’ da DC.

Sim, o medo de muitos era real: é muito mais um filme da Arlequina do que das Aves de Rapina. Nota-se isso pela relevância da protagonista, que aparece em todos os frames do longa e também pela caracterização e cenários. Tudo remete a ela. Por um lado, isso é bom, já que a palhacinha do crime ganha um belo desenvolvimento. Por outro, é um filme de equipe, né? Apesar de todo o elenco estar fantástico, as personagens poderiam ser melhor exploradas. Quem mais consegue se sobressair ante o protagonismo absurdo da Harley é o Máscara Negra de Ewan McGregor. Ele consegue ser ameaçador e cruel, como nenhum outro vilão da DC havia sido até agora neste universo DC. É o protagonista de algumas das cenas mais pesadas e divertidas do longa.

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Falando no elenco, o casting foi perfeito. As meninas dão show nos respectivos papéis e entregam atuações recheadas de carisma. Quando a equipe se une então… Percebe-se que o elenco tem muita química e que a possível continuação pode render um baita filme.

A diretora da aventura é Cathy Yan, que não tinha um trabalho de tanto peso até ‘Aves de Rapina‘, se perde um pouco. A escolha de usar a narração da Harley para introduzir as personagens é acertada no primeiro ato, mas acaba ficando repetitiva quando estamos na metade do filme e ainda temos personagens sendo introduzidos do mesmo modo. Isso causa um sentimento de cansaço no meio do segundo ato, quebrando completamente aquele ritmo frenético do início.

Entretanto, as coreografias de luta são ridiculamente bem ensaiadas, e a escolha por planos mais longos ajuda a aumentar o sentimento de equipe e trabalho em grupo. Quando ela decide colocar ação em cena, o filme engata de uma forma incrível. Ainda falando de ‘Esquadrão Suicida‘, ‘Aves de Rapina‘ segue o padrão de mesclar suas cenas com músicas populares. É uma trilha sonora fantástica que é encaixada de forma excepcional por Cathy, muito diferente das canções largadas por David Ayer lá em 2016. Aqui, as músicas dialogam com o que está em tela.

Enfim, Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa é um filme que realmente lembra as histórias em quadrinhos semanais. Daquelas que você compra na banca, lê uma trama divertida, mas sem muita relevância, enquanto espera pela revista da semana que vem, que vai estabelecer o futuro da HQ. É um filme legal que mostra o nascimento de uma franquia em potencial. Porém, como fica um gostinho de “queria ver um pouco mais dos outros membros da equipe”, a possível sequência parece ser bem mais interessante do que esse.

Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa estreia em 6 de fevereiro de 2019.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Crítica 2 | Aves de Rapina – Muita Arlequina pra pouco filme

Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa chega amanhã aos cinemas do Brasil para inaugurar o ano feminino da DC nas telonas. O filme funciona como uma continuação/ spin off do infame Esquadrão Suicida (2016), mas tenta desvencilhar sua imagem do antecessor, não apenas para se distanciar da imagem negativa, como também prepara o terreno para o futuro da Universo compartilhado da DC nos cinemas.

A trama é focada e narrada pela maluquinha favorita de todos: Harley Queen (Margot Robbie). Não só por ser a personagem mais conhecida do longa, mas por ser a mais participativa mesmo. Ela deixa de lado o papel de coadjuvante – involuntariamente dado a ela em Esquadrão Suicida – para assumir os holofotes como a grande protagonista. Isso é trabalhado de forma orgânica, permitindo mais maluquices, quebras da quarta parede e uma atuação excepcional de Margot Robbie. Mesmo sendo um filme das Aves de Rapina, é a Harley quem dita os rumos da história e joga os outros membros da equipe para segundo plano, quase como um ‘Deadpool’ da DC.

Sim, o medo de muitos era real: é muito mais um filme da Arlequina do que das Aves de Rapina. Nota-se isso pela relevância da protagonista, que aparece em todos os frames do longa e também pela caracterização e cenários. Tudo remete a ela. Por um lado, isso é bom, já que a palhacinha do crime ganha um belo desenvolvimento. Por outro, é um filme de equipe, né? Apesar de todo o elenco estar fantástico, as personagens poderiam ser melhor exploradas. Quem mais consegue se sobressair ante o protagonismo absurdo da Harley é o Máscara Negra de Ewan McGregor. Ele consegue ser ameaçador e cruel, como nenhum outro vilão da DC havia sido até agora neste universo DC. É o protagonista de algumas das cenas mais pesadas e divertidas do longa.

Falando no elenco, o casting foi perfeito. As meninas dão show nos respectivos papéis e entregam atuações recheadas de carisma. Quando a equipe se une então… Percebe-se que o elenco tem muita química e que a possível continuação pode render um baita filme.

A diretora da aventura é Cathy Yan, que não tinha um trabalho de tanto peso até ‘Aves de Rapina‘, se perde um pouco. A escolha de usar a narração da Harley para introduzir as personagens é acertada no primeiro ato, mas acaba ficando repetitiva quando estamos na metade do filme e ainda temos personagens sendo introduzidos do mesmo modo. Isso causa um sentimento de cansaço no meio do segundo ato, quebrando completamente aquele ritmo frenético do início.

Entretanto, as coreografias de luta são ridiculamente bem ensaiadas, e a escolha por planos mais longos ajuda a aumentar o sentimento de equipe e trabalho em grupo. Quando ela decide colocar ação em cena, o filme engata de uma forma incrível. Ainda falando de ‘Esquadrão Suicida‘, ‘Aves de Rapina‘ segue o padrão de mesclar suas cenas com músicas populares. É uma trilha sonora fantástica que é encaixada de forma excepcional por Cathy, muito diferente das canções largadas por David Ayer lá em 2016. Aqui, as músicas dialogam com o que está em tela.

Enfim, Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa é um filme que realmente lembra as histórias em quadrinhos semanais. Daquelas que você compra na banca, lê uma trama divertida, mas sem muita relevância, enquanto espera pela revista da semana que vem, que vai estabelecer o futuro da HQ. É um filme legal que mostra o nascimento de uma franquia em potencial. Porém, como fica um gostinho de “queria ver um pouco mais dos outros membros da equipe”, a possível sequência parece ser bem mais interessante do que esse.

Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa estreia em 6 de fevereiro de 2019.

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