terça-feira , 5 novembro , 2024

Crítica 2 | Star Wars: A Ascensão Skywalker – Um final digno, mas não muito original…

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Acabou. Iniciada há mais de 42 anos, a saga da família Skywalker chegou ao fim de uma maneira controversa, que apesar de não ser tão original quanto alguns desejavam, conseguiu fechar o arco de maneira honrosa e muito emocionante.

Após os eventos de Star Wars: Os Últimos Jedi‘ (2017), dirigido por Rian Johnson, os fãs se dividiram entre os que gostaram muito dos novos conceitos que o diretor tentou abordar e os que odiaram o filme e chegaram até a fazer petições para que ele fosse excluído do cânone da saga. Fato é que Rian tentou quebrar o paradigma de que ninguém é 100% bom ou mau na galáxia muito, muito distante. Com a repercussão mista do longa, a Disney correu atrás de J.J. Abrams, que dirigiu o Episódio VII – dono de um maior índice de aceitação do público -, para comandar a última aventura dos Skywalker.

A escolha de J.J. resultou em uma mudança clara de tom, deixando o mistério e a incerteza de lado para voltar com um ar mais esperançoso e repleto de aventura. Grande parte dos caminhos traçados por Rian Johnson foram deixados de lado, com exceção da abordagem de Rey e Kylo Ren em relação à Força, e a trama voltou a focar nos mistérios apresentados em ‘O Despertar da Força‘. A sensação, inclusive, é que o Episódio IX é uma continuação direta do Episódio VII. Com isso, enfim vemos os Cavaleiros de Ren em ação, entramos mais na relação de conflito de Kylo Ren e enfim temos a solução da maior pergunta feita nessa nova trilogia: “qual o sobrenome da Rey?”.

O roteiro é bem previsível e acaba sendo o ponto fraco do filme, mas não chega a comprometer o longa porque ele não é ruim. Só é simples e previsível. Porém, o capítulo final é muito bem executado. Abrams aposta na sinergia do elenco e no carisma dos atores para segurar parte da trama e usa muitos “fan-services” ao longo da história. O ato final é de arrepiar e consegue tirar o fôlego do espectador. Claro que as decisões de Rian obrigaram J.J. a buscar outros caminhos, como a própria volta do Imperador Palpatine, e ter de lidar com a General Leia, já que Carrie Fisher faleceu em 2016 e sua personagem não teve um final no Episódio VIII. Mas ainda assim, o diretor soube fazer algo coerente e atrativo.

Um dos grandes destaques do filme é o Finn (John Boyega), que cresce muito como personagem após aceitar que não há como fugir do seu destino. Ele assume um papel de herói e continua com muito carisma. O visual é um espetáculo e consegue chocar em alguns momentos. Há uma sequência em meio a um festival que é simplesmente linda. Além disso, armas e artefatos vindo dos videogames e quadrinhos enfim debutam nas telonas. Dentre todos os capítulos da polêmica nova trilogia, ‘A Ascensão Skywalker‘ é o mais emocionante e divertido. E mesmo sem inovar, consegue finalizar com maestria os arcos dos personagens mais amados do cinema de fantasia espacial.

Star Wars: A Ascensão Skywalker estreia em 19 de dezembro de 2019.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Após os eventos de Star Wars: Os Últimos Jedi‘ (2017), dirigido por Rian Johnson, os fãs se dividiram entre os que gostaram muito dos novos conceitos que o diretor tentou abordar e os que odiaram o filme e chegaram até a fazer petições para que ele fosse excluído do cânone da saga. Fato é que Rian tentou quebrar o paradigma de que ninguém é 100% bom ou mau na galáxia muito, muito distante. Com a repercussão mista do longa, a Disney correu atrás de J.J. Abrams, que dirigiu o Episódio VII – dono de um maior índice de aceitação do público -, para comandar a última aventura dos Skywalker.

A escolha de J.J. resultou em uma mudança clara de tom, deixando o mistério e a incerteza de lado para voltar com um ar mais esperançoso e repleto de aventura. Grande parte dos caminhos traçados por Rian Johnson foram deixados de lado, com exceção da abordagem de Rey e Kylo Ren em relação à Força, e a trama voltou a focar nos mistérios apresentados em ‘O Despertar da Força‘. A sensação, inclusive, é que o Episódio IX é uma continuação direta do Episódio VII. Com isso, enfim vemos os Cavaleiros de Ren em ação, entramos mais na relação de conflito de Kylo Ren e enfim temos a solução da maior pergunta feita nessa nova trilogia: “qual o sobrenome da Rey?”.

O roteiro é bem previsível e acaba sendo o ponto fraco do filme, mas não chega a comprometer o longa porque ele não é ruim. Só é simples e previsível. Porém, o capítulo final é muito bem executado. Abrams aposta na sinergia do elenco e no carisma dos atores para segurar parte da trama e usa muitos “fan-services” ao longo da história. O ato final é de arrepiar e consegue tirar o fôlego do espectador. Claro que as decisões de Rian obrigaram J.J. a buscar outros caminhos, como a própria volta do Imperador Palpatine, e ter de lidar com a General Leia, já que Carrie Fisher faleceu em 2016 e sua personagem não teve um final no Episódio VIII. Mas ainda assim, o diretor soube fazer algo coerente e atrativo.

Um dos grandes destaques do filme é o Finn (John Boyega), que cresce muito como personagem após aceitar que não há como fugir do seu destino. Ele assume um papel de herói e continua com muito carisma. O visual é um espetáculo e consegue chocar em alguns momentos. Há uma sequência em meio a um festival que é simplesmente linda. Além disso, armas e artefatos vindo dos videogames e quadrinhos enfim debutam nas telonas. Dentre todos os capítulos da polêmica nova trilogia, ‘A Ascensão Skywalker‘ é o mais emocionante e divertido. E mesmo sem inovar, consegue finalizar com maestria os arcos dos personagens mais amados do cinema de fantasia espacial.

Star Wars: A Ascensão Skywalker estreia em 19 de dezembro de 2019.

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